1) A oração do fariseu se concentrou em exaltar a si mesmo, listando suas próprias virtudes em contraste com os outros. 2) O publicano reconheceu-se como pecador e pediu misericórdia a Deus com humildade. 3) Enquanto o fariseu será humilhado, o publicano, por sua humildade, será exaltado.
2. TEXTO DO DIA
• “[…] Qualquer que a si mesmo se exalta será
humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha
será exaltado” (Lc 18.14).
3. SÍNTESE
• Na parábola do fariseu e do publicano, Jesus nos
ensina preciosas lições através das orações desses
personagens. Justificação, misericórdia divina,
coração sincero e o valor da humildade são alguns
dos temas abordados.
4. OBJETIVOS
EVIDENCIAR o perigo da glorificação do “eu” na
oração do fariseu;
DEMONSTRAR a dinâmica da misericórdia divina na
oração do publicano.
5. TEXTO BÍBLICO
Lucas 18.9-14.
• 9 — E disse também esta parábola a uns que confiavam em si
mesmos, crendo que eram justos, e desprezavam os outros:
• 10 — Dois homens subiram ao templo, a orar; um, fariseu, e o
outro, publicano.
• 11 — O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira:
Ó Deus, graças te dou. porque não sou como os demais
homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como
este publicano.
6. • 12 — Jejuo duas vezes na semana dou os dízimos de tudo
quanto possuo.
• 13 — O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem
ainda queria levantares olhos ao céu, mas batia no peito,
dizendo: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador!
• 14 — Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e
não aquele; porque qualquer que a si mesmo se exalta será
humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será
exaltado.
7. INTRODUÇÃO
• As parábolas eram amplamente utilizadas por
Jesus para ensinar as verdades acerca do Reino de
Deus. Vamos estudar a do fariseu e do publicano.
Trata-se de dois homens que foram ao templo
orar. Cada um revelou uma postura
completamente distinta da do outro. Um saiu
ainda mais imerso em pecado, ou outro,
justificado voltou para a sua casa.
10. • Assim que o fariseu chegou ao templo,
permaneceu em pé e sozinho justamente para
não se misturar com as demais pessoas, que não
eram dignas de sua presença. Também buscou
estar em uma posição que lhe conferisse um
destaque. Logo no início, falou: “não sou como os
demais homens”, e começou a apontar as falhas
dos outros a fim de diminuí-los. Foi buscando
ficar sozinho, se exaltando por uma pretensa
santidade.
12. • Com uma postura inflada e excessivamente
confiante, buscava adorar a um deus chamado
“orgulho próprio”. Em sua oração de
aproximadamente três dezenas de palavras, se
autopromove sete vezes: Não sou como os
demais, não roubo, não sou injusto, não
adultero, não sou como o publicano, jejuo e dou
os dízimos. Não há espaço ao Deus amoroso em
sua fala, apenas para a promoção de suas
próprias “supostas” qualidades.
14. • A oração do fariseu foi, se considerarmos o número
de palavras, sete vezes mais extensa do que a do
publicano. Além disso, foi construída com a
finalidade de apresentar alguém que, aos olhos do
autor, deveria ser exaltado. Tal exaltação iniciara já
quando o homem procurou estar de pé à frente. Era
uma “ode” a si mesmo. Em nossas trajetórias e
experiências, fujamos dessa armadilha terrível que é
o “orgulho” e sejamos sempre conscientes de que
Deus é o nosso refúgio e a nossa fortaleza (Sl 46.1).
Descansemos nEle.
17. • Os publicanos eram indesejados pelos judeus, pois
eram os responsáveis pelo recolhimento dos
impostos. Entre alguns conhecidos do Novo
Testamento podemos citar os publicanos Mateus e
Zaqueu. Muitas vezes eram impedidos de entrar nas
sinagogas e no templo e tinham poucas amizades, já
que ninguém queria ser visto em companhia de tais
pessoas. Porém, o publicano da parábola se
encontrava no templo buscando uma experiência
com Deus e sentindo a profunda distância entre o
sagrado e a sua vida, envolta em falhas e pecados.
19. • O publicano, ao ouvir falar das verdades divinas,
sentiu o seu coração arder. A sua consciência
acusava os seus pecados e o levava a um
incômodo crescente. Era preciso fazer algo!
Enfim, para onde ir? Não havia para onde fugir
nem onde se esconder, só havia uma
possibilidade: Deus!
• Quando o homem se percebe pecador, tem início
o processo que o deixará pronto para ser
finalmente salvo.
21. • O pobre homem chegou diante de Deus com
humildade e reconheceu a sua condição
pecaminosa. Não havia espaço para orgulho nem
para sentimentos altivos, apenas para o
reconhecimento de sua condição pecaminosa e o
profundo desejo de ser libertado e transformado,
e assim foi.
• Segundo Jesus, esse foi justificado (Lc 18.14). Era
o dia de iniciar uma nova vida.
22. CONCLUSÃO
• Ao estudarmos as orações presentes na parábola do
fariseu e do publicano podemos perceber duas
grandes verdades: o quanto as aparências enganam e
quão maravilhosa é a misericórdia de Deus por nossas
vidas. Que possamos, ao orar, buscar o Senhor com
integridade e sinceridade confessando nossas falhas,
aceitando o sacrifício de Cristo e com alegria celebrar
a oportunidade que nos é dada em ser chamados
filhos de Deus.