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Prevenção de Infecção do Trato Urinário
relacionada à Assistência à Saúde
Serviço de Controle de Infecção Hospitalar
Infecção relacionada à assistência à
saúde (IRAS)
• Instituições de saúde vem trabalhando para criar
condições de segurança para pacientes, profissionais
de saúde, ambiente e comunidade;
• A prevenção e o controle das infecções representam
uma das iniciativas mais importantes para a segurança
do paciente;
• As IRAS são responsáveis por aumento de custos, do
tempo de internação e da morbimortalidade;
Infecção do Trato Urinário (ITU)
É a infecção ou colonização do trato urinário (uretra,
bexiga, ureter e rins) por microrganismos.
Agentes Infecciosos
• Enterobactérias: Escherichia coli é o agente mais frequente;
Klebsiella pneumoniae; Enterobacter sp; etc.
• Bactérias não fermentadoras (Pseudomonas, Burkholderia,
Sternotrophomonas, Acinetobacter )
• Enterococcus spp também são isolados.
Infecção do Trato Urinário (ITU)
• A infecção do trato urinário (ITU) é uma das mais comuns
entre as IRAS diagnosticadas em hospitais e unidade de
longa permanência.
• Em alguns hospitais americanos representa 40% das IRAS
e em hospitais no Reino Unido representam 23%.
• Estudos demonstram que 16 a 25% dos pacientes adultos
hospitalizados terão cateter vesical de demora durante a
internação.
• As ITUs são responsáveis por 20% dos episódios de
bacteremia associada à assistência à saúde.
Sonda Vesical de Demora (SVD)
• 80% das ITU são atribuídas à sonda vesical;
• 16% a 25% dos pacientes internados fazem uso de sonda
vesical;
• O risco diário de desenvolver ITU varia de 3-7% em
pacientes com SVD;
• Mais de 40% dos pacientes em UTI tem indicação
inapropriada de cateterização vesical.
• Após 30 dias de uso de SVD com sistema fechado 100% dos
pacientes apresenta bacteriúria.
Fatores de Risco
Intrínsecos:
• Idade avançada;
• Sexo (diferenças anatômicas
inerentes);
• Diabetes;
• Imunodeficiência;
• Desnutrição;
• Insuficiência renal.
Extrínsecos: Cateter
Vesical de Demora
• Indicação adequada;
• Cuidados na inserção;
• Duração da cateterização;
• Manutenção do sistema
fechado de drenagem;
• Manipulação da bolsa de
drenagem.
Vias de entrada dos microrganismos
Intraluminal (por dentro da sonda)
• Quebra do sistema fechado (abertura do CVD)
• Contaminação da bolsa coletora de urina (mau
uso da luva ou falha na higienização das mãos)
Extraluminal (por fora da SVD)
• Precoce - no momento da passagem da SVD
• Tardia - ascensão da bactéria pela parede da
SVD (formação de biofilme)
Bexiga
Bolsa Coletora
Prevenção de ITU
Nós conhecemos os
BUNDLES?
“Bundles” ou pacotes de medidas
Prevenção de ITU
Inserção do cateter vesical com técnica asséptica e
manutenção do sistema segundo recomendações
Inserção do cateter vesical com técnica asséptica e
manutenção do sistema segundo recomendações
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE
ü Higienização das mãos conforme diretrizes do SCIH (POP.CIH.009).
ü Separar todo material que será utilizado.
ü Explicar o procedimento ao paciente e garantir sua privacidade.
ü Paramentar com os EPI’S adequados para o procedimento.
ü Posicionar adequadamente o paciente
• MULHER: Posição dorsal com as pernas
afastadas e joelhos flexionados.
• HOMEM: Posição dorsal com pernas
levementes afastadas.
Meus 5 Momentos para Higiene das Mãos
Foco no cuidado do paciente com cateter urinário
4 pontos importantes para um
paciente com SVD
• Certifique-se da indicação adequada da SVD;
• Utilize um sistema de drenagem fechado e o mantenha
fechado;
• Insira a SVD utilizando luvas estéreis;
• Pergunte-se diariamente se a SVD ainda é necessária.
Cuidados na Manutenção da SVD
• O cateter urinário deverá sempre ser
mantido acima do solo e a bolsa de
drenagem abaixo do nível da bexiga.
• Esvaziar a bolsa coletora ao atingir 2/3
de sua capacidade (cuidados devem ser
tomados com a extremidade do
dispositivo de saída)
Cuidados na Manutenção da SVD
MANUSEIO CORRETO DO CATETER
Ø Após a inserção, fixar o cateter de modo seguro e que não permita tração ou
movimentação;
Ø Trocar todo o sistema quando ocorrer desconexão, quebra da técnica asséptica ou
vazamento;
Ø Coletar amostras de urina através de local próprio após desinfecção com álcool a 70%
(apenas quando necessário)
Ø Manter o fluxo de urina desobstruído;
Ø Esvaziar a bolsa coletora regularmente, utilizando recipiente coletor individual e evitar
contato do tubo de drenagem com o recipiente coletor;
Ø Realizar a higienização rotineiramente do meato uretral.
Cuidados na Manutenção da SVD
Porque temos que trocar também a SVD caso o
sistema tenha sido desconectado por acidente?
A abertura acidental do
sistema coletor, pode
fa c i l i ta r a e nt ra da de
m i c r o r g a n i s m o s q u e
causam a Infecção de Trato
Urinário.
Importância da fixação adequada da SVD
• Lesões no meato uretral;
• Dobras que podem obstruir a SVD;
• Tração acidental;
• Excessiva movimentação do cateter
dentro da uretra.
EVITA
Importância da fixação adequada da SVD
FIXAÇÃO ADEQUADA – HOMEM
ü Região suprapúbica ou hipogástrica;
ü Região inguinal direita ou esquerda.
Importância da fixação adequada da SVD
FIXAÇÃO ADEQUADA – MULHER
ü Face interna da coxa.
Você sabe qual é a diferença entre
Sistema FECHADO e ABERTO?
Mantém o circuito fechado, ou seja, não
há contato com o meio externo.
ü Usado com cateter vesical de demora;
ü Não deve ser violado durante o uso.
Vantagens:
ü Possui válvula antirrefluxo, que impede
que a urina retorne para a bexiga;
ü Evita odor.
Fechado
Há contato com o meio externo.
ü Usado com condom;
ü Frasco coletor sistema aberto.
Desvantagens:
ü Se invertido a urina pode extravasar;
ü Não possui válvula antirefluxo.
Aberto
Referência
Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Medidas de Prevenção de Infecção
Relacionada à Assistência à Saúde. – Brasília: ANVISA, 2013.
O primeiro requisito de um hospital é que
ele jamais deveria fazer mal ao doente.
Florence Nightingale
Prevenção de ITU com cuidados na SVD

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Prevenção de ITU com cuidados na SVD

  • 1. Prevenção de Infecção do Trato Urinário relacionada à Assistência à Saúde Serviço de Controle de Infecção Hospitalar
  • 2. Infecção relacionada à assistência à saúde (IRAS) • Instituições de saúde vem trabalhando para criar condições de segurança para pacientes, profissionais de saúde, ambiente e comunidade; • A prevenção e o controle das infecções representam uma das iniciativas mais importantes para a segurança do paciente; • As IRAS são responsáveis por aumento de custos, do tempo de internação e da morbimortalidade;
  • 3. Infecção do Trato Urinário (ITU) É a infecção ou colonização do trato urinário (uretra, bexiga, ureter e rins) por microrganismos.
  • 4. Agentes Infecciosos • Enterobactérias: Escherichia coli é o agente mais frequente; Klebsiella pneumoniae; Enterobacter sp; etc. • Bactérias não fermentadoras (Pseudomonas, Burkholderia, Sternotrophomonas, Acinetobacter ) • Enterococcus spp também são isolados.
  • 5. Infecção do Trato Urinário (ITU) • A infecção do trato urinário (ITU) é uma das mais comuns entre as IRAS diagnosticadas em hospitais e unidade de longa permanência. • Em alguns hospitais americanos representa 40% das IRAS e em hospitais no Reino Unido representam 23%. • Estudos demonstram que 16 a 25% dos pacientes adultos hospitalizados terão cateter vesical de demora durante a internação. • As ITUs são responsáveis por 20% dos episódios de bacteremia associada à assistência à saúde.
  • 6. Sonda Vesical de Demora (SVD) • 80% das ITU são atribuídas à sonda vesical; • 16% a 25% dos pacientes internados fazem uso de sonda vesical; • O risco diário de desenvolver ITU varia de 3-7% em pacientes com SVD; • Mais de 40% dos pacientes em UTI tem indicação inapropriada de cateterização vesical. • Após 30 dias de uso de SVD com sistema fechado 100% dos pacientes apresenta bacteriúria.
  • 7. Fatores de Risco Intrínsecos: • Idade avançada; • Sexo (diferenças anatômicas inerentes); • Diabetes; • Imunodeficiência; • Desnutrição; • Insuficiência renal. Extrínsecos: Cateter Vesical de Demora • Indicação adequada; • Cuidados na inserção; • Duração da cateterização; • Manutenção do sistema fechado de drenagem; • Manipulação da bolsa de drenagem.
  • 8. Vias de entrada dos microrganismos Intraluminal (por dentro da sonda) • Quebra do sistema fechado (abertura do CVD) • Contaminação da bolsa coletora de urina (mau uso da luva ou falha na higienização das mãos) Extraluminal (por fora da SVD) • Precoce - no momento da passagem da SVD • Tardia - ascensão da bactéria pela parede da SVD (formação de biofilme) Bexiga Bolsa Coletora
  • 9. Prevenção de ITU Nós conhecemos os BUNDLES?
  • 12. Inserção do cateter vesical com técnica asséptica e manutenção do sistema segundo recomendações
  • 13. Inserção do cateter vesical com técnica asséptica e manutenção do sistema segundo recomendações DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE ü Higienização das mãos conforme diretrizes do SCIH (POP.CIH.009). ü Separar todo material que será utilizado. ü Explicar o procedimento ao paciente e garantir sua privacidade. ü Paramentar com os EPI’S adequados para o procedimento. ü Posicionar adequadamente o paciente • MULHER: Posição dorsal com as pernas afastadas e joelhos flexionados. • HOMEM: Posição dorsal com pernas levementes afastadas.
  • 14. Meus 5 Momentos para Higiene das Mãos Foco no cuidado do paciente com cateter urinário
  • 15. 4 pontos importantes para um paciente com SVD • Certifique-se da indicação adequada da SVD; • Utilize um sistema de drenagem fechado e o mantenha fechado; • Insira a SVD utilizando luvas estéreis; • Pergunte-se diariamente se a SVD ainda é necessária.
  • 16. Cuidados na Manutenção da SVD • O cateter urinário deverá sempre ser mantido acima do solo e a bolsa de drenagem abaixo do nível da bexiga. • Esvaziar a bolsa coletora ao atingir 2/3 de sua capacidade (cuidados devem ser tomados com a extremidade do dispositivo de saída)
  • 17. Cuidados na Manutenção da SVD MANUSEIO CORRETO DO CATETER Ø Após a inserção, fixar o cateter de modo seguro e que não permita tração ou movimentação; Ø Trocar todo o sistema quando ocorrer desconexão, quebra da técnica asséptica ou vazamento; Ø Coletar amostras de urina através de local próprio após desinfecção com álcool a 70% (apenas quando necessário) Ø Manter o fluxo de urina desobstruído; Ø Esvaziar a bolsa coletora regularmente, utilizando recipiente coletor individual e evitar contato do tubo de drenagem com o recipiente coletor; Ø Realizar a higienização rotineiramente do meato uretral.
  • 18. Cuidados na Manutenção da SVD Porque temos que trocar também a SVD caso o sistema tenha sido desconectado por acidente? A abertura acidental do sistema coletor, pode fa c i l i ta r a e nt ra da de m i c r o r g a n i s m o s q u e causam a Infecção de Trato Urinário.
  • 19. Importância da fixação adequada da SVD • Lesões no meato uretral; • Dobras que podem obstruir a SVD; • Tração acidental; • Excessiva movimentação do cateter dentro da uretra. EVITA
  • 20. Importância da fixação adequada da SVD FIXAÇÃO ADEQUADA – HOMEM ü Região suprapúbica ou hipogástrica; ü Região inguinal direita ou esquerda.
  • 21. Importância da fixação adequada da SVD FIXAÇÃO ADEQUADA – MULHER ü Face interna da coxa.
  • 22. Você sabe qual é a diferença entre Sistema FECHADO e ABERTO? Mantém o circuito fechado, ou seja, não há contato com o meio externo. ü Usado com cateter vesical de demora; ü Não deve ser violado durante o uso. Vantagens: ü Possui válvula antirrefluxo, que impede que a urina retorne para a bexiga; ü Evita odor. Fechado Há contato com o meio externo. ü Usado com condom; ü Frasco coletor sistema aberto. Desvantagens: ü Se invertido a urina pode extravasar; ü Não possui válvula antirefluxo. Aberto
  • 23. Referência Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde. – Brasília: ANVISA, 2013. O primeiro requisito de um hospital é que ele jamais deveria fazer mal ao doente. Florence Nightingale