2. 1. Ninguém pode servir a dois senhores; pois, ou odiará um e
amará outro, ou se apegará a um e desprezará o outro. Não
podeis servir ao mesmo tempo a Deus e a Mamon.
Quem ou oque é Mamon?
Mamon é um termo derivado da Bíblia, usado para descrever
riqueza material ou cobiça, vinda da palavra hebraica
“Mamom” que significa dinheiro!
Também representado na época como um nobre de
aparência deformada, que carrefa um grande saco de
moedas de outro, e suborna os humanos para obter suas
almas. (Deus da Riqueza)
Salvação dos Ricos!
3. Emmanuel nos diz:
“Como o Reino de Deus ainda não é da Terra, não se pode
satisfazer a Jesus e a mundo a um só tempo. O vicio e o
dever não se aliam na marcha diária...”
... Somos servos dele. Precisamos atender-lhe aos interesses
sublimes, com humildade. E, para isso, é necessário não
fugir do mundo, nem das responsabilidades que nos
cercam, mas, sim, transformar a parte de serviço confiada
ao nosso esforço, nos círculos de luta, em célula de
trabalho do Cristo. Caminho verdade e vida
4. E eis que, chegando-se a ele um jovem, lhe disse: Bom Mestre,
que obras boas devo eu fazer, para alcançar a vida eterna? Jesus
lhe respondeu: Por que me chamais de bom? Bom só Deus.
Porém, se tu queres entrar na vida, guarda os mandamentos.
Ele lhe perguntou: Quais? E Jesus lhe disse? Não cometerás
homicídio; Não adulterarás; Não cometerás furto; Não dirás
falso testemunho; Honra a teu pai e a tua mãe, e amarás ao teu
próximo como a ti mesmo.
O mancebo lhe disse: Eu tenho guardado tudo isso desde a
minha mocidade; que é que me falta ainda? Jesus lhe respondeu:
Se queres ser perfeito, vai, vende o que tens, e dá-o aos pobres, e
terás um tesouro no céu; depois vem e segue-me. O jovem,
porém, como ouviu esta palavra, retirou-se triste; porque tinha
muitos bens.
E Jesus disse aos seus discípulos: Em verdade vos digo que um
rico dificultosamente entrará no Reino dos Céus. Ainda vos
digo mais: que mais fácil é passar um camelo pelo fundo de uma
agulha, do que entrar um rico no Reino dos Céus. (Mateus, XIX:16-24 - Lucas,
XVII:18-25 - Marcos, X: 17-25)
5. A riqueza!!
Não é É
Perigos
-instrumento
de perdição,
-facilidade
no caminho,
-fatalidade
de perdição
Supremo
Excitante:
-Do Orgulho
-Do Egoísmo
-Da vida
Sensual
-Elemento de
progresso,
-Prova muito
arriscada,
-Um meio de
salvação
6. 3. Então lhe disse um homem da plebe: Mestre, dize a meu
irmão que reparta comigo da herança. Porém Jesus lhe
respondeu: Homem, quem me constituiu a mim juiz, ou
partidor, sobre vós outros? Depois lhe disse: Guardai-vos e
acautelai-vos de toda avareza, porque a vida de cada um
não consiste na abundância das coisas que possui. Sobre o
que lhes propôs essa parábola, dizendo: O campo de um
homem rico tinha dado abundantes frutos, e ele revolvia
dentro de si estes pensamentos, dizendo: Que farei, que não
tenho onde recolher os meus frutos? E disse: Farei isto;
derrubarei os meus celeiros e os farei maiores; e neles
recolherei todas as minhas novidades, e os meus bens. E direi
à minha alma: Alma minha, tu tens muitos bens em depósito
para largos anos; descansa, come, bebe, regala-te. Mas Deus
disse a este homem: Néscio, esta noite te virão demandar a
tua alma, e as coisas que tu ajuntaste, para quem serão?
Assim é o que entesoura para si, e não é rico para Deus. (Lucas,
XII: 13- 21).
Guardai-vos da avareza:
7. 4. E tendo entrado em Jericó, atravessa Jesus a cidade. E vivia nela
um homem chamado Zaqueu, e era ele um dos principais entre os
publicanos, e pessoa rica. E procurava ver Jesus, para saber; quem
era, e não o podia conseguir, por causa da muita gente, porque era
pequeno de estatura. E correndo adiante, subiu a um sicômoro para
o ver, porque por ali havia de passar. E quando Jesus chegou;
àquele lugar, levantando os olhos, ali o viu, e lhe disse: Zaqueu,
desce depressa, porque importa que eu fique hoje em tua casa. E
desceu ele a toda pressa, e recebeu-o prazeroso. E vendo isto todos,
murmuravam, dizendo que tinha ido hospedar-se em casa de um
homem pecador. Entretanto Zaqueu, posto na presença do Senhor,
disse-lhe: Senhor, eu estou para dar aos pobres metade dos meus
bens, e naquilo em que eu tiver defraudado alguém, pagar-lhe-ei
quadruplicado. Sobre o que Jesus lhe disse: Hoje entrou a salvação
nesta casa, porque este também é filho de Abraão. Porque o Filho
do Homem veio buscar e salvar o que tinha perecido. (Lucas, XIX: 1-10).
Jesus na casa de Zaqueu!
8. Havia um homem rico, que comia e se vestia muito bem. Havia
também um pobre mendigo, por nome Lázaro, todo coberto de chagas,
que estava deitado à sua porta, e que desejava fartar-se das migalhas
que caíam da mesa do rico, mas ninguém lhes dava elas...Ora sucedeu
morrer este mendigo... E morreu também o rico, ao passar no plano
espiritual, o rico notou que Lázaro estava em meio a um banquete, e
pediu para sentar junto deles, pois tinha fome e cede. Nisso lhes
respondem:
Recebestes teus bens em vida, e Lázaro só teve males, por isso que
agora ele esta aqui e tu neste tormento.
Então o rico diz: Eu te suplico que me envie de volta à casa de meu
pai, para que eu possa avisar meus irmãos, para que não venham para
este lugar de tormento. Disse um bom espirito: Eles tem Moisés e os
profetas; que os ouçam.
Mas o rico suplica: Não, se alguém dentre os mortos for ao seu
encontro, eles se arrependerão
O bom espirito lhe fala: Se eles não escutam a Moisés e nem aos
profetas, também não acreditariam, ainda que alguém dentre os
mortos avise!
O rico e o Pobre
9. Porque assim é como um homem que, ao ausentar-se para
longe, chamou os seus servos e lhes entregou os seus bens. E
deu a um cinco talentos, e a outro dois, e a outro deu um, a
cada um segundo a sua capacidade, e partiu logo. O que
recebera pois cinco talentos, foi-se, e entrou a negociar com
eles e ganhou outros cinco. Da mesma sorte também o que
recebera dois, ganhou outros dois. Mas o que havia recebido
um, indo-se com ele, cavou na terra, e escondeu ali o dinheiro
de seu senhor. E passando muito tempo, veio o senhor
daqueles servos, e chamou-os a contas. E chegando-se a ele o
que havia recebido os cinco talentos, apresentou-lhes outros
cinco talentos, dizendo: Senhor, tu me entregaste cinco
talentos; eis aqui tens outros cinco mais que lucrei. Seu
senhor lhe disse: Muito bem, servo bom e fiel; já que foste fiel
nas coisas pequenas, dar-te-ei a intendência das grandes;
entra no gozo do teu senhor.
Parábola dos Talentos:
10. Da mesma sorte apresentou-se também o que havia recebido
dois talentos, e disse: Senhor, tu me entregaste dois talentos,
e eis aqui tens outros dois que ganhei com eles. Seu senhor
lhe disse: Bem está, servo bom e fiel; já que fostes fiel nas
coisas pequenas, dar-te-ei a intendência das grandes; entra
no gozo de teu senhor. E chegando também o que havia
recebido um talento, disse: Senhor, sei que és homem de rija
condição; segas onde não semeaste, e recolhes onde não
espalhaste; e temendo me fui, e escondi o teu talento na terra;
eis aqui tens o que é teu. E respondendo o seu senhor, lhe
disse: Servo mau e preguiçoso, sabias que sego onde não
semeei, e que recolho onde não tenho espalhado. Devias logo
dar o meu dinheiro aos banqueiros, e vindo eu, teria recebido
certamente com juro o que era meu. Tirai- lhe, pois, o talento,
e dai-o ao que tem dez talentos. Porque a todo o que tem,
dar-se-lhe-á, e terá em abundância; e ao que não tem, tirar-
se-lhe-á até o que parece que tem. E ao servo inútil, lançai-o
nas trevas exteriores: ali haverá choro e ranger de dentes.
(Mateus, XXV:14-30).
11. Como bem utilizá-la?
Promover o bem estar do próximo;
Promover o progresso da ciência/Saúde;
Promover o desenvolvimento da Tecnologia;
Proporcionar condição de trabalho;
Utilizá-la para a necessidade material do maior numero
possível de indivíduos;
Utilidade Providencial da Fortuna!
12. Causa: Nesta ou noutras existências?
Por que não somos igualmente Ricos? Por uma razão muito
simples: é que não são igualmente inteligentes, ativos e laboriosos
para adquirir, nem sóbrios e previdentes para conservar. Aliás, é
uma questão matematicamente demonstrada que, supondo-se feita
essa repartição, o equilíbrio seria rompido em pouco tempo, em
virtude da diversidade de caracteres e aptidões; que, supondo-a
possível e durável, tendo cada um somente o necessário para viver,
isso equivaleria ao aniquilamento de todos os grandes trabalhos
que concorrem para o progresso e o bem-estar da humanidade; que,
portanto, supondo-se que ela desse a cada um o necessário,
desapareceria o estímulo que impulsiona as grandes descobertas e
os empreendimentos úteis. Se Deus a concentra em alguns lugares, é
para que dos mesmos ela se expanda, em quantidades suficientes,
segundo as necessidades.
Desigualdade das Riquezas
13. Oque é a nossa verdadeira Propriedade?
O homem não possui como seu senão aquilo que pode
levardes te mundo. O que ele encontra ao chegar e o que deixa
ao partir, goza durante sua permanência na Terra; mas, desde
que é forçado a deixá-los, é claro que só tem o usufruto, e não
a posse real. O que é, então, que ele possui? Nada do que se
destina ao uso do corpo, e tudo o que se refere ao uso da
alma: a inteligência, os conhecimentos, as qualidades morais.
Eis o que ele traz e leva consigo, o que ninguém tem o poder
de tirar-lhe, e o que ainda mais lhe servirá no outro mundo do
que neste. Dele depende estar mais rico ao partir do que ao
chegar neste mundo, porque a sua posição futura depende do
que ele houver adquirido no bem. Quando um homem parte
para um país longínquo, arruma a sua bagagem com objetos
de uso nesse país, e não se carrega de coisas que lhe seriam
inúteis. Fazei, pois, o mesmo, em relação à vida futura,
aprovisionando-vos de tudo o que nela vos poderá servir
A verdadeira Propriedade!
14. Vosso apego aos bens terrenos é um dos mais fortes entraves ao vosso
adiantamento moral e espiritual. Em virtude desse desejo de aquisição,
destruís as vossas faculdades afetivas, voltando-as inteiramente para as
coisas materiais;
Que a fortuna provenha da vossa família, ou que a tenhais ganho pelo
vosso trabalho, há uma coisa que jamais deveis esquecer: é que tudo vem
de Deus, e tudo a Deus retorna. Nada vos pertence na Terra, nem sequer o
vosso corpo: a morte vos despoja dele, como de todos os bens materiais.
Sois depositários e não proprietários. Não vos enganeis sobre isto. Deus
vos emprestou e tereis que restituir, mas ele vos empresta sob a condição
de que, pelo menos o supérfluo, reverta para aqueles que não possuem o
necessário.
Desprendimento dos bens terrenos;
15. Infelizmente, o homem de posses carrega sempre consigo outro
sentimento, tão forte como o apego à fortuna: é o orgulho. Não é raro
ver-se o novo rico aturdir o infeliz que lhe pede assistência, com a
história dos seus trabalhos e das suas habilidades, em vez de ajudá-lo,
e terminar por dizer: "Faça como eu fiz!“
O Senhor não ordena que atiremos fora o que possuímos, para nos
tornarmos mendigos voluntários, porque então nos transformaríamos
numa carga para a sociedade. Agir dessa maneira seria compreender
mal os desprendimentos dos bens terrenos. É um egoísmo de outra
espécie, porque equivale a fugir à responsabilidade que a fortuna faz
pesar sobre aquele que a possui.
Desperdiçar a fortuna não é desapegar-se dos bens
terrenos, é descuido e indiferença.
16. O desapego dos bens terrenos consiste em considerar a fortuna
no seu justo valor, em saber servir-se dela para os outros e não
apenas para si mesmo, a não sacrificar por ela os interesses da
vida futura, em perdê-la sem reclamar, se aprouver a Deus
retirá-la. Se, por imprevistos revezes, vos tornardes como Jô,
dizei como ele: "Senhor, vós me destes, vós me tirastes; que a
Vossa vontade seja feita." Eis o verdadeiro desprendimento.
Sede submissos desde logo, tendo fé naquele que, assim como
vos deu e tirou, pode devolver-vos. Resisti corajosamente ao
abatimento, ao desespero, que paralisaria as vossas forças.
Nunca vos esqueçais, quando Deus vos desferir um golpe, que ao
lado da maior prova ele coloca sempre uma consolação. Mas
pensai, sobretudo, que há bens infinitamente mais preciosos que
os da Terra, e esse pensamento vos ajudará a desprendervos
deles.
Mas então oque é o verdadeiro desapego?