2. Não se pode servir a Deus e a mamon
1. Salvação do ricos;
2. Guardar-se da avareza;
3. Jesus em casa de Zaqueu
4. Parábola do mau rico;
5. Parábola dos talentos;
6. Utilidade providencial da foruna;
7. Desigualdade das riquezas;
8. I.E: A verdadeira propriedade;
9. Emprego da Fortuna;
10. Desprendimento dos bens terrenos.
O Evangelho Segundo o Espiritismo
Cap. XVI
3. MAMON
Na antigüidade, conforme sabemos, eram cultuados
muitos deuses. Mamon, contudo, não era o nome de
uma divindade e sim um termo de origem aramaica que
significava dinheiro, riqueza.
Mamon era uma divindade pagã que representava o
dinheiro, as riquezas materiais.
4. O Senhor não te identificará pelos
tesouros que ajuntaste, pelas bênçãos
que retiveste, pelos anos que viveste no
corpo físico. Reconhecer-te-á pelo
emprego dos teus dons, pelo valor de
tuas realizações e pelas obras que
deixaste, em torno dos teus próprios pés.
5. Servir a um senhor é estar
sintonizado com seus objetivos
como também estar à disposição
para seguir suas orientações.
Adenauer Novaes
Da obra “Psicologia do Evangelho”
6. Ao se escolher um, naturalmente
estar-se-á negando o outro. Um
dita um tipo de caminho, o
outro, a direção oposta.
Adenauer Novaes
Da obra “Psicologia do Evangelho”
7. O importante é sabermos que temos
que aprender a fazer escolhas e
assumir as conseqüências da opção
feita. Quando optamos por algo
devemos ter consciência de que
estamos renunciando a outra coisa.
Adenauer Novaes
Da obra “Psicologia do Evangelho”
8. Então, aproximou-se dele um mancebo e disse: Bom mestre, que bem devo
fazer para adquirir a vida eterna? - Respondeu Jesus: Por que me chamas bom?
Bom, só Deus o é. Se queres entrar na vida, guarda os mandamentos. - Que
mandamentos? retrucou o mancebo. Disse Jesus: Não matarás; não cometerás
adultério; não furtarás; não darás testemunho falso. - Honra a teu pai e a tua
mãe e ama a teu próximo como a ti mesmo.
O moço lhe replicou: Tenho guardado todos esses mandamentos desde que
cheguei à mocidade. Que é o que ainda me falta? -Disse Jesus: Se queres ser
perfeito, vai, vende tudo o que tens, dá-o aos pobres e terás um tesouro no céu.
Depois, vem e segue-me.
Ouvindo essas palavras, o moço se foi todo tristonho, porque possuía grandes
haveres. - Jesus disse então a seus discípulos: Digo-vos. em verdade que bem
difícil é que um rico entre no reino dos céus. - Ainda uma vez vos digo: É mais
fácil que um camelo passe pelo buraco de uma agulha, do que entrar um rico
no reino dos céus
Jesus – Novo Testamento
S. MATEUS, cap. XIX, vv. 16 a 24.
S. LUCAS, cap. XVIII, vv. 18 a 25.
S. MARCOS, cap. X, vv. 17 a 25
9. Jesus tinha a intenção de falar apenas ao jovem que estava diante dele?
Ou tinha a intenção de falar a todos os homens e mulheres, quem sabe a
todos os cristãos? Sua palavra queria referir-se a uma escolha pessoal,
ou significava um ideal a ser procurado por toda a sociedade? A
pergunta de Jesus ao jovem rico deveria ser dirigida não só para a
sociedade inteira, como também para cada pessoa que a integra. Ela
nos coloca diante de opções sérias e duras, que residem na raiz da nossa
atual e dolorosa insatisfação com a situação mundial.
O que Jesus propôs ao jovem rico: liberdade de coração, libertação das
correntes que nos prendem aos desejos terrenos e sincera preocupação
com os outros. Liberdade de coração: esta é a chave que nos abre a
possibilidade de discernimento. A verdadeira solicitude pela justiça
social, a preocupação com pobres e sofredores, a abertura para os
problemas de outras nações, a questão de uma ordem social universal
capaz de fazer nascer uma nova “civilização do amor”.
Carlo Maria Martini
da obra “Viver os valores do Evangelho”
Jesus e o jovem rico: comparação com
uma sociedade materialista
12. Havia um homem rico, que vestia púrpura e linho e se tratava magnificamente
todos os dias. - Havia também um pobre, chamado Lázaro, deitado à sua porta, todo
coberto de úlceras, - que muito estimaria poder mitigar a fome com as migalhas que
caíam da mesa do rico; mas ,ninguém lhas dava e os cães lhe viam lamber as chagas.
- Ora, aconteceu que esse pobre morreu e foi levado pelos anjos para o seio de
Abraão. O rico também morreu e teve por sepulcro o inferno. - Quando se achava nos
tormentos, levantou os olhos e via de longe Abraão e Lázaro em seu seio - e,
exclamando, disse estas palavras: Pai Abraão, tem piedade de mim e manda-me Lázaro,
a fim de que molhe a ponta do dedo na água para me refrescar a língua, pois sofro
horrível tormento nestas chamas.
Mas Abraão lhe respondeu: Meu filho, lembra-te de que recebeste em vida teus
bens e de que Lázaro só teve males; por isso, ele agora esta na consolação e tu nos
tormentos.
Ao demais, existe para sempre um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os
que queiram passar daqui para aí não o podem, como também ninguém pode passar do
lugar onde estás para aqui.
Disse o rico: Eu então te suplico, pai Abraão, que o mandes à casa de meu pai, -
onde tenho cinco irmãos, a dar-lhes testemunho destas coisas, a fim de que não venham
também eles para este lugar de tormento. - Abraão lhe retrucou: Eles têm Moisés e os
profetas; que os escutem. - Não, meu pai Abraão, disse o rico: se algum dos mortos for ter
com eles, farão penitência. - Respondeu-lhe Abraão: Se eles não ouvem a Moisés, nem
aos profetas, também não acreditarão, ainda mesmo que algum dos mortos ressuscite.
S. LUCAS, cap. XVI, vv. 19 a 31
13. Muitos hoje apelam a Deus em busca de bens materiais.
Porém, Paulo exorta que o cristão se contente ao ter as
necessidades básicas supridas (6:8; veja Filipenses 4:10-13).
A procura da riqueza traz somente tristeza e tropeços na
vida de quem quer servir a Deus, pois vem de um coração
enraizado no mundo e não no Senhor (6:9-10; veja
Colossenses 3:1-2). De fato, o servo de Deus não deve
procurar a riqueza, porque tal procura é vã e gasta tempo
que deve ser usado na busca da piedade e da vida eterna
(Mateus 6:24-34).
Perigos da riqueza
14. A questão nos é dirigida por Jesus: que daria um
homem em troca de sua alma? S. Marcos 8 vv 37
Por que o homem terreno investe tanto em sua felicidade no mundo e se consagra
tão pouco aos bens imperecíveis da alma?! Por que se troca por valores tão insignificantes,
com reais prejuízos à sua paz?! Quão difícil é para a alma apartar-se do corpo perecível que
a envolve! Justamente por este seu apego excessivo às coisas materiais é que, ao
desencarnar, o homem não consegue libertar-se mentalmente do jugo da matéria. Os que se
interessam pelo ouro orbitarão em torno dele; os que se concentram em determinado vício
não terão outros anseios que não sejam os de satisfazê-lo...
Que temos dado em troca de nossa alma? Temos oferecido na interessante
transação a nossa renúncia: o nosso sacrifício, o nosso devotamento, o nosso idealismo, a
nossa boa-vontade, a nossa solidariedade?!... Temos aberto mão do que não interessa para as
nossas ambições de caráter espiritual ou estamos como aquele homem da parábola do
Mestre que passou a vida inteira construindo celeiros, sempre cada vez maiores, sem que a
sua avareza lhe desse sequer tempo para desfrutar do que acumulara, quando a morte o
arrebatou para o necessário ajuste de contas?!
Meditemos com seriedade na questão que o Senhor nos propôs. Se o homem do
mundo é rico pela medida do que retém, de acordo com a Contabilidade Divina, o homem,
seja na Terra ou no Além, é afortunado na proporção exata do que doa.
Irmão José
“Evangelho e Doutrina”
Carlos A. Baccelli
Que damos nós?
15.
16. Um considerável contingente aguarda esperançoso que, de uma hora para
outra, desapareçam do cenário social a violência, a criminalidade, as
injustiças e todos os demais problemas que assoberbam a Humanidade. Com
esse procedimento, tais companheiros dão a entender que as alterações que
ocorrerão na Terra dependem, única e exclusivamente, do decurso do tempo.
Mais do que nunca se torna oportuna a lembrança da máxima evangélica
“Buscai e achareis”. Isso implica dizer que o momento presente reclama uma
atitude mais participativa dos espíritas no encaminhamento e nas soluções
dos problemas sociais. No caso dos espíritas, não pode mais ficar confinada
ao recinto dos centros e limitar-se aos trabalhos meramente assistenciais que,
muitas vezes, se restringem ao auxílio material. O caráter universal do
Evangelho exige que ele saia para fora das instituições religiosas, a fim de
cumprir o seu papel social, confortando, dando esperança e promovendo a
reforma do homem e da sociedade. Essa foi a intenção que moveu Jesus
quando, imperativamente, ordenou a seus seguidores: “Ide por todo mundo,
pregai o Evangelho a toda criatura” (Marcos 16, 15).
José Carlos Monteiro de Moura
da Revista Reformador nº 2.084 - Nov/2002
O espírita e os problemas sociais
17. servir-se do dinheiro sem ser por ele escravizado. Jesus pede aos desfavorecidos
que fechem o coração à cobiça.
Aos privilegiados pede que se desfaçam do supérfluo em proveito
daqueles que não tem o necessário. Libertando-se o coração de bens secundários,
aumenta-se a capacidade de amar a Deus e ao próximo.
Destruindo o preconceito que associa a felicidade do homem à posse de
bens exteriores, Jesus nos ensina a criarmos nós mesmos a felicidade. Todos os
bens materiais podem ser perdidos. Mas os conhecimentos de um homem, suas
habilidades, sua moral, sua força criadora, a sua condição de filho de Deus fazem
parte de seu eu; ninguém as pode tirar. As qualidades interiores, pessoais,
constituem sua verdadeira riqueza.
A riqueza do cristão
Georges Chevrot
“O Sermão da Montanha”
A primeira condição a realizar para ser cristão é
uma independência profunda quanto à fortuna. Qualquer
redistribuição da fortuna pública é solução provisória. O
ponto de partida se encontra no desprendimento, estado de
espírito de independência perante as riquezas que ajuda a