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Avaliar a leitura: a leitura na avaliação
no 1ºciclo do ensino básico



Sandrina Maria da Silva Esteves*                       em final de 1º ano de escolaridade do ensino
                                                       básico.
                                                       Assim, julga-se de crucial importância o desenvol-
Uma das grandes questões no domínio da pesquisa        vimento de instrumentos que possam contribuir
sobre a aquisição da leitura é a de perceber porque    para uma avaliação da competência leitora de
é que para algumas crianças é tão fácil aprender a     crianças sujeitas a um primeiro ano de ensino
ler, independentemente do método de ensino utili-      explícito, em contexto formal de aprendizagem, de
zado, enquanto que para tantas outras, ainda que       forma a aferir se o processo de descodificação, pro-
contempladas por estratégias específicas e com         cesso central na passagem ao processo de com-
acesso a recursos diferenciados, o domínio de tal      preensão da leitura, se encontra perfeitamente
competência se assume como uma barreira insupe-        automatizado.
rável.
Uma análise de trabalhos relativos à aprendiza-                                                               219
gem inicial da leitura permite verificar a relação     Introdução
intrínseca entre o (in)sucesso do domínio da
modalidade escrita da língua e três eixos específi-    O código escrito não é algo inato ao ser
cos: desenvolvimento da linguagem oral da criança      humano, tal como é a faculdade da lingua-
(sobretudo no campo lexical e sintáctico); capaci-     gem. A criança apropria-se da linguagem
dade de reflexão implícita sobre a estrutura e fun-    escrita mediante a aquisição gradual do
cionamento da sua língua materna (consciência          domínio de redes complexas de conceitos,
fonológica, lexical e sintáctica); e contacto prévio   símbolos e termos (Davies, 1993).
com instrumentos de leitura antes do ensino for-       Os processos envolvidos quer na leitura, quer
mal da mesma (Sim-Sim, 1997).                          na sua aprendizagem são processos basica-
Por outro lado, e no que diz respeito à realidade      mente linguísticos, pressupondo ambos um
nacional, não é ainda possível encontrar instru-       desenvolvimento que não ocorre de forma
mentos, validados para a população portuguesa,         espontânea, mas exige um contexto educa-
que permitam aferir a competência leitora da           tivo adequado no qual o professor está direc-
criança após um primeiro ano de ensino explícito,      tamente implicado e pelo qual é responsabi-
formal, da leitura que permitam situá-la relativa-     lizado (Ehri, 1985).
mente às restantes crianças suas pares, em situa-      Ao tentar definir-se o acto de ler, verifica-se
ções iniciais de aprendizagem análogas, e que, de      a existência de uma infinidade de concep-
acordo com o defendido para a Língua Portuguesa        ções e descrições sobre o que se entende por
pelo Currículo Nacional do Ensino Básico               leitura e por competência leitora. A leitura
(1997), correspondem às competências específicas       deixou de ser estudada apenas como um
relacionadas com o domínio da leitura e da escrita,    produto, uma competência que se ensina, e

*   Escola Superior de Educação de Torres Novas

                                                                                Saber (e) Educar 13 | 2008
passou a ser estudada como um processo que       leitora apresentam as crianças maiores difi-
      deverá ser analisado para melhor poder ser       culdades, isto porque, no final do 1º ano do
      equacionado, isto porque a leitura não é um      1º CEB espera-se já que as mesmas possuam,
      somatório de processos, mas o resultado da       para além de uma consciência fonológica da
      interacção de vários processos de grande         sua língua, um domínio do princípio alfabé-
      complexidade (Stanovich, 1980).                  tico, bem como uma fluência leitora ade-
      As investigações realizadas no âmbito da lei-    quada à sua idade e grau de complexidade
      tura têm, por isso mesmo, assumido uma           das aprendizagens efectuadas até então.
      dimensão muito significativa nos últimos
      anos. O interesse crescente pela competên-
      cia leitora deve-se, em grande parte, ao facto   1. A Leitura enquanto processo
      de a leitura manifestar um papel crucial na      complexo
220
      aprendizagem da língua materna, em parti-
      cular, e no sucesso profissional, em geral.       Uma análise cuidada dos trabalhos realiza-
      Com efeito, a análise e investigação no          dos em torno da aprendizagem inicial da lei-
      domínio da leitura conheceu grandes evolu-       tura permite verificar a relação intrínseca
      ções, sobretudo a partir do momento em           entre o (in)sucesso do domínio da modali-
      que se passaram a distinguir os métodos de       dade escrita da língua e três eixos específicos:
      ensino dos modelos de aprendizagem. Uma          desenvolvimento da linguagem oral da
      das grandes questões no domínio da pes-          criança (sobretudo no campo lexical e sin-
      quisa sobre a aquisição da leitura é, então, a   táctico); capacidade de reflexão implícita
      de perceber porque é que para algumas            sobre a estrutura e funcionamento da sua
      crianças é tão fácil aprender a ler, indepen-    língua materna (consciência fonológica,
      dentemente do método de ensino utilizado         lexical e sintáctica); e contacto prévio com
      pela escola, enquanto que para tantas outras,    instrumentos de leitura antes do ensino for-
      ainda que contempladas por estratégias e         mal da mesma (Sim-Sim, 1997).
      com acesso a recursos diferenciados, o domí-     Com efeito, a leitura é entendida como um
      nio de tal competência se assume como uma        instrumento inigualável que permite aos lei-
      barreira insuperável.                            tores aceder a um conjunto de vivências e
      Sabendo-se que, no 1º Ciclo do Ensino Básico     saberes. Assim sendo, e dado o valor que lhe
      (doravante 1º CEB), os níveis de insucesso       é reconhecido, é essencial conhecer e com-
      escolar resultam, sobretudo, de dificuldades      preender os seus mecanismos de aquisição,
      de aprendizagem na leitura, a problemática       os processos que lhe estão subjacentes, as
      tecida em torno da aquisição da literacia vê a   componentes que a constituem, bem como
      sua fundamentação mais do que justificada.        os métodos de ensino, no intuito de se poder
      Mais ainda, torna-se de crucial importância      operacionalizar uma actuação mais consciente
      averiguar em que domínio da competência          e eficaz, adequada aos alunos (Sim-Sim, 1994;

      Saber (e) Educar 13 | 2008
Morais, 1997; National Reading Panel,              que não se ultima com o domínio da corres-
2000). Na verdade, o insucesso na aquisição        pondência grafema-fonema, mas antes se
da leitura influencia, muitas vezes, e de           prolonga por toda a vida (Sim-Sim, Duarte
forma categórica, a aprendizagem nas res-          & Ferraz, 1997; Sim-Sim, 1998). Na ver-
tantes áreas disciplinares, para as quais existe   dade, e apesar de a faculdade da linguagem
uma exigência do domínio de tal competên-          se assumir como um património genético
cia (Morais, 1997; Fonseca, 1999; Shaywitz,        própria do ser humano (Chomsky, 1976), a
2003)                                              faculdade da leitura é uma aquisição que
Durante longos anos, a leitura foi entendida       decorre de um ensino formal, ainda que
apenas como uma aptidão mecânica num               baseado em métodos perfeitamente díspares
processo de descodificação de signos escritos       nas suas abordagens.
que exigia, por parte da criança, determina-       Mais ainda, nas crianças, em fase inicial da
das destrezas psicológicas, entre elas: a orga-    aprendizagem da leitura, a formação de unida-        221
nização espacial e temporal, a organização         des significativas a partir dos sons é uma acti-
perceptiva e motora, o desenvolvimento da          vidade demasiadamente complexa pela razão
função simbólica da linguagem, a organização       simples de não existir uma correspondência
do esquema corporal, o desenvolvimento             natural e directa entre unidades acústicas e
intelectual; razão pela qual, em período pré-      unidades linguísticas (Borges, 1998); a que
-escolar, se dispensavam momentos precisos         acresce o facto de que, no processo de aquisi-
conducentes à preparação da criança para a         ção da leitura interferirem, ainda: (i) factores
leitura (Mialaret, 1997).                          intrapessoais, relativos ao sujeito que aprende,
No entanto, a precariedade de tal perspec-         incluindo-se aqui variáveis como as capacida-
tiva conduziu à urgência de uma caracteriza-       des cognitivas, a personalidade, os estilos e
ção do complexo processo que constitui o           estratégias de aprendizagem, a motivação; (ii)
acto de ler. Com efeito, a aprendizagem da         factores interpessoais; (iii) factores relaciona-
leitura não se assume como um fim em si             dos com as situações de ensino/aprendizagem
mesma, apresentando-se antes como uma              das quais se destacam as características do pro-
ferramenta que permite melhorar o sistema          fessor, os estilos de ensino, as interacções
linguístico e comunicativo do indivíduo            aluno-aluno e aluno-professor; e (iv) factores
falante, proporcionando-lhe a chave para o         contextuais como sejam o contexto educativo
acesso a outras aprendizagens (Citoler,            e familiar (Citoler & Sanz, 1997).
1996; Cruz, 1999).                                 A sua relevância e complexidade explicam
Por outro lado, a leitura não se adquire de        assim por que razão a leitura se constitui
forma espontânea pelo simples contacto             como uma área de investigação profícua,
com o meio linguístico envolvente, tal como        associada à procura da fundamentação cien-
acontece com a fala (Silva, 2003). A sua           tífica e multidisciplinar do acto de ler e do
aprendizagem exige um ensino explícito,            acto de ensinar a ler.

                                                                           Saber (e) Educar 13 | 2008
Que processos se assumem como determi-             envolve uma multiplicidade de processos,
      nantes no domínio da leitura? O que está           leva Citoler e Sanz (1996) a destacarem o
      implicado nos processos de descodificação e         facto de a leitura começar por ser um estí-
      compreensão leitoras?                              mulo visual, terminando com a compreen-
      Através da leitura é possível alcançar um          são de um texto, devido a uma conjuntura
      modelo global da mensagem veiculada por            global e equilibrada.
      qualquer suporte escrito. Na verdade, o            Com efeito, os modelos cognitivos da leitura
      acesso a uma unidade global de sentido pro-        defendem que o processo de leitura incor-
      cessa-se mediante operações de nível infe-         pora, em simultâneo e em interacção, um con-
      rior: identificação dos grafemas, das sílabas,      junto de processos de nível inferior relativos à
      das palavras e dos seus constituintes fonoló-      descodificação grafo-fonética e ao reconheci-
      gicos, morfológicos, bem como das unidades         mento visual directo de sílabas ou de palavras
222
      sintácticas. Assim, na elaboração de um            e um conjunto de processos de nível superior
      modelo mental adequado torna-se necessá-           respeitantes ao conhecimento da língua, à
      rio (Costa, 1998):                                 familiaridade com o tema, ou ainda o recurso
                                                         ao contexto prévio. Partindo de tais modelos
      · distinguir e aceder ao significado das pala-      parece ser consensual considerar, actual-
        vras – processamento lexical na base de          mente, a leitura como um processo interac-
        operações fonológicas, morfológicas,             tivo entre o leitor e o texto no sentido da
        semânticas;                                      apropriação de informação pertinente pelo
      · conceber relações gramaticais e semânti-         leitor, no qual as várias operações cognitivas
        cas – parsing e processamento sintáctico;        activadas estão em constante interacção e,
      · integrar as ideias veiculadas pelos textos via   também, onde cada um dos componentes
        operações fortemente suportadas pelos            envolvidos no processo de leitura exerce um
        vários tipos de memória;                         efeito sobre os demais (Giasson, 1993)
      · fazer inferências de modo a interligar a         Na mesma linha de ideias, Rebelo (1990)
        informação;                                      aponta que o acto de ler envolve quatro tipos
      · despoletar conhecimentos prévios, dos            de processos: o conhecimento do código
        domínios específicos activados pelos textos,      escrito e a sua especificidade relativamente
        de modo a incorporar informação em               ao código oral; o domínio do acto léxico
        esquemas conhecidos e a criar sentido;           visual; a existência de conhecimentos con-
      · usar estratégias de leitura no controlo cons-    ceptuais e linguísticos e a construção de sig-
        ciente do processo de compreensão em             nificações a partir de índices visuais.
        causa.                                           Outros autores haverão que apontem distin-
                                                         tas distinções para o complexo processo que
      A ideia de que o acto de ler se assume como        o acto da leitura encerra, apresentando-se
      uma imbricada actividade cognitiva que             apenas, de seguida, algumas delas:

      Saber (e) Educar 13 | 2008
· Ler é obter sentido do impresso (em sen-        bolos escritos a partir de um input visual
  tido construtivo), obter sentido da lingua-     como forma de percepção da mensagem
  gem escrita (Goodman, 1976);                    escrita (módulo perceptivo) (Citoler, 1996;
· Ler é um duplo e secundário sistema sim-        Morais, 1997; Cruz, 1999, 2005). Tais sím-
  bólico, constituindo-se a sua aprendizagem      bolos gráficos deverão ser entendidos e assu-
  como uma relação simbólica entre o que se       midos enquanto palavras (módulo léxico)
  ouve e diz, com o que se vê e lê (Fonseca       (Citoler, 1996; Morais, 1997; Cruz, 1999,
  1999);                                          2005), havendo também a necessidade de
· Ler é um processo que ocorre numa progres-      uma compreensão da relação estabelecida
  são de oito níveis distintos na sua complexi-   entre palavras, a sua ordem e estrutura sin-
  dade e abstracção crescente, iniciando-se       táctica (módulo sintáctico) (Citoler, 1996;
  com a detecção visual de linhas e progre-       Morais, 1997; Cruz, 1999, 2005). Mais
  dindo para a interpretação de temas e men-      ainda, deverá também verificar-se a extrac-          223
  sagens complexas (Kirby & William, 1991;        ção do significado e a integração no conheci-
  Das, Naglieri & Kirby, 1994; Das, 1998).        mento existente no sujeito (módulo semân-
                                                  tico) (Citoler, 1996).
Porém, e apesar da panóplia de distinções,        As primeiras operações a considerar serão,
será possível afirmar que todas elas apontam,      assim, as de percepção visual respeitantes à
indubitavelmente, para a ideia de que o acto      captação e reconhecimento de padrões de
de ler implica uma descodificação de símbo-        letras, direccionamento dos movimentos
los gráficos e um fim último respeitante à          oculares, relação entre as características do
extracção de sentido/significado.                  estímulo visual e o desencadear dos movi-
Na verdade, existem duas componentes dis-         mentos perceptivos, variação da abrangência
tintas inerentes à leitura que, ainda que         dos movimentos sacádicos e a duração das
intrinsecamente relacionadas, se manifes-         fixações do olhar (Costa, 1998).
tam de formas diferentes: a descodificação e       Por outro lado, há ainda a referir que, no
a compreensão.                                    que se refere à descodificação de palavras,
Reconhece-se que quando se fala em leitura        parece ser unânime a assumpção de duas
existem dois níveis essenciais a considerar: a    abordagens distintas, uma visual ou directa,
leitura elementar, de descodificação ou de         a outra fonológica ou indirecta. À primeira
reconhecimento, e a leitura de compreensão.       corresponderá, como ponto de partida, a
À primeira corresponderão os leitores em          palavra escrita, a partir da qual se iniciam os
fase de iniciação e à segunda os leitores mais    processos perceptivos de análise visual,
fluentes (Rebelo, 1993; Citoler, 1996;             alcançando-se o léxico visual e, a partir
Morais, 1997; Cruz, 1999; Shaywitz, 2003).        deste, o sistema semântico, seguido de um
Ainda que de forma muito sintética, à pri-        restabelecimento do léxico fonológico que
meira corresponderá a percepção dos sím-          conduz à pronunciação e tradução da pala-

                                                                         Saber (e) Educar 13 | 2008
vra escrita em fala. À segunda correspon-         Na verdade, e nos últimos anos, têm surgido,
      derá, por sua vez, a ideia de que o falante se    em Portugal, alguns trabalhos relacionados
      auxilia da análise visual para atingir os         com bons preditores de níveis futuros de
      mecanismos de conversão grafema-fonema            sucesso na leitura, trabalhos esses realizados
      que conduzirão à pronunciação e, daí, reco-       no âmbito da intervenção precoce e centra-
      nhecida a palavra, será alcançado o proces-       dos na avaliação do desenvolvimento da lin-
      samento léxico que interagirá com o sistema       guagem oral nos domínios mais pertinentes
      semântico na extracção de significado              para o sucesso da aprendizagem da leitura
      necessário para se chegar ao léxico fonoló-       (Rebelo, 1990; Sim-Sim, 1997; Barros, 1998;
      gico (Cruz, 2005).                                Figueiredo, 1998; Vale, 1999; Fernandes,
      No entanto, e admitindo que a via de acesso       2000; Velásquez, 2002; Viana, 2002; Cruz,
      possa estar dependente do grau de maturi-         2005).
224
      dade do leitor, da tarefa específica da leitura    Porém, não é ainda possível encontrar ins-
      ou do grau de dificuldade do texto em causa,       trumentos, validados para a população por-
      a representação fonológica parece desempe-        tuguesa, que permitam aferir a competência
      nhar um papel centralizador (Costa, 1998).        leitora da criança após um primeiro ano de
      A compreensão deverá, por sua vez, ser            ensino explícito, formal, da leitura, que per-
      entendida como o processo através do qual         mitam situá-la relativamente às restantes
      as palavras, frases e textos são interpretados    crianças suas pares, em situações iniciais de
      (Fayol et al, 2000).                              aprendizagem análogas, e que, de acordo
      Contudo, e ainda que se aceite o carácter rela-   com o defendido para a Língua Portuguesa
      cional de ambos os processos, convém referir      pelo Currículo Nacional do Ensino Básico
      que o processo da descodificação poderá ser        (1997), correspondem às competências
      efectuado sem recurso à compreensão, não se       específicas relacionadas com o domínio da
      verificando o contrário, ou seja, não é passível   leitura e da escrita, em final de 1º ano de
      de existência a compreensão sem, primeiro, a      escolaridade do ensino básico.
      passagem por um processo de descodificação         Por outro lado, a avaliação deverá ser enten-
      (Citoler, 1996; Shaywitz 2003).                   dida como parte integrante do processo
                                                        ensino/aprendizagem. Segundo Perrenoud
                                                        (1999), a avaliação da aprendizagem, no
      2. Avaliar a Leitura                              novo paradigma, é um processo mediador na
                                                        construção do currículo, encontrando-se
      No que diz respeito à realidade nacional, não     intrinsecamente relacionada com a gestão da
      existem ainda muitos estudos vocacionados         aprendizagem dos alunos.
      para o estudo da aprendizagem e nível de          Com efeito, avaliar é, enquanto ponto de
      leitura dos alunos cuja língua materna é o        partida ou chegada, criar hierarquias de
      português (Sim-Sim, 1997).                        excelência, a partir das quais se decidirão a

      Saber (e) Educar 13 | 2008
progressão no curso seguido, a orientação para   mente, ainda que por vias informais, reter
diversos tipos de estudos, a certificação antes   alunos ao longo de todo o ensino básico), se
da entrada no mercado de trabalho e, muitas      vê, muitas vezes, confrontado com a necessi-
vezes, a contratação para um emprego. Em         dade de trabalhar em contexto de sala de
contexto educativo, a avaliação é, também, e     aula com os quatro níveis de ensino, situação
muitas vezes, uma forma de privilegiar um        esta que conduz, frequentemente, a uma
modo de estar em aula e no mundo, valorizar      ineficiência do seu trabalho.
formas e normas de excelência, definir um         Por outro lado, acontece que, por vezes, o que
aluno modelo (Perrenoud, 1998).                  julga ser um aluno com uma excelente com-
Na avaliação da aprendizagem, o professor        petência leitora, o poderá ser em comparação
não deverá permitir que os resultados dos        com os restantes elementos da turma, mas
testes realizados ao longo do ano lectivo,       não se comparada com uma outra criança de
geralmente de carácter classificatório, ocu-      uma outra turma cujos níveis de desempenho          225
pem um peso superior ao que é conferido às       na leitura são superiores, isto porque, não
suas observações diárias, de carácter diagnós-   existe, até ao momento, um documento
tico e formativo. O professor, que trabalha      orientador, validado para o efeito e para a
numa dinâmica interactiva, tem noção, ao         população portuguesa, que permita distinguir
longo de todo o ano, da participação e produ-    em que fase do desenvolvimento da capaci-
tividade de cada aluno, pelo que deverá ter      dade leitora se encontra, ou deve encontrar,
sempre em atenção que os testes se assumem       uma criança em final de 1º ano de escolari-
acima de tudo como uma formalidade do sis-       dade do Ensino Básico. Os documentos passí-
tema escolar (Perrenoud, 1998).                  veis de serem consultados por professores do
No entanto, e no que se refere à avaliação em    Ensino Básico com vista à identificação dos
situação educacional, esta não deverá ser        níveis de leitura a identificar nos seus alunos,
entendida enquanto fim em si mesma, mas           sejam eles o Currículo Nacional para a Educa-
sobretudo como um móbil no funciona-             ção Básica (1997) ou o Programa de Língua
mento didáctico e, mais globalmente, na          Portuguesa para o 1º CEB, goram os mais
selecção e na orientação escolares. Ela deverá   expectantes pela parca disponibilização de
servir, acima de tudo, para nortear o trabalho   informação e confusão na apresentação dos
de professores e alunos e, simultaneamente,      objectivos e conteúdos esperados para cada
gerir as aprendizagens (Perrenoud, 1998).        ano de escolaridade.
Actualmente, qualquer professor do ensino        De acordo com o Currículo Nacional do
básico, e em virtude da quase impossibili-       Ensino Básico (1997), entende-se por Leitura
dade de retenção de alunos até ao 4º ano de      o processo interactivo entre o leitor e o texto
escolaridade do ensino básico (formal-           em que o primeiro reconstrói o significado
mente, não é possível reter alunos no 1º ano     do segundo. O domínio desta competência
de escolaridade, desaconselhando-se, igual-      implica a capacidade de descodificar cadeias

                                                                        Saber (e) Educar 13 | 2008
grafemáticas e delas extrair informação e           Desenvolver o Gosto pela Leitura e pela
      construir conhecimento. Acrescenta-se               Escrita:
      ainda que se entendem como competências             · Contactar com diversos registos de escrita
      específicas da Leitura, no 1º CEB do Ensino            (produções dos alunos, documentação,
      Básico, por um lado, a aprendizagem dos               biblioteca, jornais, revistas, correspondên-
      mecanismos básicos de extracção do signifi-            cia, etiquetas, rótulos, registos de presenças,
      cado do material escrito, nomeadamente a              calendários, avisos, recados, notícias…).
      capacidade para decifrar de forma automá-           · Experimentar múltiplas situações que des-
      tica cadeias grafemáticas, para localizar             pertem e desenvolvam o gosto pela Língua
      informação em material escrito e para                 escrita (actividades de biblioteca da aula, da
      apreender o significado global de um texto             escola, municipais, itinerantes).
      curto; e, por outro, o conhecimento de estra-       · Ouvir ler histórias e livros de extensão e
226
      tégias básicas para a extracção de informação         complexidade progressivamente alargadas
      do material escrito.                                  que correspondam aos interesses dos alunos.
      Por sua vez, no que se refere ao Programa           · Localizar, em jornais, notícias, a partir de
      Nacional de Língua Portuguesa para o Ensino           imagens.
      Básico, e de acordo com a Organização Curri-        · Comparar, em diferentes jornais, as mes-
      cular e Programas do Ensino Básico – 1º CEB           mas notícias e as imagens que as ilustram.
      (2004), a Leitura surge, a par da Escrita,          · Localizar, em jornais, as páginas que indi-
      enquadrada no Domínio da Compreensão                  cam programas de televisão, programas
      Escrita, encontrando-se os objectivos traça-          infantis…
      dos de forma equitativa para ambas. Na ver-         · Descobrir e localizar, em jornais e revistas,
      dade, a enunciação dos objectivos é feita, e          e através das imagens, um programa de
      para todos os anos de escolaridade, a partir de       televisão de que gosta.
      duas directrizes-chave: «Desenvolver o Gosto
      pela Leitura e pela Escrita e Desenvolver as Com-   Desenvolver as Competências de Escrita
      petências de Escrita e de Leitura» (p. 146).        e de Leitura:
      Na medida em que apenas a Leitura é objecto         · Descobrir expressões iguais ou palavras
      desta análise, enunciam-se, de seguida, e             iguais em produções diferentes e nas mes-
      sempre que possível (uma análise mais cui-            mas produções.
      dada permitirá verificar que, por vezes, se          · Coleccionar as palavras descobertas e reco-
      torna difícil compreender se o objectivo é            nhecidas.
      vocacionado para a Leitura ou para a Escrita),      · Comparar textos, expressões e palavras, a
      os objectivos traçados para a Leitura neste           fim de descobrir semelhanças e diferenças
      grau de escolaridade, em conformidade com             nos aspectos gráfico e sonoro.
      cada uma das directrizes referidas (pp.             · Descobrir elementos comuns a várias pala-
      147-149):                                             vras.

      Saber (e) Educar 13 | 2008
· Construir palavras por combinatória de         Reflexão, no documento da Organização
  elementos conhecidos.                          Curricular e Programas do Ensino Básico –
· Construir listas de palavras que contenham     1º CEB (2004), deverá entender-se que as
  elementos conhecidos (a mesma sílaba, ini-     competências com ele relacionadas são
  cial, média, ou final…).                        objecto único do 3º e 4º anos de escolari-
· Construir rimas ou cantilenas a partir de      dade, razão que encontra a sua justificação
  palavras conhecidas.                           na afirmação: «No 1º CEB do Ensino Básico,
· Realizar jogos de substituição de letras ou    o Módulo Funcionamento da Língua —
  de sílabas para formar outras palavras (com    Análise e Reflexão deve ser entendido como
  letras móveis, sem letras móveis).             um instrumento de descoberta e de desen-
· Realizar jogos de comutação de letras para     volvimento das possibilidades de uso da Lín-
  formar outras palavras.                        gua e de aprendizagem da Escrita e da Lei-
· Ler textos produzidos por iniciativa pró-      tura. Aponta, assim, para um percurso              227
  pria (para toda a turma, para um grupo,        integrado de Comunicação Oral, de Comu-
  para um companheiro, para o professor).        nicação Escrita e de Reflexão sobre a Língua.
· Ler textos produzidos pelos companheiros,      Tal pressupõe que os alunos experimentem,
  pelos correspondentes (para o professor,       explorem, funcional e ludicamente, várias
  para um grupo, para um companheiro).           formas diferentes de dizer as mesmas coisas,
· Ler livros ou textos adequados à sua idade e   se sirvam dos seus erros e inadequações para
  nível de competência de leitura.               descobrir regularidades e irregularidades da
                                                 Língua. A multiplicidade de práticas de aná-
No entanto, e paradoxalmente, não é refe-        lise e de reflexão sobre as falas e sobre a
rida qualquer abordagem respeitante ao           escrita que vão construindo, em interacção
complexo processo que é a leitura, apesar de     com a leitura, permitirá um progressivo
se fomentar a leitura de textos vários, de       domínio da estrutura da Língua. Não se
natureza distinta e de diferentes graus de       espera que, durante este ciclo, os alunos
complexidade, referindo-se, apenas, que          venham a dominar a nomenclatura corres-
estes devem ser de extensão curta (sem se        pondente a todo o trabalho realizado. A
clarificar o que deve ser entendido como tal:     consolidação desse trabalho de memoriza-
dez linhas, três parágrafos, cem palavras…).     ção será realizada ao longo do 2º ciclo do
Acresce ainda a sugestão da leitura de docu-     ensino Básico.» (p. 156).
mentos ajustados à idade dos alunos e à sua      Porém, e se numa primeira análise, tal afirma-
competência leitora, sem se clarificarem ou       ção não se apresenta problemática, explorados
disponibilizarem as orientações ou instru-       os diferentes conteúdos respeitantes ao bloco
mentos necessários à sua estipulação.            do Funcionamento da Língua – Análise e
Mais ainda, no que respeita ao Bloco do          Reflexão, para o 3º ano de escolaridade, é pos-
Funcionamento da Língua – Análise e              sível encontrar, formuladas enquanto objecti-

                                                                       Saber (e) Educar 13 | 2008
vos, as seguintes finalidades: «Identificar dife-   ensino básico, o seguinte: «Aprendizagem
      rentes sons da Língua (vogais e consoantes;       dos mecanismos básicos de extracção de sig-
      Combinar, ludicamente, diferentes sons da         nificado do material escrito» (p. 59).
      Língua; Estabelecer relações entre sons e         Com efeito, é defendido que as crianças, em
      letras (fonemas e grafemas corresponden-          final de ciclo, deverão: saber efectuar leitura
      tes)» (p. 157). Também no que se refere ao 4º     em silêncio; saber ler com perceptibilidade
      ano de escolaridade são entendidas como           em voz alta; saber identificar as ideias prin-
      finalidades as seguintes: «Distinguir sons         cipais de um texto; saber localizar no texto a
      vocálicos e consonânticos; Combinar, ludica-      informação desejada; saber adiantar conteú-
      mente, diferentes sons da Língua; Nomear,         dos a partir de capas, imagens, títulos e pará-
      por ordem, as letras do alfabeto; Decompor        grafos iniciais; tomar a iniciativa de ler (Sim-
      palavras em sílabas».                             -Sim, Duarte, Ferraz, 1997). Adianta-se,
228
      Ora, assumindo-se que a consciência fono-         também, que para que tal seja possível será
      lógica e o domínio do princípio alfabético se     necessário que o processo de decifração
      encontram entre os grandes preditores do          (grafema-fonema) esteja já automatizado,
      sucesso na Leitura, fica então por averiguar       sem, no entanto, e uma vez mais, à seme-
      em que grau de escolaridade, e de acordo          lhança dos restantes documentos orientado-
      com o Currículo Nacional para o Ensino            res para o Ensino Básico, se fazer referência
      Básico (1997) e o Programa de Língua Por-         a tais pressupostos para níveis individuais de
      tuguesa para o 1º CEB do Ensino Básico,           escolaridade, deixando indefinidamente em
      estarão os alunos em condições de os domi-        aberto as questões: Quais as competências
      narem.                                            nucleares e níveis de desempenho da Leitura dese-
      Por outro lado, o documento: A Língua             jados para crianças em final do 1º ano de escolari-
      Materna na Educação Básica – Competências         dade do Ensino Básico? Em que momento deverão
      Nucleares e Níveis de Desempenho (Sim-Sim,        as crianças ter já automatizado o processo de des-
      Duarte, Ferraz, 1997) embora mais esclare-        codificação da leitura, encontrando-se em condi-
      cedor do que os documentos acima referen-         ções para passar ao processo seguinte, o da com-
      ciados, uma vez que aponta competências           preensão do que lêem?
      nucleares e níveis de desempenho específi-         Com tais questões em aberto, um professor
      cos para a Leitura, e não para o conjunto lei-    que tenha a seu cargo uma turma de 1º ano
      tura/escrita sem discriminação, continua a        do 1º CEB do Ensino Básico vê a tarefa da
      não o fazer para cada ano de escolaridade de      avaliação da leitura extremamente dificul-
      forma isolada, antes surgindo os princípios       tado, sobretudo se não dominar o complexo
      formulados para o final de cada ciclo de           processo que é a leitura, nomeadamente o que
      escolaridade. Assim, é possível encontrar         avaliar?
      formulado enquanto objectivo de desenvol-         Na verdade, e no que se refere à aprendiza-
      vimento da Leitura para o primeiro ciclo do       gem inicial da leitura, importa que o profes-

      Saber (e) Educar 13 | 2008
sor reconheça que a descodificação é a com-       intervenção eficaz porque atempada. Só
ponente básica que o aluno deverá ter auto-      assim tal avaliação será profícua, porque
matizada se quiser passar a um segundo           intencional com função de sinalização e não
nível, o da compreensão. Parece, pois não        de certificação; porque necessária e crucial
haver grande dúvida que num aluno que não        para o seu objecto de avaliação – o aluno – e
tenha automatizado tal processo, dificil-         reguladora do próprio processo de ensino-
mente acederá ao segundo, este já de nível       -aprendizagem do seu agente – o professor.
superior. Contudo, e intrinsecamente ligada
à descodificação encontram-se a consciência
fonológica, o domínio do princípio alfabé-       Bibliografia
tico e a fluência. Se estas três competências     Alegria, J., & Morais, J. (1989). Analyse Segmentale et
não estiverem asseguradas em final de 1º ano      acquisiton de la lecture. In L. Rieben, & C. Perfetti
do 1º CEB do Ensino Básico, dificilmente o        (Eds.), L’apprentti lecteur. Recherches empiriques et implications
                                                                                                                      229
                                                 pédagógiques (pp. 173-196). Neuchâtel-Paris: Delachaux
aluno alcançará sucesso nas restantes apren-
                                                 et Niestlé.
dizagens, uma vez que o seu desempenho na        Barros, M. A. (1998). A avaliação de leitura como chave para a
leitura estará, à partida, condicionado.         intervenção pedagógica. Lisboa: Escola Superior de Educa-
Assim sendo, parece caber ao professor do 1º     ção de Lisboa.
CEB do Ensino Básico essa árdua tarefa não       Bloom, B., Hastings e Madaus (1971). Handbook on
                                                 Formative and Sumative Evaluation of Student Lear-
só de ensinar a ler, mas, e sobretudo, de ava-   ning. New York: McGraw-Hill Book Company.
liar os níveis de desempenho dos seus alunos     (Manual de Avaliação Formativa e Sumativa do Apren-
«iniciantes», detectando e sinalizando os        dizado Escolar. S. Paulo: Livraria Pioneira Editora.)
défices que se venham a manifestar em cada        Borges, T. M. (1998). Ensinando a ler sem silabar. Campi-
                                                 nas: Papirus Editora.
uma destas três competências que, ao que
                                                 Capovilla, A. G. S. & Capovilla, F. C. (2002). Inter-
parece, e ainda que intimamente interliga-       venção em Dificuldades de Leitura e Escrita com Tra-
das, manifestam uma progressão gradual: um       tamento de Consciência Fonológica. In M. A. Santos &
aluno que conheça e saiba manipular os sons      A. L. Navas (Eds.), Distúrbios de leitura e escrita: teoria e prá-
da sua língua (consciência fonológica) mais      tica. Barueri: Manole.
                                                 Capovilla, F. C.; Macedo, E. C. & Charin, S. (2002).
facilmente reconhecerá a não univocidade         Competências de leitura e modelos na avaliação de
entre tais sons e a sua representação gráfica     compreensão em leitura silenciosa e de reconheci-
(domínio do princípio alfabético) e realizará    mento e descodificação em leitura em voz alta. In M. A.
uma leitura prosódica (fluência). Tal avalia-     Santos & A. L. Navas (Eds.), Distúrbios de leitura e escrita:
                                                 teoria e prática. Barueri: Manole.
ção não deverá, por outro lado, de se restrin-
                                                 Cardinet, J. (1993). Avaliar é Medir? Rio Tinto: Edi-
gir a um momento único, final e classifica-        ções Asa.
tivo, mas deverá, sobretudo, acompanhar          Castro, S. L. & Gomes, I. (2000). Dificuldades de aprendi-
todo o processo de ensino-aprendizagem da        zagem na língua materna. Lisboa: Universidade Aberta.
                                                 Chall, J. S., Jacobs, V.A., & Baldwin, L. E. (1990). The
leitura inicial, de maneira a possibilitar a
                                                 reading crisis. Why poor children fall behind. Cambridge: Har-
sinalização precoce das dificuldades e uma        vard University Press.

                                                                                 Saber (e) Educar 13 | 2008
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ciais de leitura-escrita de palavras no Português: uma contribuição
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Se e 13avaliarleitura

  • 1. Avaliar a leitura: a leitura na avaliação no 1ºciclo do ensino básico Sandrina Maria da Silva Esteves* em final de 1º ano de escolaridade do ensino básico. Assim, julga-se de crucial importância o desenvol- Uma das grandes questões no domínio da pesquisa vimento de instrumentos que possam contribuir sobre a aquisição da leitura é a de perceber porque para uma avaliação da competência leitora de é que para algumas crianças é tão fácil aprender a crianças sujeitas a um primeiro ano de ensino ler, independentemente do método de ensino utili- explícito, em contexto formal de aprendizagem, de zado, enquanto que para tantas outras, ainda que forma a aferir se o processo de descodificação, pro- contempladas por estratégias específicas e com cesso central na passagem ao processo de com- acesso a recursos diferenciados, o domínio de tal preensão da leitura, se encontra perfeitamente competência se assume como uma barreira insupe- automatizado. rável. Uma análise de trabalhos relativos à aprendiza- 219 gem inicial da leitura permite verificar a relação Introdução intrínseca entre o (in)sucesso do domínio da modalidade escrita da língua e três eixos específi- O código escrito não é algo inato ao ser cos: desenvolvimento da linguagem oral da criança humano, tal como é a faculdade da lingua- (sobretudo no campo lexical e sintáctico); capaci- gem. A criança apropria-se da linguagem dade de reflexão implícita sobre a estrutura e fun- escrita mediante a aquisição gradual do cionamento da sua língua materna (consciência domínio de redes complexas de conceitos, fonológica, lexical e sintáctica); e contacto prévio símbolos e termos (Davies, 1993). com instrumentos de leitura antes do ensino for- Os processos envolvidos quer na leitura, quer mal da mesma (Sim-Sim, 1997). na sua aprendizagem são processos basica- Por outro lado, e no que diz respeito à realidade mente linguísticos, pressupondo ambos um nacional, não é ainda possível encontrar instru- desenvolvimento que não ocorre de forma mentos, validados para a população portuguesa, espontânea, mas exige um contexto educa- que permitam aferir a competência leitora da tivo adequado no qual o professor está direc- criança após um primeiro ano de ensino explícito, tamente implicado e pelo qual é responsabi- formal, da leitura que permitam situá-la relativa- lizado (Ehri, 1985). mente às restantes crianças suas pares, em situa- Ao tentar definir-se o acto de ler, verifica-se ções iniciais de aprendizagem análogas, e que, de a existência de uma infinidade de concep- acordo com o defendido para a Língua Portuguesa ções e descrições sobre o que se entende por pelo Currículo Nacional do Ensino Básico leitura e por competência leitora. A leitura (1997), correspondem às competências específicas deixou de ser estudada apenas como um relacionadas com o domínio da leitura e da escrita, produto, uma competência que se ensina, e * Escola Superior de Educação de Torres Novas Saber (e) Educar 13 | 2008
  • 2. passou a ser estudada como um processo que leitora apresentam as crianças maiores difi- deverá ser analisado para melhor poder ser culdades, isto porque, no final do 1º ano do equacionado, isto porque a leitura não é um 1º CEB espera-se já que as mesmas possuam, somatório de processos, mas o resultado da para além de uma consciência fonológica da interacção de vários processos de grande sua língua, um domínio do princípio alfabé- complexidade (Stanovich, 1980). tico, bem como uma fluência leitora ade- As investigações realizadas no âmbito da lei- quada à sua idade e grau de complexidade tura têm, por isso mesmo, assumido uma das aprendizagens efectuadas até então. dimensão muito significativa nos últimos anos. O interesse crescente pela competên- cia leitora deve-se, em grande parte, ao facto 1. A Leitura enquanto processo de a leitura manifestar um papel crucial na complexo 220 aprendizagem da língua materna, em parti- cular, e no sucesso profissional, em geral. Uma análise cuidada dos trabalhos realiza- Com efeito, a análise e investigação no dos em torno da aprendizagem inicial da lei- domínio da leitura conheceu grandes evolu- tura permite verificar a relação intrínseca ções, sobretudo a partir do momento em entre o (in)sucesso do domínio da modali- que se passaram a distinguir os métodos de dade escrita da língua e três eixos específicos: ensino dos modelos de aprendizagem. Uma desenvolvimento da linguagem oral da das grandes questões no domínio da pes- criança (sobretudo no campo lexical e sin- quisa sobre a aquisição da leitura é, então, a táctico); capacidade de reflexão implícita de perceber porque é que para algumas sobre a estrutura e funcionamento da sua crianças é tão fácil aprender a ler, indepen- língua materna (consciência fonológica, dentemente do método de ensino utilizado lexical e sintáctica); e contacto prévio com pela escola, enquanto que para tantas outras, instrumentos de leitura antes do ensino for- ainda que contempladas por estratégias e mal da mesma (Sim-Sim, 1997). com acesso a recursos diferenciados, o domí- Com efeito, a leitura é entendida como um nio de tal competência se assume como uma instrumento inigualável que permite aos lei- barreira insuperável. tores aceder a um conjunto de vivências e Sabendo-se que, no 1º Ciclo do Ensino Básico saberes. Assim sendo, e dado o valor que lhe (doravante 1º CEB), os níveis de insucesso é reconhecido, é essencial conhecer e com- escolar resultam, sobretudo, de dificuldades preender os seus mecanismos de aquisição, de aprendizagem na leitura, a problemática os processos que lhe estão subjacentes, as tecida em torno da aquisição da literacia vê a componentes que a constituem, bem como sua fundamentação mais do que justificada. os métodos de ensino, no intuito de se poder Mais ainda, torna-se de crucial importância operacionalizar uma actuação mais consciente averiguar em que domínio da competência e eficaz, adequada aos alunos (Sim-Sim, 1994; Saber (e) Educar 13 | 2008
  • 3. Morais, 1997; National Reading Panel, que não se ultima com o domínio da corres- 2000). Na verdade, o insucesso na aquisição pondência grafema-fonema, mas antes se da leitura influencia, muitas vezes, e de prolonga por toda a vida (Sim-Sim, Duarte forma categórica, a aprendizagem nas res- & Ferraz, 1997; Sim-Sim, 1998). Na ver- tantes áreas disciplinares, para as quais existe dade, e apesar de a faculdade da linguagem uma exigência do domínio de tal competên- se assumir como um património genético cia (Morais, 1997; Fonseca, 1999; Shaywitz, própria do ser humano (Chomsky, 1976), a 2003) faculdade da leitura é uma aquisição que Durante longos anos, a leitura foi entendida decorre de um ensino formal, ainda que apenas como uma aptidão mecânica num baseado em métodos perfeitamente díspares processo de descodificação de signos escritos nas suas abordagens. que exigia, por parte da criança, determina- Mais ainda, nas crianças, em fase inicial da das destrezas psicológicas, entre elas: a orga- aprendizagem da leitura, a formação de unida- 221 nização espacial e temporal, a organização des significativas a partir dos sons é uma acti- perceptiva e motora, o desenvolvimento da vidade demasiadamente complexa pela razão função simbólica da linguagem, a organização simples de não existir uma correspondência do esquema corporal, o desenvolvimento natural e directa entre unidades acústicas e intelectual; razão pela qual, em período pré- unidades linguísticas (Borges, 1998); a que -escolar, se dispensavam momentos precisos acresce o facto de que, no processo de aquisi- conducentes à preparação da criança para a ção da leitura interferirem, ainda: (i) factores leitura (Mialaret, 1997). intrapessoais, relativos ao sujeito que aprende, No entanto, a precariedade de tal perspec- incluindo-se aqui variáveis como as capacida- tiva conduziu à urgência de uma caracteriza- des cognitivas, a personalidade, os estilos e ção do complexo processo que constitui o estratégias de aprendizagem, a motivação; (ii) acto de ler. Com efeito, a aprendizagem da factores interpessoais; (iii) factores relaciona- leitura não se assume como um fim em si dos com as situações de ensino/aprendizagem mesma, apresentando-se antes como uma das quais se destacam as características do pro- ferramenta que permite melhorar o sistema fessor, os estilos de ensino, as interacções linguístico e comunicativo do indivíduo aluno-aluno e aluno-professor; e (iv) factores falante, proporcionando-lhe a chave para o contextuais como sejam o contexto educativo acesso a outras aprendizagens (Citoler, e familiar (Citoler & Sanz, 1997). 1996; Cruz, 1999). A sua relevância e complexidade explicam Por outro lado, a leitura não se adquire de assim por que razão a leitura se constitui forma espontânea pelo simples contacto como uma área de investigação profícua, com o meio linguístico envolvente, tal como associada à procura da fundamentação cien- acontece com a fala (Silva, 2003). A sua tífica e multidisciplinar do acto de ler e do aprendizagem exige um ensino explícito, acto de ensinar a ler. Saber (e) Educar 13 | 2008
  • 4. Que processos se assumem como determi- envolve uma multiplicidade de processos, nantes no domínio da leitura? O que está leva Citoler e Sanz (1996) a destacarem o implicado nos processos de descodificação e facto de a leitura começar por ser um estí- compreensão leitoras? mulo visual, terminando com a compreen- Através da leitura é possível alcançar um são de um texto, devido a uma conjuntura modelo global da mensagem veiculada por global e equilibrada. qualquer suporte escrito. Na verdade, o Com efeito, os modelos cognitivos da leitura acesso a uma unidade global de sentido pro- defendem que o processo de leitura incor- cessa-se mediante operações de nível infe- pora, em simultâneo e em interacção, um con- rior: identificação dos grafemas, das sílabas, junto de processos de nível inferior relativos à das palavras e dos seus constituintes fonoló- descodificação grafo-fonética e ao reconheci- gicos, morfológicos, bem como das unidades mento visual directo de sílabas ou de palavras 222 sintácticas. Assim, na elaboração de um e um conjunto de processos de nível superior modelo mental adequado torna-se necessá- respeitantes ao conhecimento da língua, à rio (Costa, 1998): familiaridade com o tema, ou ainda o recurso ao contexto prévio. Partindo de tais modelos · distinguir e aceder ao significado das pala- parece ser consensual considerar, actual- vras – processamento lexical na base de mente, a leitura como um processo interac- operações fonológicas, morfológicas, tivo entre o leitor e o texto no sentido da semânticas; apropriação de informação pertinente pelo · conceber relações gramaticais e semânti- leitor, no qual as várias operações cognitivas cas – parsing e processamento sintáctico; activadas estão em constante interacção e, · integrar as ideias veiculadas pelos textos via também, onde cada um dos componentes operações fortemente suportadas pelos envolvidos no processo de leitura exerce um vários tipos de memória; efeito sobre os demais (Giasson, 1993) · fazer inferências de modo a interligar a Na mesma linha de ideias, Rebelo (1990) informação; aponta que o acto de ler envolve quatro tipos · despoletar conhecimentos prévios, dos de processos: o conhecimento do código domínios específicos activados pelos textos, escrito e a sua especificidade relativamente de modo a incorporar informação em ao código oral; o domínio do acto léxico esquemas conhecidos e a criar sentido; visual; a existência de conhecimentos con- · usar estratégias de leitura no controlo cons- ceptuais e linguísticos e a construção de sig- ciente do processo de compreensão em nificações a partir de índices visuais. causa. Outros autores haverão que apontem distin- tas distinções para o complexo processo que A ideia de que o acto de ler se assume como o acto da leitura encerra, apresentando-se uma imbricada actividade cognitiva que apenas, de seguida, algumas delas: Saber (e) Educar 13 | 2008
  • 5. · Ler é obter sentido do impresso (em sen- bolos escritos a partir de um input visual tido construtivo), obter sentido da lingua- como forma de percepção da mensagem gem escrita (Goodman, 1976); escrita (módulo perceptivo) (Citoler, 1996; · Ler é um duplo e secundário sistema sim- Morais, 1997; Cruz, 1999, 2005). Tais sím- bólico, constituindo-se a sua aprendizagem bolos gráficos deverão ser entendidos e assu- como uma relação simbólica entre o que se midos enquanto palavras (módulo léxico) ouve e diz, com o que se vê e lê (Fonseca (Citoler, 1996; Morais, 1997; Cruz, 1999, 1999); 2005), havendo também a necessidade de · Ler é um processo que ocorre numa progres- uma compreensão da relação estabelecida são de oito níveis distintos na sua complexi- entre palavras, a sua ordem e estrutura sin- dade e abstracção crescente, iniciando-se táctica (módulo sintáctico) (Citoler, 1996; com a detecção visual de linhas e progre- Morais, 1997; Cruz, 1999, 2005). Mais dindo para a interpretação de temas e men- ainda, deverá também verificar-se a extrac- 223 sagens complexas (Kirby & William, 1991; ção do significado e a integração no conheci- Das, Naglieri & Kirby, 1994; Das, 1998). mento existente no sujeito (módulo semân- tico) (Citoler, 1996). Porém, e apesar da panóplia de distinções, As primeiras operações a considerar serão, será possível afirmar que todas elas apontam, assim, as de percepção visual respeitantes à indubitavelmente, para a ideia de que o acto captação e reconhecimento de padrões de de ler implica uma descodificação de símbo- letras, direccionamento dos movimentos los gráficos e um fim último respeitante à oculares, relação entre as características do extracção de sentido/significado. estímulo visual e o desencadear dos movi- Na verdade, existem duas componentes dis- mentos perceptivos, variação da abrangência tintas inerentes à leitura que, ainda que dos movimentos sacádicos e a duração das intrinsecamente relacionadas, se manifes- fixações do olhar (Costa, 1998). tam de formas diferentes: a descodificação e Por outro lado, há ainda a referir que, no a compreensão. que se refere à descodificação de palavras, Reconhece-se que quando se fala em leitura parece ser unânime a assumpção de duas existem dois níveis essenciais a considerar: a abordagens distintas, uma visual ou directa, leitura elementar, de descodificação ou de a outra fonológica ou indirecta. À primeira reconhecimento, e a leitura de compreensão. corresponderá, como ponto de partida, a À primeira corresponderão os leitores em palavra escrita, a partir da qual se iniciam os fase de iniciação e à segunda os leitores mais processos perceptivos de análise visual, fluentes (Rebelo, 1993; Citoler, 1996; alcançando-se o léxico visual e, a partir Morais, 1997; Cruz, 1999; Shaywitz, 2003). deste, o sistema semântico, seguido de um Ainda que de forma muito sintética, à pri- restabelecimento do léxico fonológico que meira corresponderá a percepção dos sím- conduz à pronunciação e tradução da pala- Saber (e) Educar 13 | 2008
  • 6. vra escrita em fala. À segunda correspon- Na verdade, e nos últimos anos, têm surgido, derá, por sua vez, a ideia de que o falante se em Portugal, alguns trabalhos relacionados auxilia da análise visual para atingir os com bons preditores de níveis futuros de mecanismos de conversão grafema-fonema sucesso na leitura, trabalhos esses realizados que conduzirão à pronunciação e, daí, reco- no âmbito da intervenção precoce e centra- nhecida a palavra, será alcançado o proces- dos na avaliação do desenvolvimento da lin- samento léxico que interagirá com o sistema guagem oral nos domínios mais pertinentes semântico na extracção de significado para o sucesso da aprendizagem da leitura necessário para se chegar ao léxico fonoló- (Rebelo, 1990; Sim-Sim, 1997; Barros, 1998; gico (Cruz, 2005). Figueiredo, 1998; Vale, 1999; Fernandes, No entanto, e admitindo que a via de acesso 2000; Velásquez, 2002; Viana, 2002; Cruz, possa estar dependente do grau de maturi- 2005). 224 dade do leitor, da tarefa específica da leitura Porém, não é ainda possível encontrar ins- ou do grau de dificuldade do texto em causa, trumentos, validados para a população por- a representação fonológica parece desempe- tuguesa, que permitam aferir a competência nhar um papel centralizador (Costa, 1998). leitora da criança após um primeiro ano de A compreensão deverá, por sua vez, ser ensino explícito, formal, da leitura, que per- entendida como o processo através do qual mitam situá-la relativamente às restantes as palavras, frases e textos são interpretados crianças suas pares, em situações iniciais de (Fayol et al, 2000). aprendizagem análogas, e que, de acordo Contudo, e ainda que se aceite o carácter rela- com o defendido para a Língua Portuguesa cional de ambos os processos, convém referir pelo Currículo Nacional do Ensino Básico que o processo da descodificação poderá ser (1997), correspondem às competências efectuado sem recurso à compreensão, não se específicas relacionadas com o domínio da verificando o contrário, ou seja, não é passível leitura e da escrita, em final de 1º ano de de existência a compreensão sem, primeiro, a escolaridade do ensino básico. passagem por um processo de descodificação Por outro lado, a avaliação deverá ser enten- (Citoler, 1996; Shaywitz 2003). dida como parte integrante do processo ensino/aprendizagem. Segundo Perrenoud (1999), a avaliação da aprendizagem, no 2. Avaliar a Leitura novo paradigma, é um processo mediador na construção do currículo, encontrando-se No que diz respeito à realidade nacional, não intrinsecamente relacionada com a gestão da existem ainda muitos estudos vocacionados aprendizagem dos alunos. para o estudo da aprendizagem e nível de Com efeito, avaliar é, enquanto ponto de leitura dos alunos cuja língua materna é o partida ou chegada, criar hierarquias de português (Sim-Sim, 1997). excelência, a partir das quais se decidirão a Saber (e) Educar 13 | 2008
  • 7. progressão no curso seguido, a orientação para mente, ainda que por vias informais, reter diversos tipos de estudos, a certificação antes alunos ao longo de todo o ensino básico), se da entrada no mercado de trabalho e, muitas vê, muitas vezes, confrontado com a necessi- vezes, a contratação para um emprego. Em dade de trabalhar em contexto de sala de contexto educativo, a avaliação é, também, e aula com os quatro níveis de ensino, situação muitas vezes, uma forma de privilegiar um esta que conduz, frequentemente, a uma modo de estar em aula e no mundo, valorizar ineficiência do seu trabalho. formas e normas de excelência, definir um Por outro lado, acontece que, por vezes, o que aluno modelo (Perrenoud, 1998). julga ser um aluno com uma excelente com- Na avaliação da aprendizagem, o professor petência leitora, o poderá ser em comparação não deverá permitir que os resultados dos com os restantes elementos da turma, mas testes realizados ao longo do ano lectivo, não se comparada com uma outra criança de geralmente de carácter classificatório, ocu- uma outra turma cujos níveis de desempenho 225 pem um peso superior ao que é conferido às na leitura são superiores, isto porque, não suas observações diárias, de carácter diagnós- existe, até ao momento, um documento tico e formativo. O professor, que trabalha orientador, validado para o efeito e para a numa dinâmica interactiva, tem noção, ao população portuguesa, que permita distinguir longo de todo o ano, da participação e produ- em que fase do desenvolvimento da capaci- tividade de cada aluno, pelo que deverá ter dade leitora se encontra, ou deve encontrar, sempre em atenção que os testes se assumem uma criança em final de 1º ano de escolari- acima de tudo como uma formalidade do sis- dade do Ensino Básico. Os documentos passí- tema escolar (Perrenoud, 1998). veis de serem consultados por professores do No entanto, e no que se refere à avaliação em Ensino Básico com vista à identificação dos situação educacional, esta não deverá ser níveis de leitura a identificar nos seus alunos, entendida enquanto fim em si mesma, mas sejam eles o Currículo Nacional para a Educa- sobretudo como um móbil no funciona- ção Básica (1997) ou o Programa de Língua mento didáctico e, mais globalmente, na Portuguesa para o 1º CEB, goram os mais selecção e na orientação escolares. Ela deverá expectantes pela parca disponibilização de servir, acima de tudo, para nortear o trabalho informação e confusão na apresentação dos de professores e alunos e, simultaneamente, objectivos e conteúdos esperados para cada gerir as aprendizagens (Perrenoud, 1998). ano de escolaridade. Actualmente, qualquer professor do ensino De acordo com o Currículo Nacional do básico, e em virtude da quase impossibili- Ensino Básico (1997), entende-se por Leitura dade de retenção de alunos até ao 4º ano de o processo interactivo entre o leitor e o texto escolaridade do ensino básico (formal- em que o primeiro reconstrói o significado mente, não é possível reter alunos no 1º ano do segundo. O domínio desta competência de escolaridade, desaconselhando-se, igual- implica a capacidade de descodificar cadeias Saber (e) Educar 13 | 2008
  • 8. grafemáticas e delas extrair informação e Desenvolver o Gosto pela Leitura e pela construir conhecimento. Acrescenta-se Escrita: ainda que se entendem como competências · Contactar com diversos registos de escrita específicas da Leitura, no 1º CEB do Ensino (produções dos alunos, documentação, Básico, por um lado, a aprendizagem dos biblioteca, jornais, revistas, correspondên- mecanismos básicos de extracção do signifi- cia, etiquetas, rótulos, registos de presenças, cado do material escrito, nomeadamente a calendários, avisos, recados, notícias…). capacidade para decifrar de forma automá- · Experimentar múltiplas situações que des- tica cadeias grafemáticas, para localizar pertem e desenvolvam o gosto pela Língua informação em material escrito e para escrita (actividades de biblioteca da aula, da apreender o significado global de um texto escola, municipais, itinerantes). curto; e, por outro, o conhecimento de estra- · Ouvir ler histórias e livros de extensão e 226 tégias básicas para a extracção de informação complexidade progressivamente alargadas do material escrito. que correspondam aos interesses dos alunos. Por sua vez, no que se refere ao Programa · Localizar, em jornais, notícias, a partir de Nacional de Língua Portuguesa para o Ensino imagens. Básico, e de acordo com a Organização Curri- · Comparar, em diferentes jornais, as mes- cular e Programas do Ensino Básico – 1º CEB mas notícias e as imagens que as ilustram. (2004), a Leitura surge, a par da Escrita, · Localizar, em jornais, as páginas que indi- enquadrada no Domínio da Compreensão cam programas de televisão, programas Escrita, encontrando-se os objectivos traça- infantis… dos de forma equitativa para ambas. Na ver- · Descobrir e localizar, em jornais e revistas, dade, a enunciação dos objectivos é feita, e e através das imagens, um programa de para todos os anos de escolaridade, a partir de televisão de que gosta. duas directrizes-chave: «Desenvolver o Gosto pela Leitura e pela Escrita e Desenvolver as Com- Desenvolver as Competências de Escrita petências de Escrita e de Leitura» (p. 146). e de Leitura: Na medida em que apenas a Leitura é objecto · Descobrir expressões iguais ou palavras desta análise, enunciam-se, de seguida, e iguais em produções diferentes e nas mes- sempre que possível (uma análise mais cui- mas produções. dada permitirá verificar que, por vezes, se · Coleccionar as palavras descobertas e reco- torna difícil compreender se o objectivo é nhecidas. vocacionado para a Leitura ou para a Escrita), · Comparar textos, expressões e palavras, a os objectivos traçados para a Leitura neste fim de descobrir semelhanças e diferenças grau de escolaridade, em conformidade com nos aspectos gráfico e sonoro. cada uma das directrizes referidas (pp. · Descobrir elementos comuns a várias pala- 147-149): vras. Saber (e) Educar 13 | 2008
  • 9. · Construir palavras por combinatória de Reflexão, no documento da Organização elementos conhecidos. Curricular e Programas do Ensino Básico – · Construir listas de palavras que contenham 1º CEB (2004), deverá entender-se que as elementos conhecidos (a mesma sílaba, ini- competências com ele relacionadas são cial, média, ou final…). objecto único do 3º e 4º anos de escolari- · Construir rimas ou cantilenas a partir de dade, razão que encontra a sua justificação palavras conhecidas. na afirmação: «No 1º CEB do Ensino Básico, · Realizar jogos de substituição de letras ou o Módulo Funcionamento da Língua — de sílabas para formar outras palavras (com Análise e Reflexão deve ser entendido como letras móveis, sem letras móveis). um instrumento de descoberta e de desen- · Realizar jogos de comutação de letras para volvimento das possibilidades de uso da Lín- formar outras palavras. gua e de aprendizagem da Escrita e da Lei- · Ler textos produzidos por iniciativa pró- tura. Aponta, assim, para um percurso 227 pria (para toda a turma, para um grupo, integrado de Comunicação Oral, de Comu- para um companheiro, para o professor). nicação Escrita e de Reflexão sobre a Língua. · Ler textos produzidos pelos companheiros, Tal pressupõe que os alunos experimentem, pelos correspondentes (para o professor, explorem, funcional e ludicamente, várias para um grupo, para um companheiro). formas diferentes de dizer as mesmas coisas, · Ler livros ou textos adequados à sua idade e se sirvam dos seus erros e inadequações para nível de competência de leitura. descobrir regularidades e irregularidades da Língua. A multiplicidade de práticas de aná- No entanto, e paradoxalmente, não é refe- lise e de reflexão sobre as falas e sobre a rida qualquer abordagem respeitante ao escrita que vão construindo, em interacção complexo processo que é a leitura, apesar de com a leitura, permitirá um progressivo se fomentar a leitura de textos vários, de domínio da estrutura da Língua. Não se natureza distinta e de diferentes graus de espera que, durante este ciclo, os alunos complexidade, referindo-se, apenas, que venham a dominar a nomenclatura corres- estes devem ser de extensão curta (sem se pondente a todo o trabalho realizado. A clarificar o que deve ser entendido como tal: consolidação desse trabalho de memoriza- dez linhas, três parágrafos, cem palavras…). ção será realizada ao longo do 2º ciclo do Acresce ainda a sugestão da leitura de docu- ensino Básico.» (p. 156). mentos ajustados à idade dos alunos e à sua Porém, e se numa primeira análise, tal afirma- competência leitora, sem se clarificarem ou ção não se apresenta problemática, explorados disponibilizarem as orientações ou instru- os diferentes conteúdos respeitantes ao bloco mentos necessários à sua estipulação. do Funcionamento da Língua – Análise e Mais ainda, no que respeita ao Bloco do Reflexão, para o 3º ano de escolaridade, é pos- Funcionamento da Língua – Análise e sível encontrar, formuladas enquanto objecti- Saber (e) Educar 13 | 2008
  • 10. vos, as seguintes finalidades: «Identificar dife- ensino básico, o seguinte: «Aprendizagem rentes sons da Língua (vogais e consoantes; dos mecanismos básicos de extracção de sig- Combinar, ludicamente, diferentes sons da nificado do material escrito» (p. 59). Língua; Estabelecer relações entre sons e Com efeito, é defendido que as crianças, em letras (fonemas e grafemas corresponden- final de ciclo, deverão: saber efectuar leitura tes)» (p. 157). Também no que se refere ao 4º em silêncio; saber ler com perceptibilidade ano de escolaridade são entendidas como em voz alta; saber identificar as ideias prin- finalidades as seguintes: «Distinguir sons cipais de um texto; saber localizar no texto a vocálicos e consonânticos; Combinar, ludica- informação desejada; saber adiantar conteú- mente, diferentes sons da Língua; Nomear, dos a partir de capas, imagens, títulos e pará- por ordem, as letras do alfabeto; Decompor grafos iniciais; tomar a iniciativa de ler (Sim- palavras em sílabas». -Sim, Duarte, Ferraz, 1997). Adianta-se, 228 Ora, assumindo-se que a consciência fono- também, que para que tal seja possível será lógica e o domínio do princípio alfabético se necessário que o processo de decifração encontram entre os grandes preditores do (grafema-fonema) esteja já automatizado, sucesso na Leitura, fica então por averiguar sem, no entanto, e uma vez mais, à seme- em que grau de escolaridade, e de acordo lhança dos restantes documentos orientado- com o Currículo Nacional para o Ensino res para o Ensino Básico, se fazer referência Básico (1997) e o Programa de Língua Por- a tais pressupostos para níveis individuais de tuguesa para o 1º CEB do Ensino Básico, escolaridade, deixando indefinidamente em estarão os alunos em condições de os domi- aberto as questões: Quais as competências narem. nucleares e níveis de desempenho da Leitura dese- Por outro lado, o documento: A Língua jados para crianças em final do 1º ano de escolari- Materna na Educação Básica – Competências dade do Ensino Básico? Em que momento deverão Nucleares e Níveis de Desempenho (Sim-Sim, as crianças ter já automatizado o processo de des- Duarte, Ferraz, 1997) embora mais esclare- codificação da leitura, encontrando-se em condi- cedor do que os documentos acima referen- ções para passar ao processo seguinte, o da com- ciados, uma vez que aponta competências preensão do que lêem? nucleares e níveis de desempenho específi- Com tais questões em aberto, um professor cos para a Leitura, e não para o conjunto lei- que tenha a seu cargo uma turma de 1º ano tura/escrita sem discriminação, continua a do 1º CEB do Ensino Básico vê a tarefa da não o fazer para cada ano de escolaridade de avaliação da leitura extremamente dificul- forma isolada, antes surgindo os princípios tado, sobretudo se não dominar o complexo formulados para o final de cada ciclo de processo que é a leitura, nomeadamente o que escolaridade. Assim, é possível encontrar avaliar? formulado enquanto objectivo de desenvol- Na verdade, e no que se refere à aprendiza- vimento da Leitura para o primeiro ciclo do gem inicial da leitura, importa que o profes- Saber (e) Educar 13 | 2008
  • 11. sor reconheça que a descodificação é a com- intervenção eficaz porque atempada. Só ponente básica que o aluno deverá ter auto- assim tal avaliação será profícua, porque matizada se quiser passar a um segundo intencional com função de sinalização e não nível, o da compreensão. Parece, pois não de certificação; porque necessária e crucial haver grande dúvida que num aluno que não para o seu objecto de avaliação – o aluno – e tenha automatizado tal processo, dificil- reguladora do próprio processo de ensino- mente acederá ao segundo, este já de nível -aprendizagem do seu agente – o professor. superior. Contudo, e intrinsecamente ligada à descodificação encontram-se a consciência fonológica, o domínio do princípio alfabé- Bibliografia tico e a fluência. Se estas três competências Alegria, J., & Morais, J. (1989). Analyse Segmentale et não estiverem asseguradas em final de 1º ano acquisiton de la lecture. In L. Rieben, & C. Perfetti do 1º CEB do Ensino Básico, dificilmente o (Eds.), L’apprentti lecteur. Recherches empiriques et implications 229 pédagógiques (pp. 173-196). Neuchâtel-Paris: Delachaux aluno alcançará sucesso nas restantes apren- et Niestlé. dizagens, uma vez que o seu desempenho na Barros, M. A. (1998). A avaliação de leitura como chave para a leitura estará, à partida, condicionado. intervenção pedagógica. Lisboa: Escola Superior de Educa- Assim sendo, parece caber ao professor do 1º ção de Lisboa. CEB do Ensino Básico essa árdua tarefa não Bloom, B., Hastings e Madaus (1971). Handbook on Formative and Sumative Evaluation of Student Lear- só de ensinar a ler, mas, e sobretudo, de ava- ning. New York: McGraw-Hill Book Company. liar os níveis de desempenho dos seus alunos (Manual de Avaliação Formativa e Sumativa do Apren- «iniciantes», detectando e sinalizando os dizado Escolar. S. Paulo: Livraria Pioneira Editora.) défices que se venham a manifestar em cada Borges, T. M. (1998). Ensinando a ler sem silabar. Campi- nas: Papirus Editora. uma destas três competências que, ao que Capovilla, A. G. S. & Capovilla, F. C. (2002). Inter- parece, e ainda que intimamente interliga- venção em Dificuldades de Leitura e Escrita com Tra- das, manifestam uma progressão gradual: um tamento de Consciência Fonológica. In M. A. Santos & aluno que conheça e saiba manipular os sons A. L. Navas (Eds.), Distúrbios de leitura e escrita: teoria e prá- da sua língua (consciência fonológica) mais tica. Barueri: Manole. Capovilla, F. C.; Macedo, E. C. & Charin, S. (2002). facilmente reconhecerá a não univocidade Competências de leitura e modelos na avaliação de entre tais sons e a sua representação gráfica compreensão em leitura silenciosa e de reconheci- (domínio do princípio alfabético) e realizará mento e descodificação em leitura em voz alta. In M. A. uma leitura prosódica (fluência). Tal avalia- Santos & A. L. Navas (Eds.), Distúrbios de leitura e escrita: teoria e prática. Barueri: Manole. ção não deverá, por outro lado, de se restrin- Cardinet, J. (1993). Avaliar é Medir? Rio Tinto: Edi- gir a um momento único, final e classifica- ções Asa. tivo, mas deverá, sobretudo, acompanhar Castro, S. L. & Gomes, I. (2000). Dificuldades de aprendi- todo o processo de ensino-aprendizagem da zagem na língua materna. Lisboa: Universidade Aberta. Chall, J. S., Jacobs, V.A., & Baldwin, L. E. (1990). The leitura inicial, de maneira a possibilitar a reading crisis. Why poor children fall behind. Cambridge: Har- sinalização precoce das dificuldades e uma vard University Press. Saber (e) Educar 13 | 2008
  • 12. Chauveau, G. & Rogovas-Chauveau, E. (1994). Las Che- como futuro docente da Língua Portuguesa. In I. Sim- mins da la lecture. Paris: Éditions Magnard. -Sim (Coord.), A Formação para o Ensino da Língua Portuguesa Chauveau, G., Rogovas-Chauveau, E., & Alves Mar- na Educação Pré-escolar e no 1º Ciclo do Ensino Básico. Porto: tins, M. (1997). Comment l´enfant deviene lecteur. Paris: Edi- Porto Editora. tions Retz. Ehri, L. C. (1997). Sight Word Learning in Normal Citoler, S. D. (1996). Las dificultades de aprendizaje: un enfo- Readers and Dyslexics. In B. Blachman (Ed.), Founda- que cognitivo – Lectura, Escritura, Matemáticas. Málaga: Edi- tions of Reading Acquisition and Dyslexia: Implications for Early ciones Aljibe. Intervention (pp. 163-189). New Jersey: Lawrence Erl- Citoler, S. D. & Sanz, R. O. (1997). A leitura e a escrita: baum Associates. processos e dificuldades na sua aquisição. In R. Bautista Ehri, L. C. (1985). Effects of Printed Language Acqui- (Ed.), Necessidades educativas especiais (pp. 111-136). Lisboa: sition on Speech. In D. Olson & A. Hildyard (Eds). Dinalivro. Literacy, Language and Learning: The Nature and Chomsky, N. (1976) Reflexões sobre a Linguagem. Lisboa: Consequence of Reading and Writing. Cambridge: Edições 70. England Cambridge Press. Condemarin, Mabel, BLOMQUIST, Marlys. (1989). Ehri, L. C. & Robbens, C. (1992). Beginners need Dislexia; manual de leitura corretiva. 3ª ed. Tradução de Ana some decoding skill to read words by analogy. Reading 230 Maria Netto Machado. Porto Alegre: Artes Médicas. Research Quarterly, 27(1), 13-27. Costa, M. A. (1998). «Saber ler e saber ensinar a ler. Emery, H.; Saunders, N.; Dann, R. & Murphy, R. Do Básico ao Secundário». In Linguística e Educação. Lis- (1989). Topics in Assessement. London: Longman. boa: Associação Portuguesa de Linguística, Edições Fayol, M.; David, J.; Dubois, D; Rémond, M. (2000). Colibri. Maîtriser la lecture poursuivre L’apprentissage de la lecture de 8 à 11 Cruz, V. (1999). Dificuldades de aprendizagem. Porto: Porto ans. Centre Nacional de Documentation Pédagogui- Editora. que: Éditiones Odile Jacob. Cruz, V. (2005). Uma Abordagem Cognitiva às Dificuldades na Fernandes, P. F. P. (2000). Dos sons às letras, das letras Leitura: Avaliação e Intervenção. Tese de doutoramento não às palavras. Consciência fonológica em jardim de publicada, Faculdade de Motricidade Humana – Uni- infância e aprendizagem da leitura no 1ºciclo. Braga: versidade Técnica de Lisboa. Instituto de Educação e Psicologia (Tese de Mestrado). Curtos, L.A.; Morillo, M. M., & Teixidó, M. M. ( Fernandes, D. (2005). Avaliação das aprendizagens: 2000). Escrever e ler. Porto Alegre: Artmed Editora. Desafios às teorias, práticas e políticas. Cacém: Texto Das, J.P., Naglieri, J.A., & Kirby, J.R. (1994). Assessment Editores. of Cognitive processes. The pass theory of the inteligence. Toronto: Fernandes, D. (2006). Para uma teoria da avaliação Allyn and Bacon. formativa. Revista Portuguesa de Educação, 19(2), pp. 21-50. Das, J. P. (1998). The Working Mind: An Introduction to Psy- Ferraz, M. J. et al (1994a). A Avaliação Formativa: chology. New Delhi: Sage Publications. Algumas Notas. I.I.E. (Ed.). Pensar Avaliação, Melho- Díaz, J. Q. (1997). La lectura e sistematización didáctica de un rar a Apredizagem. Lisboa: I.I.E. plan lector. Madrid:Bruño. Ferraz, M.J. et al (1994b). A Avaliação Criterial /AVa- Direcção-Geral dos Ensinos Básico e Secundário liação Normativa. I.I.E. Pensae Avaliação, Melhorar a (2004). Organização Curricular e Programas: Ensino Básico – Aprendizagem. Lisboa: I.I.E. 1º Ciclo. Lisboa: Direcção-Geral do Ensino Básico e Ferreiro, E. & Teberosky, A. (1984). Psicogénese da língua Secundário. escrita. Porto Alegre: Artes Médicas. Downing, J., & Leong, C. K. (1982). Psychology of reading. Figueiredo, M. J. & Lopes, J. (1998). O processamento New York: Macmillan. fonológico e a aprendizagem da leitura e da escrita. In J. Duarte, I. (2000). Língua Portuguesa – Instrumentos de Aná- A. Lopes (Ed.), Necessidades educativas especiais: estudos e inves- lise. Lisboa: Universidade Aberta. tigação. Braga: Sistemas Humanos e Organizacionais. Duarte, I. (2001). A formação em Língua Portuguesa Flower, L. & Hayes, J. R. (1994). A cognitive process na dupla perspectiva do formando como utilizador e theory of writing. In R. Rudell, M. Rudell, & H. Singer Saber (e) Educar 13 | 2008
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