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Aula 2
Preparando-se para o Processo de Avaliação
O processo de avaliação econômica pode trazer benefícios
para além de seus resultados diretos, pois ajuda a clarear muitas
questões relativas ao escopo e ao propósito do projeto em análise.
Introdução – escopo
e objetivos do curso
avaliação de impacto
ótica da avaliação
econômica
para compreender
a avaliação
a projetos sociaissociais na prática
na prática trabalhos individuaisdos trabalhos
O Curso
Aula 1 Aula 3
A intuição por trás
da metodologia da
Aula 2
Como estruturar
projetos sociais pela
Aula 4
Os conceitos
estatísticos necessários
Aula 6
Como aplicar o conceito
de Retorno Econômico
Aula 5
Técnicas para estimar
o impacto dos projetos
Aula 7
Como calcular
o retorno econômico
Aula 9
Avaliação final e
apresentação dos
Aula 8
Estudos de caso
e discussão
Plano de Aula
Objetivo:
Orientar a construção de conceitos e a coleta
de informações que serão essenciais para a avaliação
econômica de projeto social ou política pública.
Temas a serem trabalhados:
- Marco lógico
- Público-alvo
- Objetivo
- Indicadores
- Dados/fontes de informações
Avaliação Econômica
Por onde e de que maneira começar?
Para que sua avaliação seja útil e relevante é fundamental ter muita
clareza sobre as ações desenvolvidas e o que se pretende com elas.
Resposta: definindo as perguntas que a avaliação do seu
projeto deverá tentar responder.
Marco Lógico
Marco Lógico
- Para situar a Avaliação Econômica dentro da gestão de um projeto
social, pode ser útil conhecer a metodologia do Marco Lógico.
- O Marco Lógico (Matriz Lógica ou Quadro Lógico) é uma possível
ferramenta de gestão que facilita o processo de elaboração,
acompanhamento e avaliação de projetos.
- Ele permeia todas as etapas de um projeto: concepção, planejamento,
execução, monitoramento, reformulação.
- Por meio dessa metodologia, busca-se estruturar a “lógica” da
intervenção, organizando e explicitando a estratégia para alcançar o
objetivo desejado.
Marco Lógico
TEMPO
INSUMOS AÇÕES PRODUTOS RESULTADO IMPACTO
Recursos
materiais,
financeiros
e humanos
disponíveis
Modus operandi
e articulação
com o
público-alvo
Parte das ações
realizadas que
se traduzem em
algo tangível
Efeitos
imediatos
decorrentes das
ações do projeto
Mudanças que o
projeto causou
na vida dos
beneficiários
ELABORAÇÃO E EXECUÇÃO AVALIAÇÃO ECONÔMICA
MONITORAMENTO
Marco Lógico
Exemplo: Programa Saúde da Família
INSUMOS AÇÕES PRODUTOS RESULTADO IMPACTO
Equipes de
atenção
básica, postos
de saúde,
alimentos,
remédios, etc.
Profissionais
de saúde
observando
as famílias,
distribuição
de remédios
Visitas para
prevenir o início
de doenças
evitáveis
Número de
remédios
distribuídos,
de doenças
identificadas
e de pessoas
encaminhadas
para o SUS.
Redução
da taxa de
mortalidade
infantil e
internação
de idosos
ELABORAÇÃO E EXECUÇÃO AVALIAÇÃO ECONÔMICA
MONITORAMENTO
Marco Lógico
Um projeto social é, em geral, composto por ciclos. Após a primeira
fase de execução, a avaliação econômica permite identificar pontos
de melhoria e dá insumos para reformulações.
MONITORAMENTO
ELABORAÇÃO E
EXECUÇÃO
AVALIAÇÃO
ECONÔMICA
REFORMULAÇÃO
Marco Lógico
Qual é o
PÚBLICO-ALVO que
elas desejam atingir?
Podem ser
verificados por quais
INDICADORES?
E como
podemos obter
esses DADOS?
E quais
são os seus
OBJETIVOS?
INSUMOS AÇÕES PRODUTOS RESULTADO IMPACTO
Recursos Modus operandi Parte das ações Efeitos Mudanças que o
materiais, e articulação realizadas que imediatos projeto causou
financeiros com o se traduzem em decorrentes das na vida dos
e humanos
disponíveis
público-alvo algo tangível ações do projeto beneficiários
Público-alvo
Público-alvo
Definiremos público-alvo como o segmento ao qual se destinam as
ações de um projeto, ou seja, a população na qual se espera gerar
mudanças/impacto.
O público-alvo não precisa ser formado por grupo de pessoas,
necessariamente.
Exemplo: um projeto ambiental pode ter uma rede hidrográfica ou
uma zona de vegetação como seu público-alvo.
Público-alvo
O público-alvo engloba não somente seus beneficiários efetivos, mas toda
a população que o projeto gostaria de atingir.
Um projeto social pode ou não atender todo o seu público-alvo.
O CRUSP atende parcialmente o seu
público-alvo.
Exemplo: o Conjunto Residencial da USP
(CRUSP) oferece moradia para os alunos
vindos de outras cidades e de baixa renda,
com capacidade para cerca de 1.200
estudantes.
O Bolsa Família procura atender
todo o seu público-alvo.
Exemplo: o programa Bolsa Família atende
todas as famílias que tenham renda familiar
per capita abaixo do nível de pobreza (R$
140 em 2013).
Público-alvo
A definição do público-alvo envolve o mapeamento das
características dos seus beneficiários (indivíduos ou não)
de forma clara e objetiva, o que é essencial para a realização
da avaliação econômica.
Exemplo: faixa etária, renda familiar, escolaridade, ocupação,
região geográfica, características demográficas, etc.
Quando o público-alvo escolhido coincide com os participantes das
ações, podemos, em geral, nos guiar pelos critérios de seleção ou
de elegibilidade do projeto social (e.g. faixa etária, renda familiar,
escolaridade, ocupação, região geográfica, etc.).
Sua Vez! – Exemplos
Situação 1 – Diagnóstico:
Ao monitorar indicadores relacionados à qualidade da educação
(notas escolares, frequência escolar, aprovação, evasão, etc.), a
secretaria estadual de educação elaborou um programa de reforço
para os alunos das escolas públicas estaduais do ensino médio da
zona leste da cidade de São Paulo.
Alunos do ensino médio das escolas públicas
estaduais da zona leste da cidade de São Paulo.
Público-alvo?
Sua Vez! – Exemplos
Situação 2 – Diagnóstico:
Estudantes de medicina constataram um elevado grau de desnutrição
infantil nas crianças de 0 a 5 anos da zona rural do Vale do Ribeira.
Os estudantes pretendem iniciar um trabalho de visitas domiciliares
com o intuito de disseminar informações sobre nutrição e distribuir
alimentos.
Crianças de até 5 anos da zona rural do Vale Ribeira.
Público-alvo?
Sua Vez! – Exemplos
Situação 3 – Diagnóstico:
Foram identificados muitos casos de febre tifoide em favelas
pacificadas do Rio de Janeiro.A doença é causada por uma bactéria
que se desenvolve no lixo. Identificou-se também que, apesar de
existirem caçambas nas favelas e haver coleta frequente, há muito lixo
em terrenos baldios e ruas, pois os moradores não levam o lixo até as
caçambas.Além disso, pesquisas mostraram que é mais fácil mudar o
comportamento de crianças e jovens do que de adultos, evidenciando
a importância de ações preventivas junto às escolas da região.
Favelas pacificadas do Rio de Janeiro.
Público-alvo?
Objetivo
Objetivo
Os objetivos de um projeto social dizem respeito ao propósito da ação,
isto é, ao impacto que seus formuladores pretendem gerar na sociedade.
Um projeto pode ter diversos objetivos, de naturezas diferentes. A
avaliação econômica, entretanto, investiga o alcance apenas de
objetivos mensuráveis.
Perguntas que ajudam a clarear o objetivo:
3. Qual mudança se pretende realizar na vida dos beneficiários?
2. Qual realidade social se quer alterar com as ações do projeto?
1. Qual a utilidade do projeto para a sociedade?
Para realizar a avaliação econômica é importante que os objetivos do
projeto sejam claros e bem definidos. O objetivo não pode ser geral.
O objetivo de um programa deve transparecer aquilo que de
fato pretende-se mudar na vida dos seus beneficiários.
Exemplo: “melhorar a qualidade de vida” é um objetivo geral.
Pode-se melhorar a qualidade de vida de tantas maneiras que não
conseguimos saber nem mesmo a área de atuação do projeto.
Melhora-se a qualidade de vida por meio de melhorias na saúde,
moradia, educação, etc.
Objetivo
Objetivo não é uma ação.
Objetivo
- Objetivo: diminuir a incidência de doenças respiratórias.
- Meta: reboco e pintura de 100 residências até o final deste ano.
Exemplo:
Objetivo não é meta.
- Objetivo: diminuir a incidência de doenças respiratórias.
- Ação: reformar moradias irregulares da periferia de São Paulo.
Exemplo:
Sua Vez! – Exemplos
Situação 1 - Diagnóstico:
Melhorar a aprendizagem dos estudantes do ensino médio das
escolas públicas estaduais da zona leste da cidade de São Paulo.
Objetivo?
Ao monitorar indicadores relacionados à qualidade da educação (notas
escolares, frequência escolar, aprovação, evasão, etc.), a secretaria
estadual de educação elaborou um programa de reforço para os alunos
das escolas públicas estaduais do ensino médio da zona leste da
cidade de São Paulo.
Situação 2 - Diagnóstico:
Sua Vez! – Exemplos
Reduzir a desnutrição entre crianças de 0 a 5 anos da zona rural
do Vale do Ribeira.
Objetivo?
Estudantes de medicina constataram um elevado grau de desnutrição
infantil nas crianças de 0 a 5 anos da zona rural do Vale do Ribeira.
Os estudantes pretendem iniciar um trabalho visitas domiciliares com
o intuito de disseminar informações sobre nutrição e distribuir
alimentos.
Situação 3 - Diagnóstico:
Sua Vez! – Exemplos
Diminuir o número de casos de febre tifoide em favelas
pacificadas do Rio de Janeiro.
Objetivo?
Foram identificados muitos casos de febre tifoide em favelas
pacificadas do Rio de Janeiro. A doença é causada por uma
bactéria que se desenvolve no lixo. Identificou-se também que,
apesar de existirem caçambas nas favelas e haver coleta
frequente, há muito lixo em terrenos baldios e ruas, pois os
moradores não levam o lixo até as caçambas. Além disso,
pesquisas mostraram que é mais fácil mudar o comportamento de
crianças e jovens do que de adultos, evidenciando a importância
de ações preventivas junto às escolas da região.
Hora de praticar
Indicadores
Indicadores
Indicadores são medidas ou parâmetros, geralmente numéricos,
usados para descrever as realizações de um projeto social.
Os indicadores têm por finalidade traduzir conceitos abstratos em
informações simplificadas e resumidas, que sejam ferramentas úteis
para tomadas de decisão sobre o projeto.
Os indicadores são, por natureza, reducionistas e, portanto, capazes
de retratar apenas uma parte da realidade.
A escolha de indicadores adequados é fundamental para que a
avaliação econômica tenha significado para o gestor do projeto
e responda às perguntas de seu interesse.
Indicadores
Os indicadores de um projeto social podem ser de três tipos:
- Indicadores de Impacto: avalia a efetividade do projeto social
e os efeitos produzidos em seu público-alvo (ex.: renda dos
beneficiários, número de casos de dengue, desempenho
escolar).
- Indicadores de Resultados: permitem que se observe os
alcances diretos do projeto (ex.: número de beneficiários,
número de ações realizadas, recursos financeiros
arrecadados).
- Indicadores de Monitoramento: possibilitam um
diagnóstico da execução do projeto, importante no
gerenciamento da rotina de trabalho (ex.: número de horas
gastas no treinamento de funcionários).
Indicadores de Impacto
A avaliação econômica sempre analisa indicadores de impacto,
a fim de avaliar um projeto em relação ao alcance (ou não) dos
efeitos pretendidos.
É a partir da variação nos indicadores de impacto que se quantifica,
de forma objetiva, os impactos gerados pelo projeto.
- Quanto mais precisa for a definição dos objetivos, mais
fácil será a identificação de indicadores de impacto.
- Os indicadores de impacto se relacionam intimamente
aos objetivos do projeto.
Indicadores de Impacto
Idealmente, um bom indicador de impacto deve possuir as seguintes
características:
Os indicadores de impacto podem conter informações
quantitativas ou qualitativas, mas devem ser sempre numéricos.
- Relação direta com as ações realizadas.
- Perenidade (possibilidade de observação em qualquer
momento do tempo).
- Confiabilidade (fácil observação, poucos erros de medida).
- Fácil construção e baixo custo.
- Fácil entendimento e comunicação.
Indicadores Quantitativos
As informações quantitativas são objetivas e, muitas vezes, já
constituem indicadores de impacto válidos. Ex.: nota dos alunos em
uma prova, peso de uma criança, salário de um indivíduo.
Em outros casos, os dados quantitativos podem ser combinados ou
transformados para melhor capturar o efeito que se deseja observar.
Taxa de evasão escolar.
Exemplo: número de alunos que abandonaram a escola e
número total de alunos.
Renda familiar per capita.
Exemplo: renda familiar e número de integrantes da família.
Indicadores Quantitativos
É comum que haja o interesse em utilizar informações de natureza
qualitativa na avaliação de impacto. Ex.: grau de satisfação dos
participantes, qualidade de um serviço, gênero, etc.
Muitas informações qualitativas também podem ser transformadas
em indicadores de impacto, mesmo quando expressam opiniões
pessoais.
Existem alguns artifícios para que as informações qualitativas também
possam ser estruturadas numericamente em uma base de dados.
Indicadores Qualitativos
Exemplo: grau de satisfação do aluno com a escola:
- Muito satisfeito = 3
- Satisfeito = 2
- Pouco satisfeito = 1
Pode-se combinar o uso de indicadores quantitativos e
qualitativos, a fim de enriquecer a análise.
Exemplo: inserção no mercado de trabalho:
- Está empregado = 1
- Está desempregado = 0
Indicadores Qualitativos
Os indicadores de impacto podem traduzir efeitos de curto, médio
ou longo prazo do projeto social.Assim, a escolha de indicadores
adequados precisa levar em conta a maturidade do projeto.
Curto prazo
Médio prazo
Longo prazo
diminuição da evasão (após 1 ano de intervenção)
aumento da taxa de conclusão do ensino médio
(após 3 anos de intervenção)
aumento da renda do trabalho dos jovens
(após 5 anos de intervenção)
Exemplo: ação para aumentar/despertar o interesse de alunos
do ensino médio pelos estudos:
Sua Vez! – Exemplos
Situação 1 – Objetivo:
Melhorar o desempenho escolar dos estudantes do ensino médio
das escolas públicas estaduais da zona leste da cidade de São Paulo.
Quais indicadores podemos selecionar para um projeto
com esse objetivo?
Frequência escolar, notas no ENEM, taxa de
ingresso no ensino superior, etc.
Sua Vez! – Exemplos
Situação 2 – Objetivo:
Reduzir a desnutrição infantil entre as crianças de 0 a 5 anos da zona
rural do Vale do Ribeira.
Quais indicadores podemos selecionar para um projeto
com esse objetivo?
Relação peso/altura, IMC, etc.
Sua Vez! – Exemplos
Situação 3 – Objetivo:
Diminuir o número de casos de febre tifoide em favelas pacificadas.
Quais indicadores podemos selecionar para um projeto
com esse objetivo?
Número de casos de febre tifoide por km², porcentagem da
população que manifestou febre tifoide nos últimos 12 meses,
etc.
Hora de praticar
Dados/Fontes de informações
Dados/Informações
Para realizar a avaliação econômica é preciso construir um banco
de dados.
A avaliação depende da qualidade da informação coletada. Dados
incompletos, incorretos ou imprecisos levam a conclusões errôneas!
As informações utilizadas devem ser de fácil observação, e o custo
para verificar sua veracidade deve ser baixo.
Microdados
A avaliação de impacto exige a utilização dos chamados microdados.
Microdados consistem no menor nível de observação possível de um
dado, possibilitando cálculos estatísticos.
Exemplo: informações como “10% dos beneficiários são
homens e 90% são mulheres” ou “10% dos beneficiários
são brancos, 40% são pardos e 50% são negros” não
bastam!
Microdados
Os microdados utilizados para a execução da avaliação de impacto
podem ser de duas naturezas:
Os dados primários são customizados, os secundários não.
1. Dados primários: são dados originais, coletados em primeira
mão especificamente para o projeto.
2. Dados secundários: já foram coletados (usualmente por
órgãos governamentais) e estão disponíveis ao público. Ex.:
censos, pesquisas domiciliares, séries estatísticas, bancos de
dados, etc.
Fontes Primárias
1. Cadastro do projeto:
- Em geral, o cadastro do projeto é uma das fontes de informação
mais importantes para a avaliação de impacto.
- Planejar a avaliação desde o início do projeto permite
incluir informações desejadas já na ficha de inscrição, o que
facilitará todo o processo avaliativo.
- Ele pode ser feito a partir de questionário preenchido pelos
interessados em participar do projeto no processo de seleção
(ficha de inscrição).
Fontes Primárias
Quais informações devem constar no cadastro inicial?
O cadastro deve conter todos os dados necessários/relevantes
para a caracterização do público-alvo do projeto e também as
informações referentes aos indicadores de impacto no “marco
zero”.
A coleta de informações descoladas de uso intencional
posterior atrapalha o armazenamento dos dados e pode
desvirtuar o foco de informações que realmente interessam.
Não existe uma única resposta para essa pergunta.
Fontes Primárias
Exemplo: projeto que oferece atividades educativas
no contraturno escolar.
Cadastro:
1. Nome do estudante
2. Idade
3. Gênero
4. Cor ou raça
5. Escolaridade da mãe
6. Renda familiar
7. Número de membros da família
8. Escola que frequenta
9. Série em que estuda
10. Código de identificação
Indicadores de Impacto:
- Distorção idade/série
-Taxa de frequência escolar
- Nota de matemática na Prova Brasil
Objetivo:
Melhorar o aproveitamento escolar
Público-alvo:
Crianças de baixo nível socioeconômico do
ensino fundamental
Fontes Primárias
Exemplo: projeto que conscientiza mães de baixa renda sobre
nutrição infantil.
Cadastro:
1. Identificação da mãe e da criança
2. Peso e altura da criança
3. Idade da mãe
4. Idade da criança (em meses)
5. Tempo de amamentação
6. Número de filhos
7. Renda familiar
8. Número de horas trabalhadas
pela mãe
9. Se a criança frequenta creche
Indicadores de Impacto:
- Relação idade/peso
- Relação idade/altura
- IMC
Objetivo:
Melhorar a nutrição infantil
Público-alvo:
Crianças de 0 a 3 anos, nascidas em
famílias de baixa renda
Fontes Primárias
2. Pesquisa de campo:
- Para observar os indicadores de impactos após o projeto, muitas
vezes é preciso ir a campo e obter informações diretamente com
o público-alvo.
- As pesquisas de campo podem ser realizadas por meio de entrevistas
domiciliares, telefonemas, eventos organizados para a coleta de dados,
questionário eletrônico, etc.
- Por isso é muito importante que o cadastro inicial também
possua formas para localização posterior do candidato. Ex.:
endereço, endereço de um parente, telefone, e-mail, rede
social, etc.
Fontes Primárias
Existe uma “tentação” de coletar mais e mais dados. Isso implica
custos de tempo e de recursos.
Elimine questões do tipo “é bom saber”, que não são essenciais.
Antes de aplicar o questionário no seu grupo de tratamento ou
controle, faça uma aplicação teste (pré-teste) em um grupo
de pessoas parecidas com o seu público-alvo para verificar a
qualidade do instrumento.
Testar o questionário pode ser muito útil para corrigir questões
ambíguas, mal formuladas ou mesmo incluir questões faltantes.
Fontes Primárias
Para construir um questionário, procure:
6. Evitar perguntas retroativas – elas precisam contar com a
memória dos entrevistados.
5. Usar opções de resposta fechadas – digitar e/ou codificar
respostas em forma de texto pode ser impreciso e tomar
muito tempo.
4. Não fazer perguntas subjetivas ou ambíguas.
3. Não conduzir o respondente para uma resposta desejável.
2. Ser breve – não seja redundante, o entrevistado se cansa.
1. Usar palavras simples – não complique.
Fontes Primárias
7. Evitar fazer hipóteses sobre o perfil/tipo do entrevistado.
Prefira:
1. Você trabalha?
a. Sim
b. Não
2. Qual sua remuneração no emprego
principal?
Nessa pergunta, você assumiu que o entrevistado trabalha.
Exemplo: qual sua remuneração em seu trabalho principal?
Fontes Primárias
8. Incluir NR/NS (não respondeu/não sabe) como opção de resposta –
muitas vezes os respondentes não querem ou não sabem responder a
uma questão.
9. Incluir também a opção NA (não se aplica) – é muito importante
diferenciar as pessoas para as quais a pergunta não se aplica
daquelas que não quiseram ou não sabiam responder.
Exemplo: Qual é sua faixa de renda?
a. 0;
b. Até 3 salários mínimos;
c. Mais de 3 salários mínimos;
d. NS/NR;
e. NA.
Fontes Primárias
Problemas comuns com os questionários:
- Diferença de interpretação das perguntas entre entrevistadores –
treine todos os entrevistadores antes da aplicação
- Diferença de interpretação das perguntas entre entrevistado e
entrevistador
- Problemas de fluxo (pulos ou perguntas incoerentes)
- Faltam opções de resposta
- Faltam perguntas importantes
- Questionários muito longos
Base de Dados
Os microdados coletados precisam ser digitalizados.
Para serem usadas na avaliação, as informações precisam estar
em formato de banco de dados numéricos:
nome identificador idade nota (%) sexo escol. mãe projeto
João 1 16 50 0 1 0
Maria 2 17 100 1 4 0
Júlia 3 16 80 1 2 0
Rafael 4 18 70 0 3 1
Antônio 5 19 55 0 5 1
Marina 6 17 70 1 1 1
Do Papel para a Base de Dados
As bases de microdados devem estar organizadas de forma a serem
compreendidas por softwares estatísticos:
1. Cada indivíduo corresponde a uma linha.
2. Cada informação (indicador) corresponde a uma coluna.
3. Todas as informações precisam estar em formato numérico;.
4. Crie um código numérico único para cada indivíduo – isso evitará
erros de grafia, homônimos, etc.
5. É preciso ter informação sobre os participantes e controles –
não se esqueça de identificar quem participou do projeto!
Fontes Secundárias
Algumas fontes de dados públicas que podem ser úteis para
a avaliação são:
- DATASUS: dados do Sistema Único de Saúde.
- IpeaData: reúne diversas informações socioeconômicas, de
diferentes fontes oficiais.
- RAIS/CAGED: dados do mercado de trabalho formal.
- INEP: informações relativas à educação (Censo Escolar, Censo da
Educação Superior, Prova Brasil, SAEB, ENEM).
- IBGE/SIDRA: informações sobre a população e a economia
brasileira (Censo Demográfico, PNAD, POF, PIA, PME).
Comentários Finais
Nesta aula: discussão dos elementos essenciais para a avaliação
econômica dos projetos sociais e políticas públicas. Vocês aprenderam
os conceitos de público-alvo, de objetivo do projeto, indicadores
de impacto e base de dados.
Próxima aula: introdução à avaliação de impacto.
Trabalho Individual
Exemplo: projeto que conscientiza mães de baixa renda sobre
nutrição infantil
I. Mapa do Projeto III. Dados
A. Objetivos A. Instrumentos de coleta
B. Ações B. Informações coletadas
C. Público-alvo
IV. Retorno Econômico
II. Avaliação de Impacto A. Benefícios
A. Indicadores de impacto B. Custo econômico
B. Grupos de tratamento C. Análise de viabilidade
C. Grupo de controle
*** Entrega Parcial ***
***Apresentação e Entrega Final***
D. Metodologia
Trabalho Individual
Agora você já pode aplicar os conceitos desenvolvidos ao projeto de
seu interesse, definindo:
I. Projeto II. A avaliação
A. Objetivos A. Indicadores de impacto
i. Quais são? i. Quais são?
B. Ações
i. Quais são?
ii. Como se relacionam com os
objetivos?
C. Público-alvo iii. Como podem ser coletados?
i. Quais são as características
que o definem?
ii. Elas coincidem com os critérios
de seleção?
iii. Todos os participantes do
projeto estão no seu
público-alvo?
Saiba Mais
IPEADATA: nas seções ‘Social’ e ‘Regional’, há várias séries
estatísticas com informações nos níveis municipal e estadual sobre
assistência social, demografia, desenvolvimento humano, educação,
habitação, saúde, mercado de trabalho, etc.
www.ipeadata.gov.br

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AULA 2: Como estruturar Projetos Sociais pela Ótica da Avaliação Econômica

  • 1. Aula 2 Preparando-se para o Processo de Avaliação
  • 2. O processo de avaliação econômica pode trazer benefícios para além de seus resultados diretos, pois ajuda a clarear muitas questões relativas ao escopo e ao propósito do projeto em análise.
  • 3. Introdução – escopo e objetivos do curso avaliação de impacto ótica da avaliação econômica para compreender a avaliação a projetos sociaissociais na prática na prática trabalhos individuaisdos trabalhos O Curso Aula 1 Aula 3 A intuição por trás da metodologia da Aula 2 Como estruturar projetos sociais pela Aula 4 Os conceitos estatísticos necessários Aula 6 Como aplicar o conceito de Retorno Econômico Aula 5 Técnicas para estimar o impacto dos projetos Aula 7 Como calcular o retorno econômico Aula 9 Avaliação final e apresentação dos Aula 8 Estudos de caso e discussão
  • 4. Plano de Aula Objetivo: Orientar a construção de conceitos e a coleta de informações que serão essenciais para a avaliação econômica de projeto social ou política pública. Temas a serem trabalhados: - Marco lógico - Público-alvo - Objetivo - Indicadores - Dados/fontes de informações
  • 5. Avaliação Econômica Por onde e de que maneira começar? Para que sua avaliação seja útil e relevante é fundamental ter muita clareza sobre as ações desenvolvidas e o que se pretende com elas. Resposta: definindo as perguntas que a avaliação do seu projeto deverá tentar responder.
  • 7. Marco Lógico - Para situar a Avaliação Econômica dentro da gestão de um projeto social, pode ser útil conhecer a metodologia do Marco Lógico. - O Marco Lógico (Matriz Lógica ou Quadro Lógico) é uma possível ferramenta de gestão que facilita o processo de elaboração, acompanhamento e avaliação de projetos. - Ele permeia todas as etapas de um projeto: concepção, planejamento, execução, monitoramento, reformulação. - Por meio dessa metodologia, busca-se estruturar a “lógica” da intervenção, organizando e explicitando a estratégia para alcançar o objetivo desejado.
  • 8. Marco Lógico TEMPO INSUMOS AÇÕES PRODUTOS RESULTADO IMPACTO Recursos materiais, financeiros e humanos disponíveis Modus operandi e articulação com o público-alvo Parte das ações realizadas que se traduzem em algo tangível Efeitos imediatos decorrentes das ações do projeto Mudanças que o projeto causou na vida dos beneficiários ELABORAÇÃO E EXECUÇÃO AVALIAÇÃO ECONÔMICA MONITORAMENTO
  • 9. Marco Lógico Exemplo: Programa Saúde da Família INSUMOS AÇÕES PRODUTOS RESULTADO IMPACTO Equipes de atenção básica, postos de saúde, alimentos, remédios, etc. Profissionais de saúde observando as famílias, distribuição de remédios Visitas para prevenir o início de doenças evitáveis Número de remédios distribuídos, de doenças identificadas e de pessoas encaminhadas para o SUS. Redução da taxa de mortalidade infantil e internação de idosos ELABORAÇÃO E EXECUÇÃO AVALIAÇÃO ECONÔMICA MONITORAMENTO
  • 10. Marco Lógico Um projeto social é, em geral, composto por ciclos. Após a primeira fase de execução, a avaliação econômica permite identificar pontos de melhoria e dá insumos para reformulações. MONITORAMENTO ELABORAÇÃO E EXECUÇÃO AVALIAÇÃO ECONÔMICA REFORMULAÇÃO
  • 11. Marco Lógico Qual é o PÚBLICO-ALVO que elas desejam atingir? Podem ser verificados por quais INDICADORES? E como podemos obter esses DADOS? E quais são os seus OBJETIVOS? INSUMOS AÇÕES PRODUTOS RESULTADO IMPACTO Recursos Modus operandi Parte das ações Efeitos Mudanças que o materiais, e articulação realizadas que imediatos projeto causou financeiros com o se traduzem em decorrentes das na vida dos e humanos disponíveis público-alvo algo tangível ações do projeto beneficiários
  • 13. Público-alvo Definiremos público-alvo como o segmento ao qual se destinam as ações de um projeto, ou seja, a população na qual se espera gerar mudanças/impacto. O público-alvo não precisa ser formado por grupo de pessoas, necessariamente. Exemplo: um projeto ambiental pode ter uma rede hidrográfica ou uma zona de vegetação como seu público-alvo.
  • 14. Público-alvo O público-alvo engloba não somente seus beneficiários efetivos, mas toda a população que o projeto gostaria de atingir. Um projeto social pode ou não atender todo o seu público-alvo. O CRUSP atende parcialmente o seu público-alvo. Exemplo: o Conjunto Residencial da USP (CRUSP) oferece moradia para os alunos vindos de outras cidades e de baixa renda, com capacidade para cerca de 1.200 estudantes. O Bolsa Família procura atender todo o seu público-alvo. Exemplo: o programa Bolsa Família atende todas as famílias que tenham renda familiar per capita abaixo do nível de pobreza (R$ 140 em 2013).
  • 15. Público-alvo A definição do público-alvo envolve o mapeamento das características dos seus beneficiários (indivíduos ou não) de forma clara e objetiva, o que é essencial para a realização da avaliação econômica. Exemplo: faixa etária, renda familiar, escolaridade, ocupação, região geográfica, características demográficas, etc. Quando o público-alvo escolhido coincide com os participantes das ações, podemos, em geral, nos guiar pelos critérios de seleção ou de elegibilidade do projeto social (e.g. faixa etária, renda familiar, escolaridade, ocupação, região geográfica, etc.).
  • 16. Sua Vez! – Exemplos Situação 1 – Diagnóstico: Ao monitorar indicadores relacionados à qualidade da educação (notas escolares, frequência escolar, aprovação, evasão, etc.), a secretaria estadual de educação elaborou um programa de reforço para os alunos das escolas públicas estaduais do ensino médio da zona leste da cidade de São Paulo. Alunos do ensino médio das escolas públicas estaduais da zona leste da cidade de São Paulo. Público-alvo?
  • 17. Sua Vez! – Exemplos Situação 2 – Diagnóstico: Estudantes de medicina constataram um elevado grau de desnutrição infantil nas crianças de 0 a 5 anos da zona rural do Vale do Ribeira. Os estudantes pretendem iniciar um trabalho de visitas domiciliares com o intuito de disseminar informações sobre nutrição e distribuir alimentos. Crianças de até 5 anos da zona rural do Vale Ribeira. Público-alvo?
  • 18. Sua Vez! – Exemplos Situação 3 – Diagnóstico: Foram identificados muitos casos de febre tifoide em favelas pacificadas do Rio de Janeiro.A doença é causada por uma bactéria que se desenvolve no lixo. Identificou-se também que, apesar de existirem caçambas nas favelas e haver coleta frequente, há muito lixo em terrenos baldios e ruas, pois os moradores não levam o lixo até as caçambas.Além disso, pesquisas mostraram que é mais fácil mudar o comportamento de crianças e jovens do que de adultos, evidenciando a importância de ações preventivas junto às escolas da região. Favelas pacificadas do Rio de Janeiro. Público-alvo?
  • 20. Objetivo Os objetivos de um projeto social dizem respeito ao propósito da ação, isto é, ao impacto que seus formuladores pretendem gerar na sociedade. Um projeto pode ter diversos objetivos, de naturezas diferentes. A avaliação econômica, entretanto, investiga o alcance apenas de objetivos mensuráveis. Perguntas que ajudam a clarear o objetivo: 3. Qual mudança se pretende realizar na vida dos beneficiários? 2. Qual realidade social se quer alterar com as ações do projeto? 1. Qual a utilidade do projeto para a sociedade?
  • 21. Para realizar a avaliação econômica é importante que os objetivos do projeto sejam claros e bem definidos. O objetivo não pode ser geral. O objetivo de um programa deve transparecer aquilo que de fato pretende-se mudar na vida dos seus beneficiários. Exemplo: “melhorar a qualidade de vida” é um objetivo geral. Pode-se melhorar a qualidade de vida de tantas maneiras que não conseguimos saber nem mesmo a área de atuação do projeto. Melhora-se a qualidade de vida por meio de melhorias na saúde, moradia, educação, etc. Objetivo
  • 22. Objetivo não é uma ação. Objetivo - Objetivo: diminuir a incidência de doenças respiratórias. - Meta: reboco e pintura de 100 residências até o final deste ano. Exemplo: Objetivo não é meta. - Objetivo: diminuir a incidência de doenças respiratórias. - Ação: reformar moradias irregulares da periferia de São Paulo. Exemplo:
  • 23. Sua Vez! – Exemplos Situação 1 - Diagnóstico: Melhorar a aprendizagem dos estudantes do ensino médio das escolas públicas estaduais da zona leste da cidade de São Paulo. Objetivo? Ao monitorar indicadores relacionados à qualidade da educação (notas escolares, frequência escolar, aprovação, evasão, etc.), a secretaria estadual de educação elaborou um programa de reforço para os alunos das escolas públicas estaduais do ensino médio da zona leste da cidade de São Paulo.
  • 24. Situação 2 - Diagnóstico: Sua Vez! – Exemplos Reduzir a desnutrição entre crianças de 0 a 5 anos da zona rural do Vale do Ribeira. Objetivo? Estudantes de medicina constataram um elevado grau de desnutrição infantil nas crianças de 0 a 5 anos da zona rural do Vale do Ribeira. Os estudantes pretendem iniciar um trabalho visitas domiciliares com o intuito de disseminar informações sobre nutrição e distribuir alimentos.
  • 25. Situação 3 - Diagnóstico: Sua Vez! – Exemplos Diminuir o número de casos de febre tifoide em favelas pacificadas do Rio de Janeiro. Objetivo? Foram identificados muitos casos de febre tifoide em favelas pacificadas do Rio de Janeiro. A doença é causada por uma bactéria que se desenvolve no lixo. Identificou-se também que, apesar de existirem caçambas nas favelas e haver coleta frequente, há muito lixo em terrenos baldios e ruas, pois os moradores não levam o lixo até as caçambas. Além disso, pesquisas mostraram que é mais fácil mudar o comportamento de crianças e jovens do que de adultos, evidenciando a importância de ações preventivas junto às escolas da região.
  • 28. Indicadores Indicadores são medidas ou parâmetros, geralmente numéricos, usados para descrever as realizações de um projeto social. Os indicadores têm por finalidade traduzir conceitos abstratos em informações simplificadas e resumidas, que sejam ferramentas úteis para tomadas de decisão sobre o projeto. Os indicadores são, por natureza, reducionistas e, portanto, capazes de retratar apenas uma parte da realidade. A escolha de indicadores adequados é fundamental para que a avaliação econômica tenha significado para o gestor do projeto e responda às perguntas de seu interesse.
  • 29. Indicadores Os indicadores de um projeto social podem ser de três tipos: - Indicadores de Impacto: avalia a efetividade do projeto social e os efeitos produzidos em seu público-alvo (ex.: renda dos beneficiários, número de casos de dengue, desempenho escolar). - Indicadores de Resultados: permitem que se observe os alcances diretos do projeto (ex.: número de beneficiários, número de ações realizadas, recursos financeiros arrecadados). - Indicadores de Monitoramento: possibilitam um diagnóstico da execução do projeto, importante no gerenciamento da rotina de trabalho (ex.: número de horas gastas no treinamento de funcionários).
  • 30. Indicadores de Impacto A avaliação econômica sempre analisa indicadores de impacto, a fim de avaliar um projeto em relação ao alcance (ou não) dos efeitos pretendidos. É a partir da variação nos indicadores de impacto que se quantifica, de forma objetiva, os impactos gerados pelo projeto. - Quanto mais precisa for a definição dos objetivos, mais fácil será a identificação de indicadores de impacto. - Os indicadores de impacto se relacionam intimamente aos objetivos do projeto.
  • 31. Indicadores de Impacto Idealmente, um bom indicador de impacto deve possuir as seguintes características: Os indicadores de impacto podem conter informações quantitativas ou qualitativas, mas devem ser sempre numéricos. - Relação direta com as ações realizadas. - Perenidade (possibilidade de observação em qualquer momento do tempo). - Confiabilidade (fácil observação, poucos erros de medida). - Fácil construção e baixo custo. - Fácil entendimento e comunicação.
  • 32. Indicadores Quantitativos As informações quantitativas são objetivas e, muitas vezes, já constituem indicadores de impacto válidos. Ex.: nota dos alunos em uma prova, peso de uma criança, salário de um indivíduo. Em outros casos, os dados quantitativos podem ser combinados ou transformados para melhor capturar o efeito que se deseja observar. Taxa de evasão escolar. Exemplo: número de alunos que abandonaram a escola e número total de alunos. Renda familiar per capita. Exemplo: renda familiar e número de integrantes da família.
  • 33. Indicadores Quantitativos É comum que haja o interesse em utilizar informações de natureza qualitativa na avaliação de impacto. Ex.: grau de satisfação dos participantes, qualidade de um serviço, gênero, etc. Muitas informações qualitativas também podem ser transformadas em indicadores de impacto, mesmo quando expressam opiniões pessoais. Existem alguns artifícios para que as informações qualitativas também possam ser estruturadas numericamente em uma base de dados.
  • 34. Indicadores Qualitativos Exemplo: grau de satisfação do aluno com a escola: - Muito satisfeito = 3 - Satisfeito = 2 - Pouco satisfeito = 1 Pode-se combinar o uso de indicadores quantitativos e qualitativos, a fim de enriquecer a análise. Exemplo: inserção no mercado de trabalho: - Está empregado = 1 - Está desempregado = 0
  • 35. Indicadores Qualitativos Os indicadores de impacto podem traduzir efeitos de curto, médio ou longo prazo do projeto social.Assim, a escolha de indicadores adequados precisa levar em conta a maturidade do projeto. Curto prazo Médio prazo Longo prazo diminuição da evasão (após 1 ano de intervenção) aumento da taxa de conclusão do ensino médio (após 3 anos de intervenção) aumento da renda do trabalho dos jovens (após 5 anos de intervenção) Exemplo: ação para aumentar/despertar o interesse de alunos do ensino médio pelos estudos:
  • 36. Sua Vez! – Exemplos Situação 1 – Objetivo: Melhorar o desempenho escolar dos estudantes do ensino médio das escolas públicas estaduais da zona leste da cidade de São Paulo. Quais indicadores podemos selecionar para um projeto com esse objetivo? Frequência escolar, notas no ENEM, taxa de ingresso no ensino superior, etc.
  • 37. Sua Vez! – Exemplos Situação 2 – Objetivo: Reduzir a desnutrição infantil entre as crianças de 0 a 5 anos da zona rural do Vale do Ribeira. Quais indicadores podemos selecionar para um projeto com esse objetivo? Relação peso/altura, IMC, etc.
  • 38. Sua Vez! – Exemplos Situação 3 – Objetivo: Diminuir o número de casos de febre tifoide em favelas pacificadas. Quais indicadores podemos selecionar para um projeto com esse objetivo? Número de casos de febre tifoide por km², porcentagem da população que manifestou febre tifoide nos últimos 12 meses, etc.
  • 41. Dados/Informações Para realizar a avaliação econômica é preciso construir um banco de dados. A avaliação depende da qualidade da informação coletada. Dados incompletos, incorretos ou imprecisos levam a conclusões errôneas! As informações utilizadas devem ser de fácil observação, e o custo para verificar sua veracidade deve ser baixo.
  • 42. Microdados A avaliação de impacto exige a utilização dos chamados microdados. Microdados consistem no menor nível de observação possível de um dado, possibilitando cálculos estatísticos. Exemplo: informações como “10% dos beneficiários são homens e 90% são mulheres” ou “10% dos beneficiários são brancos, 40% são pardos e 50% são negros” não bastam!
  • 43. Microdados Os microdados utilizados para a execução da avaliação de impacto podem ser de duas naturezas: Os dados primários são customizados, os secundários não. 1. Dados primários: são dados originais, coletados em primeira mão especificamente para o projeto. 2. Dados secundários: já foram coletados (usualmente por órgãos governamentais) e estão disponíveis ao público. Ex.: censos, pesquisas domiciliares, séries estatísticas, bancos de dados, etc.
  • 44. Fontes Primárias 1. Cadastro do projeto: - Em geral, o cadastro do projeto é uma das fontes de informação mais importantes para a avaliação de impacto. - Planejar a avaliação desde o início do projeto permite incluir informações desejadas já na ficha de inscrição, o que facilitará todo o processo avaliativo. - Ele pode ser feito a partir de questionário preenchido pelos interessados em participar do projeto no processo de seleção (ficha de inscrição).
  • 45. Fontes Primárias Quais informações devem constar no cadastro inicial? O cadastro deve conter todos os dados necessários/relevantes para a caracterização do público-alvo do projeto e também as informações referentes aos indicadores de impacto no “marco zero”. A coleta de informações descoladas de uso intencional posterior atrapalha o armazenamento dos dados e pode desvirtuar o foco de informações que realmente interessam. Não existe uma única resposta para essa pergunta.
  • 46. Fontes Primárias Exemplo: projeto que oferece atividades educativas no contraturno escolar. Cadastro: 1. Nome do estudante 2. Idade 3. Gênero 4. Cor ou raça 5. Escolaridade da mãe 6. Renda familiar 7. Número de membros da família 8. Escola que frequenta 9. Série em que estuda 10. Código de identificação Indicadores de Impacto: - Distorção idade/série -Taxa de frequência escolar - Nota de matemática na Prova Brasil Objetivo: Melhorar o aproveitamento escolar Público-alvo: Crianças de baixo nível socioeconômico do ensino fundamental
  • 47. Fontes Primárias Exemplo: projeto que conscientiza mães de baixa renda sobre nutrição infantil. Cadastro: 1. Identificação da mãe e da criança 2. Peso e altura da criança 3. Idade da mãe 4. Idade da criança (em meses) 5. Tempo de amamentação 6. Número de filhos 7. Renda familiar 8. Número de horas trabalhadas pela mãe 9. Se a criança frequenta creche Indicadores de Impacto: - Relação idade/peso - Relação idade/altura - IMC Objetivo: Melhorar a nutrição infantil Público-alvo: Crianças de 0 a 3 anos, nascidas em famílias de baixa renda
  • 48. Fontes Primárias 2. Pesquisa de campo: - Para observar os indicadores de impactos após o projeto, muitas vezes é preciso ir a campo e obter informações diretamente com o público-alvo. - As pesquisas de campo podem ser realizadas por meio de entrevistas domiciliares, telefonemas, eventos organizados para a coleta de dados, questionário eletrônico, etc. - Por isso é muito importante que o cadastro inicial também possua formas para localização posterior do candidato. Ex.: endereço, endereço de um parente, telefone, e-mail, rede social, etc.
  • 49. Fontes Primárias Existe uma “tentação” de coletar mais e mais dados. Isso implica custos de tempo e de recursos. Elimine questões do tipo “é bom saber”, que não são essenciais. Antes de aplicar o questionário no seu grupo de tratamento ou controle, faça uma aplicação teste (pré-teste) em um grupo de pessoas parecidas com o seu público-alvo para verificar a qualidade do instrumento. Testar o questionário pode ser muito útil para corrigir questões ambíguas, mal formuladas ou mesmo incluir questões faltantes.
  • 50. Fontes Primárias Para construir um questionário, procure: 6. Evitar perguntas retroativas – elas precisam contar com a memória dos entrevistados. 5. Usar opções de resposta fechadas – digitar e/ou codificar respostas em forma de texto pode ser impreciso e tomar muito tempo. 4. Não fazer perguntas subjetivas ou ambíguas. 3. Não conduzir o respondente para uma resposta desejável. 2. Ser breve – não seja redundante, o entrevistado se cansa. 1. Usar palavras simples – não complique.
  • 51. Fontes Primárias 7. Evitar fazer hipóteses sobre o perfil/tipo do entrevistado. Prefira: 1. Você trabalha? a. Sim b. Não 2. Qual sua remuneração no emprego principal? Nessa pergunta, você assumiu que o entrevistado trabalha. Exemplo: qual sua remuneração em seu trabalho principal?
  • 52. Fontes Primárias 8. Incluir NR/NS (não respondeu/não sabe) como opção de resposta – muitas vezes os respondentes não querem ou não sabem responder a uma questão. 9. Incluir também a opção NA (não se aplica) – é muito importante diferenciar as pessoas para as quais a pergunta não se aplica daquelas que não quiseram ou não sabiam responder. Exemplo: Qual é sua faixa de renda? a. 0; b. Até 3 salários mínimos; c. Mais de 3 salários mínimos; d. NS/NR; e. NA.
  • 53. Fontes Primárias Problemas comuns com os questionários: - Diferença de interpretação das perguntas entre entrevistadores – treine todos os entrevistadores antes da aplicação - Diferença de interpretação das perguntas entre entrevistado e entrevistador - Problemas de fluxo (pulos ou perguntas incoerentes) - Faltam opções de resposta - Faltam perguntas importantes - Questionários muito longos
  • 54. Base de Dados Os microdados coletados precisam ser digitalizados. Para serem usadas na avaliação, as informações precisam estar em formato de banco de dados numéricos: nome identificador idade nota (%) sexo escol. mãe projeto João 1 16 50 0 1 0 Maria 2 17 100 1 4 0 Júlia 3 16 80 1 2 0 Rafael 4 18 70 0 3 1 Antônio 5 19 55 0 5 1 Marina 6 17 70 1 1 1
  • 55. Do Papel para a Base de Dados As bases de microdados devem estar organizadas de forma a serem compreendidas por softwares estatísticos: 1. Cada indivíduo corresponde a uma linha. 2. Cada informação (indicador) corresponde a uma coluna. 3. Todas as informações precisam estar em formato numérico;. 4. Crie um código numérico único para cada indivíduo – isso evitará erros de grafia, homônimos, etc. 5. É preciso ter informação sobre os participantes e controles – não se esqueça de identificar quem participou do projeto!
  • 56. Fontes Secundárias Algumas fontes de dados públicas que podem ser úteis para a avaliação são: - DATASUS: dados do Sistema Único de Saúde. - IpeaData: reúne diversas informações socioeconômicas, de diferentes fontes oficiais. - RAIS/CAGED: dados do mercado de trabalho formal. - INEP: informações relativas à educação (Censo Escolar, Censo da Educação Superior, Prova Brasil, SAEB, ENEM). - IBGE/SIDRA: informações sobre a população e a economia brasileira (Censo Demográfico, PNAD, POF, PIA, PME).
  • 57. Comentários Finais Nesta aula: discussão dos elementos essenciais para a avaliação econômica dos projetos sociais e políticas públicas. Vocês aprenderam os conceitos de público-alvo, de objetivo do projeto, indicadores de impacto e base de dados. Próxima aula: introdução à avaliação de impacto.
  • 58. Trabalho Individual Exemplo: projeto que conscientiza mães de baixa renda sobre nutrição infantil I. Mapa do Projeto III. Dados A. Objetivos A. Instrumentos de coleta B. Ações B. Informações coletadas C. Público-alvo IV. Retorno Econômico II. Avaliação de Impacto A. Benefícios A. Indicadores de impacto B. Custo econômico B. Grupos de tratamento C. Análise de viabilidade C. Grupo de controle *** Entrega Parcial *** ***Apresentação e Entrega Final*** D. Metodologia
  • 59. Trabalho Individual Agora você já pode aplicar os conceitos desenvolvidos ao projeto de seu interesse, definindo: I. Projeto II. A avaliação A. Objetivos A. Indicadores de impacto i. Quais são? i. Quais são? B. Ações i. Quais são? ii. Como se relacionam com os objetivos? C. Público-alvo iii. Como podem ser coletados? i. Quais são as características que o definem? ii. Elas coincidem com os critérios de seleção? iii. Todos os participantes do projeto estão no seu público-alvo?
  • 60. Saiba Mais IPEADATA: nas seções ‘Social’ e ‘Regional’, há várias séries estatísticas com informações nos níveis municipal e estadual sobre assistência social, demografia, desenvolvimento humano, educação, habitação, saúde, mercado de trabalho, etc. www.ipeadata.gov.br