Um breve resumo de como devemos ser instrutores dos cursos basicos da doutrina espirita, baseado no livro "Curso para intrutores - Como aplicar uma boa aula na casa Espírita
2. O QUE É EVANGELIZAR
• “Evangelizar quer dizer traduzir em espirito e verdade os
ensinamentos do Amado Mestre, derramando-os no coração,
na alma das pobres criaturas; evangelizar é dar exemplos de
humildade, é fugir às pompas e grandezas, às riquezas e
honrarias- colunas levantadas sobre um chão de areia
movediça e que apenas a um sopro da verdade ruem por terra,
fustes e capitéis, pois não compraz a verdade com esses
fundamentos recalcados de vícios e paixões, de misérias, de
tudo quanto, enfim, pelo Cristo foi condenado”
• (Do calvário ao apocalipse – Bittencourt sampaio)
2
3. O INSTRUTOR
• O instrutor (expositor) é o colaborador de um Centro Espírita que tem a
incumbência de divulgar os princípios fundamentais do Espiritismo.
• Discutiremos alguns tópicos deste tema, incluindo a relação ensino-
aprendizagem e a interdependência das funções dentro de um Centro
Espírita.
3
4. O PAPEL DO INSTRUTOR
• Ele é muito mais que um monitor, é o companheiro, o amigo, o
conselheiro, aquele que dá vida e dinamismo à aula, aquele que
impregna os conteúdos da lição com o calor da certeza que tem na
tarefa que realiza.
• Não é um mero transmissor de informações. Os conhecimentos por ele
veiculados guardam a pujança da sua fé e do seu ideal. Vale-se dos
recursos técnicos-pedagógicos indispensável, mas utiliza o amor como
técnica por excelência.
4
5. QUEM É O INSTRUTOR
• Pensadores que antigamente corrompiam a mente popular com as
depravações de espírito já em via de auto - burilamento, formam agora
entre professores laboriosos, aprendendo a ministrar disciplinas, à
custa do próprio exemplo.
• Qual o papel do professor diante dos seus discípulos, senão o de um
revelador? O professor lhes ensina o que eles não sabem, o que não
teriam tempo, nem possibilidade de descobrir por si mesmos, porque a
ciência é obra coletiva dos séculos e de uma multidão de homens que
trazem, cada qual, o seu contingente de observações aproveitáveis
àqueles que vêm depois.
Emmanuel – Leis de amor
5
6. A ESCOLHA DA TÉCNICA DE ENSINO
6
Escolha da
Técnica do
Ensino
Objetivos
propostos
para a
aula
Conteúdo
e tipo de
aprendiza
gem
Espaço
físico
Tempo
disponível
Criativida
de
Caracterí
sticas dos
alunos
Habilidad
es e
experiênc
ias do
instrutor
7. DIVULGAR
• A divulgação dos conhecimentos adquiridos vem de longa data. Se
prestarmos atenção, Jesus se reunia com os seus discípulos, no
sentido de formar novos amplificadores de sua doutrina.
• A Igreja faz essa amplificação através da catequese, do grego
"ressonância", "instruir a viva voz". Instrução metódica e oral sobre
coisas religiosas. Por extensão: doutrinação
• Instrução liga-se a ensino e ensino liga-se a aprendizagem. Por isso, a
discussão da relação ensino-aprendizagem.
• Ensino e aprendizagem ligam-se ao método. Por isso, os vários
métodos de ensino.
• O instrutor deve estar inserido dentro do Centro Espírita. Por isso, a
reflexão sobre a interdependência entre as várias atividades exercidas
numa Casa Espírita.
7
8. DIFERENÇA ENTRE DOUTRINAR E EVANGELIZAR
• Há grande diversidade entre ambas as tarefas. Para doutrinar, basta o
conhecimento intelectual dos postulados do Espiritismo; para evangelizar
é necessário a luz do amor no íntimo.
• Na primeira, bastarão a leitura e o conhecimento; na segunda, é preciso
vibrar e sentir com o Cristo. Por estes motivos, o doutrinador muitas vezes
não é senão o canal dos ensinamentos, mas o sincero evangelizador será
sempre o reservatório da verdade, habilitado a servir às necessidades de
outrem, sem privar-se da fortuna espiritual de si mesmo.
( Emmanuel – o Consolador)
8
9. O PRINCIPIO DO ENSINO
• Todo o instrutor deve ter em mente que há princípios fundamentais para
o estudo, a aprendizagem e transmissão do conhecimento. Entre tais
princípios, citamos:
• 1.º) é preciso que a pessoa sinta necessidade de adquirir conhecimento
- instrução que não é desejada, é educacionalmente negativa;
• 2.º) que aprenda a fazer as coisas, fazendo também - nossas
experiências são a base de nossos pensamentos;
• 3º) parta do conhecido para o desconhecido - isto é, do simples para o
complexo.
9
10. OQUE É ENSINAR
• Não se espantem os adeptos com esta palavra- ensino. Não constitui
ensino unicamente oque é dado do púlpito ou da tribuna, Há também o
da simples conversação.
• Ensina todo aquele que procura persuadir a outro, seja pelo processo
das explicações, seja pelo das experiências. O que desejamos é que
seu esforço produza frutos e é por isto que julgamos de nosso dever
dar alguns conselhos, de que poderão igualmente aproveitar os que
queiram instruir-se por si mesmos. Uns e outros, seguindo-os acharão
meio de chegar com mais segurança e presteza ao fim visado.
Allan Kardec – O livro dos médiuns
10
11. OBJETIVO DO ENSINO
• O objetivo do ensino na Casa Espírita é transmitir ao
educando informações básicas acerca dos princípios
doutrinários, sem ferir o íntimo de cada ouvinte; ao contrário,
criar condições favoráveis à recepção destes postulados,
lembrando que cada um de nós está em níveis de percepção
espiritual diferentes, cabendo ao instrutor ajustar-se às
necessidades de cada grupo.
11
12. OS CURSOS NO CENTRO ESPÍRITA
• O ensino poderia perfeitamente ser ministrado sem os “cursos”. Os
Cursos Regulares, porém, dão outra dinâmica, pois sistematizando as
aulas, tem-se um rendimento muito mais efetivo. Os cursos no Centro
Espírita não podem seguir a dinâmica dos cursos mundanos, com
exames e notas.
• O ensino no Centro Espírita deve ter o condão de nos levar a refletir
que a atitude, tanto de quem ensina como de quem aprende, é formar
almas, compenetradas de suas responsabilidades, perante a si
mesmos e perante aos outros.
12
13. CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES
• Para atuar na área de ensino, o colaborador deve ter as seguintes
características:
• 1) não medir esforços para a preparação do assunto que irá expor;
• 2) ter facilidade de expor idéias aos outros;
• 3) estar a par das regras de oratória e exposição;
• 4) Ter a disciplina com o horário,
13
14. • 5) ser amante do conhecimento, não só espírita, mas de cultura
geral;
• 6) não se melindrar com críticas e observações acerca de sua
exposição;
• 7) dar abertura à influência do plano espiritual superior;
• 8) Estar sempre embasado em uma obra espirita;
14
15. • 9) Fazer com que todos do grupo estejam incluídos, nos estudos, testes,
dinâmicas, conversas e etc;
• 10) Estar sempre atento nos estudos em grupo, observando oque cada um
esta falando;
• 11) Cuidar com que as conversas não tomem outros rumo, o assunto em
estudo, tem que ser sempre o principal a ser conversado;
• 12) É importante estar sempre em contato com os alunos;
• 13) Sempre falar a “língua” dos instruídos;
15
16. PREPARANDO UMA AULA
• O instrutor deve ter em mente as técnicas de exposição. Hoje, mais do que
nunca precisamos estar a par dos avanços da informática: recursos dos
programas de PowerPoint, por exemplo.
• Em se tratando das técnicas de exposição, há os diversos métodos de
ensino, que nos orientam sobre palestra, dinâmica de grupo, debates
orientados, sessão de brainstormings, entre outros.
• Tudo deve ser feito com critério, pois como se diz: “Se Jesus, na sua
época, tivesse usado o PowerPoint, não teria nenhum discípulo”. Quer
dizer, a postura e a empatia do expositor contam mais do que as
aparelhagens modernas.
16
17. ATUANDO COMO INSTRUTOR
• Em se tratando de uma Casa Espírita, onde nos ensinam que o
Espírito já adquiriu conhecimentos em outras existências, o diálogo é
de fundamental importância, pois um aluno com vivências passadas
mais ricas do que a nossa, pode também nos ensinar muito,
tornando a aula mais proveitosa.
17
18. CIÊNCIA, FILOSOFIA E RELIGIÃO
• O instrutor deve procurar expressar a Doutrina Espírita em seu tríplice
aspecto, ou seja, em termos da filosofia, da ciência e da religião.
• Para muitos, a interligação parece difícil, mas o Espiritismo, sendo uma
síntese de todo o conhecimento veiculado, pode analisar um assunto
qualquer sob estes três aspectos.
• Com isso, desviamo-nos do comodismo de repetir frases de efeito, que
não nos levam muito longe em nossas reflexões sobre a própria doutrina.
18
19. SERIEDADE E CONTINUIDADE NOS ESTUDOS DE ESPIRITISMO
• “Dissemos que o espiritismo é toda uma ciência, toda uma filosofia. Quem,
pois, seriamente queira conhecê-lo deve, como primeira condição, dispor-
se a um estudo sério e persuadir-se de que ele não pode, como nenhuma
outra ciência, ser aprendido a brincar.
• O espiritismo, também já o dissemos, entende com todas as questões que
interessam a humanidade; tem imenso campo, e o que principalmente
convém é encará-lo pelas suas consequências.
Allan Kardec – Livro dos Médiuns
19
20. O PROBLEMA DA OPINIÃO PESSOAL
• Evitar o “eu acho”, “eu penso”, “eu imagino”.
• Nosso problema é expor a Doutrina, lembrando que o termo doutrinário
significa quem obedece rigidamente aos princípios da própria doutrina,
prestando atenção à teoria no seu sentido abstrato, mais do que no
prático.
• Podemos e devemos usar as nossas próprias palavras, mas alicerçadas
no conhecimento refletido e alicerçado nos fundamentos básicos do
espiritismo.
20
21. O INSTRUTOR DIANTE DO CENTRO ESPÍRITA
• O instrutor deve ter em mente que ele é uma peça na organização global
de uma Casa Espírita.
• Achar que a sua função é mais importante do que as outras pode fazê-lo
desviar da verdade e cair no erro. Lembremo-nos de que cada um dos
diversos frequentadores de uma Casa Espírita está ali para desenvolver
uma função primordial.
• Ninguém é mais do ninguém, porque todos trabalhamos para a unidade,
que se chama Centro Espírita que, por principio não tem dono. É apenas
uma organização religiosa.
21
22. SEPARAR O FALSO DO VERDADEIRO
• Isto pelo que nos diz respeito. Os que desejem tudo conhecer de uma ciência
devem necessariamente ler tudo oque se ache escrito sobre a matéria, ou, pelo
menos, o que haja de principal, não se limitando a um único autor. Devem
mesmo ler o pró e o contra, as críticas como as apologias, inteirar-se dos
diferentes sistemas, a fim de poderem julgar por comparação.
• Por esse lado, não preconizamos, nem criticamos obra alguma, visto não
querermos, de nenhum modo, influenciar a opinião que dela se possa formar.
Trazendo nossa pedra ao edifício, colocamo-nos nas fileiras. Não nos cabe ser
juiz e parte e não alimentamos a ridícula pretensão de ser o único distribuidor da
luz, toca ao leitor separar o bom do mau, o verdadeiro do falso .
Allan Kardec – O livro dos médiuns
22
23. CONDUTA MORAL DO INSTRUTOR
• Estudar para aprender. Aprender para trabalhar. Trabalhar para servir sempre
mais. (Emmanuel e André Luiz – Estude e viva).
• Depois de entender as frases do livro edificante, imprima-as no próprio verbo.
Estudo assimilado, conversação enobrecida.
(Emmanuel e André Luiz – Estude e viva)
• Dirigir primeiramente as obras fundamentais do espiritismo, para entrar em
seguida nos setores práticos, em particular no que diga respeito à
mediunidade. Teoria meditada, ação segura...
Disciplinar-se na leitura, no que concerne a horários e anotações, melhorando
por si mesmo o próprio aproveitamento, não se cansando de repetir estudos
para fixar o aprendizado. Aprende mais que estuda melhor
André Luiz – Conduta espirita
23
24. CONCLUSÃO
• Estejamos convictos de que só ensina quem aprende.
• Não sejamos os falsos profetas do Evangelho, aqueles que se
colocam como disseminadores da doutrina do Cristo e não
passam de expositores do erro e da discórdia.
24