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ATIVIDADES EXTRACLASSES E EXTRA-
ESCOLARES, INCLUÍDAS NO SISTEMA DE
AVALIAÇÃO ESCOLAR
O aluno é o vetor que traz para a escola o assunto, o tema. Analisa-
se o conhecimento à luz de quem aprende e não de quem ensina.
Quanto à ação, tira-se o foco do professor e passa-se para o aluno.
Aprende quem faz e não quem ouve. A diferença está entre professor
que faz e professor que manda fazer.
Levar o aluno a agir facilita o desenvolvimento do método
construtivista. Ademais, a ação confere ao homem a superação de si
mesmo. Ele é compelido a agir, é de sua natureza. Mesmo sabendo-se
mortal, mesmo sabendo-se um peregrino que transita,
temporariamente, por esse mundo, não sabe por qual elan
extraordinário é impulsionado a agir, a se estruturar, a deixar, na
passagem, a sua contribuição.
A preocupação com a educação integral do aluno tem ensejado
atividades extraclasses, atividades que saiam do discurso da sala de
aula e se materializam em ações. O professor deve pesquisar
processos educacionais diferenciados, perceber que educação não se
confina a espaços escolares tradicionais. Levar os alunos a
observações locais, em diferentes pontos da cidade, ou de outras
localidades, além de favorecer o desenvolvimento de habilidades de
pensar, de associar causa e efeito, de tomar decisões, propicia
vivenciar o companheirismo, a compreensão, o respeito. Vai tornar a
teoria mais perto da realidade, quebrar a distância entre conhecimento
e vida, facilitar a comunicação.
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Atividades organizadas fora da sala de aula complementam o
trabalho do professor. Não é recreação, as visitas têm objetivos
determinados, num momento do currículo. Os caminhos para a
aprendizagem são amplos, os estímulos diversificados, tendo sempre
que se ressaltar as potencialidades anunciadas pelo aluno.
A escola deve, também, considerar as atividades extra-escolares,
como a formação por alunos de um coral, de um torneio de vôlei na
comunidade etc. e anexá-las às atividades curriculares. Não é só em
sala de aula que se aprende. A escola dedica-se, sob as mais diversas
formas, a um processo humano de crescimento, de conscientização
dos valores perenes da alma, do significado maior da vida. Numa de
suas últimas palestras, Darcy Ribeiro perguntava: “Será que se perdeu
o sentido real do processo educativo, confundido com ensino?”
Todos os momentos do processo educativo devem passar pelo
processo de avaliação, sejam os desenvolvidos em sala de aula ou fora
dela. O professor precisa avaliar como educador e não como um
comunicador de informações, interessar-se pelos alunos enquanto
pessoas, valorizando suas atitudes e responsabilidade. A cada tópico,
deve o professor ter conhecimento do grau de assimilação do conteúdo
e dos comportamentos esperados, abrangendo, simultaneamente,
informação e formação. Deve considerar a avaliação como parte
integrante do processo de aprendizagem, como trabalho contínuo e
sistematizado e não, simplesmente, um aspecto final da aprendizagem.
Assim, por exemplo, quando um professor procura, em aula, verificar os
alunos que estão com dificuldade de aprender e exatamente em que
encontram dificuldade, está realizando avaliações. Quando um
professor se preocupa, numa excursão, em descobrir se seus alunos
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estão se comunicando, comportando-se de forma independente e
responsável, está pensando em avaliação.
A avaliação da aprendizagem é um problema que preocupa o pro-
fessor em seu trabalho diário: a todo momento ele depara com a neces-
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sidade de avaliar. A avaliação consiste na constatação da situação do
aluno e do próprio professor em relação ao plano proposto e deve
abranger conhecimentos, habilidades e atitudes. Um aspecto
fundamental da avaliação é a coleta de dados para o replanejamento
do trabalho. Ela consiste num diagnóstico do desenvolvimento do
aluno, possibilitando planejar um trabalho sobre dados reais, levando
ao aperfeiçoamento das situações da aprendizagem e do currículo
como um todo. Uma vez diagnosticada a situação, torna-se possível
modificá-la de acordo com as necessidades detectadas. Ela é, pois,
colocada numa perspectiva de diagnóstico e prognóstico. Essa
proposição difere daquela em que a avaliação é um momento especial
do ano letivo e cujos resultados são esperados para serem utilizados
unicamente nas decisões de promoção ou retenção dos alunos ou
reagrupamento de classes.
Por outro lado, a avaliação é, também, instrumento importante da
integração do aluno no processo de aprendizagem, na medida em que
este dela participa ativa e conscientemente, através de um sistema
trabalhado de auto-avaliação.
A avaliação é um capítulo importante, essencial, no processo
ensino-aprendizagem, se mal compreendida, portanto, mal aplicada, os
resultados serão desastrosos. Comumente, a escola utiliza-a num
processo de medida, aferindo apenas conhecimento.
Reforço os conceitos já mencionados. Avaliar é diagnosticar o
desenvolvimento do aluno, ao invés de julgar. Enquanto medida
restringe ao aspecto quantitativo; avaliação aplica-se tanto aos
aspectos quantitativos como qualitativos do desenvolvimento. Deve
focalizar especialmente aspectos do desenvolvimento como:
relacionamento social, interesses, sentimentos em relação a si mesmo
e em relação aos outros, processo de trabalho...
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As atividades extraclasses, extra-escolares favorecem a educação
integral, auxiliam o desenvolvimento dos aspectos comportamentais na
formação de valores, ao mesmo tempo que trabalham habilidades e
competências.
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