2. Fabíola Lemos
Bacharel em Ciências
Sociais – UFPI.
Socióloga e Professora
da rede particular de
ensino de Teresina.
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3. “Na América, é a
religião que conduz ao
saber; é a observância
das leis divinas que
conduz o homem à
liberdade.” (1987, p. 41).
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4. 1- ENEM 2009
Na década de 30 do século XIX, Tocqueville
escreveu as seguintes linhas a respeito da moralidade
nos EUA:
A opinião pública norte-americana é
particularmente dura com a falta de moral, pois esta
desvia a atenção frente à busca do bem estar e
prejudica a harmonia doméstica, que é tão essencial ao
sucesso dos negócios. Nesse sentido, pode-se dizer que
ser casto é uma questão de honra.
TOCQUEVILLE, A. Democracy in America. Chicago: Encyclopdia
Britannica, Inc., Great Books 44, 1990.
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5. Do trecho, infere-se que, para Tocqueville, os norte
americanos do seu tempo
a) buscavam o êxito, descurando as virtudes cívicas.
b) tinham na vida moral uma garantia de enriquecimento
rápido.
c) valorizavam um conceito de honra dissociado do
comportamento ético.
d) relacionavam a conduta moral dos indivíduos com o
progresso econômico.
e) acreditavam que o comportamento casto perturbava a
harmonia doméstica.
GABARITO: D
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6. (...) não há forças misteriosas incalculáveis, mas que
podemos, em princípio, dominar todas as coisas pelo
cálculo. Isto significa que o mundo foi desencantado.
Já não precisamos recorrer aos meios mágicos para
dominar ou implorar aos espíritos, como fazia o
selvagem, para quem esses poderes misteriosos
existiam.
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Os meios técnicos e os
cálculos realizam o
serviço. (WEBER, A
Ciência como Vocação, 1982,
p. 165).
7. 2- A crescente intelectualização e
racionalização não indicam um conhecimento
maior e geral das condições sob as quais
vivemos. Significa a crença em que, se
quiséssemos, poderíamos ter esse
conhecimento a qualquer momento. Não há
forças misteriosas incalculáveis; podemos
dominar todas as coisas pelo cálculo.
WEBER, M. A ciência como vocação. In: GERTH, H.; MILLS, W. (Org.). Max Weber:
ensaios de sociologia. Rio de Janeiro: Zahar, 1979 (adaptado).
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8. Tal como apresentada no texto, a proposição de Max Weber a
respeito do processo de desencantamento do mundo
evidencia o(a)
a) progresso civilizatório como decorrência da expansão do
industrialismo.
b) extinção do pensamento mítico como um desdobramento do
capitalismo.
c) emancipação como consequência do processo de
racionalização da vida.
d) afastamento de crenças tradicionais como uma característica
da modernidade.
e) fim do monoteísmo como condição para a consolidação da
ciência.
GABARITO: D
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9. Sincretismo é a fusão de doutrinas de diversas
origens, seja na esfera das crenças religiosas quanto
nas filosóficas. Na história das religiões, o sincretismo
é uma fusão de concepções religiosas diferentes ou a
influência exercida por uma religião nas práticas de
uma outra.
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10. 3- As convicções religiosas dos escravos eram,
entretanto, colocadas a duras provas quando de
sua chegada ao Novo Mundo, onde eram
batizados obrigatoriamente “para a salvação de
sua alma” e deviam curvar-se às doutrinas
religiosas de seus mestres. Iemanjá, mãe de
numerosos outros orixás, foi sincretizada coma
Nossa Senhora da Conceição, e Nanã Buruku, a
mais idosa das divindades das águas, foi
comparada a Sant’Ana, mãe da Virgem Maria.
VERGER, P. Orixás: deuses iorubas na África e no Novo Mundo. São Paulo: Corrupio, 1981.
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11. O sincretismo religioso no Brasil colônia foi
estratégia utilizada pelos negros escravizados para
a) compreender o papel do sagrado para a cultura
europeia.
b) garantir a aceitação pelas comunidades dos
convertidos.
c) preservar as crenças e a sua relação com o
sagrado.
d) integrar as distintas culturas no Novo Mundo.
e) possibilitar a adoração de santos católicos.
GABARITO: C
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13. 4- Ninguém nasce mulher: torna-se mulher.
Nenhum destino biológico, psíquico,
econômico define a forma que a fêmea
humana assume no seio da sociedade; é o
conjunto da civilização que elabora esse
produto intermediário entre o macho e o
castrado que qualificam o feminino.
BEAUVOIR, S. O segundo sexo. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira. 1980.
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14. Na década de 1960, a proposição de Simone de Beauvoir
contribuiu para estruturar um movimento social que teve
como marca o(a)
a) ação do Poder Judiciário para criminalizar a violência sexual.
b) pressão do Poder Legislativo para impedir a dupla jornada de
trabalho.
c) organização de protestos públicos para garantir a igualdade
de gênero.
d) oposição de grupos religiosos para impedir os casamentos
homoafetivos.
e) estabelecimento de políticas governamentais para promover
ações afirmativas.
GABARITO: C
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15. MÚSICA: FALSAABOLIÇÃO – TARJA PRETA
Meninas negras não brincam com
bonecas pretas! Pretas!
Tô cansada do embranquecimento do
Brasil
Preconceito racismo como nunca se viu
Meninas negras não brincam com
bonecas pretas
Foi a Barbie que carreguei até chegar na
minha adolescência.
Porque não posso andar no estilo da
minha raiz
Sempre riam do meu cabelo e do meu
nariz
Na novela sou empregada
Da globo sou escrava 15
16. Não me dão oportunidade aqui pra nada.
Sou revolucionária negra consciente
Não uso corpo, não me mostro eu uso a
mente
Só afro descendente você vai ter que me
aceitar assim
Cabelo enraizado é bom pra mim
Patrão puto que não me contrata na sua
empresa
Porque não tenho olho claro, ele não me
aceita
Eu entro no seu comércio
Eu gasto, eu consumo
Ai você me aceita
Isso é um absurdo!
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17. Dinheiro não tem cor, mais
pra trabalhar tem
Há muitos negros vencedor
Eu digo amém!
Negra mudando de cor não
é normal
Pra poder ser aceita no país
do real
Não troco minha raça
Por nada essa é minha casa
Mais uma negra militante
mostrando a cara
Branco correndo tá atrasado
Preto correndo tá armado
E é tiro da policia para todos
os lados
Genocídio cresce no meu
povo negro
Porque temos que morrer
Só porque somos pretos
Policia racista, raça do diabo
Estão nas ruas correndo
Pra todos os lados
Com sangue no olho, em
desespero
Pego o negro estudante e fala
que é suspeito.
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18. 20 de novembro, não nasceu por
acaso
Zumbi Palmares lutou e foi
executado
Teve sua cabeça cortada,
salgada e espetada
Num poste em Recife na luta
pela causa
Sou quilombola, descendente do
guerreiro Zumbi
Não é você sistema opressor,
que vai me impedir de sorrir.
13 de maio a Falsa Libertação
dos escravos
A princesinha que nos livrou e nos
condenou
O sistema fez ela passar como
adoradora
Não nos deu educação e nem
informação.
Lei do sexagenário aí foi tiração
Libertaram os negros velhos, sem
nenhuma condição
Lei do Ventre livre ou do
condenado
Pequenos negros sem pai, para
todos os lados.
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19. Na escola não aprendi
Aprendi na escola da
vida
Estudei me informando
atrás de sabedoria.
Nossa cultura esquecida
Apagada, queimada
Na escola nunca ouvir
Falar de Dandara.
Somos obrigados
aprender o que é de
fora
Europa Oriente, essa
cultura não é nossa
Discriminam as religiões
afro brasileiras
Falando que é do diabo
Que é coisa feia
Mas temos que se mexer
para acreditar
Pra obter conquista é
preciso reivindicar.
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20. REFRÃO
Meninas negras
Não brincam com
bonecas pretas
Somos todos iguais
Porque você me rejeita.
Meninas negras
Não brincam com
bonecas pretas
Somos todos iguais
Porque você me rejeita.
Meninas negras
Não brincam com
bonecas pretas
Somos todos iguais
Porque você me rejeita.
Meninas negras
Não brincam com
bonecas pretas
Somos todos iguais
Porque você me rejeita.
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21. Dominam os meus
pensamentos
Como um grande líder
negro
Eu não espero e vou a luta
De tudo o que quero
Sou puro sangue
envenenado
Corpo mente e alma
Não tenho medo de nada
Brasil é minha casa.
Honro minha raiz
Luto pela minha cor
Tudo o que busco é por nós
E faço com amor.
Cabelo pixa-in, da pele
preta
Aparência não me rebaixa,
porque amo ser negra
Sou mais uma guerreira
como Dandara
Quero conhecer o meu
passado
E família na África.
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22. Queimar arquivos não consolam os
negros dessa terra
A porcentagem não sei, por isso
não citarei
A grande parte dos carentes são
negros eu sei.
Rei de quilombos que foram no
passado
De sua terra natal, foram
arrancados
Agora tentam esconder com cotas
de igualdades
Se a maior parte do preconceito
Está na faculdade.
Isabel Cristina Leopoldina
Augusta Micaela Gabriela
Rafaela Gonzaga de
Bragança
Que se fez de boazinha
aquela cretina?
Assinou abolição, sem nos
dar esperança.
Que lutou subiu, quem não
lutou ainda espera
Quilombos formados
Hoje codinome favela.
Algemar minhas verdades
Ninguém é dono dela
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23. Eu não consigo me ver tomando
chibatada
Roupa rasgada na mata violentada
Brasil o primeiro em miscigenação
Mistura de raça camufla a História da
nação.
Algemas no punho e nos pensamentos
Ainda somos escravos mesmo não
querendo
A luta continua só você não ver
Abra os olhos que ninguém abrirá pra
você.
Olha lá, olha lá
Mais um navio negreiro
Mais mão de obra de graça
Pros canavieiros
Será que a história da época
Era a mesma de hoje
Promessas de empregos
Que iludem a cabeça dos negros.
Muitos morreram antes da
liberdade sonhada
Gotas de sangue escorriam do
couro da chibata
Lágrimas derramadas pra muitos
foram piadas
Soltos das correntes
Sem poder voltar pra casa.
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24. REFRÃO
Meninas negras
Não brincam com bonecas
pretas
Somos todos iguais
Porque você me rejeita.
Meninas negras
Não brincam com bonecas
pretas
Somos todos iguais
Porque você me rejeita.
Meninas negras
Não brincam com bonecas
pretas
Somos todos iguais
Porque você me rejeita.
Meninas negras
Não brincam com bonecas
pretas
Somos todos iguais
Porque você me rejeita.
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25. 5- A demanda da comunidade afro-brasileira por
reconhecimento, valorização e afirmação de
direitos, no que diz respeito à educação, passou a
ser particularmente apoiada com a promulgação
da Lei 10.639/2003, que alterou a Lei 9.394/1996,
estabelecendo a obrigatoriedade do ensino de
história e cultura afro-brasileiras e africanas.
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação
das Relações Etnicorraciais e para o Ensino de
História e Cultura Afro-brasileira e Africana.
Brasília: Ministério da Educação, 2005.
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26. A alteração legal no Brasil contemporâneo
descrita no texto é resultado no processo de
a) aumento da renda nacional.
b) mobilização do movimento negro.
c) melhoria da infraestrutura escolar.
d) ampliação das disciplinas obrigatórias.
e)Politização das universidades públicas.
GABARITO: B
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27. Nos estabelecimentos de ensino fundamental
e médio, oficiais e particulares, torna-se
obrigatório o ensino sobre História e Cultura
Afro-Brasileira.
Lei 10.639/2003
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