O documento discute a importância de prestar atenção às "pequenas pedras", ou pequenos detalhes, em nossa vida. Ele usa a metáfora de tropeçar em pedras pequenas para representar pequenos deslizes ou hábitos que podem levar a problemas maiores se não forem observados. Ele incentiva a auto-reflexão e atenção plena para identificar esses pontos fracos e evitá-los, melhorando assim a saúde e o bem-estar.
2. CHICO XAVIER!
Mas a criatura, quase sempre, cai é pelo
óbvio. É óbvio, mas a gente se esquece.
Então, uma fraterna lembrança em torno
dos nossos deveres imediatos nunca é
demais.
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3. Ninguém tropeça em montanha.
Tropeçamos em pedras pequenas quase que
todos os dias, e o acúmulo de nossas pequenas
quedas é que nos leva muitas vezes ao chão das
enfermidades
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4. Cuidado com as pequenas pedras, pois elas nos parecem
inofensivas.
Quando os excessos à mesa se repetem, quando os abusos da
bebida se sucedem, quando o descontrole emocional não
cessa, tenha certeza de que o corpo vai apresentar mais tarde
a conta dos nossos desequilíbrios.
Tropeçar em pedra pequena pode ser um pequeno suicídio
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5. Um método eficiente para evitar esse mal consiste em você
identificar primeiramente as pedras, nas quais tem tropeçado
e, ao avistá-las em seu caminho, ativar firmemente o poder
da sua atenção.
Consciente e ao máximo sua ação de comer, beber, falar, agir
ou qualquer outra conduta que você esteja querendo
modificar.
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6. Por exemplo, pesquisas demonstram que pessoas que se
alimentam diante da televisão geralmente comem 30% a
mais do que o habitual.
Comem mais porque perdem a atenção no ato de comer por
causa da atenção que dedicam a televisão.
Tropeçamos nas pedras sem olhar para elas. Comemos sem
sentir o gosto da comida. Falamos sem pensar no que vamos
dizer. Agimos sem pensar nas consequências. Estamos ao
lado das pessoas e nem sempre estamos com elas
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7. Quando colocamos nossa mente em alerta, as pedras vão
naturalmente desaparecendo, como se colocássemos uma bola de
sorvete perante o sol, que derreteria em poucos minutos.
Por essa razão, o autoconhecimento é indicado pelos Espíritos de Luz
como o caminho mais eficaz para melhorarmos nesta vida.
Quanto mais nos observarmos, sem nenhum propósito de
autocondenação, mais lucidez teremos sobre o nosso comportamento,
mais cientes estaremos sobre onde se encontram as pedras nas quais
tropeçamos, e assim poderemos evita-las naturalmente, sem nenhuma
tensão.
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8. Jesus viveu com extrema atenção sobre as próprias atitudes e
situações que experimentava.
Chorou quando era preciso chorar. Comeu quando tinha
fome e jejuou quando era preciso fortalecer seu espírito.
Festejou quando o momento era de festa.
Falou com doçura quando estava diante dos pecadores, mas
não deixou de ser enérgico com os fariseus e hipócritas.
Por isso, o Mestre é o caminho, a verdade e a vida para todos
nós que vivemos a doença da desatenção
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10. O REI E A PEDRA!
Conta-se que um rei era muito sábio e não poupava esforços para ensinar bons
hábitos a seu povo. Frequentemente fazia coisas que pareciam estranhas e inúteis;
mas tudo que fazia era para ensinar o povo a ser trabalhador e cauteloso.
Dizia ele: Nada de bom pode vir a uma nação cujo povo reclama e espera que
outros resolvam seus problemas. Deus dá as coisas boas da vida a quem lida com os
problemas por conta própria.
Uma noite, enquanto todos dormiam, ele pôs uma enorme pedra na estrada que
passava pelo palácio. Depois foi se esconder atrás de uma cerca, e esperou para ver
o que acontecia.
Primeiro veio um fazendeiro com uma carroça carregada, Quem já viu tamanho
descuido? Por que esses preguiçosos não mandam retirar essa pedra da estrada? E
seguiu seu trajeto
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11. Logo depois, um jovem soldado veio cantando pela estrada. Ele pensava na
maravilhosa coragem que mostraria na guerra e não viu a pedra, mas tropeçou nela
e se estatelou no chão poeirento.
Ergueu-se, sacudiu a poeira da roupa, pegou a espada e enfureceu-se com os
preguiçosos que insensatamente haviam largado aquela pedra imensa na estrada.
Assim passou o dia. Todos que ali passavam, reclamavam e resmungavam por
causa da pedra, colocada no caminho.
Finalmente, a filha do moleiro por lá passou. Estava cansada, por ter trabalhado o
dia todo no moinho.
Ao ver a pedra, pensou que logo iria escurecer e alguém poderia se machucar,
tropeçando nela. Empurrou e empurrou, até que conseguiu tirá-la do lugar.
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12. Para sua surpresa, embaixo da pedra, encontrou uma caixa. Era pesada. Na
tampa havia os seguintes dizeres:
“Esta caixa pertence a quem retirar a pedra.”
Ela abriu a caixa e descobriu que estava cheia de ouro. Correu para casa, feliz;
“Muitas vezes encontramos pedras no caminho, podemos sentar e reclamar,
mas se retirarmos as pedras e olharmos bem de pertinho, poderemos
encontrar ali um grande tesouro.”
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13. REFLEXÃO
Toparás com pedras; olha e afasta-as tu mesmo.
Nós te daremos a força necessária, se a
quiseres empregar.
(O Livro dos Médiuns, 2ª Parte, cap. XXVI, nos 291 e seguintes.)
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