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IDENTIFICAÇÃO
DE ARRITMIAS
Enfa Nadja Gonçalves
BASEADO NOS PROTOCOLOS DA:
As Ondas do Eletrocardiograma
O Registro Eletrocardiográfico
Cada “quadradinho” corresponde a 1 mm.
O CICLO
CARDÍACO
ONDA P = Despolarização Atrial (contração)
INTERVALO PR = Nó atrioventricular (atraso proposital)
Onda P
 Primeira onda registrada
no ECG.
 Arredondada, simétrica,
de pequena amplitude
(menor que 2,5mm).
 Duração de no máximo
0,10s.
 Onda P positiva em D1,
D2 e aVF; negativa em
aVR.
 Deve ser seguida pelo
QRS → relação atrio-
ventricular 1:1
Intervalo PR
 Medido do início da
onda P até a onda Q.
 Corresponde ao
tempo que o impulso
elétrico leva para
atingir os ventrículos
a partir de sua
origem.
 Adulto: varia de 0,12
a 0,20 seg.
Complexo QRS
 Duração entre 0,8
e 0,11 segundos.
 Onda Q: deflexão
negativa.
 Onda R: deflexão
positiva.
 Onda S: deflexão
negativa.
Segmento ST
 Intervalo entre o fim do QRS (ponto J) e o
início da onda T.
 Representa o término da despolarização e o
início da repolarização ventricular.
 É isoelétrico. Deve estar no mesmo nível do
PR.
Intervalo QT
 Define a duração total das fases sucessivas
de despolarização e repolarização
ventricular. É medido desde o início do QRS
até o final da onda T.
Preocupa se QT > 0,50s. O QT longo está associado a
chances de apresentar arritmias.
Onda T
 É uma onda única,
assimétrica, de ápice
arredondado.
 Representa a maior
fase da repolarização
ventricular, isto é,
um período em que
não há qualquer
atividade elétrica no
coração.
Repolarização atrial
 Os átrios se repolarizam cerca de 0,15 a
0,20 segundos após o término da onda P.
 É representada pela onda “Ta”.
 No mesmo instante em que o complexo QRS
é registrado no eletrocardiograma pois isso
a onda “Ta” não aparece do traçado. Ela é
encoberta pelo complexo QRS.
RITMO
SINUSAL
IDENTIFICANDO O RITMO
SINUSAL
1. Qual é a frequência cardíaca?
2. Tem complexo QRS? Ele é estreito ou
largo?
3. O ritmo é regular ou irregular?
4. Tem onda P facilmente visível?
5. Caso tenha onda P, qual a sua relação
com o QRS?
1. Qual é a Frequência Cardíaca?
< 60 bpm (Bradicardia)
60 a 100 bpm (Normal)
> 100 bpm (Taquicardia)
IDENTIFICANDO O RITMO SINUSAL
CÁLCULO DA FREQUÊNCIA
O eletrocardiograma é realizado em um papel
milimetrado, no qual cada “quadradinho”
corresponde a 1 mm.
Sabe-se que a velocidade padrão das ondas é
de 25 mm/s. Então:
25 mm ----- 1 s
1 mm ----- x s
x = 1/25 = 0,04 s ou 40 ms
Cada quadradinho tem 1 mm e é percorrido em
0,04s ou 40 ms.
.
CÁLCULO DA FREQUÊNCIA
CARDÍACA
Para facilitar o cálculo, o papel é composto
também de “quadradões”, que possuem 5
“quadradinhos” de 1 mm cada. Logo, 5 X 0,04
s = 0,2 s.
A onda percorre o “quadradão” em 0,2 s
ou 200 ms.
1 quadradinho = 1mm (40ms ou 0,04s)
1 quadradão = 5 mm (200ms ou ,020s)
60s : 0,04s = 1500
FC = 1500 : distância (em mm) entre duas
ondas RR de um ritmo regular.
CÁLCULO DA FREQUÊNCIA
CARDÍACA
FÓRMULA DA FC
FÓRMULA DA FC
RITMO IRREGULAR
• N° de complexos QRS em 10
“quadradões” (2s) x 30
Exemplo: 4 x 30 = 120bpm
Intervalo RR de 1Q = 60 / 0,2s = 300bmp
Intervalo RR de 2Q = 60 / 0,4s = 150bmp
Intervalo RR de 3Q = 60 / 0,6s = 100bmp
Intervalo RR de 4Q = 60 / 0,8s = 75bmp
EM REGRA GERAL...
2. Tem complexo QRS? Ele é
estreito ou largo?
 Estreito < 0,12s: Origem Supra Ventricular
 Largo > 0,12s: Origem Ventricular
IDENTIFICANDO O RITMO SINUSAL
3. Como é o ritmo?
 Regular
 Irregular
IDENTIFICANDO O RITMO SINUSAL
4. Tem onda P facilmente visível?
 Sim
 Não
IDENTIFICANDO O RITMO SINUSAL
5. Caso tenha onda P, qual a sua
relação com o complexo QRS?
 Uma ou mais ondas P para cada QRS?
 Intervalo PR: normal, aumentado, variável?
IDENTIFICANDO O RITMO SINUSAL
5. Caso tenha onda P, qual a sua
relação com o complexo QRS?
 Uma ou mais ondas P para cada QRS?
 Intervalo PR: normal, aumentado, variável?
RITMO SINUSAL
O RECONHECIMENTO E O
MANEJO DAS ARRITMIAS
CARDÍACAS
CLASSIFICAÇÃO
Em geral, as arritmias são classificadas pelo
mecanismo e sua sede de origem:
 Arritmias supra ventriculares ou atriais
 Arritmias Ventriculares.
 Supraventriculares:
– Nó Sinusal
– Átrios
– Nó AV
– Feixe de HIS
 Ventriculares:
– Fibras de Purkinge
– Ventrículos
CLASSIFICAÇÃO
TAQUICARDIAS
TAQUICARDIAS
 Ritmo superior a 100 bpm.
 Desde casos assintomáticos até eventos
com instabilidade hemodinâmica.
 A menos que esteja presente disfunção
ventricular significativa, ritmos abaixo de
150 bpm raramente causam sintomas de
comprometimento hemodinâmico.
ENTENDENDO...
TAQUICARDIA SINUSAL
Diagnóstico Eletrocardiográfico:
• Estímulos gerados pelo nódulo SA.
• Não ocorrem “falhas” nas Palpitações.
• Associada à causa desencadeante.
• Início e término são gradativos.
• Ao exame paciente pode apresentar palpitação e
dispneia.
ORIGEM
 Fisiológica:
◦ Infância, Exercício, Ansiedade, Emoções.
 Farmacológica:
◦ Atropina, Adrenalina,  agonistas.
◦ Café, Fumo, Álcool.
 Patológica:
◦ Choque, Infecções, Anemia.
◦ Hipertireoidismo, Insuficiência Cardíaca.
TAQUICARDIA SINUSAL
TAQUICARDIA SUPRAVENTRICULAR
Diagnóstico Eletrocardiográfico
• FC de 150 bpm, Ritmo regular, QRS Estreito
• Crises abruptas, duração variável.
• As repercussões dependem da FC e do
miocárdio: Isquemia cardíaca, Infarto do
Miocárdio, Edema agudo de pulmão.
 Responsável por aproximadamente 1/3
das hospitalizações por arritmia.
 Geralmente está associada à hipertensão
arterial sistêmica ou alguma cardiopatia
estrutural.
 Consequência de causa temporária ou
reversível. A temporária mais comum é a
ingesta excessiva de álcool.
FIBRILAÇÃO ATRIAL
 Mecanismos Envolvidos na FA:
 1 ou mais focos de automatismo
 Múltiplos circuitos de reentrada
 O local de dominância dos disparos situa-se
no átrio esquerdo no tecido próximo das
veias pulmonares.
FIBRILAÇÃO ATRIAL
FIBRILAÇÃO ATRIAL
FA - FIBRILAÇÃO ATRIAL
Diagnóstico Eletrocardiográfico:
• Oscilações de baixa amplitude na linha de base
• Ausência de Onda P
• Ritmo Ventricular irregular
• Ondas F com amplitude, forma e duração
variáveis.
• Frequência Atrial de 300 a 600 estímulos por
minuto.
FLUTTER ATRIAL
• Ritmo atrial macroreentrante.
• O seu circuito é geralmente encontrado no
átrio direito.
• Ondas F com duração, amplitude e morfologia
constantes.
• Frequência atrial de 250 a 350 bpm.
• Frequência Ventricular geralmente metade da
atrial, exceto em flutter de condução AV
Variável.
FLUTTER ATRIAL
FLUTTER ATRIAL
Ondas F
PRATICANDO...
TAQUICARDIA SUPRAVENTRICULAR
FA - FIBRILAÇÃO ATRIAL
TAQUICARDIA SINUSAL
FLUTTER ATRIAL
Ondas F
TAQUICARDIA VENTRICULAR
Complexo QRS regular ou irregular?
Taquicardia Ventricular Monomórfica
TAQUICARDIA VENTRICULAR
Complexo QRS regular ou irregular?
Taquicardia Ventricular Polimórfica
Examine a condição
clínica do doente.
TAQUIARRITMIAS
TEM PULSO
PRESENTE??
TEM SINTOMAS
ASSOCIADOS??
CRITÉRIOS DE
INSTABILIDADE
5 D’s:
Dor tórácica
Diminuição do nível de
consciência
Desmaio
Diminuição da PA
Dispnéia
TAQUICARDIA ESTÁVEL
CARDIOVERSÃO QUÍMICA
QRS ESTREITO
<0,12s
QRS LARGO
≥ 0,12s
REGULAR IRREGULAR REGULAR IRREGULAR
ECG 12 derivações
Manobras vagais
(Tosse, valsalva, seio
carotídeo 10 s).
Adenosina 6 -12 mg (1s)
(a cada 2 min com flush
SF 20ml)
Se houver recorrência
tratar com Adenosina, ß-
bloqueador ou
Bloqueadores dos canais
de cálcio (verapamil ou
diltiazam)
ECG 12 derivações
Controle da
frequência com ß-
bloqueador
(metoprolol 5mg de
5/5 min até 15 mg)
ou Bloqueador dos
canais de cálcio
(verapamil,
diltiazem)
ECG 12
derivações
Antiarrítmico
(amiodarona) 150
mg em 100ml – 10
minutos)
Segunda linha:
procainamida,
sotalol.
Consulta com
especialista
Sulfato de
Magnésio: 1-2 g
em SF 0,9% 100
ml em 5-20
minutos
Taquicardia Supraventricular Taquicardia Ventricular
TAQUICARDIA
INSTÁVEL
QRS
ESTREITO QRS LARGO
REGULAR IRREGULAR REGULAR IRREGULAR
50 A 100J
CARDIOVERSÃO
SINCRONIZADA
120 A
200J
100J DESFIBRILAÇÃO
BRADICARDIAS
Bradicardia Sinusal
 Fisiológica
◦ Atletas
◦ Qualquer pessoa durante o sono
 Farmacológica
◦ Digital
◦ Morfina
◦  bloqueadores
 Patológica
◦ Estimulação vagal pelo vômito
◦ Hipotireoidismo
◦ Hipotermia
BRADIARRITMIAS
Intervalo PR – normal < 0,20s
Bloqueio AV de 1º Grau
BRADIARRITMIAS
Alargamento Progressivo do PR
Bloqueio AV de 2º Grau Tipo I
BRADIARRITMIAS
Presença de onda P normal até não conduzir um
QRS
Bloqueio AV de 2º Grau Tipo II
BRADIARRITMIAS
Estímulo Atrio-Ventricular dissociado
Bloqueio AV Total – 3º Grau
Obrigada!!
nadja.goncalves@yahoo.com.br

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Aph arritmias

  • 1. IDENTIFICAÇÃO DE ARRITMIAS Enfa Nadja Gonçalves BASEADO NOS PROTOCOLOS DA:
  • 2. As Ondas do Eletrocardiograma
  • 3. O Registro Eletrocardiográfico Cada “quadradinho” corresponde a 1 mm.
  • 4. O CICLO CARDÍACO ONDA P = Despolarização Atrial (contração) INTERVALO PR = Nó atrioventricular (atraso proposital)
  • 5. Onda P  Primeira onda registrada no ECG.  Arredondada, simétrica, de pequena amplitude (menor que 2,5mm).  Duração de no máximo 0,10s.  Onda P positiva em D1, D2 e aVF; negativa em aVR.  Deve ser seguida pelo QRS → relação atrio- ventricular 1:1
  • 6. Intervalo PR  Medido do início da onda P até a onda Q.  Corresponde ao tempo que o impulso elétrico leva para atingir os ventrículos a partir de sua origem.  Adulto: varia de 0,12 a 0,20 seg.
  • 7. Complexo QRS  Duração entre 0,8 e 0,11 segundos.  Onda Q: deflexão negativa.  Onda R: deflexão positiva.  Onda S: deflexão negativa.
  • 8. Segmento ST  Intervalo entre o fim do QRS (ponto J) e o início da onda T.  Representa o término da despolarização e o início da repolarização ventricular.  É isoelétrico. Deve estar no mesmo nível do PR.
  • 9. Intervalo QT  Define a duração total das fases sucessivas de despolarização e repolarização ventricular. É medido desde o início do QRS até o final da onda T. Preocupa se QT > 0,50s. O QT longo está associado a chances de apresentar arritmias.
  • 10. Onda T  É uma onda única, assimétrica, de ápice arredondado.  Representa a maior fase da repolarização ventricular, isto é, um período em que não há qualquer atividade elétrica no coração.
  • 11. Repolarização atrial  Os átrios se repolarizam cerca de 0,15 a 0,20 segundos após o término da onda P.  É representada pela onda “Ta”.  No mesmo instante em que o complexo QRS é registrado no eletrocardiograma pois isso a onda “Ta” não aparece do traçado. Ela é encoberta pelo complexo QRS.
  • 13. IDENTIFICANDO O RITMO SINUSAL 1. Qual é a frequência cardíaca? 2. Tem complexo QRS? Ele é estreito ou largo? 3. O ritmo é regular ou irregular? 4. Tem onda P facilmente visível? 5. Caso tenha onda P, qual a sua relação com o QRS?
  • 14. 1. Qual é a Frequência Cardíaca? < 60 bpm (Bradicardia) 60 a 100 bpm (Normal) > 100 bpm (Taquicardia) IDENTIFICANDO O RITMO SINUSAL
  • 15. CÁLCULO DA FREQUÊNCIA O eletrocardiograma é realizado em um papel milimetrado, no qual cada “quadradinho” corresponde a 1 mm. Sabe-se que a velocidade padrão das ondas é de 25 mm/s. Então: 25 mm ----- 1 s 1 mm ----- x s x = 1/25 = 0,04 s ou 40 ms Cada quadradinho tem 1 mm e é percorrido em 0,04s ou 40 ms. .
  • 16. CÁLCULO DA FREQUÊNCIA CARDÍACA Para facilitar o cálculo, o papel é composto também de “quadradões”, que possuem 5 “quadradinhos” de 1 mm cada. Logo, 5 X 0,04 s = 0,2 s. A onda percorre o “quadradão” em 0,2 s ou 200 ms.
  • 17. 1 quadradinho = 1mm (40ms ou 0,04s) 1 quadradão = 5 mm (200ms ou ,020s) 60s : 0,04s = 1500 FC = 1500 : distância (em mm) entre duas ondas RR de um ritmo regular. CÁLCULO DA FREQUÊNCIA CARDÍACA FÓRMULA DA FC
  • 18. FÓRMULA DA FC RITMO IRREGULAR • N° de complexos QRS em 10 “quadradões” (2s) x 30 Exemplo: 4 x 30 = 120bpm
  • 19. Intervalo RR de 1Q = 60 / 0,2s = 300bmp Intervalo RR de 2Q = 60 / 0,4s = 150bmp Intervalo RR de 3Q = 60 / 0,6s = 100bmp Intervalo RR de 4Q = 60 / 0,8s = 75bmp EM REGRA GERAL...
  • 20. 2. Tem complexo QRS? Ele é estreito ou largo?  Estreito < 0,12s: Origem Supra Ventricular  Largo > 0,12s: Origem Ventricular IDENTIFICANDO O RITMO SINUSAL
  • 21. 3. Como é o ritmo?  Regular  Irregular IDENTIFICANDO O RITMO SINUSAL
  • 22.
  • 23. 4. Tem onda P facilmente visível?  Sim  Não IDENTIFICANDO O RITMO SINUSAL
  • 24. 5. Caso tenha onda P, qual a sua relação com o complexo QRS?  Uma ou mais ondas P para cada QRS?  Intervalo PR: normal, aumentado, variável? IDENTIFICANDO O RITMO SINUSAL
  • 25. 5. Caso tenha onda P, qual a sua relação com o complexo QRS?  Uma ou mais ondas P para cada QRS?  Intervalo PR: normal, aumentado, variável? RITMO SINUSAL
  • 26. O RECONHECIMENTO E O MANEJO DAS ARRITMIAS CARDÍACAS
  • 27. CLASSIFICAÇÃO Em geral, as arritmias são classificadas pelo mecanismo e sua sede de origem:  Arritmias supra ventriculares ou atriais  Arritmias Ventriculares.
  • 28.  Supraventriculares: – Nó Sinusal – Átrios – Nó AV – Feixe de HIS  Ventriculares: – Fibras de Purkinge – Ventrículos CLASSIFICAÇÃO
  • 30. TAQUICARDIAS  Ritmo superior a 100 bpm.  Desde casos assintomáticos até eventos com instabilidade hemodinâmica.  A menos que esteja presente disfunção ventricular significativa, ritmos abaixo de 150 bpm raramente causam sintomas de comprometimento hemodinâmico.
  • 32. TAQUICARDIA SINUSAL Diagnóstico Eletrocardiográfico: • Estímulos gerados pelo nódulo SA. • Não ocorrem “falhas” nas Palpitações. • Associada à causa desencadeante. • Início e término são gradativos. • Ao exame paciente pode apresentar palpitação e dispneia.
  • 33. ORIGEM  Fisiológica: ◦ Infância, Exercício, Ansiedade, Emoções.  Farmacológica: ◦ Atropina, Adrenalina,  agonistas. ◦ Café, Fumo, Álcool.  Patológica: ◦ Choque, Infecções, Anemia. ◦ Hipertireoidismo, Insuficiência Cardíaca. TAQUICARDIA SINUSAL
  • 34. TAQUICARDIA SUPRAVENTRICULAR Diagnóstico Eletrocardiográfico • FC de 150 bpm, Ritmo regular, QRS Estreito • Crises abruptas, duração variável. • As repercussões dependem da FC e do miocárdio: Isquemia cardíaca, Infarto do Miocárdio, Edema agudo de pulmão.
  • 35.
  • 36.  Responsável por aproximadamente 1/3 das hospitalizações por arritmia.  Geralmente está associada à hipertensão arterial sistêmica ou alguma cardiopatia estrutural.  Consequência de causa temporária ou reversível. A temporária mais comum é a ingesta excessiva de álcool. FIBRILAÇÃO ATRIAL
  • 37.  Mecanismos Envolvidos na FA:  1 ou mais focos de automatismo  Múltiplos circuitos de reentrada  O local de dominância dos disparos situa-se no átrio esquerdo no tecido próximo das veias pulmonares. FIBRILAÇÃO ATRIAL
  • 39. FA - FIBRILAÇÃO ATRIAL Diagnóstico Eletrocardiográfico: • Oscilações de baixa amplitude na linha de base • Ausência de Onda P • Ritmo Ventricular irregular • Ondas F com amplitude, forma e duração variáveis. • Frequência Atrial de 300 a 600 estímulos por minuto.
  • 40. FLUTTER ATRIAL • Ritmo atrial macroreentrante. • O seu circuito é geralmente encontrado no átrio direito. • Ondas F com duração, amplitude e morfologia constantes. • Frequência atrial de 250 a 350 bpm. • Frequência Ventricular geralmente metade da atrial, exceto em flutter de condução AV Variável.
  • 48. TAQUICARDIA VENTRICULAR Complexo QRS regular ou irregular? Taquicardia Ventricular Monomórfica
  • 49. TAQUICARDIA VENTRICULAR Complexo QRS regular ou irregular? Taquicardia Ventricular Polimórfica
  • 52. CRITÉRIOS DE INSTABILIDADE 5 D’s: Dor tórácica Diminuição do nível de consciência Desmaio Diminuição da PA Dispnéia
  • 53. TAQUICARDIA ESTÁVEL CARDIOVERSÃO QUÍMICA QRS ESTREITO <0,12s QRS LARGO ≥ 0,12s REGULAR IRREGULAR REGULAR IRREGULAR ECG 12 derivações Manobras vagais (Tosse, valsalva, seio carotídeo 10 s). Adenosina 6 -12 mg (1s) (a cada 2 min com flush SF 20ml) Se houver recorrência tratar com Adenosina, ß- bloqueador ou Bloqueadores dos canais de cálcio (verapamil ou diltiazam) ECG 12 derivações Controle da frequência com ß- bloqueador (metoprolol 5mg de 5/5 min até 15 mg) ou Bloqueador dos canais de cálcio (verapamil, diltiazem) ECG 12 derivações Antiarrítmico (amiodarona) 150 mg em 100ml – 10 minutos) Segunda linha: procainamida, sotalol. Consulta com especialista Sulfato de Magnésio: 1-2 g em SF 0,9% 100 ml em 5-20 minutos Taquicardia Supraventricular Taquicardia Ventricular
  • 54. TAQUICARDIA INSTÁVEL QRS ESTREITO QRS LARGO REGULAR IRREGULAR REGULAR IRREGULAR 50 A 100J CARDIOVERSÃO SINCRONIZADA 120 A 200J 100J DESFIBRILAÇÃO
  • 56. Bradicardia Sinusal  Fisiológica ◦ Atletas ◦ Qualquer pessoa durante o sono  Farmacológica ◦ Digital ◦ Morfina ◦  bloqueadores  Patológica ◦ Estimulação vagal pelo vômito ◦ Hipotireoidismo ◦ Hipotermia
  • 57. BRADIARRITMIAS Intervalo PR – normal < 0,20s Bloqueio AV de 1º Grau
  • 58. BRADIARRITMIAS Alargamento Progressivo do PR Bloqueio AV de 2º Grau Tipo I
  • 59. BRADIARRITMIAS Presença de onda P normal até não conduzir um QRS Bloqueio AV de 2º Grau Tipo II
  • 61.
  • 62.
  • 63.