Karl Marx acreditava que o sistema capitalista era extremamente desigual e alienante, pois os trabalhadores recebiam apenas o necessário para sua subsistência, como os escravos. Marx defendia a constante revolução dos meios de produção para criar uma sociedade socialista mais igualitária, onde os trabalhadores não fossem alienados. Essa transição para o socialismo só teria êxito após um período de mudanças nas instituições existentes.

1. A existência de um sistema econômico extremamente desigual e
predominante chamou a atenção de Karl Marx. O capitalismo, como ainda é
chamado, destaca-se pelo trabalho assalariado como fator de alienação. A
solução encontrada pelo filósofo revolucionário para essa questão, bem como
para a divisão social em classes, seria a contínua reforma dos meios de
produção.
O trabalho assalariado capitalista seria uma ilusão, pois a maioria dos
trabalhadores recebe apenas o necessário para sua subsistência, tal como no
sistema escravista. Neste, o escravo não recebe por seu trabalho, mas pode
sobreviver adquirindo parte de sua própria produção.
Nesse sentido, as constantes reclamações pelos direitos trabalhistas
refletiriam o esgotamento produtivo do trabalho assalariado. Tal fato exigiria
uma revolução nos instrumentos de produção para mudar as condições sociais,
provocando o nascimento de uma nova sociedade.
Esse novo regime só seria instaurado se mediado pelas instituições do
anterior, pois nenhuma nova construção consegue ser duradoura sem que se
conheça a fundo a base daquilo que se quer substituir.
A revolução proletária, que faria a abolição da divisão em classes, só
teria êxito com a conclusão de um período de transição, o socialismo, que seria
igualitário.
Portanto, nota-se, por parte de Marx, a defesa da constante revolução
dos meios produtivos da sociedade para fazer a construção de um sistema
mais justo e humano, forçando os homens a encarar sem ilusões sua posição
na vida.