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©
2007. Ministerio da Saúde
ELABORAÇÃO, DISTRIBUIÇÃO E INFORMAÇÕES
Ministério da Saúde
Secretaría de Vigilância em Saúde
Programa Nacional de DST e Aids
Av. W3 Norte, SEPN 511, bloco C
Cep: 70750-543 Brasília-DF
E-mail: aids@aids.gov.br
Home page: http://www.aids.gov.br
Disque Saúde / Fique Sabendo: 0800 61 1997
PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Luís Inácio Lula da Silva
MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE
José Gomes Temporão
SECRETÁRIO DE VIGILÂNCIA EMSAÚDE
Gerson Oliveira Penna
DIRETORA DO PROGRAMA NACIONAL DE DST e Aids
Mariângela Batista Galvão Simão
DIRETOR ADJUNTO
Eduardo Barbosa
ASSESSOR ESPECIAL
Ruy Burgos Filho
ASSESSORIA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO
ASSESSORIA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO
Aristides Barbosa Junior, Ana Roberta Pati Pascom, Bruno Imbroisi, Carmen de Barros Correia Dhalia, Fábio O’Brien
e Karim Sakita
CONSULTORA DA
Elizabeth Moreira dos Santos
Suzanne Westman
PROJETO GRÁFICO
Bruno de Andrade Imbroisi
É permitida a reprodução parcial ou total deste manual, sempre que citada a fonte.
Ficha Catalográfica
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de DST e Aids.
Manual da oficina de capacitação em avaliação com foco na melhoria do programa / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Programa Nacional de DST e Aids. – Brasília
Ministério da Saúde, 2007.
112 p.: il. – (Série F. Comunicação e Educação em Saúde)
ISBN 978-85-334-1044-2
1. Avaliação de programas e projetos de saúde. 2. Monitoramento. 3. Doenças sexualmente transmissíveis. 4. AIDS. I. Título. II. Série.
NLM W 84
_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Catalogação na fonte – Coordenação-Geral de Documentação e Informação – Editora MS – OS 2006/1217
Títulos para indexação:
Em inglês: Manual of Workshop on Evaluation Capacity with Focus on Improvement of the Program
Em Espanhol: Manual del Taller de Capacitación en Valoración con Foco en la Mejoría del Programa
CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION - CDC/GLOBAL AIDS PROGRAM/BRAZIL
Traduzido e adaptado
de:
Monitoring  Evaluation Capacity Building for Program Improvement
Field Guide - version 1 - december 2003
Global AIDS Program - Centers for Disease Control and Prevention
Orc macro
por:
PN-DST/AIDS – Assessoria de Monitoramento e Avaliação:
Aristides Barbosa Junior, Ana Roberta Pati Pascom
e Carmen de Barros Correia Dhalia
Consultora da Assessoria de Monitoramento e Avaliação do PN-DST/AIDS:
Elizabeth Moreira dos Santos (laser/densp/fiocruz)
Centers for Disease Control / Global Aids Program - CDC/GAP - Brasil
William Brady e Suzanne Westman
e com a colaboração de
Célia Landmann Szwarcwald, Larissa Polejak, Maria Cristina R. Baggio,
Maria Elizabeth da S. H. Corrêa, Marly Marques da Cruz,
Silvana Solange Rossi, Sonia Natal, Teresa Seabra Soares e Zulmira Hartz
Atualizado e revisado em 2007 por:
PN-DST/AIDS – Assessoria de Monitoramento e Avaliação:
Aristides Barbosa Junior, Ana Roberta Pati Pascom
e Carmen de Barros Correia Dhalia
PN DST/AIDS - Unidade de Sociedade Civil e Direitos Humanos:
Karen Bruck de Freitas
CICT/HIV/AIDS – Centro Internacional de Cooperação Técnica:
Mirtha Sendic Sudbrack
FIOCRUZ – Laboratório de Avaliação de Situações Endêmicas Regionais:
Elizabeth Moreira dos Santos e Marly Marques da Cruz
Apresentação
A oficina De Capacitação em Avaliação com foco na Melhoria do Programa faz
parte das iniciativas do Plano Nacional de Monitoramento e Avaliação (PNA) do
Programa Nacional de DST e AIDS (PN-DST/AIDS). O PNA estabelece as diretrizes
para a institucionalização do MA no Programa e, nele, as atividades de capaci-
tação em monitoramento e avaliação são identificadas como cruciais para o pro-
cesso de institucionalização.
Destaca-se que essa iniciativa é o primeiro passo de uma abordagem sistê-
mica do desenvolvimento de recursos humanos em avaliação que compreen-
de ainda: a formação de profissionais e formadores em avaliação (Curso de
Aperfeiçoamento à Distância, Curso de Especialização e Mestrado em Avaliação);
e a formação e fomento de expertise específica em temas prioritários para o
PNA como o treinamento em amostragem para populações de difícil acesso e a
avaliação econômica.
Nesta quarta edição, a oficina incorpora as modificações originárias das suges-
tões e da experiência acumulada ao longo de cerca de 80 oficinas em que foram
treinadas quase 2000 pessoas, ao longo dos anos de 2005 e 2006. As mudanças
realizadas privilegiaram dois pontos fundamentais: a otimização dos conteúdos
da oficina em relação aos seus objetivos e o compromisso com a factibilidade de
sua operacionalização.
Os objetivos dessa oficina são: introduzir e pactuar uma linguagem operacio-
nal em monitoramento e avaliação no programa brasileiro; e implementar uma
prática pedagógica que não só propicie a reflexão, mas também ofereça a seus
participantes conteúdos e habilidades técnicas específicas. Além disso, espera-
mos que os participantes dessa oficina possam, por meio da multiplicação da
oficina e da adaptação do material, viabilizar e fomentar a institucionalização
dos processos de MA não só nos programas relacionados às DST e à aids no
Brasil, como também em programas relacionados a outros agravos.
A oficina, com foco na melhoria do programa, é estruturada para uma car-
ga horária de 8-12 horas, embora suas características e flexibilidade permitam
a sua adaptação às necessidades e realidades locais. Para subsidiar a realização
das oficinas elaborou-se este material de apoio que visa nortear o trabalho dos
instrutores.
Cabe mencionar que a elaboração do material reúne esforços de três institui-
ções de reconhecida experiência em serviços, ensino e pesquisa: o Ministério
da Saúde, por meio do Programa Nacional de DST AIDS; a FIOCRUZ, por meio
da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) e os Centers for Disease Control e
Prevention - Global AIDS Program Brazil (CDC/GAP-Brazil). O material foi tradu-
zido e adaptado do “Monitoring  Evaluation Capacity Building for Program
Improvement Field Guide” (Version 1; December 2003; CDC/GAP e ORC Macro)
É importante lembrar que todo o material utilizado na “Oficina de Capacitação
em Monitoramento e Avaliação com foco na melhoria do programa” encontra-
se disponível na Assessoria de Monitoramento e Avaliação do PN-DST/AIDS, vi-
sando facilitar o acesso e o compartilhamento dessa ferramenta para uso das
instituições de ensino e serviços de saúde.
Programa Nacional de DST e Aids
Apoio
didático
­
Slide 4
A ASSESSORIA DE MONITORAMENTO E
AVALIAÇÃO DO PN DST/AIDS
CDC/GAP
-BRASIL
PN
MA
OUTRAS
UNIDADES
REDE INTERNA
DE AVALIADORES
5 SÍTIOS DE EXCELENCIA
Slide 6
EXERCÍCIO 1:
PROVÉRBIOS
Como cada provérbio se relaciona com
monitoramento e avaliação?
10
Slide 7
CONCEITO DE AVALIAÇÃO
“Avaliar consiste fundamentalmente em fazer um julgamento de valor
a respeito de uma intervenção, um serviço ou sobre qualquer um de
seus componentes, com o objetivo de ajudar na tomada de decisão”
(Contandriopoulos et al., 1997)
(Kellogg Foundation, 1998)
“ Evaluation is not to prove it is to improve”
11
Slide 8
USOS DA AVALIAÇÃO
MELHORIA DO
PROGRAMA
Compartilha-
mento dos
resultados com
parceiros
Imputabilidade
(Accountability)
12
Slide 9
EXERCÍCIO 2:
DEFINIÇÕES E TERMINOLOGIAS
Leia a descrição da intervenção e respon-
da cada questão, classificando se a ativi-
dade que está sendo realizada é de Moni-
toramento ou de Avaliação.
13
Exercício 2: MA - Definições e Terminologia
Instruções
Leia a descrição da intervenção abaixo e responda cada questão classificando se a
ação é de monitoramento ou de avaliação.
A intervenção
Uma ONG está realizando uma intervenção para adolescentes vulneráveis que
estão fora da escola. A ONG planejou uma intervenção de grupo, que consta de
três oficinas de uma hora e que aborda informações básicas sobre a transmissão
do HIV e o uso correto do preservativo. Os objetivos são: aumentar o nível de co-
nhecimento sobre o HIV e aumentar o uso de preservativos. Estima-se que essa in-
tervenção alcançará entre 50 e 75 adolescentes por trimestre.
Questões:
1. Foi aplicado um questionário sobre conhecimento e comportamento aos ado-
lescentes que participaram da intervenção, antes e depois das oficinas. Os achados
dessas duas observações são comparados para verificar mudanças no conhecimen-
to e nos comportamentos.
2. A ONG, a Coordenação Municipal de HIV e Aids e outros parceiros analisaram
dados epidemiológicos, buscando verificar se todas as intervenções realizadas no
município estão tendo algum tipo de influência nos indicadores de prevalência do
HIV em jovens.
14
3. Desde a primeira oficina, a ONG convidou um especialista em educação, como
observador, para analisar as oficinas para verificar-se estão de acordo com os pa-
drões da Secretaria de Educação.
4. As tendências da prevalência do HIV em jovens são examinadas, segundo os
vários projetos atuantes no município em que a ONG trabalha, para determinar o
quanto e como cada um deles modificou essas tendências.
5. Foi aplicado um questionário de conhecimento e comportamento aos ado-
lescentes que participaram das oficinas, antes e depois da intervenção. O mesmo
questionário também foi aplicado a um grupo similar de jovens que não participa-
ram das oficinas. Os resultados dessas observações são comparados para detectar
se ocorreram mudanças no conhecimento e comportamento e se essas mudanças
ocorreram de forma diferente nos dois grupos, buscando esclarecer as razões des-
sas diferenças
6. A ONG está realizando o registro do número de jovens, por sexo e idade, para
acompanhar o perfil dos jovens que participam de cada oficina.
7. A ONG quer saber se a intervenção está fazendo diferença. Ela coleta vários ti-
pos de dados usando o registro dos participantes, bem como questionários. Também
foram realizados grupos focais com os participantes do projeto. Todos esses dados
foram colocados em um arquivo e nunca foram consultados ou utilizados.
15
Slide 10
O QUE É MONITORAMENTO E O QUE É
AVALIAÇÃO?
MONITORAMENTO:
- Acompanha rotineiramente informações prioritárias sobre um
programa e seus efeitos esperados.
- Acompanha os custos e o funcionamento do programa.
- Provê informações que podem ser utilizadas para a avaliação do
programa.
AVALIAÇÃO:
- É um processo estruturado de coleta e análise de informações
sobre as atividades, as características e os efeitos de um programa,
respondendo a uma pergunta avaliativa.
Determina o mérito ou valor do programa e/ou explica a relação
entre ele e seus efeitos.
Ambos são usados para melhorar o programa e subsidiar
decisões gerenciais.
16
­
Slide 11
EXERCÍCIO 3:
Classificar os itens marcando com um X a
coluna apropriada.
17
Exercício 3: Classifique os itens abaixo marcando com una X a coluna apropriada.
Exercício 3
Classifique os ítens abaixo marcando com um X a coluna apropriada.
Itens Insumo Atividade Produto Resultado Impacto comentários
Nº de testes
realizados pelo
programa
Incidência e
prevalência de
DST na população
geral
Recursos huma-
nos previamente
existentes na
instituição e que
serão alocados no
projeto
Financiamentos
preexistentes
para o projeto
Mudança de com-
portamento de
risco na popula-
ção-alvo
Nº de preservati-
vos distribuídos
Realização de
treinamentos
Unidades de saú-
de previamente
existentes
Práticas profissio-
nais adotadas
18
Exercício 3
Itens Insumo Atividade Produto Resultado Impacto comentários
Realização de
ações educativas
Nº de preservati-
vos distribuídos
Esperança de vida
ao nascer
Sobrevida de pa-
ciente com aids
Modificação das
normas sociais
19
Slide 12
TERMINOLOGIA DE MA
INSUMOS:
São os recursos previamente disponíveis para a execução das
atividades do programa. Incluem recursos financeiros, humanos ou
materiais.
Exemplos:
•Pessoal técnico préexistente para testagem
•Kits préexistentes de teste de HIV
ATIVIDADES:
São os procedimentos pelos quais os insumos são mobilizados viando
à obtenção dos efeitos desejados.
Exemplos:
•Treinamento de recursos humanos para aconselhamento e testagem
•Referenciamento de pessoas soropositivas aos serviços de
tratamento
20
Slide 13 
TERMINOLOGIA DE MA (continuação)
PRODUTOS:
São as conseqüências imediatas das atividades do programa.
Exemplos:
•Número de consultas prestadas
•Número de aconselhamentos realizados
•Número de capacitações feitas
RESULTADOS:
São os efeitos nas populações-alvo. Os resultados incluem vários tipos
de efeitos, podendo focar o conhecimento, as atitudes, o comporta-
mento, etc.
Exemplos:
•Uso do preservativo
•Qualidade dos serviços para HIV/Aids
21
Slide 14
TERMINOLOGIA DE MA (continuação)
IMPACTOS:
Referem-se aos efeitos acumulados do conjunto dos programas:
•Em grandes populações
•A longo prazo
•Associados a efeitos finalísticos
Exemplos:
•Incidência de aids
•Prevalência do HIV
•Mortalidade pela aids
22
Slide 15
COMPONENTES DE UM PROGRAMA
IDENTIFICAÇÃO
DO PROBLEMA
E DA MUDANÇA
DESEJADA
INSUMOS
(Recursos)
ATIVIDADES
(Intervenções,
Serviços)
PRODUTOS
(Efeitos
Imediatos)
RESULTADOS
(Efeitos
intermediá-
rios)
IMPACTOS
(Efeitos
finalísticos)
DADOS
PARA
DESENVOLVIMENTO DO
PROGRAMA
DADOS DO
PROGRAMA
DADOS
POPULACIONAIS
23
Slide 16
EXERCÍCIO 4:
DEFINIÇÕES E TERMINOLOGIAS
CLASSIFIQUE SE AS ATIVIDADES DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DO
EXERCÍCIO 2 ESTÃO RELACIONADAS COM INSUMOS ATIVIDADES, PRO-
DUTOS, RESULTADOS OU IMPACTOS.
24
Exercício 4: MA - Definições e Terminologia
Instruções
Leia a descrição da intervenção abaixo e responda cada questão classificando se a
ação de monitoramento ou avaliação é de atividade, produto, resultado ou
impacto.
A intervenção
Uma ONG está realizando uma intervenção para adolescentes vulneráveis que es-
tão fora da escola. A ONG planejou uma intervenção ao nível de grupo, que consta de
três sessões de uma hora e que aborda informações básicas sobre a transmissão do
HIV e o uso correto do preservativo. Os resultados esperados são: aumentar o nível de
conhecimento sobre o HIV; e aumentar o uso de preservativos. Estima-se que essa in-
tervenção alcançará entre 50 e 75 adolescentes por trimestre.
Questões
1.	 Foi aplicado um questionário aos adolescentes que participaram da intervenção so-
bre conhecimento e comportamento, antes e depois das oficinas. Os achados dessas duas ob-
servações são comparados para verificar mudanças no conhecimento e nos comportamentos.
2.	 A ONG, a Coordenação Municipal de HIV e Aids e outros parceiros analisaram da-
dos epidemiológicos buscando verificar se todas as intervenções realizadas no municí-
pio estão tendo algum tipo de influência nos indicadores de prevalência do HIV em jovens.
25
3.	 Desde a primeira oficina, a ONG convidou um especialista em educação, como observador,
para analisar as oficinas utilizando os padrões da Secretaria de Educação.
4. 	 As tendências da prevalência do HIV em jovens são examinadas segundo os vários projetos
atuantes no município em que a ONG trabalha, para determinar o quanto e como cada um deles mo-
dificou essas tendências.
5.	 Foi aplicado um questionário de conhecimento e comportamento aos adolescentes que par-
ticiparam das oficinas, antes e depois da intervenção. O mesmo questionário também foi aplicado
a um grupo similar de jovens que não participaram das oficinas. Os resultados dessas observações
são comparados para detectar se ocorreram mudanças no conhecimento e comportamento e se es-
sas mudanças ocorreram de forma diferente nos dois grupos, buscando esclarecer as razões dessas
diferenças.
6.	 A ONG está realizando o registro do número de jovens, por sexo e idade, que participam de
cada oficina.
7.	 A ONG quer saber se a intervenção está fazendo diferença. Ela coleta vários tipos de dados
usando o registro dos participantes, bem como questionários. Também foram realizados grupos fo-
cais com os participantes do projeto. Todos esses dados foram colocados em um arquivo e nunca fo-
ram consultados ou utilizados.
26
Slide 17
TERMINOLOGÍA DE MA (continuação)
MONITORAMENTO DE INSUMO:
Acompanhamento de informações sobre insumos.
-Responde questões como:
•Que recursos estão disponiveis para o programa?
•Que recursos foram usados?
Exemplos:
•Acompanhamento do número de preservativos disponíveis
semestralmente para o programa
27
Slide 18
TERMINOLOGIA DE MA (continuação)
MONITORAMENTO DE PRODUTO:
Acompanhamento dos efeitos imediatos da atividades:
-Responde questões do tipo:
•Qual o número de serviços prestados?
Exemplos:
•Acompanhamento do número de preservativos adquiridos
semestralmente pelo programa
•Acompanhamento do número de pessoas atendidas mensalmente
no serviço.
28
Slide 19
TERMINOLOGÍA DE MA (continuação)
AVALIAÇÃO DE ATIVIDADE:
Usualmente é equivalente à avaliação de processo ou análise de im-
plantação/implementação.
Complementa o monitoramento de insumos e produtos com uma di-
mensão explicativa.
Responde questões do tipo:
•O programa foi implementado conforme o esperado?
•As ações estão onde deveriam estar, atingindo a população para a
qual estavam programadas?
•Os usuários têm acesso ao programa? Que barreiras dificultam ou
inviabilizam esse acesso?
Exemplo:
O programa foi implantado conforme o planejado? Ou seja,
a capacitação foi adequada, os insumos estavam disponíveis
oportunamente, etc
29
Slide 20
TERMINOLOGÍA DE MA (continuação)
MONITORAMENTO DE RESULTADO
Acompanhamento das informações relacionadas aos efeitos
esperados do programa na população-alvo.
Responde questões do tipo:
• O resultado esperado ocorreu?
Exemplo:
• Acompanhamento do percentual de uso de preservativos nas
relações sexuais com parceiros eventuais.
30
Slide 21
TERMINOLOGÍA DE MA (continuação)
AVALIAÇÃO DE RESULTADO:
Contempla ou explica as razões pelas quais as atividades do programa
alcançaram ou não os seus resultados.
Enfatiza as relações causais entre o programa e o seu efeito na
população-alvo.
Responde questões do tipo:
• O programa explica os resultados observados?
Exemplo:
• O programa foi responsável pelo aumento do uso de preservativos?
Como?
31
Slide 22
TERMINOLOGÍA DE MA (continuação)
MONITORAMENTO DE IMPACTO:
Usualmente, refere-se ao acompanamento das tendências
epidemiológicas da doença.
Responde questões do tipo:
• Que efeito todas as intervenções têm sobre os casos de aids?
Exemplo:
•Acompanhamento sistemático da evolução da taxa de incidência de
aids (vigilância epidemiológica da aids).
32
Slide 23
TERMINOLOGÍA DE MA (continuação)
AVALIAÇÃO DE IMPACTO:
Análise das relações entre as tendências epidemiológicas da doença
e os programas de controle e outros fatores associados.
Responde questões do tipo:
• Quanto do impacto observado se deve a um programa específico?
Exemplo:
• Quanto da redução da prevalência do HIV foi devida ao programa?
33
Slide 24
RELAÇÃO ENTRE PROGRAMAS E IMPACTOS
Nível
federal
Nível
estadual
Nível
municipal
Outras
instituições
Programas
INSUMOS PRODUTOS RESULTADOS IMPACTO
Programas
Programas
Programas
34
Slide 25
RELAÇÃO ENTRE AVALIAÇÃO, PLANEJAMENTO,
IMPLEMENTAÇÃO E EFEITOS
PLANEJAMENTO IMPLEMENTAÇÃO EFEITOS
Estudos de
Avaliabilidade
Diagnóstico de
Situação
Monitoramento de
insumos e produtos
Avaliação de Atividades
(processo)
Monitoramento de Resultado
Avaliação de Resultado
Monitoramento de Impacto
Avaliação de Impacto
35
Slide 26
IMPLICAÇÕES DO DESCONHECIMENTO
DE COMO UMA INTERVENÇÃO FOI
IMPLEMENTADA
PLANEJAMENTO ??????? EFEITOS
36
Slide  27
MA: EXPECTATIVAS REALISTAS
PIPELINE DE MA
TODOS MAIORIA ALGUNS POUCOS
Monitora-
mento de
Insumos e
Produtos
Avaliação
de
Atividades
MA de
Resultado
MA de
Impacto
Nº DE
PROJETOS
NÍVEIS DO ESFORÇO EM MA
Adaptado de Rehle/Rugg ME Pipeline Model, FHI 2001
37
Slide 28
DEFINIÇÃO DE MODELO LÓGICO
• Um modelo lógico é uma maneira visual e sistemática de apresentar
as relações entre intervenção e efeito. Ele deve incluir as relações en-
tre os recursos necessários para operacionalizar o programa, as ativi-
dades planejadas e os efeitos que o programa pretende alcançar.
• Ele é uma representação da racionalidade do programa e é freqüente-
mente apresentado como um fluxograma ou uma tabela, que expli-
cita a seqüencia de passos que conduzem aos efeitos do programa.
38
Slide 29
COMPONENTES DO MODELO LÓGICO
IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA
RECURSOS/
INSUMOS ATIVIDADES PRODUTOS RESULTADOS IMPACTOS
TRABALHO PREVISTO EFEITOS ESPERADOS
1 2 3 4 5
39Slide 30
MODELOLÓGICODEIMPLEMENTAÇÃODECTA
INSUMOSATIVIDADESPRODUTOSRESULTADOSIMPACTOS
FINANCIAMENTO
GOVERNAMEN-
TALEOUTROS
CAPACITAÇÃODOS
GERENTESLOCAIS
EDASEQUIPESEM
ACONSELHAMENTOE
TESTAGEM
REALIZAÇÃOACON-
SELHAMENTOPRÉ
NºPROFISSIONAIS
CAPACITADOSEM
ACONSELHAMEN-
TOETESTAGEM
NºUSUÁRIOSQUE
RECEBERAMO
ACONSELHAMENTOPRÉ
TESTE
USUÁRIOS
HIV-EHIV+
COMESTRA-
TÉGIASDE
REDUÇÃO
DERISCO
MELHORÍA
DAQUALIDA-
DEDOCTA
DIMINUIÇÃODA
INCIDÉNCIADO
HIV
NºUSUÁRIOSTES-
TADOS
NºUSUÁRIOSQUE
RECEBERAMRESULTADO
EACONSELHAMENTO
PÓSTESTE
USUÁRIOS
HIV+COMES-
TRATÉGIASDE
TRATAMENTO
INCORPORA-
DAS
PRÁTICASDE
RISCODIMI-
NUÍDAS
PROFISSIONAIS
DESAÚDE
REALIZAÇÃODE
ACONSELHAMENTO
PÓSTESTE
REFERENCIAMENTO
DOSUSUARIOS
HIV+PARAOSSER-
VIÇOSDEATENÇÃO,
TRATAMENTOE
APOIOSOCIAL
DIMINUIÇÃODA
MORTALIDADE
RELACIONADA
AOHIV
PROTOCOLOS,
DIRETRIZES,
MANUAISPARA
CTA
KITSPARATES-
TAGEMRÁPIDA
DOHIV
IDENTIFICAÇÃODOPROBLEMA:ATAXADEINFECÇÃOPELOHIVCONTINUAACRESCER,RESSALTANDOAIMPORTÂNCIADEPESSOAS,
TANTOHIVPOSITIVASCOMONEGATIVAS,CONHECEREMSEUSTATUSSOROLÓGICOEDESENVOLVEREMESTRATÉGIASPESSOAISDE
REDUÇÃODERISCOEDESUAINSERÇÃOEMSERVIÇOSDEACOMPANHAMENTO.PESSOASQUENÃOSÃOSORONEGATIVASPODEM
NÃOESTARMOTIVADASAPERMANECERSORONEGATIVAS,ENQUANTOAQUELASQUESÃOSOROPOSITIVASPODEMNÃOUTILIZAR
ASINTERVENÇÕESINDISPENSÁVEISPARAREDUZIRATRANSMISSÃODOHIVPARASEUSFILHOSEOUTRASPESSOAS,OUAINDA,
PARAUTILIZAROSSERVIÇOSDEATENÇÃO,TRATAMENTOEAPOIOSOCIAL
REALIZAÇÃODA
TESTAGEMPARA
OHIV
NºUSUÁRIOSHIV+
ENCAMINHADOSA
SERVIÇOSDEATENÇÃO,
TRATAMENTOEAPOIO
SOCIAL
NºUSUÁRIOSHIV(+
E-)QUEESTABECE-
RAMESTRATÉGIAS
DEREDUÇÃODE
RISCO
MELHORA
DOSPARÂ-
METROSDE
SAÚDEDAS
PESSOAS
HIV+
DIMINUIÇÃO
DAMORBI-
DADERELA-
CIONADAAO
HIV
SISTEMADERE-
FERÊNCIAPARA
PREVENÇÃOE
TRATAMENTO
40
Slide 31
POR QUE USAR MODELOS LÓGICOS?
41
Slide 32
VANTAGENS DO MODELO LÓGICO
• Comunica o propósito fundamental do programa, evidenciando, de
maneira explícita, os produtos e efeitos esperados do programa.
• Ilustra a consistência lógica interna do programa contribuindo para
identificar lacunas e efeitos não realísticos.
• Envolve os atores e promove a comunicação sobre o programa entre
financiadores, executores, membros da comunidade e outros atores,
inclusive avaliadores.
• Contribui para o monitoramento do progresso do programa ao forne-
cer um plano claro de acompanhamento, de forma que os sucessos
possam ser reproduzidos e os problemas evitados.
• Direciona as atividades de avaliação do programa ao identificar as
questões avaliativas apropriadas e os dados relevantes necessários.
42
Slide 33
LIMITAÇÕES DO MODELO LÓGICO
• É uma representação da realidade, não a realidade.
- Os programas não são lineares
• Normalmente, não inclui efeitos além daqueles inicialmente espera-
dos.
• A dificuldade do estabelecimento da causalidade.
- Muitos fatores influenciam os efeitos.
• Parte do pressuposto que a escolha da intervenção é a mais correta
- Não leva em conta a pergunta: o que estamos fazendo é o mais
correto?
Adaptado de Ellen Taylor-Powell (2000)
http://www.uwex.edu/ces/pdande/evaluation/evalpresentations.html
43
Slide 34
EXERCÍCIO 5:
CONSTRUÇÃO DE MODELO LÓGICO PARA
PREVENÇÃO DA TRANSMISSÃO VERTICAL
Utilizando os cartões, construa o modelo lógico para a prevenção da
transmissão vertical.
44
Slide 35
OBJETIVOS E METAS
• OBJETIVO GERAL:
Estabelece, de forma geral e abrangente, as
intenções e os efeitos esperados do programa, orientando o seu
desenvolvimento.
• OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Conjunto de eventos ou ações concretas que, coletivamente, contri-
buem para alcançar o objetivo geral.
• METAS:
Estabelecem, quantitativamente, os efeitos esperados em um tem-
po determinado.
45
Slide 36
EXEMPLOS DE OBJETIVOS E METAS
OBJETIVO ESPECÍFICO:
Aumentar a proporção de
profissionais capacitados em
aconselhamento
META:
Ao final do primeiro ano do projeto,
75% dos profissionais de nível
superior do CTA deverão ter sido
capacitados em aconselhamento
OBJETIVO ESPECÍFICO:
Aumentar a proporção de usuários
que adotaram estratégias pessoais
de redução de risco
META:
No começo do segundo ano do
projeto, 65% dos usuários que
receberam o resultado do teste
HIV terão adotado uma estratégia
pessoal de redução de risco.
PRODUTO:
nº de profissionais do
CTA capacitados em
aconselhamento
RESULTADO:
proporção de usuários
que adotaram
estratégias pessoais de
redução de risco
46
Slide 37
ESTRATÉGIA SMART DE DEFINIÇÃO DE
METAS
• ESPECÍFICA:
Identifica eventos ou ações concretas que ocorrerão.
• MENSURÁVEL:
Quantifica os recursos, as atividades ou a mudança permitindo sua
mensuração.
• APROPRIADA:
Relaciona logicamente o problema identificado com os efeitos
desejáveis.
• REALISTA:
Dimensiona, realisticamente, a adequação entre os recursos dispo-
níveis, o plano de implementação e os efeitos esperados.
• TEMPORALIDADE:
Especifica um prazo no qual a meta será alcançada.
47
Slide 38
EXEMPLOS DE METAS SMART
• Ao final do primeiro ano do projeto, 75% dos profissionais de nível
superior do CTA deverão ter sido capacitados em aconselhamento.
• No começo do segundo ano do projeto, 65% dos usuários que recebe-
ram o resultado do teste HIV deverão ter estabelecido uma estratégia
pessoal de redução de risco.
ESPECÍFICA: A meta especifica claramente o que deve ser alcançado
e por quem?
MENSURÁVEL: A meta é mensurável?
APROPIADA: A meta se relaciona com o que o programa propõe
realizar?
REALISTA: A meta é alcançável considerando-se os insumos
disponíveis, as atividades previstas e a experiência acumulada?
TEMPORALIDADE: A meta especifica quando ela será alcançada?
48
Slide 39
EXERCÍCIO 6:
DEFINIÇÃO DE METAS SMART
ESCREVA TRÊS METAS SMART RELACIONADAS COM O
PROGRAMA PARA PREVENÇÃO DA TRANSMISSÃO VERTICAL
49
Exercício 6: DESENVOLVENDO METAS SMART
Introdução:
O Ministério da Saúde está desenvolvendo um programa para prevenir a transmissão vertical
do HIV. O modelo lógico previsto está descrito abaixo. Eles também estão planejando uma avalia-
ção do programa. Você deve pensar sobre metas para o programa que possam captar o processo
de implementação e resultado.
Identificação do
Problema
As taxas de HIV têm aumentado entre gestantes e crianças. O risco de transmissão
vertical do HIV é significativo durante a gravidez e durante o parto. Além disso,
existe o risco de transmissão no pós-parto por meio do aleitamento materno
Insumos
•	 Protocolo de teste e aconselhamento para prevenção
e controle da transmissão vertical
•	 Kit de teste do HIV
•	 Drogas anti-retrovirais (ARV)
•	 Recursos humanos capacitados
•	 Fórmula láctea
•	 Inibidor da lactação
•	 Recursos financeiros
Atividades
•	 Realização de aconselhamento e testagem no pré-natal
•	 Realização de aconselhamento e testagem no momento do parto
•	 Dispensação dos ARV para profilaxia ou tratamento para a gestante/
parturiente HIV+
•	 Dispensação dos ARV para profilaxia para o RN
•	 Realização de parto cesáreo para parturientes identificadas como HIV+
•	 Inibição da lactação de parturientes identificadas como HIV+
•	 Dispensação da fórmula láctea
Produtos
•	 Nº de gestantes aconselhadas e testadas no pré-natal
•	 Nº de gestantes aconselhadas e testadas no parto
•	 Nº de gestantes HIV+ que recebem profilaxia ou tratamento com ARV
•	 Nº de RN expostos ao HIV que recebem profilaxia com ARV
•	 Nº de gestantes HIV+ que recebem inibidor de lactação
•	 Nº de puérperas HIV+ que recebem inibidor de lactação
•	 Nº de RN expostos ao HIV que recebem fórmula láctea
Resultados
•	 Aumento da cobertura do teste de HIV em gestantes e parturientes
•	 Aumento do conhecimento do status sorológico para o HIV
•	 Aumento a utilização da profilaxia com ARV por gestantes HIV+
•	 Aumento a utilização da profilaxia com ARV por RN expostos ao HIV
•	 Aumento da utilização da fórmula láctea por RN expostos ao HIV
•	 Redução das taxas de transmissão vertical do HIV
Impacto
•	 Redução da incidência de HIV em crianças
50
Relacione três metas para este
programa
Verifique se essas metas seguem o
critério SMART
• ESpecífica
• Mensuravel
• Apropriada
• Realista
• Temporalidade
• ESpecífica
• Mensuravel
• Apropriada
• Realista
• Temporalidade
• ESpecífica
• Mensuravel
• Apropriada
• Realista
• Temporalidade
51
Slide 40
UTILIZANDO MODELOS LÓGICOS PARA
AVALIAÇÃO
MODELO TEÓRICO DE AVALIAÇÃO
52
Slide 41
EXEMPLO DE MODELO TEÓRICO DE AVALIAÇÃO PARA CTA
INSUMOS ATIVIDADES PRODUTOS RESULTADOS IMPACTOS
2.500 TESTES
RÁPIDOS PARA O
HIV DISPONÍVEIS
POR MÊS
REALIZAÇÃO DE
ACONSELHAMENTO
PRÉ-TESTE
REALIZAÇÃO DA TES-
TAGEM RÁPIDA PARA
HIV E ACONSELHA-
MENTO PÓS-TESTE
1.000 USUÁRIOS/
MÊS TESTADOS E
COM ACONSELHA-
MENTO PÓS-TESTE
1.000 USUÁRIOS/
MÊS COM ESTRATÉ-
GIAS DE REDUÇÃO DE
RISCO DEFINIDAS
70% DOS USUÁRIOS HIV-
RELATANDO USO CONSISTEN-
TE DE PRESERVATIVO COM
PARCEIROS EVENTUAIS, NO
ÚLTIMO MÊS
100% DOS USUÁRIOS HIV+
RELATANDO USO CONSISTENTE
DE PRESERVATIVO COM TODOS
SEUS PARCEIROS, NO ÚLTIMO
MÊS
MANUTENÇÃO DA
PREVALÊNCIA DO
HIV NO MUNI-
CÍPIO
750USUÁRIOS/MÊS
TESTADOS E COM
ACONSELHAMENTO
PÓS-TESTE
600 USUÁRIOS/MÊS
COM ESTRATÉGIAS DE
REDUÇÃO DE RISCO
DEFINIDAS
70% DOS USUÁRIOS HIV- RELA-
TANDO USO CONSISTENTE DE
PRESERVATIVO COM PARCEIROS
EVENTUAIS, NO ÚLTIMO MÊS
98% DOS USUÁRIOS HIV+
RELATANDO USO CONSIS-
TENTE DE PRESERVATIVO
COM TODOS SEUS PARCEI-
ROS, NO ÚLTIMO MÊS
TEORIA DA MUDANÇA: O DESCONHECIMENTO DO STATUS SOROLÓGICO IMPEDE QUE PESSOAS
SORONEGATIVAS FIQUEM MOTIVADAS A CONTINUAR NEGATIVAS; E QUE AS SOROPOSITIVAS
PROCUREM OS SERVIÇOS DE ATENÇÃO, TRATAMENTO E APOIO SOCIAL. ACONSELHAMENTO
E TESTAGEM SÃO FUNDAMENTAIS PARA O CONHECIMENTO DO STATUS SOROLÓGICO. A
DISPONIBILIZAÇÃO DA TESTAGEM REDUZ A TRANSMISSÃO DO HIV.
2.500 TESTES
RÁPIDOS PARA O
HIV DISPONÍVEIS
POR MÊS
REALIZAÇÃO DE
ACONSELHAMENTO
PRÉ-TESTE
REALIZAÇÃO DA TES-
TAGEM RÁPIDA PARA
HIV E ACONSELHA-
MENTO PÓS-TESTE
5% DE AUMENTO
DA PREVALÊN-
CIA DO HIV NO
MUNICÍPIO
PLANEJADO
EXECUTADO
53
  
Slide 42
RELAÇÃO ENTRE OS COMPONENTES DE
UM MODELO TEÓRICO, AS METAS E AS
PERGUNTAS AVALIATIVAS
INSUMOS ATIVIDADES PRODUTOS RESULTADOS IMPACTOS
MODELO
LÓGICO
META
PERGUNTAS DE
MONITORAMENTO
E AVALIAÇÃO
O QUE MEDIR
2.500 TESTES
RÁPIDOS PARA O
HIV DISPONÍVEIS
POR MÊS
REALIZAÇÃO DE
ACONSELHAMENTO
PRÉ-TESTE A TODOS
OS USUÁRIOS
REALIZAÇÃO DA TES-
TAGEM RÁPIDA PARA
HIV E ACONSELHA-
MENTO PÓS-TESTE
1.000 USUÁRIOS/
MÊS TESTADOS E
COM ACONSELHA-
MENTO PÓS-TESTE
1.000 USUÁRIOS/
MÊS COM ESTRATÉ-
GIAS DE REDUÇÃO DE
RISCO DEFINIDAS
70% DOS USUÁRIOS
HIV- RELATANDO USO
CONSISTENTE DE
PRESERVATIVO COM
PARCEIROS EVENTUAIS,
NO ÚLTIMO MÊS
MANUTENÇÃO DA
PREVALÊNCIA DO
HIV NO MUNI-
CÍPIO
AO FINAL DO PRIMEIRO ANO DO PRO-
GRAMA, 1.000 USUÁRIOS/MÊS SERÃO
TESTADOS E RECEBERÃO ACONSELHAMEN-
TO PÓS-TESTE.
AO FINAL DO PRIMEIRO ANO, QUANTOS
DOS USUÁRIOS FORAM TESTADOS E RECE-
BERAM ACONSELHAMENTO PÓS-TESTE?
(M) POR QUE ESSE NÚMERO? (A)
Nº DE USUÁRIOS QUE FORAM TESTADOS
E QUE RECEBERAM ACONSELHAMENTO
PÓS-TESTE
NO SEGUNDO ANO DO PROGRAMA, 70%
DOS USUÁRIOS HIV- RELATARÃO USO CON-
SISTENTE DE PRESERVATIVO COM PARCEIROS
EVENTUAIS, NO ÚLTIMO MÊS..
QUAL O PERCENTUAL DE USUÁRIOS HIV- QUE
RELATARAM USO CONSISTENTE DE PRESERVA-
TIVO COM SEUS PARCEIROS EVENTUAIS? (M)
POR QUE DESSE PERCENTUAL? (A)
Nº DE USUÁRIOS HIV- COM PARCEIROS EVEN-
TUAIS, NO ÚLTIMO MÊS
Nº DE USUÁRIOS HIV- COM PARCEIROS EVEN-
TUAIS QUE RELATARAM USO CONSISTENTE
DE PRESERVATIVOS COM ESSES PARCEIROS,
NO ÚLTIMO MÊS
AO FINAL DO PROJE-
TO, A PREVALÊNCIA
DO HIV NO MU-
NICÍPIO TERÁ SE
MANTIDO NOS NÍVEIS
ATUAIS.
QUAL A TENDÊNCIA
DA PREVALÊNCIA DO
HIV NO MUNICÍPIO?
(M) POR QUE DESSA
TENDÊNCIA? (A)
Nº DE PESSOAS HIV+
NO MUNICÍPIO E
POPULAÇÃO DO
MUNICÍPIO
100% DOS USUÁRIOS
HIV+ RELATANDO USO
CONSISTENTE DE PRE-
SERVATIVO COM TODOS
SEUS PARCEIROS, NO
ÚLTIMO MÊS
54
EXERCÍCIO 7:
DEFINIÇÃO DA PERGUNTA DE
MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO
COM BASE NO MODELO LÓGICO E METAS DESCRITAS, DESENVOLVA
PERGUNTAS DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO, INCLUINDO O QUE
SERÁ MEDIDO E COMO SERÁ MEDIDO:
Slide 43
55
PERGUNTA DE MONITORAMENTO:
56
MODO DE PENSAR AVALIATIVO
INTERVENÇÃO
PLANEJADA
PLANEJADOS
EXECUTADA
ALCANÇADOS
Nível de implementação
Nível de desempenho
Existe uma diferença?
Essa diferença é aceitável?
Como explicar essa diferença?
Existe uma diferença?
Essa diferença é aceitável?
Como explicar essa diferença?
EFEITOS
Slide 44
57
MATRIZ DE AVALIAÇÃO DE PROGRAMA
Descrição
Valor
Adaptado de Stake 1973.
Matriz de
descrição
planejado executado
congruência
Matriz de
julgamento
indicadores padrões mérito
insumos
C O N T E X T O
atividades
produtos
Slide 45
58
EXISTE UMA DIFERENÇA?
(descrever + comparar)
ESSA DIFERENÇA É ACEITÁVEL?
(comparar + negociar + julgar)
COMO EXPLICAR ESSA DIFERENÇA?
(descrever + analisar)
OU SEJA:
Slide 46
59
ETAPAS NA PRÁTICA DA AVALIAÇÃO
• COMPROMETA OS INTERESSADOS
Pessoas envolvidas ou afetadas pelo programa e usuários potenciais
da avaliação.
• DESCREVA O PROGRAMA
Contexto organizacional, mudanças esperadas, modelo lógico (arti-
culando insumos, atividades e efeitos esperados).
Reveja o modelo lógico com os interessados.
• FOCALIZE O DESENHO DA AVALIAÇÃO
Propósitos, usos, perguntas avaliativas, padrões, critérios de julga-
mento, técnicas de coleta e análise de dados
Obtenha o consenso escrito sobre esse desenho
• ACUMULE EVIDÊNCIAS COM CREDIBILIDADE
• ESTABELEÇA AS EVIDÊNCIAS QUE LEVARAM ÀS CONCLUSÕES
Julgamento e recomendações.
• GARANTA O USO E COMPARTILHE AS LIÇÕES APRENDIDAS
Slide 47
60
CONDIÇÕES PARA REALIZAR UMA
AVALIAÇÃO
• EXISTE A VONTADE DE REALIZAR AVALIAÇÃO?
• A PERGUNTA IDENTIFICADA PODE SER RESPONDIDA
POR UM PROCESSO AVALIATIVO?
• OS RECURSOS PARA A AVALIAÇÃO ESTÃO ASSEGURA-
DOS?
• AS PESSOAS QUE IRÃO UTILIZAR OS RESULTADOS DA
AVALIAÇÃO FORAM IDENTIFICADAS?
• EXISTE A INTENÇÃO DE USAR OS RESULTADOS DA
AVALIAÇÃO?
Não está
pronto
Pronto
para
Avaliar!
Slide 48
61
No está
listo
Listo para
Evaluar!
PRÉ-REQUISITOS PARA UMA
AVALIAÇÃO DE RESULTADO
• O PROGRAMA É SUSTENTÁVEL?
• O PROGRAMA FOI IMPLEMENTADO DE ACORDO COM O
PLANO ESTABELECIDO?
• O PROGRAMA VEM SENDO DESENVOLVIDO COM NÍVEIS
DE ESTABILIDADE ACEITÁVEIS?
• O PROGRAMA ATINGE UM NÚMERO SUFICIENTE DE
PESSOAS?
• O PROGRAMA TEM SIDO EXECUTADO COM A INTENSI-
DADE SUFICIENTE?
Slide 49
62
COMO AVALIAR UMA AVALIAÇÃO?
(METAVALIAÇÃO)• UTILIDADE
A avaliação atende às necessidades de informação dos usuários
intencionais?
• EXEQÜIBILIDADE
Todos os passos necessários foram executados e dentro de um
custo aceitável?
• PROPRIEDADE
Durante o processo avaliativo os princípios legais, éticos e de
respeito ao bem-estar dos envolvidos ou afetados pela avaliação
foram observados?
• EXATIDÃO
Os resultados divulgados são tecnicamente válidos?
OBSERVE QUE OS CRITÉRIOS DEVEM REFLETIR A SINGULARIDADE DA
AVALIAÇÃO PROPOSTA E O CONTEXTO EM QUE ELA OCORRE.
Slide 50
63
“SE TODAS AS TEIAS DE ARANHA SE
UNEM, ELAS PODEM AMARRAR UM LEÃO”
(ÁFRICA)
BEM-VINDOS AO CAMPO DA AVALIAÇÃO!
Slide 51
64
AVALIAÇÃO DO CURSO
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Slide 52
65
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66
67
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Manual da oficina de capacitação em avaliação com foco na melhoria do programa

  • 1.
  • 2.
  • 3. © 2007. Ministerio da Saúde ELABORAÇÃO, DISTRIBUIÇÃO E INFORMAÇÕES Ministério da Saúde Secretaría de Vigilância em Saúde Programa Nacional de DST e Aids Av. W3 Norte, SEPN 511, bloco C Cep: 70750-543 Brasília-DF E-mail: aids@aids.gov.br Home page: http://www.aids.gov.br Disque Saúde / Fique Sabendo: 0800 61 1997 PRESIDENTE DA REPÚBLICA Luís Inácio Lula da Silva MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE José Gomes Temporão SECRETÁRIO DE VIGILÂNCIA EMSAÚDE Gerson Oliveira Penna DIRETORA DO PROGRAMA NACIONAL DE DST e Aids Mariângela Batista Galvão Simão DIRETOR ADJUNTO Eduardo Barbosa ASSESSOR ESPECIAL Ruy Burgos Filho ASSESSORIA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO ASSESSORIA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO Aristides Barbosa Junior, Ana Roberta Pati Pascom, Bruno Imbroisi, Carmen de Barros Correia Dhalia, Fábio O’Brien e Karim Sakita CONSULTORA DA Elizabeth Moreira dos Santos Suzanne Westman PROJETO GRÁFICO Bruno de Andrade Imbroisi É permitida a reprodução parcial ou total deste manual, sempre que citada a fonte. Ficha Catalográfica ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de DST e Aids. Manual da oficina de capacitação em avaliação com foco na melhoria do programa / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Programa Nacional de DST e Aids. – Brasília Ministério da Saúde, 2007. 112 p.: il. – (Série F. Comunicação e Educação em Saúde) ISBN 978-85-334-1044-2 1. Avaliação de programas e projetos de saúde. 2. Monitoramento. 3. Doenças sexualmente transmissíveis. 4. AIDS. I. Título. II. Série. NLM W 84 _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Catalogação na fonte – Coordenação-Geral de Documentação e Informação – Editora MS – OS 2006/1217 Títulos para indexação: Em inglês: Manual of Workshop on Evaluation Capacity with Focus on Improvement of the Program Em Espanhol: Manual del Taller de Capacitación en Valoración con Foco en la Mejoría del Programa CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION - CDC/GLOBAL AIDS PROGRAM/BRAZIL
  • 4. Traduzido e adaptado de: Monitoring Evaluation Capacity Building for Program Improvement Field Guide - version 1 - december 2003 Global AIDS Program - Centers for Disease Control and Prevention Orc macro por: PN-DST/AIDS – Assessoria de Monitoramento e Avaliação: Aristides Barbosa Junior, Ana Roberta Pati Pascom e Carmen de Barros Correia Dhalia Consultora da Assessoria de Monitoramento e Avaliação do PN-DST/AIDS: Elizabeth Moreira dos Santos (laser/densp/fiocruz) Centers for Disease Control / Global Aids Program - CDC/GAP - Brasil William Brady e Suzanne Westman e com a colaboração de Célia Landmann Szwarcwald, Larissa Polejak, Maria Cristina R. Baggio, Maria Elizabeth da S. H. Corrêa, Marly Marques da Cruz, Silvana Solange Rossi, Sonia Natal, Teresa Seabra Soares e Zulmira Hartz Atualizado e revisado em 2007 por: PN-DST/AIDS – Assessoria de Monitoramento e Avaliação: Aristides Barbosa Junior, Ana Roberta Pati Pascom e Carmen de Barros Correia Dhalia PN DST/AIDS - Unidade de Sociedade Civil e Direitos Humanos: Karen Bruck de Freitas CICT/HIV/AIDS – Centro Internacional de Cooperação Técnica: Mirtha Sendic Sudbrack FIOCRUZ – Laboratório de Avaliação de Situações Endêmicas Regionais: Elizabeth Moreira dos Santos e Marly Marques da Cruz
  • 5.
  • 6. Apresentação A oficina De Capacitação em Avaliação com foco na Melhoria do Programa faz parte das iniciativas do Plano Nacional de Monitoramento e Avaliação (PNA) do Programa Nacional de DST e AIDS (PN-DST/AIDS). O PNA estabelece as diretrizes para a institucionalização do MA no Programa e, nele, as atividades de capaci- tação em monitoramento e avaliação são identificadas como cruciais para o pro- cesso de institucionalização. Destaca-se que essa iniciativa é o primeiro passo de uma abordagem sistê- mica do desenvolvimento de recursos humanos em avaliação que compreen- de ainda: a formação de profissionais e formadores em avaliação (Curso de Aperfeiçoamento à Distância, Curso de Especialização e Mestrado em Avaliação); e a formação e fomento de expertise específica em temas prioritários para o PNA como o treinamento em amostragem para populações de difícil acesso e a avaliação econômica. Nesta quarta edição, a oficina incorpora as modificações originárias das suges- tões e da experiência acumulada ao longo de cerca de 80 oficinas em que foram treinadas quase 2000 pessoas, ao longo dos anos de 2005 e 2006. As mudanças realizadas privilegiaram dois pontos fundamentais: a otimização dos conteúdos da oficina em relação aos seus objetivos e o compromisso com a factibilidade de sua operacionalização. Os objetivos dessa oficina são: introduzir e pactuar uma linguagem operacio- nal em monitoramento e avaliação no programa brasileiro; e implementar uma prática pedagógica que não só propicie a reflexão, mas também ofereça a seus participantes conteúdos e habilidades técnicas específicas. Além disso, espera- mos que os participantes dessa oficina possam, por meio da multiplicação da oficina e da adaptação do material, viabilizar e fomentar a institucionalização dos processos de MA não só nos programas relacionados às DST e à aids no Brasil, como também em programas relacionados a outros agravos. A oficina, com foco na melhoria do programa, é estruturada para uma car- ga horária de 8-12 horas, embora suas características e flexibilidade permitam a sua adaptação às necessidades e realidades locais. Para subsidiar a realização das oficinas elaborou-se este material de apoio que visa nortear o trabalho dos instrutores. Cabe mencionar que a elaboração do material reúne esforços de três institui- ções de reconhecida experiência em serviços, ensino e pesquisa: o Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacional de DST AIDS; a FIOCRUZ, por meio da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) e os Centers for Disease Control e Prevention - Global AIDS Program Brazil (CDC/GAP-Brazil). O material foi tradu- zido e adaptado do “Monitoring Evaluation Capacity Building for Program Improvement Field Guide” (Version 1; December 2003; CDC/GAP e ORC Macro) É importante lembrar que todo o material utilizado na “Oficina de Capacitação em Monitoramento e Avaliação com foco na melhoria do programa” encontra- se disponível na Assessoria de Monitoramento e Avaliação do PN-DST/AIDS, vi- sando facilitar o acesso e o compartilhamento dessa ferramenta para uso das instituições de ensino e serviços de saúde. Programa Nacional de DST e Aids
  • 7.
  • 9. ­ Slide 4 A ASSESSORIA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DO PN DST/AIDS CDC/GAP -BRASIL PN MA OUTRAS UNIDADES REDE INTERNA DE AVALIADORES 5 SÍTIOS DE EXCELENCIA
  • 10. Slide 6 EXERCÍCIO 1: PROVÉRBIOS Como cada provérbio se relaciona com monitoramento e avaliação?
  • 11. 10 Slide 7 CONCEITO DE AVALIAÇÃO “Avaliar consiste fundamentalmente em fazer um julgamento de valor a respeito de uma intervenção, um serviço ou sobre qualquer um de seus componentes, com o objetivo de ajudar na tomada de decisão” (Contandriopoulos et al., 1997) (Kellogg Foundation, 1998) “ Evaluation is not to prove it is to improve”
  • 12. 11 Slide 8 USOS DA AVALIAÇÃO MELHORIA DO PROGRAMA Compartilha- mento dos resultados com parceiros Imputabilidade (Accountability)
  • 13. 12 Slide 9 EXERCÍCIO 2: DEFINIÇÕES E TERMINOLOGIAS Leia a descrição da intervenção e respon- da cada questão, classificando se a ativi- dade que está sendo realizada é de Moni- toramento ou de Avaliação.
  • 14. 13 Exercício 2: MA - Definições e Terminologia Instruções Leia a descrição da intervenção abaixo e responda cada questão classificando se a ação é de monitoramento ou de avaliação. A intervenção Uma ONG está realizando uma intervenção para adolescentes vulneráveis que estão fora da escola. A ONG planejou uma intervenção de grupo, que consta de três oficinas de uma hora e que aborda informações básicas sobre a transmissão do HIV e o uso correto do preservativo. Os objetivos são: aumentar o nível de co- nhecimento sobre o HIV e aumentar o uso de preservativos. Estima-se que essa in- tervenção alcançará entre 50 e 75 adolescentes por trimestre. Questões: 1. Foi aplicado um questionário sobre conhecimento e comportamento aos ado- lescentes que participaram da intervenção, antes e depois das oficinas. Os achados dessas duas observações são comparados para verificar mudanças no conhecimen- to e nos comportamentos. 2. A ONG, a Coordenação Municipal de HIV e Aids e outros parceiros analisaram dados epidemiológicos, buscando verificar se todas as intervenções realizadas no município estão tendo algum tipo de influência nos indicadores de prevalência do HIV em jovens.
  • 15. 14 3. Desde a primeira oficina, a ONG convidou um especialista em educação, como observador, para analisar as oficinas para verificar-se estão de acordo com os pa- drões da Secretaria de Educação. 4. As tendências da prevalência do HIV em jovens são examinadas, segundo os vários projetos atuantes no município em que a ONG trabalha, para determinar o quanto e como cada um deles modificou essas tendências. 5. Foi aplicado um questionário de conhecimento e comportamento aos ado- lescentes que participaram das oficinas, antes e depois da intervenção. O mesmo questionário também foi aplicado a um grupo similar de jovens que não participa- ram das oficinas. Os resultados dessas observações são comparados para detectar se ocorreram mudanças no conhecimento e comportamento e se essas mudanças ocorreram de forma diferente nos dois grupos, buscando esclarecer as razões des- sas diferenças 6. A ONG está realizando o registro do número de jovens, por sexo e idade, para acompanhar o perfil dos jovens que participam de cada oficina. 7. A ONG quer saber se a intervenção está fazendo diferença. Ela coleta vários ti- pos de dados usando o registro dos participantes, bem como questionários. Também foram realizados grupos focais com os participantes do projeto. Todos esses dados foram colocados em um arquivo e nunca foram consultados ou utilizados.
  • 16. 15 Slide 10 O QUE É MONITORAMENTO E O QUE É AVALIAÇÃO? MONITORAMENTO: - Acompanha rotineiramente informações prioritárias sobre um programa e seus efeitos esperados. - Acompanha os custos e o funcionamento do programa. - Provê informações que podem ser utilizadas para a avaliação do programa. AVALIAÇÃO: - É um processo estruturado de coleta e análise de informações sobre as atividades, as características e os efeitos de um programa, respondendo a uma pergunta avaliativa. Determina o mérito ou valor do programa e/ou explica a relação entre ele e seus efeitos. Ambos são usados para melhorar o programa e subsidiar decisões gerenciais.
  • 17. 16 ­ Slide 11 EXERCÍCIO 3: Classificar os itens marcando com um X a coluna apropriada.
  • 18. 17 Exercício 3: Classifique os itens abaixo marcando com una X a coluna apropriada. Exercício 3 Classifique os ítens abaixo marcando com um X a coluna apropriada. Itens Insumo Atividade Produto Resultado Impacto comentários Nº de testes realizados pelo programa Incidência e prevalência de DST na população geral Recursos huma- nos previamente existentes na instituição e que serão alocados no projeto Financiamentos preexistentes para o projeto Mudança de com- portamento de risco na popula- ção-alvo Nº de preservati- vos distribuídos Realização de treinamentos Unidades de saú- de previamente existentes Práticas profissio- nais adotadas
  • 19. 18 Exercício 3 Itens Insumo Atividade Produto Resultado Impacto comentários Realização de ações educativas Nº de preservati- vos distribuídos Esperança de vida ao nascer Sobrevida de pa- ciente com aids Modificação das normas sociais
  • 20. 19 Slide 12 TERMINOLOGIA DE MA INSUMOS: São os recursos previamente disponíveis para a execução das atividades do programa. Incluem recursos financeiros, humanos ou materiais. Exemplos: •Pessoal técnico préexistente para testagem •Kits préexistentes de teste de HIV ATIVIDADES: São os procedimentos pelos quais os insumos são mobilizados viando à obtenção dos efeitos desejados. Exemplos: •Treinamento de recursos humanos para aconselhamento e testagem •Referenciamento de pessoas soropositivas aos serviços de tratamento
  • 21. 20 Slide 13 TERMINOLOGIA DE MA (continuação) PRODUTOS: São as conseqüências imediatas das atividades do programa. Exemplos: •Número de consultas prestadas •Número de aconselhamentos realizados •Número de capacitações feitas RESULTADOS: São os efeitos nas populações-alvo. Os resultados incluem vários tipos de efeitos, podendo focar o conhecimento, as atitudes, o comporta- mento, etc. Exemplos: •Uso do preservativo •Qualidade dos serviços para HIV/Aids
  • 22. 21 Slide 14 TERMINOLOGIA DE MA (continuação) IMPACTOS: Referem-se aos efeitos acumulados do conjunto dos programas: •Em grandes populações •A longo prazo •Associados a efeitos finalísticos Exemplos: •Incidência de aids •Prevalência do HIV •Mortalidade pela aids
  • 23. 22 Slide 15 COMPONENTES DE UM PROGRAMA IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA E DA MUDANÇA DESEJADA INSUMOS (Recursos) ATIVIDADES (Intervenções, Serviços) PRODUTOS (Efeitos Imediatos) RESULTADOS (Efeitos intermediá- rios) IMPACTOS (Efeitos finalísticos) DADOS PARA DESENVOLVIMENTO DO PROGRAMA DADOS DO PROGRAMA DADOS POPULACIONAIS
  • 24. 23 Slide 16 EXERCÍCIO 4: DEFINIÇÕES E TERMINOLOGIAS CLASSIFIQUE SE AS ATIVIDADES DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DO EXERCÍCIO 2 ESTÃO RELACIONADAS COM INSUMOS ATIVIDADES, PRO- DUTOS, RESULTADOS OU IMPACTOS.
  • 25. 24 Exercício 4: MA - Definições e Terminologia Instruções Leia a descrição da intervenção abaixo e responda cada questão classificando se a ação de monitoramento ou avaliação é de atividade, produto, resultado ou impacto. A intervenção Uma ONG está realizando uma intervenção para adolescentes vulneráveis que es- tão fora da escola. A ONG planejou uma intervenção ao nível de grupo, que consta de três sessões de uma hora e que aborda informações básicas sobre a transmissão do HIV e o uso correto do preservativo. Os resultados esperados são: aumentar o nível de conhecimento sobre o HIV; e aumentar o uso de preservativos. Estima-se que essa in- tervenção alcançará entre 50 e 75 adolescentes por trimestre. Questões 1. Foi aplicado um questionário aos adolescentes que participaram da intervenção so- bre conhecimento e comportamento, antes e depois das oficinas. Os achados dessas duas ob- servações são comparados para verificar mudanças no conhecimento e nos comportamentos. 2. A ONG, a Coordenação Municipal de HIV e Aids e outros parceiros analisaram da- dos epidemiológicos buscando verificar se todas as intervenções realizadas no municí- pio estão tendo algum tipo de influência nos indicadores de prevalência do HIV em jovens.
  • 26. 25 3. Desde a primeira oficina, a ONG convidou um especialista em educação, como observador, para analisar as oficinas utilizando os padrões da Secretaria de Educação. 4. As tendências da prevalência do HIV em jovens são examinadas segundo os vários projetos atuantes no município em que a ONG trabalha, para determinar o quanto e como cada um deles mo- dificou essas tendências. 5. Foi aplicado um questionário de conhecimento e comportamento aos adolescentes que par- ticiparam das oficinas, antes e depois da intervenção. O mesmo questionário também foi aplicado a um grupo similar de jovens que não participaram das oficinas. Os resultados dessas observações são comparados para detectar se ocorreram mudanças no conhecimento e comportamento e se es- sas mudanças ocorreram de forma diferente nos dois grupos, buscando esclarecer as razões dessas diferenças. 6. A ONG está realizando o registro do número de jovens, por sexo e idade, que participam de cada oficina. 7. A ONG quer saber se a intervenção está fazendo diferença. Ela coleta vários tipos de dados usando o registro dos participantes, bem como questionários. Também foram realizados grupos fo- cais com os participantes do projeto. Todos esses dados foram colocados em um arquivo e nunca fo- ram consultados ou utilizados.
  • 27. 26 Slide 17 TERMINOLOGÍA DE MA (continuação) MONITORAMENTO DE INSUMO: Acompanhamento de informações sobre insumos. -Responde questões como: •Que recursos estão disponiveis para o programa? •Que recursos foram usados? Exemplos: •Acompanhamento do número de preservativos disponíveis semestralmente para o programa
  • 28. 27 Slide 18 TERMINOLOGIA DE MA (continuação) MONITORAMENTO DE PRODUTO: Acompanhamento dos efeitos imediatos da atividades: -Responde questões do tipo: •Qual o número de serviços prestados? Exemplos: •Acompanhamento do número de preservativos adquiridos semestralmente pelo programa •Acompanhamento do número de pessoas atendidas mensalmente no serviço.
  • 29. 28 Slide 19 TERMINOLOGÍA DE MA (continuação) AVALIAÇÃO DE ATIVIDADE: Usualmente é equivalente à avaliação de processo ou análise de im- plantação/implementação. Complementa o monitoramento de insumos e produtos com uma di- mensão explicativa. Responde questões do tipo: •O programa foi implementado conforme o esperado? •As ações estão onde deveriam estar, atingindo a população para a qual estavam programadas? •Os usuários têm acesso ao programa? Que barreiras dificultam ou inviabilizam esse acesso? Exemplo: O programa foi implantado conforme o planejado? Ou seja, a capacitação foi adequada, os insumos estavam disponíveis oportunamente, etc
  • 30. 29 Slide 20 TERMINOLOGÍA DE MA (continuação) MONITORAMENTO DE RESULTADO Acompanhamento das informações relacionadas aos efeitos esperados do programa na população-alvo. Responde questões do tipo: • O resultado esperado ocorreu? Exemplo: • Acompanhamento do percentual de uso de preservativos nas relações sexuais com parceiros eventuais.
  • 31. 30 Slide 21 TERMINOLOGÍA DE MA (continuação) AVALIAÇÃO DE RESULTADO: Contempla ou explica as razões pelas quais as atividades do programa alcançaram ou não os seus resultados. Enfatiza as relações causais entre o programa e o seu efeito na população-alvo. Responde questões do tipo: • O programa explica os resultados observados? Exemplo: • O programa foi responsável pelo aumento do uso de preservativos? Como?
  • 32. 31 Slide 22 TERMINOLOGÍA DE MA (continuação) MONITORAMENTO DE IMPACTO: Usualmente, refere-se ao acompanamento das tendências epidemiológicas da doença. Responde questões do tipo: • Que efeito todas as intervenções têm sobre os casos de aids? Exemplo: •Acompanhamento sistemático da evolução da taxa de incidência de aids (vigilância epidemiológica da aids).
  • 33. 32 Slide 23 TERMINOLOGÍA DE MA (continuação) AVALIAÇÃO DE IMPACTO: Análise das relações entre as tendências epidemiológicas da doença e os programas de controle e outros fatores associados. Responde questões do tipo: • Quanto do impacto observado se deve a um programa específico? Exemplo: • Quanto da redução da prevalência do HIV foi devida ao programa?
  • 34. 33 Slide 24 RELAÇÃO ENTRE PROGRAMAS E IMPACTOS Nível federal Nível estadual Nível municipal Outras instituições Programas INSUMOS PRODUTOS RESULTADOS IMPACTO Programas Programas Programas
  • 35. 34 Slide 25 RELAÇÃO ENTRE AVALIAÇÃO, PLANEJAMENTO, IMPLEMENTAÇÃO E EFEITOS PLANEJAMENTO IMPLEMENTAÇÃO EFEITOS Estudos de Avaliabilidade Diagnóstico de Situação Monitoramento de insumos e produtos Avaliação de Atividades (processo) Monitoramento de Resultado Avaliação de Resultado Monitoramento de Impacto Avaliação de Impacto
  • 36. 35 Slide 26 IMPLICAÇÕES DO DESCONHECIMENTO DE COMO UMA INTERVENÇÃO FOI IMPLEMENTADA PLANEJAMENTO ??????? EFEITOS
  • 37. 36 Slide 27 MA: EXPECTATIVAS REALISTAS PIPELINE DE MA TODOS MAIORIA ALGUNS POUCOS Monitora- mento de Insumos e Produtos Avaliação de Atividades MA de Resultado MA de Impacto Nº DE PROJETOS NÍVEIS DO ESFORÇO EM MA Adaptado de Rehle/Rugg ME Pipeline Model, FHI 2001
  • 38. 37 Slide 28 DEFINIÇÃO DE MODELO LÓGICO • Um modelo lógico é uma maneira visual e sistemática de apresentar as relações entre intervenção e efeito. Ele deve incluir as relações en- tre os recursos necessários para operacionalizar o programa, as ativi- dades planejadas e os efeitos que o programa pretende alcançar. • Ele é uma representação da racionalidade do programa e é freqüente- mente apresentado como um fluxograma ou uma tabela, que expli- cita a seqüencia de passos que conduzem aos efeitos do programa.
  • 39. 38 Slide 29 COMPONENTES DO MODELO LÓGICO IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA RECURSOS/ INSUMOS ATIVIDADES PRODUTOS RESULTADOS IMPACTOS TRABALHO PREVISTO EFEITOS ESPERADOS 1 2 3 4 5
  • 40. 39Slide 30 MODELOLÓGICODEIMPLEMENTAÇÃODECTA INSUMOSATIVIDADESPRODUTOSRESULTADOSIMPACTOS FINANCIAMENTO GOVERNAMEN- TALEOUTROS CAPACITAÇÃODOS GERENTESLOCAIS EDASEQUIPESEM ACONSELHAMENTOE TESTAGEM REALIZAÇÃOACON- SELHAMENTOPRÉ NºPROFISSIONAIS CAPACITADOSEM ACONSELHAMEN- TOETESTAGEM NºUSUÁRIOSQUE RECEBERAMO ACONSELHAMENTOPRÉ TESTE USUÁRIOS HIV-EHIV+ COMESTRA- TÉGIASDE REDUÇÃO DERISCO MELHORÍA DAQUALIDA- DEDOCTA DIMINUIÇÃODA INCIDÉNCIADO HIV NºUSUÁRIOSTES- TADOS NºUSUÁRIOSQUE RECEBERAMRESULTADO EACONSELHAMENTO PÓSTESTE USUÁRIOS HIV+COMES- TRATÉGIASDE TRATAMENTO INCORPORA- DAS PRÁTICASDE RISCODIMI- NUÍDAS PROFISSIONAIS DESAÚDE REALIZAÇÃODE ACONSELHAMENTO PÓSTESTE REFERENCIAMENTO DOSUSUARIOS HIV+PARAOSSER- VIÇOSDEATENÇÃO, TRATAMENTOE APOIOSOCIAL DIMINUIÇÃODA MORTALIDADE RELACIONADA AOHIV PROTOCOLOS, DIRETRIZES, MANUAISPARA CTA KITSPARATES- TAGEMRÁPIDA DOHIV IDENTIFICAÇÃODOPROBLEMA:ATAXADEINFECÇÃOPELOHIVCONTINUAACRESCER,RESSALTANDOAIMPORTÂNCIADEPESSOAS, TANTOHIVPOSITIVASCOMONEGATIVAS,CONHECEREMSEUSTATUSSOROLÓGICOEDESENVOLVEREMESTRATÉGIASPESSOAISDE REDUÇÃODERISCOEDESUAINSERÇÃOEMSERVIÇOSDEACOMPANHAMENTO.PESSOASQUENÃOSÃOSORONEGATIVASPODEM NÃOESTARMOTIVADASAPERMANECERSORONEGATIVAS,ENQUANTOAQUELASQUESÃOSOROPOSITIVASPODEMNÃOUTILIZAR ASINTERVENÇÕESINDISPENSÁVEISPARAREDUZIRATRANSMISSÃODOHIVPARASEUSFILHOSEOUTRASPESSOAS,OUAINDA, PARAUTILIZAROSSERVIÇOSDEATENÇÃO,TRATAMENTOEAPOIOSOCIAL REALIZAÇÃODA TESTAGEMPARA OHIV NºUSUÁRIOSHIV+ ENCAMINHADOSA SERVIÇOSDEATENÇÃO, TRATAMENTOEAPOIO SOCIAL NºUSUÁRIOSHIV(+ E-)QUEESTABECE- RAMESTRATÉGIAS DEREDUÇÃODE RISCO MELHORA DOSPARÂ- METROSDE SAÚDEDAS PESSOAS HIV+ DIMINUIÇÃO DAMORBI- DADERELA- CIONADAAO HIV SISTEMADERE- FERÊNCIAPARA PREVENÇÃOE TRATAMENTO
  • 41. 40 Slide 31 POR QUE USAR MODELOS LÓGICOS?
  • 42. 41 Slide 32 VANTAGENS DO MODELO LÓGICO • Comunica o propósito fundamental do programa, evidenciando, de maneira explícita, os produtos e efeitos esperados do programa. • Ilustra a consistência lógica interna do programa contribuindo para identificar lacunas e efeitos não realísticos. • Envolve os atores e promove a comunicação sobre o programa entre financiadores, executores, membros da comunidade e outros atores, inclusive avaliadores. • Contribui para o monitoramento do progresso do programa ao forne- cer um plano claro de acompanhamento, de forma que os sucessos possam ser reproduzidos e os problemas evitados. • Direciona as atividades de avaliação do programa ao identificar as questões avaliativas apropriadas e os dados relevantes necessários.
  • 43. 42 Slide 33 LIMITAÇÕES DO MODELO LÓGICO • É uma representação da realidade, não a realidade. - Os programas não são lineares • Normalmente, não inclui efeitos além daqueles inicialmente espera- dos. • A dificuldade do estabelecimento da causalidade. - Muitos fatores influenciam os efeitos. • Parte do pressuposto que a escolha da intervenção é a mais correta - Não leva em conta a pergunta: o que estamos fazendo é o mais correto? Adaptado de Ellen Taylor-Powell (2000) http://www.uwex.edu/ces/pdande/evaluation/evalpresentations.html
  • 44. 43 Slide 34 EXERCÍCIO 5: CONSTRUÇÃO DE MODELO LÓGICO PARA PREVENÇÃO DA TRANSMISSÃO VERTICAL Utilizando os cartões, construa o modelo lógico para a prevenção da transmissão vertical.
  • 45. 44 Slide 35 OBJETIVOS E METAS • OBJETIVO GERAL: Estabelece, de forma geral e abrangente, as intenções e os efeitos esperados do programa, orientando o seu desenvolvimento. • OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Conjunto de eventos ou ações concretas que, coletivamente, contri- buem para alcançar o objetivo geral. • METAS: Estabelecem, quantitativamente, os efeitos esperados em um tem- po determinado.
  • 46. 45 Slide 36 EXEMPLOS DE OBJETIVOS E METAS OBJETIVO ESPECÍFICO: Aumentar a proporção de profissionais capacitados em aconselhamento META: Ao final do primeiro ano do projeto, 75% dos profissionais de nível superior do CTA deverão ter sido capacitados em aconselhamento OBJETIVO ESPECÍFICO: Aumentar a proporção de usuários que adotaram estratégias pessoais de redução de risco META: No começo do segundo ano do projeto, 65% dos usuários que receberam o resultado do teste HIV terão adotado uma estratégia pessoal de redução de risco. PRODUTO: nº de profissionais do CTA capacitados em aconselhamento RESULTADO: proporção de usuários que adotaram estratégias pessoais de redução de risco
  • 47. 46 Slide 37 ESTRATÉGIA SMART DE DEFINIÇÃO DE METAS • ESPECÍFICA: Identifica eventos ou ações concretas que ocorrerão. • MENSURÁVEL: Quantifica os recursos, as atividades ou a mudança permitindo sua mensuração. • APROPRIADA: Relaciona logicamente o problema identificado com os efeitos desejáveis. • REALISTA: Dimensiona, realisticamente, a adequação entre os recursos dispo- níveis, o plano de implementação e os efeitos esperados. • TEMPORALIDADE: Especifica um prazo no qual a meta será alcançada.
  • 48. 47 Slide 38 EXEMPLOS DE METAS SMART • Ao final do primeiro ano do projeto, 75% dos profissionais de nível superior do CTA deverão ter sido capacitados em aconselhamento. • No começo do segundo ano do projeto, 65% dos usuários que recebe- ram o resultado do teste HIV deverão ter estabelecido uma estratégia pessoal de redução de risco. ESPECÍFICA: A meta especifica claramente o que deve ser alcançado e por quem? MENSURÁVEL: A meta é mensurável? APROPIADA: A meta se relaciona com o que o programa propõe realizar? REALISTA: A meta é alcançável considerando-se os insumos disponíveis, as atividades previstas e a experiência acumulada? TEMPORALIDADE: A meta especifica quando ela será alcançada?
  • 49. 48 Slide 39 EXERCÍCIO 6: DEFINIÇÃO DE METAS SMART ESCREVA TRÊS METAS SMART RELACIONADAS COM O PROGRAMA PARA PREVENÇÃO DA TRANSMISSÃO VERTICAL
  • 50. 49 Exercício 6: DESENVOLVENDO METAS SMART Introdução: O Ministério da Saúde está desenvolvendo um programa para prevenir a transmissão vertical do HIV. O modelo lógico previsto está descrito abaixo. Eles também estão planejando uma avalia- ção do programa. Você deve pensar sobre metas para o programa que possam captar o processo de implementação e resultado. Identificação do Problema As taxas de HIV têm aumentado entre gestantes e crianças. O risco de transmissão vertical do HIV é significativo durante a gravidez e durante o parto. Além disso, existe o risco de transmissão no pós-parto por meio do aleitamento materno Insumos • Protocolo de teste e aconselhamento para prevenção e controle da transmissão vertical • Kit de teste do HIV • Drogas anti-retrovirais (ARV) • Recursos humanos capacitados • Fórmula láctea • Inibidor da lactação • Recursos financeiros Atividades • Realização de aconselhamento e testagem no pré-natal • Realização de aconselhamento e testagem no momento do parto • Dispensação dos ARV para profilaxia ou tratamento para a gestante/ parturiente HIV+ • Dispensação dos ARV para profilaxia para o RN • Realização de parto cesáreo para parturientes identificadas como HIV+ • Inibição da lactação de parturientes identificadas como HIV+ • Dispensação da fórmula láctea Produtos • Nº de gestantes aconselhadas e testadas no pré-natal • Nº de gestantes aconselhadas e testadas no parto • Nº de gestantes HIV+ que recebem profilaxia ou tratamento com ARV • Nº de RN expostos ao HIV que recebem profilaxia com ARV • Nº de gestantes HIV+ que recebem inibidor de lactação • Nº de puérperas HIV+ que recebem inibidor de lactação • Nº de RN expostos ao HIV que recebem fórmula láctea Resultados • Aumento da cobertura do teste de HIV em gestantes e parturientes • Aumento do conhecimento do status sorológico para o HIV • Aumento a utilização da profilaxia com ARV por gestantes HIV+ • Aumento a utilização da profilaxia com ARV por RN expostos ao HIV • Aumento da utilização da fórmula láctea por RN expostos ao HIV • Redução das taxas de transmissão vertical do HIV Impacto • Redução da incidência de HIV em crianças
  • 51. 50 Relacione três metas para este programa Verifique se essas metas seguem o critério SMART • ESpecífica • Mensuravel • Apropriada • Realista • Temporalidade • ESpecífica • Mensuravel • Apropriada • Realista • Temporalidade • ESpecífica • Mensuravel • Apropriada • Realista • Temporalidade
  • 52. 51 Slide 40 UTILIZANDO MODELOS LÓGICOS PARA AVALIAÇÃO MODELO TEÓRICO DE AVALIAÇÃO
  • 53. 52 Slide 41 EXEMPLO DE MODELO TEÓRICO DE AVALIAÇÃO PARA CTA INSUMOS ATIVIDADES PRODUTOS RESULTADOS IMPACTOS 2.500 TESTES RÁPIDOS PARA O HIV DISPONÍVEIS POR MÊS REALIZAÇÃO DE ACONSELHAMENTO PRÉ-TESTE REALIZAÇÃO DA TES- TAGEM RÁPIDA PARA HIV E ACONSELHA- MENTO PÓS-TESTE 1.000 USUÁRIOS/ MÊS TESTADOS E COM ACONSELHA- MENTO PÓS-TESTE 1.000 USUÁRIOS/ MÊS COM ESTRATÉ- GIAS DE REDUÇÃO DE RISCO DEFINIDAS 70% DOS USUÁRIOS HIV- RELATANDO USO CONSISTEN- TE DE PRESERVATIVO COM PARCEIROS EVENTUAIS, NO ÚLTIMO MÊS 100% DOS USUÁRIOS HIV+ RELATANDO USO CONSISTENTE DE PRESERVATIVO COM TODOS SEUS PARCEIROS, NO ÚLTIMO MÊS MANUTENÇÃO DA PREVALÊNCIA DO HIV NO MUNI- CÍPIO 750USUÁRIOS/MÊS TESTADOS E COM ACONSELHAMENTO PÓS-TESTE 600 USUÁRIOS/MÊS COM ESTRATÉGIAS DE REDUÇÃO DE RISCO DEFINIDAS 70% DOS USUÁRIOS HIV- RELA- TANDO USO CONSISTENTE DE PRESERVATIVO COM PARCEIROS EVENTUAIS, NO ÚLTIMO MÊS 98% DOS USUÁRIOS HIV+ RELATANDO USO CONSIS- TENTE DE PRESERVATIVO COM TODOS SEUS PARCEI- ROS, NO ÚLTIMO MÊS TEORIA DA MUDANÇA: O DESCONHECIMENTO DO STATUS SOROLÓGICO IMPEDE QUE PESSOAS SORONEGATIVAS FIQUEM MOTIVADAS A CONTINUAR NEGATIVAS; E QUE AS SOROPOSITIVAS PROCUREM OS SERVIÇOS DE ATENÇÃO, TRATAMENTO E APOIO SOCIAL. ACONSELHAMENTO E TESTAGEM SÃO FUNDAMENTAIS PARA O CONHECIMENTO DO STATUS SOROLÓGICO. A DISPONIBILIZAÇÃO DA TESTAGEM REDUZ A TRANSMISSÃO DO HIV. 2.500 TESTES RÁPIDOS PARA O HIV DISPONÍVEIS POR MÊS REALIZAÇÃO DE ACONSELHAMENTO PRÉ-TESTE REALIZAÇÃO DA TES- TAGEM RÁPIDA PARA HIV E ACONSELHA- MENTO PÓS-TESTE 5% DE AUMENTO DA PREVALÊN- CIA DO HIV NO MUNICÍPIO PLANEJADO EXECUTADO
  • 54. 53 Slide 42 RELAÇÃO ENTRE OS COMPONENTES DE UM MODELO TEÓRICO, AS METAS E AS PERGUNTAS AVALIATIVAS INSUMOS ATIVIDADES PRODUTOS RESULTADOS IMPACTOS MODELO LÓGICO META PERGUNTAS DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO O QUE MEDIR 2.500 TESTES RÁPIDOS PARA O HIV DISPONÍVEIS POR MÊS REALIZAÇÃO DE ACONSELHAMENTO PRÉ-TESTE A TODOS OS USUÁRIOS REALIZAÇÃO DA TES- TAGEM RÁPIDA PARA HIV E ACONSELHA- MENTO PÓS-TESTE 1.000 USUÁRIOS/ MÊS TESTADOS E COM ACONSELHA- MENTO PÓS-TESTE 1.000 USUÁRIOS/ MÊS COM ESTRATÉ- GIAS DE REDUÇÃO DE RISCO DEFINIDAS 70% DOS USUÁRIOS HIV- RELATANDO USO CONSISTENTE DE PRESERVATIVO COM PARCEIROS EVENTUAIS, NO ÚLTIMO MÊS MANUTENÇÃO DA PREVALÊNCIA DO HIV NO MUNI- CÍPIO AO FINAL DO PRIMEIRO ANO DO PRO- GRAMA, 1.000 USUÁRIOS/MÊS SERÃO TESTADOS E RECEBERÃO ACONSELHAMEN- TO PÓS-TESTE. AO FINAL DO PRIMEIRO ANO, QUANTOS DOS USUÁRIOS FORAM TESTADOS E RECE- BERAM ACONSELHAMENTO PÓS-TESTE? (M) POR QUE ESSE NÚMERO? (A) Nº DE USUÁRIOS QUE FORAM TESTADOS E QUE RECEBERAM ACONSELHAMENTO PÓS-TESTE NO SEGUNDO ANO DO PROGRAMA, 70% DOS USUÁRIOS HIV- RELATARÃO USO CON- SISTENTE DE PRESERVATIVO COM PARCEIROS EVENTUAIS, NO ÚLTIMO MÊS.. QUAL O PERCENTUAL DE USUÁRIOS HIV- QUE RELATARAM USO CONSISTENTE DE PRESERVA- TIVO COM SEUS PARCEIROS EVENTUAIS? (M) POR QUE DESSE PERCENTUAL? (A) Nº DE USUÁRIOS HIV- COM PARCEIROS EVEN- TUAIS, NO ÚLTIMO MÊS Nº DE USUÁRIOS HIV- COM PARCEIROS EVEN- TUAIS QUE RELATARAM USO CONSISTENTE DE PRESERVATIVOS COM ESSES PARCEIROS, NO ÚLTIMO MÊS AO FINAL DO PROJE- TO, A PREVALÊNCIA DO HIV NO MU- NICÍPIO TERÁ SE MANTIDO NOS NÍVEIS ATUAIS. QUAL A TENDÊNCIA DA PREVALÊNCIA DO HIV NO MUNICÍPIO? (M) POR QUE DESSA TENDÊNCIA? (A) Nº DE PESSOAS HIV+ NO MUNICÍPIO E POPULAÇÃO DO MUNICÍPIO 100% DOS USUÁRIOS HIV+ RELATANDO USO CONSISTENTE DE PRE- SERVATIVO COM TODOS SEUS PARCEIROS, NO ÚLTIMO MÊS
  • 55. 54 EXERCÍCIO 7: DEFINIÇÃO DA PERGUNTA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO COM BASE NO MODELO LÓGICO E METAS DESCRITAS, DESENVOLVA PERGUNTAS DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO, INCLUINDO O QUE SERÁ MEDIDO E COMO SERÁ MEDIDO: Slide 43
  • 57. 56 MODO DE PENSAR AVALIATIVO INTERVENÇÃO PLANEJADA PLANEJADOS EXECUTADA ALCANÇADOS Nível de implementação Nível de desempenho Existe uma diferença? Essa diferença é aceitável? Como explicar essa diferença? Existe uma diferença? Essa diferença é aceitável? Como explicar essa diferença? EFEITOS Slide 44
  • 58. 57 MATRIZ DE AVALIAÇÃO DE PROGRAMA Descrição Valor Adaptado de Stake 1973. Matriz de descrição planejado executado congruência Matriz de julgamento indicadores padrões mérito insumos C O N T E X T O atividades produtos Slide 45
  • 59. 58 EXISTE UMA DIFERENÇA? (descrever + comparar) ESSA DIFERENÇA É ACEITÁVEL? (comparar + negociar + julgar) COMO EXPLICAR ESSA DIFERENÇA? (descrever + analisar) OU SEJA: Slide 46
  • 60. 59 ETAPAS NA PRÁTICA DA AVALIAÇÃO • COMPROMETA OS INTERESSADOS Pessoas envolvidas ou afetadas pelo programa e usuários potenciais da avaliação. • DESCREVA O PROGRAMA Contexto organizacional, mudanças esperadas, modelo lógico (arti- culando insumos, atividades e efeitos esperados). Reveja o modelo lógico com os interessados. • FOCALIZE O DESENHO DA AVALIAÇÃO Propósitos, usos, perguntas avaliativas, padrões, critérios de julga- mento, técnicas de coleta e análise de dados Obtenha o consenso escrito sobre esse desenho • ACUMULE EVIDÊNCIAS COM CREDIBILIDADE • ESTABELEÇA AS EVIDÊNCIAS QUE LEVARAM ÀS CONCLUSÕES Julgamento e recomendações. • GARANTA O USO E COMPARTILHE AS LIÇÕES APRENDIDAS Slide 47
  • 61. 60 CONDIÇÕES PARA REALIZAR UMA AVALIAÇÃO • EXISTE A VONTADE DE REALIZAR AVALIAÇÃO? • A PERGUNTA IDENTIFICADA PODE SER RESPONDIDA POR UM PROCESSO AVALIATIVO? • OS RECURSOS PARA A AVALIAÇÃO ESTÃO ASSEGURA- DOS? • AS PESSOAS QUE IRÃO UTILIZAR OS RESULTADOS DA AVALIAÇÃO FORAM IDENTIFICADAS? • EXISTE A INTENÇÃO DE USAR OS RESULTADOS DA AVALIAÇÃO? Não está pronto Pronto para Avaliar! Slide 48
  • 62. 61 No está listo Listo para Evaluar! PRÉ-REQUISITOS PARA UMA AVALIAÇÃO DE RESULTADO • O PROGRAMA É SUSTENTÁVEL? • O PROGRAMA FOI IMPLEMENTADO DE ACORDO COM O PLANO ESTABELECIDO? • O PROGRAMA VEM SENDO DESENVOLVIDO COM NÍVEIS DE ESTABILIDADE ACEITÁVEIS? • O PROGRAMA ATINGE UM NÚMERO SUFICIENTE DE PESSOAS? • O PROGRAMA TEM SIDO EXECUTADO COM A INTENSI- DADE SUFICIENTE? Slide 49
  • 63. 62 COMO AVALIAR UMA AVALIAÇÃO? (METAVALIAÇÃO)• UTILIDADE A avaliação atende às necessidades de informação dos usuários intencionais? • EXEQÜIBILIDADE Todos os passos necessários foram executados e dentro de um custo aceitável? • PROPRIEDADE Durante o processo avaliativo os princípios legais, éticos e de respeito ao bem-estar dos envolvidos ou afetados pela avaliação foram observados? • EXATIDÃO Os resultados divulgados são tecnicamente válidos? OBSERVE QUE OS CRITÉRIOS DEVEM REFLETIR A SINGULARIDADE DA AVALIAÇÃO PROPOSTA E O CONTEXTO EM QUE ELA OCORRE. Slide 50
  • 64. 63 “SE TODAS AS TEIAS DE ARANHA SE UNEM, ELAS PODEM AMARRAR UM LEÃO” (ÁFRICA) BEM-VINDOS AO CAMPO DA AVALIAÇÃO! Slide 51
  • 65. 64 AVALIAÇÃO DO CURSO QUE BOM QUE... QUE PENA QUE... QUE TAL SE... Slide 52
  • 67. 66
  • 68. 67
  • 69. 68