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 A primeira menção explícita do termo da
contratransferência coube a Freud, em 1910;
 Nessa ocasião Freud usou o termo para referir se à
resistência inconsciente do analista como sendo um
obstáculo;
 Para Freud a contratransferência consiste nos
sentimentos que surgiam no inconsciente do
terapeuta como influência nele dos sentimentos
inconscientes do paciente;
 Freud utilizou a metáfora do espelho, e a do
receptor telefônico o que eram recomendações
contraditórias;
 M, Klein também considerava a contratransferência
como obstáculo;
 P. Heimann (1952) e Racker (1952) consideraram a
contratransferência um excelente recurso de o analista
compreender e manejar cada situação em particular;
 Para Racker, a contratransferência consiste em uma
conjunção de imagens, sentimentos e impulsos do
terapeuta, durante a sessão, podendo ser de dois tipos:
complementar e concordante;
 Nem todos os autores concordaram com P. Heimann e
Racker devido o risco do que o analista viesse a sentir,
seria atribuído às projeções do paciente, o que nem
sempre seria verdade.
 A constante interação entre analista e paciente
implica em um processo de recíproca introjeção
das identificações projetivas do outro.
 Pode mobilizar no analista durante a sessão uma
reação emocional - surdas ou manifestadas - sob a
forma de um conjunto de sentimentos, afetos,
associações, fantasias, evocações, lapsos,
imagens, sonhos, sensações corporais, etc.
 As maiores controvérsias entre os autores giram em torno
das questões relativas
- Se o fenômeno contratransferêncial, durante a sessão, é
unicamente inconsciente ou também pode ser pré-consciente e
consciente.
- Se não há o risco de se confundirem os sentimentos do
analista como uma resposta sua às identificações projetivas do
paciente quando, na verdade, esses sentimentos podem ser
exclusivamente do próprio terapeuta.
- Se a contratransferência pode ficar a serviço da empatia e da
intuição. Se o analista pode interpretar a partir de seus
sentimentos contratransferenciais.
- Se deve "confessar" isso ao analista, ou não, etc.
- Bion, nos seus últimos anos, manifestou-se contra a
possibilidade de que a contratransferência pudesse ser
utilizada conscientemente pelo analista durante a sessão pelo
fato de que, segundo ele, tratava-se de um fenômeno de
formação unicamente inconsciente.
- Segal opinou que a parte mais importante da
contratransferência é inconsciente e somente podemos
reconhecê-la a partir de seus derivados conscientes.
- Outros analistas acreditam ser possível em situações
privilegiadas, porém que não seja feita de uma forma
ininterrupta e continuada, que o terapeuta perceba
conscientemente, mesmo durante a sessão, os efeitos
contratransferenciais nele despertados e possa fazer um
proveitoso uso disso, desde que esse analista tenha condições
para discriminar entre o que foi projetado nele, daquilo que é
dele mesmo.
- A contratransferência já teve épocas onde foi
considerada prejudicial e benéfica.
- Para o analista pode ser diferente estar
entrando em contato com seus próprios
conflitos.
- Este fenômeno ocorre em cada situação
analítica de forma única e singular.
- A contratransferência para ser benéfica ou
prejudicial depende do equilíbrio e
desenvolvimento da psique do
psicoterapeuta.
- O analista tem o papel e a função de ser o
continente do seu analisando.
- E vice versa, o paciente funciona como
continente do conteúdo do analista.
- Bion (1979), teorizou que o analista precisa
criar uma ligação de confiança com o seu
paciente e oferecer a ele uma recepção para
sua dor.
- Essa dor deve ser recebida pelo terapeuta,
que deve contê-la, elaborá-la e devolvê-la ao
paciente “desintoxicada”.
- Pode ocorrer identificações projetivas pela
parte do analista, de maneira inconsciente.
- O analista deve conter as suas próprias
angústias e desejos.
a) A latente “neurose infantil)
b) Superego analítico
c) Eventualidade da mente estar saturada por
memórias, desejos...
d) “Ideal de Ego”
e) Condição de mantar uma autoanálise.
- Capacidade negativa: leva esse nome porque
alude à capacidade para “suportar suas
próprias limitações ou sentimentos contra
transferenciais negativos”.
- Preencher o vazio com pseudo
interpretações.
- Relação otimista ou pessimista.
 Empatia é a capacidade de o analista sentir em si para poder sentir
dentro do outro.
 Os mecanismos de defesa do paciente podem invadir a mente do
analista.
 Quando ocorre contratransferência patológica o analista trabalha com
um grande desgaste emocional, e é tomado por sentimentos contra o
paciente (confusão e impotência).
 EMPATIA (compreender e compartilhar) X SIMPATIA (piedade e tristeza).
 Heinz Kohut recomenda uma ressonância empática entre o self do
paciente e a função de self objeto do analista.
 Adverte a supervalorização da empatia, quando essa for resultante de
excessivos mecanismos de defesa, podendo gerar formação de
“conluios inconscientes”.
 Segundo Wilfred Bion, toda relação transferencial-
contratransferencial implica a existência de vínculos (amor - L,
ódio – H, conhecimento - K)
 Bion diz que é possível acontecer que o inconsciente do paciente
efetue “ataque aos vínculos”, que atingi a capacidade do analista.
 Alguns pacientes têm um dom intuitivo de projetar-se dentro do
analista e atingir pontos mais vulneráveis do terapeuta, prejuízo
ao psicanalista, propicia a formação de “conluios inconscientes”
 Os conluios inconscientes se estruturam de uma forma traiçoeira e
pouco transparente.
 Conluios inconscientes costumam paralisar a evolução de uma
análise.
Podemos citar como categorias dos conluios inconscientes:
- Trata-se de um analista, sentir sensações e
desejos eróticos que lhe são despertados pelo
paciente.
- Esta situação analítica, é absolutamente
normal.
- Em determinadas situações pode ocorrer, do
analista ficar impregnado desses desejos
eróticos, que são recíprocos. Que podem
perverter o vínculo analítico com a prática
efetiva de actings e contra-actings sexuais.
- Para sair deste Impasse, três aspectos são
essenciais, sendo eles
 Assumir para si mesmo, a realidade que
estava sentindo.
 Adotar uma posição única. Optar por ceder
a sua tentação ou manter sólida a sua
postura e função psicanalítica.
 Manter uma dissociação útil do ego (Entre
sua parte homem, e do psicanalista)
- Pouco descrita, porém frequente
- Manifesta durante momentos da
situação analítica sob a forma de
somatizações no terapeuta.
- Manifestações estas, que podem
variar na forma e na intensidade.
Desde um pequeno desconforto físico,
até uma invencível sonolência,
sensações e sintomas corporais.
 - Há inúmeras situações, onde é possível
perceber que nessas somatizações
contratransferências que o analista poderá
captar profundos sentimentos aos quais o
paciente não consegue verbalizar
 - É necessário distinguir quando provêm de
projeções do paciente ou quando ela resulta de
uma transferência somática que procede do
analista. Embora seja frequente a tentativa de
encontrar a responsabilidade disso no paciente.
- Da mesma forma que uma somatização,
também determinados sonhos desse analista,
podem ajudar a trazer luz a alguns
sentimentos transferenciais do paciente que
ainda não tinha aparecido em seu discurso.
É UMA FORMA PARTICULAR DE CONTRATRANSFERÊNCIA.
HÁ TRÊS POSSIBILIDADES:
 1- O analista consome um esforço enorme devido à
pressão do seu superego para manter afastadas de
sua consciência algumas pulsões e ansiedades que
foram despertadas pelo discurso do paciente.
 2- O analista entra em um estado hipnoide diante de
um paciente que apresente uma alteração do seu
sensório, pronunciando em um tom de voz monótono
e monocórdico, dificuldade de pensar e estabelecer
conexões lógicas.
 3- Decorre das identificações projetivas do paciente,
de seus objetos internos que habitam o espaço
depressivo do analisando sob a forma de moribundos.
 Influi na seleção de pacientes, inclusive a escolha
pelos que gratifiquem as necessidades neuróticas do
analista;
 Os “pontos-cegos” que acompanham qualquer
terapeuta podem adquirir uma visualização através
de alguma reação;
 Pode servir como um estímulo para o analista
prosseguir sempre em sua autoanálise;
 Tem uma significativa influência no conteúdo e na
forma de o analista exercer a sua atividade
interpretativa.
 Nem tudo que o analista sente ou pensa
deve ser significado como sendo uma
contratransferência promovida pelo
paciente.
 As reações manifestam como percepções
físicas, emocionais e somatossensoriais.
 Os difíceis sentimentos contratransferenciais
não são exclusivos dos analistas iniciantes, mas
também dos veteranos, porém estes têm mais
facilidade de não ficar envolvido de forma
patológica e pode transformar em empatia.
 A contratransferência costuma surgir em
uma das três possibilidades:
 em relação à pessoa do paciente;
 em relação ao material clínico que o
paciente esteja narrando e sentindo;
 à reação que o paciente esteja
manifestando de forma negativa em
relação ao analista.
 CONCORDANTE (benéfica):
 A identificação se faz com “partes do
paciente” como pode ser com as pulsões e
com o ego do analisando;
 Pode ficar danificada pelos “Pontos cegos”
do analista que o fragilizam e ocasionam uma
vulnerabilidade para a transição de empatia
para o de contratransferência patológica;
 Dificuldades para a interpretação, e acarreta
no analista um medo real de perder
pacientes.
 COMPLEMENTAR (prejudicial):
Instala-se quando começa o predomínio de um
objeto interno do paciente no campo analítico,
sem que o analista se aperceba disso. Assim
fica diminuída a capacidade de autonomia do
terapeuta. Ele perde seus próprios conteúdos
inconscientes, entra em uma confusão,
desarmonia, ansiedade, sonolência, sensação
de impotência. Pode-se instalar uma “contra
resistência”.
 DEFENSIVA:
Surge nas organizações narcisistas da
personalidade, nas quais a sua
autossuficiência sente-se ameaçada. O
analista não consegue visualizar certos
aspectos e sentimentos do paciente em
relação a ele, porque isso lhe representaria
um risco à sobrevivência de seu próprio
self, muito idealizado por ele.
“Todo terapeuta tem direito de sentir difíceis
sentimentos contratransferenciais, como medo,
dúvidas, raiva, excitação, confusão, tédio, etc.,
pois, antes de ser médico, psicólogo, psicanalista,
ele é um ser humano. Isso é possível desde que
tenha capacidade, coragem e honestidade de
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sentimentos se transformem numa
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A contratransferência no processo psicanalítico

  • 1.
  • 2.  A primeira menção explícita do termo da contratransferência coube a Freud, em 1910;  Nessa ocasião Freud usou o termo para referir se à resistência inconsciente do analista como sendo um obstáculo;  Para Freud a contratransferência consiste nos sentimentos que surgiam no inconsciente do terapeuta como influência nele dos sentimentos inconscientes do paciente;  Freud utilizou a metáfora do espelho, e a do receptor telefônico o que eram recomendações contraditórias;
  • 3.  M, Klein também considerava a contratransferência como obstáculo;  P. Heimann (1952) e Racker (1952) consideraram a contratransferência um excelente recurso de o analista compreender e manejar cada situação em particular;  Para Racker, a contratransferência consiste em uma conjunção de imagens, sentimentos e impulsos do terapeuta, durante a sessão, podendo ser de dois tipos: complementar e concordante;  Nem todos os autores concordaram com P. Heimann e Racker devido o risco do que o analista viesse a sentir, seria atribuído às projeções do paciente, o que nem sempre seria verdade.
  • 4.  A constante interação entre analista e paciente implica em um processo de recíproca introjeção das identificações projetivas do outro.  Pode mobilizar no analista durante a sessão uma reação emocional - surdas ou manifestadas - sob a forma de um conjunto de sentimentos, afetos, associações, fantasias, evocações, lapsos, imagens, sonhos, sensações corporais, etc.
  • 5.  As maiores controvérsias entre os autores giram em torno das questões relativas - Se o fenômeno contratransferêncial, durante a sessão, é unicamente inconsciente ou também pode ser pré-consciente e consciente. - Se não há o risco de se confundirem os sentimentos do analista como uma resposta sua às identificações projetivas do paciente quando, na verdade, esses sentimentos podem ser exclusivamente do próprio terapeuta. - Se a contratransferência pode ficar a serviço da empatia e da intuição. Se o analista pode interpretar a partir de seus sentimentos contratransferenciais. - Se deve "confessar" isso ao analista, ou não, etc.
  • 6. - Bion, nos seus últimos anos, manifestou-se contra a possibilidade de que a contratransferência pudesse ser utilizada conscientemente pelo analista durante a sessão pelo fato de que, segundo ele, tratava-se de um fenômeno de formação unicamente inconsciente. - Segal opinou que a parte mais importante da contratransferência é inconsciente e somente podemos reconhecê-la a partir de seus derivados conscientes. - Outros analistas acreditam ser possível em situações privilegiadas, porém que não seja feita de uma forma ininterrupta e continuada, que o terapeuta perceba conscientemente, mesmo durante a sessão, os efeitos contratransferenciais nele despertados e possa fazer um proveitoso uso disso, desde que esse analista tenha condições para discriminar entre o que foi projetado nele, daquilo que é dele mesmo.
  • 7. - A contratransferência já teve épocas onde foi considerada prejudicial e benéfica. - Para o analista pode ser diferente estar entrando em contato com seus próprios conflitos. - Este fenômeno ocorre em cada situação analítica de forma única e singular. - A contratransferência para ser benéfica ou prejudicial depende do equilíbrio e desenvolvimento da psique do psicoterapeuta.
  • 8. - O analista tem o papel e a função de ser o continente do seu analisando. - E vice versa, o paciente funciona como continente do conteúdo do analista. - Bion (1979), teorizou que o analista precisa criar uma ligação de confiança com o seu paciente e oferecer a ele uma recepção para sua dor. - Essa dor deve ser recebida pelo terapeuta, que deve contê-la, elaborá-la e devolvê-la ao paciente “desintoxicada”.
  • 9. - Pode ocorrer identificações projetivas pela parte do analista, de maneira inconsciente. - O analista deve conter as suas próprias angústias e desejos. a) A latente “neurose infantil) b) Superego analítico c) Eventualidade da mente estar saturada por memórias, desejos... d) “Ideal de Ego” e) Condição de mantar uma autoanálise.
  • 10. - Capacidade negativa: leva esse nome porque alude à capacidade para “suportar suas próprias limitações ou sentimentos contra transferenciais negativos”. - Preencher o vazio com pseudo interpretações. - Relação otimista ou pessimista.
  • 11.  Empatia é a capacidade de o analista sentir em si para poder sentir dentro do outro.  Os mecanismos de defesa do paciente podem invadir a mente do analista.  Quando ocorre contratransferência patológica o analista trabalha com um grande desgaste emocional, e é tomado por sentimentos contra o paciente (confusão e impotência).  EMPATIA (compreender e compartilhar) X SIMPATIA (piedade e tristeza).  Heinz Kohut recomenda uma ressonância empática entre o self do paciente e a função de self objeto do analista.  Adverte a supervalorização da empatia, quando essa for resultante de excessivos mecanismos de defesa, podendo gerar formação de “conluios inconscientes”.
  • 12.  Segundo Wilfred Bion, toda relação transferencial- contratransferencial implica a existência de vínculos (amor - L, ódio – H, conhecimento - K)  Bion diz que é possível acontecer que o inconsciente do paciente efetue “ataque aos vínculos”, que atingi a capacidade do analista.  Alguns pacientes têm um dom intuitivo de projetar-se dentro do analista e atingir pontos mais vulneráveis do terapeuta, prejuízo ao psicanalista, propicia a formação de “conluios inconscientes”  Os conluios inconscientes se estruturam de uma forma traiçoeira e pouco transparente.  Conluios inconscientes costumam paralisar a evolução de uma análise.
  • 13. Podemos citar como categorias dos conluios inconscientes:
  • 14. - Trata-se de um analista, sentir sensações e desejos eróticos que lhe são despertados pelo paciente. - Esta situação analítica, é absolutamente normal. - Em determinadas situações pode ocorrer, do analista ficar impregnado desses desejos eróticos, que são recíprocos. Que podem perverter o vínculo analítico com a prática efetiva de actings e contra-actings sexuais.
  • 15. - Para sair deste Impasse, três aspectos são essenciais, sendo eles  Assumir para si mesmo, a realidade que estava sentindo.  Adotar uma posição única. Optar por ceder a sua tentação ou manter sólida a sua postura e função psicanalítica.  Manter uma dissociação útil do ego (Entre sua parte homem, e do psicanalista)
  • 16. - Pouco descrita, porém frequente - Manifesta durante momentos da situação analítica sob a forma de somatizações no terapeuta. - Manifestações estas, que podem variar na forma e na intensidade. Desde um pequeno desconforto físico, até uma invencível sonolência, sensações e sintomas corporais.
  • 17.  - Há inúmeras situações, onde é possível perceber que nessas somatizações contratransferências que o analista poderá captar profundos sentimentos aos quais o paciente não consegue verbalizar  - É necessário distinguir quando provêm de projeções do paciente ou quando ela resulta de uma transferência somática que procede do analista. Embora seja frequente a tentativa de encontrar a responsabilidade disso no paciente.
  • 18. - Da mesma forma que uma somatização, também determinados sonhos desse analista, podem ajudar a trazer luz a alguns sentimentos transferenciais do paciente que ainda não tinha aparecido em seu discurso.
  • 19. É UMA FORMA PARTICULAR DE CONTRATRANSFERÊNCIA. HÁ TRÊS POSSIBILIDADES:  1- O analista consome um esforço enorme devido à pressão do seu superego para manter afastadas de sua consciência algumas pulsões e ansiedades que foram despertadas pelo discurso do paciente.  2- O analista entra em um estado hipnoide diante de um paciente que apresente uma alteração do seu sensório, pronunciando em um tom de voz monótono e monocórdico, dificuldade de pensar e estabelecer conexões lógicas.  3- Decorre das identificações projetivas do paciente, de seus objetos internos que habitam o espaço depressivo do analisando sob a forma de moribundos.
  • 20.  Influi na seleção de pacientes, inclusive a escolha pelos que gratifiquem as necessidades neuróticas do analista;  Os “pontos-cegos” que acompanham qualquer terapeuta podem adquirir uma visualização através de alguma reação;  Pode servir como um estímulo para o analista prosseguir sempre em sua autoanálise;  Tem uma significativa influência no conteúdo e na forma de o analista exercer a sua atividade interpretativa.
  • 21.  Nem tudo que o analista sente ou pensa deve ser significado como sendo uma contratransferência promovida pelo paciente.  As reações manifestam como percepções físicas, emocionais e somatossensoriais.  Os difíceis sentimentos contratransferenciais não são exclusivos dos analistas iniciantes, mas também dos veteranos, porém estes têm mais facilidade de não ficar envolvido de forma patológica e pode transformar em empatia.
  • 22.  A contratransferência costuma surgir em uma das três possibilidades:  em relação à pessoa do paciente;  em relação ao material clínico que o paciente esteja narrando e sentindo;  à reação que o paciente esteja manifestando de forma negativa em relação ao analista.
  • 23.  CONCORDANTE (benéfica):  A identificação se faz com “partes do paciente” como pode ser com as pulsões e com o ego do analisando;  Pode ficar danificada pelos “Pontos cegos” do analista que o fragilizam e ocasionam uma vulnerabilidade para a transição de empatia para o de contratransferência patológica;  Dificuldades para a interpretação, e acarreta no analista um medo real de perder pacientes.
  • 24.  COMPLEMENTAR (prejudicial): Instala-se quando começa o predomínio de um objeto interno do paciente no campo analítico, sem que o analista se aperceba disso. Assim fica diminuída a capacidade de autonomia do terapeuta. Ele perde seus próprios conteúdos inconscientes, entra em uma confusão, desarmonia, ansiedade, sonolência, sensação de impotência. Pode-se instalar uma “contra resistência”.
  • 25.  DEFENSIVA: Surge nas organizações narcisistas da personalidade, nas quais a sua autossuficiência sente-se ameaçada. O analista não consegue visualizar certos aspectos e sentimentos do paciente em relação a ele, porque isso lhe representaria um risco à sobrevivência de seu próprio self, muito idealizado por ele.
  • 26. “Todo terapeuta tem direito de sentir difíceis sentimentos contratransferenciais, como medo, dúvidas, raiva, excitação, confusão, tédio, etc., pois, antes de ser médico, psicólogo, psicanalista, ele é um ser humano. Isso é possível desde que tenha capacidade, coragem e honestidade de reconhecê-los, de modo a não permitir que esses sentimentos se transformem numa contratransferência patológica...”