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PIBID LETRAS/ESPANHOL: RECONHECENDO AS EXPERIÊNCIAS SOCIAIS
DOS ALUNOS EM AULAS DE LÍNGUA ESTRANGEIRA
Pedro Filipe de Lima1
Tuanny Aparecida Eugenio2
Degiel Zoé Souza de Lima3
Eixo Temático: Processos de ensino e aprendizagem
Agência Financiadora: CAPES
Resumo
De acordo com Paulo Freire, um dos maiores erros que um professor pode cometer é
desconsiderar os conhecimentos de mundo adquiridos pelo aluno antes de chegar à escola
e/ou já apreendidos em disciplinas feitas anteriormente. Para o pedagogo, é de suma
importância “discutir com os alunos a razão de ser de alguns desses saberes – já
apreendidos pelos discentes – em relação com o ensino dos conteúdos” (FREIRE, 1996, p.
16 – nota em travessões nossa). Nesta perspectiva, os Parâmetros Curriculares Nacionais
(BRASIL, 1998 p. 29) esclarecem que “o conhecimento de mundo se refere ao
conhecimento convencional que as pessoas têm sobre as coisas do mundo, isto é, seu pré-
conhecimento do mundo” que precisa ser, necessariamente, incorporado pela prática
docente. Segundo Becker, essa perspectiva em que o professor elabora uma aula tendo
ciência de que o intelecto do aluno pode e deve sempre vir à tona, é chamada de
“pedagogia relacional”, uma metodologia de ensino em que “professor e aluno determinam-
se mutuamente”. Seus adeptos creem que “o aluno só aprenderá alguma coisa, isto é,
construirá algum conhecimento novo, se ele agir e problematizar a sua ação” (BECKER,
2012, p. 23). Então, deste ponto de vista, “um dos processos centrais de construir
conhecimento é baseado no conhecimento que o aluno já tem: a projeção dos
conhecimentos que já possui no conhecimento novo, na tentativa de se aproximar do que
vai aprender” (BRASIL, 1998, p. 32). A partir destes pressupostos, esse trabalho visa discutir
como as vivências e competências intelectuais dos discentes foram tensionadas em duas
regências aplicadas pelo PIBID Letras/Espanhol da UFPR no Colégio Paulo Leminski,
localizado em Curitiba. O PIBID em questão trabalha sob uma perspectiva bakhtiniana, ou
seja, tendo o gênero discursivo como eixo da aprendizagem e que adota uma sequência
didática baseada em três etapas, as quais são, a saber, pré-leitura, leitura e pós-leitura. É
importante considerarmos que as duas turmas do colégio em que essas aulas foram dadas
eram bastante heterogêneas e se constituíam de alunos das mais diversas faixas etárias.
Na primeira, os bolsistas trabalharam com o gênero discursivo “Listas de internet”, um texto
que versava sobre promessas de fim de ano para ensinar as perífrases verbais “ir a”, “estar
+ gerundio” e “tener que + verbo en infinitivo”. Antes de trabalhar com o texto em si, foram
feitas perguntas motivadoras como, por exemplo, “Vocês fazem promessas de final de ano?”
e “O que vocês pensam das superstições existentes durante essa época do ano, como pular
ondas e/ou não comer carne de porco?”, o que de imediato envolveu os discentes durante a
1
Universidade Federal do Paraná, epedrolima90@gmail.com.
2
Universidade Federal do Paraná, tuhh.eugenio@gmail.com.
3
Universidade Federal do Paraná, degiellima@gmail.com.
aula, pois se trata de um assunto que lhes é familiar, já que faz parte de suas vivências de
mundo e de suas práticas sociais. Durante a leitura, muitos alunos ficaram espantados em
ver que, em países hispanofalantes, as pessoas fazem promessas e também não as
cumprem, como emagrecer no ano vindouro ou esquecer determinados problemas do
passado. Para fixar o conteúdo visto, a pós-leitura foi realizada em duas etapas: na primeira,
os alunos brincaram de mímica e tinham que imitar um verbo sorteado para que os demais
adivinhassem, em seguida foi pedido que os alunos criassem frases usando as perífrases
verbais com esses verbos. Na outra atividade, os alunos escreveram em seus cadernos três
promessas de final de ano, e usassem as perífrases anteriormente estudadas. Muitas frases
que se relacionam ao cotidiano deles apareceram, como, por exemplo, “Yo voy a estudiar
más pues tengo que ser un buen alumno”, vinda de um aluno mais novo e “Yo voy a pedir
baja y tengo que cuidar de mi salud”, escrita por uma aluna mais velha. Na segunda
intervenção realizada no colégio Paulo Leminski, a pedido da professora da turma, os
bolsistas trabalharam com a linguagem de internet para mostrar aos alunos a língua
coloquial, as abreviações e gírias utilizadas em comunidades de fala hispânica. Foram
utilizados exemplos com documentos autênticos e com o auxílio de alguns intercambistas
foram apresentadas, a título de exemplo, conversas de dois falantes de espanhol para
introduzir o assunto, sendo um do México e outro do Equador. Dessa forma, os alunos
tiveram acesso e puderam perceber algumas diferenças entre expressões linguísticas que
perfazem o repertório de distintos países de língua espanhola. Em seguida, foi apresentada
uma tabela com as gírias, expressões e abreviações mais comumente utilizadas para que
os alunos pudessem se basear na hora de desenvolver a atividade final, que consistia em
uma resposta a algumas mensagens conseguidas previamente com os intercambistas em
questão. Os bolsistas do PIBID ainda levaram a réplica dessa conversa para os alunos, o
que gerou um grande interesse em conversar com falantes nativos e algumas amizades,
além da atividade. Sendo assim, foi despertado nos alunos ainda mais interesse no
aprendizado da língua e desenvolvida a percepção de que o aprendizado da língua pode ir
além das fronteiras da sala de aula e instalar-se, concretamente, nas práticas sociais.
Portanto, concluímos que é fundamental reconhecer que o aluno não é uma simples folha
em branco a ser preenchida pelo professor, uma vez que sua formação é um processo
contínuo e ininterrupto. Os educandos adquirem novos conhecimentos tanto na escola como
fora dela, e usá-los é um caminho bastante produtivo no ensino de língua estrangeira, tanto
para que ele assimile novas estruturas linguísticas que inexistem em sua língua materna,
quanto para que eles possam vivenciar uma experiência de alteridade em sala de aula, e
assim compreendam que a língua meta não é apenas uma ferramenta de comunicação de
outros povos, mas também algo que faz parte de suas identidades.
Palavras-chave: PIBID, Práticas sociais, Ensino de línguas estrangeiras modernas,
Espanhol.
Referências
BECKER, Fernando. Modelos pedagógicos e modelos epistemológicos. In: ______.
Educação e construção do conhecimento. Porto Alegre: Penso, 2012. p. 13-26
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. Ensinar exige respeito aos saberes dos
educandos. In: ______. Pedagogia da autonomia. São Paulo: EGA, 2002. p. 16-17.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro
e quarto ciclos do ensino fundamental: língua estrangeira / Secretaria de Educação
Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998. p. 29-32. Disponível em:
<http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/pcn_estrangeira.pdf>. Acesso em: 17 de outubro
de 2016.

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Apresentacao Enalic 2016: reconhecendo as experiências sociais dos alunos em aulas de língua estrangeira

  • 1. PIBID LETRAS/ESPANHOL: RECONHECENDO AS EXPERIÊNCIAS SOCIAIS DOS ALUNOS EM AULAS DE LÍNGUA ESTRANGEIRA Pedro Filipe de Lima1 Tuanny Aparecida Eugenio2 Degiel Zoé Souza de Lima3 Eixo Temático: Processos de ensino e aprendizagem Agência Financiadora: CAPES Resumo De acordo com Paulo Freire, um dos maiores erros que um professor pode cometer é desconsiderar os conhecimentos de mundo adquiridos pelo aluno antes de chegar à escola e/ou já apreendidos em disciplinas feitas anteriormente. Para o pedagogo, é de suma importância “discutir com os alunos a razão de ser de alguns desses saberes – já apreendidos pelos discentes – em relação com o ensino dos conteúdos” (FREIRE, 1996, p. 16 – nota em travessões nossa). Nesta perspectiva, os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1998 p. 29) esclarecem que “o conhecimento de mundo se refere ao conhecimento convencional que as pessoas têm sobre as coisas do mundo, isto é, seu pré- conhecimento do mundo” que precisa ser, necessariamente, incorporado pela prática docente. Segundo Becker, essa perspectiva em que o professor elabora uma aula tendo ciência de que o intelecto do aluno pode e deve sempre vir à tona, é chamada de “pedagogia relacional”, uma metodologia de ensino em que “professor e aluno determinam- se mutuamente”. Seus adeptos creem que “o aluno só aprenderá alguma coisa, isto é, construirá algum conhecimento novo, se ele agir e problematizar a sua ação” (BECKER, 2012, p. 23). Então, deste ponto de vista, “um dos processos centrais de construir conhecimento é baseado no conhecimento que o aluno já tem: a projeção dos conhecimentos que já possui no conhecimento novo, na tentativa de se aproximar do que vai aprender” (BRASIL, 1998, p. 32). A partir destes pressupostos, esse trabalho visa discutir como as vivências e competências intelectuais dos discentes foram tensionadas em duas regências aplicadas pelo PIBID Letras/Espanhol da UFPR no Colégio Paulo Leminski, localizado em Curitiba. O PIBID em questão trabalha sob uma perspectiva bakhtiniana, ou seja, tendo o gênero discursivo como eixo da aprendizagem e que adota uma sequência didática baseada em três etapas, as quais são, a saber, pré-leitura, leitura e pós-leitura. É importante considerarmos que as duas turmas do colégio em que essas aulas foram dadas eram bastante heterogêneas e se constituíam de alunos das mais diversas faixas etárias. Na primeira, os bolsistas trabalharam com o gênero discursivo “Listas de internet”, um texto que versava sobre promessas de fim de ano para ensinar as perífrases verbais “ir a”, “estar + gerundio” e “tener que + verbo en infinitivo”. Antes de trabalhar com o texto em si, foram feitas perguntas motivadoras como, por exemplo, “Vocês fazem promessas de final de ano?” e “O que vocês pensam das superstições existentes durante essa época do ano, como pular ondas e/ou não comer carne de porco?”, o que de imediato envolveu os discentes durante a 1 Universidade Federal do Paraná, epedrolima90@gmail.com. 2 Universidade Federal do Paraná, tuhh.eugenio@gmail.com. 3 Universidade Federal do Paraná, degiellima@gmail.com.
  • 2. aula, pois se trata de um assunto que lhes é familiar, já que faz parte de suas vivências de mundo e de suas práticas sociais. Durante a leitura, muitos alunos ficaram espantados em ver que, em países hispanofalantes, as pessoas fazem promessas e também não as cumprem, como emagrecer no ano vindouro ou esquecer determinados problemas do passado. Para fixar o conteúdo visto, a pós-leitura foi realizada em duas etapas: na primeira, os alunos brincaram de mímica e tinham que imitar um verbo sorteado para que os demais adivinhassem, em seguida foi pedido que os alunos criassem frases usando as perífrases verbais com esses verbos. Na outra atividade, os alunos escreveram em seus cadernos três promessas de final de ano, e usassem as perífrases anteriormente estudadas. Muitas frases que se relacionam ao cotidiano deles apareceram, como, por exemplo, “Yo voy a estudiar más pues tengo que ser un buen alumno”, vinda de um aluno mais novo e “Yo voy a pedir baja y tengo que cuidar de mi salud”, escrita por uma aluna mais velha. Na segunda intervenção realizada no colégio Paulo Leminski, a pedido da professora da turma, os bolsistas trabalharam com a linguagem de internet para mostrar aos alunos a língua coloquial, as abreviações e gírias utilizadas em comunidades de fala hispânica. Foram utilizados exemplos com documentos autênticos e com o auxílio de alguns intercambistas foram apresentadas, a título de exemplo, conversas de dois falantes de espanhol para introduzir o assunto, sendo um do México e outro do Equador. Dessa forma, os alunos tiveram acesso e puderam perceber algumas diferenças entre expressões linguísticas que perfazem o repertório de distintos países de língua espanhola. Em seguida, foi apresentada uma tabela com as gírias, expressões e abreviações mais comumente utilizadas para que os alunos pudessem se basear na hora de desenvolver a atividade final, que consistia em uma resposta a algumas mensagens conseguidas previamente com os intercambistas em questão. Os bolsistas do PIBID ainda levaram a réplica dessa conversa para os alunos, o que gerou um grande interesse em conversar com falantes nativos e algumas amizades, além da atividade. Sendo assim, foi despertado nos alunos ainda mais interesse no aprendizado da língua e desenvolvida a percepção de que o aprendizado da língua pode ir além das fronteiras da sala de aula e instalar-se, concretamente, nas práticas sociais. Portanto, concluímos que é fundamental reconhecer que o aluno não é uma simples folha em branco a ser preenchida pelo professor, uma vez que sua formação é um processo contínuo e ininterrupto. Os educandos adquirem novos conhecimentos tanto na escola como fora dela, e usá-los é um caminho bastante produtivo no ensino de língua estrangeira, tanto para que ele assimile novas estruturas linguísticas que inexistem em sua língua materna, quanto para que eles possam vivenciar uma experiência de alteridade em sala de aula, e assim compreendam que a língua meta não é apenas uma ferramenta de comunicação de outros povos, mas também algo que faz parte de suas identidades. Palavras-chave: PIBID, Práticas sociais, Ensino de línguas estrangeiras modernas, Espanhol. Referências BECKER, Fernando. Modelos pedagógicos e modelos epistemológicos. In: ______. Educação e construção do conhecimento. Porto Alegre: Penso, 2012. p. 13-26
  • 3. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. Ensinar exige respeito aos saberes dos educandos. In: ______. Pedagogia da autonomia. São Paulo: EGA, 2002. p. 16-17. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: língua estrangeira / Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998. p. 29-32. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/pcn_estrangeira.pdf>. Acesso em: 17 de outubro de 2016.