O documento discute o que é neurofeedback, que mede a atividade cerebral por meio de eletroencefalografia (EEG) e fornece feedback visual ou auditivo para treinar o cérebro a melhor regular sua atividade. O neurofeedback pode ser usado para tratar condições como TDAH, ansiedade, estresse e problemas de memória, melhorando funções cerebrais específicas por meio de aprendizado baseado em repetição. Várias pesquisas demonstraram a eficácia do neurofeedback, especialmente no tratamento do TDAH.
2. —Dr. Rosimar Dias—
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O neurofeedback de eletroencefalografia (EEG) é um tipo
de terapia de biofeedback que mede e registra as ondas
cerebrais. O paciente recebe feedback visual ou auditivo
que treina o cérebro para melhor regular sua atividade.
3. —Dr. Rosimar Dias—
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O que isso significa?
Tradução de ondas cerebrais em feedback visual
e/ou auditório para melhorar uma determinada função
do cérebro.
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Feedback
+ -
5. —Dr. Rosimar Dias—
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Cérebro
Ás vezes não funciona tão bem quanto poderia e deveria.
Isso chama-se desregulação cerebral.
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6. —Dr. Rosimar Dias—
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Desregulação cerebral
Deveria
estar
calmo
Tende a estar
desestimulado
Deveria
estar em
estado de
alerta
Tende a estar
hiper-estimulado
—Dr. Rosimar Dias—
7. —Dr. Rosimar Dias—
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Às vezes o cérebro se ajusta por si próprio.
Quando isso não acontece, a desregulação deixa
de ser uma excessão e passa a ser a
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regra.
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é o método pelo qual as ondas elétricas
cerebrais são monitoradas.
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EEG
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O EEG pode ser usado para confirmar ou
descartar várias condições, como:
Problemas
de epilepsia
Traumatismo
craneano
Distúrbios
do sono
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Problemas
de memória
Acidente
vascular
encefálico
(AVE)
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Estados mentais também podem
ser detectados através de EEG
Estado
de alerta Atenção Ansiedade Estresse E outros
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12. —Dr. Rosimar Dias—
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—Dr. Rosimar Dias—
Riscos?
Efeitos Colaterais?
Nenhum!
O EEG apenas monitora a atividade
elétrica do cérebro. Não envia nada
para ele. Não é invasivo.
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Software
Avalia o
estado
mental
atual
Ondas cerebrais são traduzidas em
feedback em tempo real
Pacientes recebem feedback com base em seu estado
mental atual e tentam melhorá-lo instantaneamente.
Recompensa/
Não-recompensa
Software
Avalia o
estado
mental
Ondas cerebrais
EEG
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Exemplo: treino de atenção
EEG ajuda detectar estado de alerta e atenção em tempo real.
Cada vez que o paciente está em um estado mental concentrado
ele é recompensado. É assim que cérebro se autorregula.
Software
Recompensa
Sem
recompensa
EEG
Dados de EEG
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17. —Dr. Rosimar Dias—
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O feedback
em neurofeedback
é a recompensa
Que pode ser em forma de videogame.
—Dr. Rosimar Dias—
18. —Dr. Rosimar Dias—
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Quando concentrado, o personagem do videogame
movimenta-se mais rápido. Caso contrário,
movimenta-se mais devagar.
O objetivo é vencer o jogo contra o oponente.
Isso significa que o jogador terá que se esforçar para ensinar
seu cérebro a se concentrar conforme o feedback recebido.
Por exemplo: se queremos melhorar a
capacidade de concentração, então:
19. —Dr. Rosimar Dias—
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Esse processo de aprendizado
ajuda o cérebro a melhorar uma
função específica.
20. —Dr. Rosimar Dias—
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O neurofeedback pode ser usado
como terapia para:
Ansiedade
Manejo
do estresse
TDAH Depressão
Problemas
de memória e
concentração
Transtornos
do espectro
autista
Dor crônica
Transtornos
do sono
Etc…
21. —Dr. Rosimar Dias—
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Em poucas palavras:
A repetição desenvolve hábitos
É um aprendizado baseado em repetição e não
consciente, fundamentado em feedback, que pode
ser duradouro.
“
” — Deborah Stokes, Psicóloga Americana
22. —Dr. Rosimar Dias—
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Neurofeedback
Com quem e como?
Com um profissional capacitado,
como tratamento complementar à terapia.
30-60
minutos
Tempo de cada sessão
30-40
sessõe
s
Frequência das sessões
2 x
por
semana
Quantidade total de sessões
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23. —Dr. Rosimar Dias—
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Autorregulação
Aos poucos o cérebro aprende novos caminhos,
conforme é ensinado por feedback a se autorregular
e corrigir uma determinada atividade.
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Pesquisas
Apresentamos, a seguir, apenas alguns
estudos para exemplificar.
O impacto do neurofeedback em TDAH tem sido uma
áreas muito exploradas por pesquisas.
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2009
102 crianças de 8 a 12 anos de idade com diagnóstico de TDAH foram aleatoriamente
atribuídas a um de dois grupos: um para 36 sessões de neurofeedback; e o outro para
36 sessões sessões de jogo de
treinamento de habilidades de atenção computadorizada.
A melhora no grupo de neurofeedback foi superiores ao grupo de controle. Os resultados
indicaram que “os efeitos do neurofeedback foram significantes e substanciais. Nossos
resultados confirmam os achados de estudos prévios de neurofeedback, mesmo sob
condições de controle rigorosas”. Os pesquisadores concluíram que os achados “os
resultados indicaram eficácia do neurofeedback no tratamento de crianças com TDAH”.
Resultados
Gevensleben, H., Holl, B., Albrecht, B.,Vogel, C., Schlamp, D., et al. (2009). Is neurofeedback an efficacious treatment for ADHD?: A randomized controlled
clinical trial. Journal of Child Psychology and Psychiatry, 50, 780–789
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26. —Dr. Rosimar Dias—
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2012
130 crianças e adolescentes (6 a 18 anos) com diagnóstico de TDAH foram aleatoriamente
atribuídas a um de três grupos: 1) um foi tratado com cloridrato de metilfenidato;
2) outro foi tratado com cloridrato de metilfenidato e neurofeedback;
3) e um último foi tratado apenas com neurofeedback.
Os pesquisadores concluíram que "o neurofeedback produziu uma melhora significativa nos
sintomas centrais do TDAH, o que foi equivalente aos efeitos produzidos pelo cloridrato de
meltifenidato, com base no relatório dos pais. Isso suporta o uso do neurofeedback como
terapia alternativa para crianças e adolescentes com TDAH".
Resultados
Duric NS, Assmus J, Gundersen DI, ElegenIB. (2012). Neurofeedback for the treatment of children and adolescents with ADHD: A randomized and
controlled clinical trial using parental reports. BMC Psychiatry, 12:107
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27. —Dr. Rosimar Dias—
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2012
A Academia Americana de Pediatria classificou
o neurofeedback como uma Intervenção de
“Melhor Suporte” de Nível 1
para o TDAH.
Esta é a classificação mais alta possível e no mesmo nível
do tratamento medicamentoso e da terapia comportamental.
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28. —Dr. Rosimar Dias—
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2014104 crianças com TDAH foram aleatoriamente designadas para receber
neurofeedback, treinamento cognitivo ou grupo de controle. Os
participantes foram reavaliados 6 meses após terem
recebido as intervenções.
“Participantes que receberam neurofeedback experimentaram melhoras
mais rápidas e mais significativas nos sintomas de TDAH (mantidas nos 6
meses de follow-up) do que os participantes que receberam treinamento
cognitivo ou os que foram colocados no grupo de controle. Estes achados
sugerem que o neurofeedback é um tratamento promissor de treinamento
de atenção para crianças com TDAH.
Resultados
Steiner, Naomi & Frenette, Elizabeth & Rene, Kirsten & Brennan, Robert & C. Perrin, Ellen. (2014). In-School Neurofeedback Training for ADHD: Sustained Improvements From a
Randomized Control Trial. PEDIATRICS. 133. 483-492. 10.1542/peds.2013-2059.
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29. —Dr. Rosimar Dias—
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Na atualidade…
Está acontecendo um estudo com duração de cinco anos financiado
com mais de $ 3 milhões pelo NIH (National Institutes of Health) para
estudar o impacto do neurofeedback no TDAH.
140 crianças entre 7 e 10 anos de idade diagnosticadas com TDAH
foram selecionadas para participar desse estudo clínico
randomizado, duplo-cego, placebo-controlado
pelo Ohio State University Wexner Medical Center.
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O neurofeedback tem ajudado muitas pessoas em todo
o mundo a melhorar sua saúde mental,
sua qualidade de vida e seu bem-estar, e tem se
mostrado um método de tratamento eficaz fundamentado
em evidências empíricas.
Conclusão
31. —Dr. Rosimar Dias—
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Dr. Rosimar José de Lima Dias
Doutor em Psicologia Clínica
pela Argosy University, Chicago, EUA
Membro efetivo da
Association for Applied Psychophysiology and Biofeedback
dr.rjdias@gmail.com