Resenha de "A Lei do Mais Belo" de Nancy Etcoff produzida para a matéria de "Estética" do curso Comunicação Social - Jornalismo da Universidade Federal de Alagoas.
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Resenha A lei do mais belo
1. Universidade Federal de Alagoas
Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes
Comunicação Social: Jornalismo, Noturno
Pedro Henrique do Rosário Correia
OS CONCEITOS DE ETCOFF EM A LEI DO MAIS BELO
Maceió, 2016
2. A Lei do Mais Belo o eça o o u a esp ie de ironia à Lei do Mais Fo te
ou à so eviv ia do ais apto ao apu a fatos e o lus es de e pe i e tos ue
avaliaram a influência da beleza na sociedade ocidental. Nancy Etcoff faz um apunhado
geral sobre aquilo que diz respeito à beleza nos dias de hoje: nossas inseguranças, a
forma como os gêneros se comportam em relação à beleza, como ela auxilia nossa
sobrevivência, etc.
Ao longo do argumento de Etcoff, fica claro que, apesar de o título se tratar de
uma brincadeira, a abordagem é tão séria e importante para a sociedade que a
brincadeira fica restrita ao título. Ao a o da u te a o o so eviv ia do ais
apto o side a do o ais elo o o ais apto , as íti as o eça o o u a
cutucada na ferida de todos nós como sociedade: não queremos ser as pessoas
preconceituosas e que discriminam os outros por causa de sua aparência.
A autora explica que não é algo que seja alcançado pela nossa consciência, tais
questões operam em um plano que nós não podemos controlar, mas isso será
desenvolvido mais para frente. Por ora, podemos iniciar pontuando que, serão
abordados os três primeiros tópicos do livro: 1. Introdução: A Natureza do Belo; 2. A
Beleza Como Isca; e 3. O Bonito Agrada.
1. Introdução: A Natureza do Belo
Etcoff inicia apresentando conceitos ao leitor de como podemos categorizar o
elo: uais são as a a te ísti as a a tes ua do se otula algo o o se do elo
e se existe um conceito geral para determinar se algo é belo ou não – como a simetria
e o que vários pensadores determinam como simetria.
Aborda-se ainda a questão de se a concepção de algo como belo entra no
conceito subjetivo ou objetivo. O que se percebe é uma visão Kantiana do pensamento
da autora, não se prendendo na questão de que Kant estabeleceu determinados
conceitos importantes para a construção da discussão dentro do campo da estética,
mas que seu pensamento parte do pressuposto de que o processo de achar algo belo é
semelhante ao de adquirir conhecimento na teoria do apriorismo – só conseguimos
adquirir conhecimento quando passamos por uma experiência que é interpretada pela
nossa razão, assim como só achamos algo belo quando tal objeto apresenta
3. determinadas características e que nos fazem achar o objeto belo ao serem
interpretadas pela nossa razão.
Após abordar estes conceitos, que são necessários para entrar na discussão que
o livro se propões, Etcoff começa a demonstrar como a questão da beleza é tratada
dentro da nossa sociedade. Nós não nos contentamos com nossos corpos e
recorremos a cirurgias estéticas, por exemplo; para exemplificar isso a autora coleta
dados sobre cirurgias plásticas nos EUA ao longo das décadas.
Durante o ano de 1996, 696.904 americanos se submeteram
voluntariamente a uma cirurgia estética que envolvia rasgar ou
queimar a pele, remover a gordura, ou implantar matérias estranhas.
Antes da FDA (Food And Drug Administration) limitar os implantes de
silicone em 1992, 400 mulheres por dia se submetiam a eles. Antes
os implantes de seios eram território das estrelas pornôs. Agora são a
norma para as atrizes de Hollywood, e não mais uma raridade para a
dona-de-casa (ETCOFF, p.14).
Até este ponto chegamos à conclusão de que com o passar o tempo as pessoas
se importam cada vez mais com sua aparência, baseando-se nas informações dadas
pela autora ao citar diversos estudos no que diz respeito à beleza. O intrigante é: por
que as pessoas se importam tanto assim com a beleza? Por que nós nos importamos
tanto com o fato de estar ou não bonitos?
Pa a Paul Val , sof e os do p o le a do o po t iplo .
Um corpo é aquilo que possuímos , em que vivemos. É para cada
um de nós, diz ele, o objeto mais importante do mundo . É o ego
que experimentamos. O segundo corpo é a fachada pública, o corpo
que tem forma e é apreendido nas artes, o corpo no qual materiais,
ornamentos, armadura se instalam, que o amor vê ou quer ver, e
anseia tocar . Podemos chamar o segundo corpo de terma do retrato
artístico tradicional. O terceiro corpo é a máquina física que só
conhecemos dissecando-o e desmembrando-o... sem o que nada nos
levaria a suspeitar de um fígado, um cérebro, ou um rim... . É o corpo
em relação ao qual nos sentimos mais estranhos e que a beleza cobre
e nos ajuda a negar (ETCOFF, p. 24).
Talvez por isso a moda faça tanto sucesso: precisamos de algo para cobrir o
te ei o o po. Do fles ita esta e essidade a sua o a Modas e Modos :
Porta to, o ho e ão ve dadei a e te atu al –
provavelmente desde os primórdios da vida comunitária nesta terra –
se ao seu corpo não se juntar algo que poderá ser, conforme os
casos, a roupa, o uniforme, o ornato, a máscara, a tatuagem, a
4. pintura corpórea e mesmo as várias mutilações e deformidades
rituais efectuadas pela humanidade primitiva (e mesmo pela actual)
para diferenciar de algum modo o próprio eu dos outros e desta
a ei a pe so aliza o seu o po at av s de u ele e to ue
a es e te algo à pura e simples naturalidade do corpo (DORFLES,
p. 17).
Entrando no conceito das motivações para os indivíduos necessitarem da
beleza, a autora coloca na discussão alguns conceitos metafísicos: as pessoas mais
belas seriam o mais próximo da representação do mundo das ideias. Já para o
cristianismo, a beleza é uma tentação e tentações devem ser evitadas, apesar de que,
segundo a religião cristã, nós somos feitos à imagem e semelhança de Deus, então
cada vez mais belo, mais próximo de uma figura divina somos.
Perto do fim desta primeira parte, é apresentada ao leitor uma fala que sintetiza
os o eitos a o dados i ial e te: Co o o poeta Cha les Baudelai e es eveu, o
s ulo XIX, a eleza feita de u ele e to ete o i va i vel e u ele e to
circunsta ial elativo (ETCOFF, p.34). Pa a Baudelai e, e hu ú i o po ti ho de
eleza pode se eal e te elo se ap ese ta tais ele e tos.
Por fim, a autora aborda dois temas que vão acompanhar a discussão ao longo
das três partes a serem analisadas: a questão de gênero (masculino – feminino) e a
forma como nós encaramos as pessoas belas.
Na primeira questão, a autora trata de diversos assuntos no que diz respeito à
diferença entre homens e mulheres no campo da beleza. Primeiramente, o que se
percebe é que, mesmo sem apresentar dados, a autora explica que homens se focam
mais na beleza ao procurar uma parceira (uma beleza saudável; uma beleza que passe
ideia de fe tilidade , j as ulhe es o pete o u do do a asala e to po
homens cujos cérebros são hardwired [...] ETCOFF, p. 35).
Na segunda questão, aborda o tema explicando que nosso inconsciente
dete i a u a o espo d ia e t e o ue elo e o ue o . Co o dito
antes, nós não queremos discriminar ninguém, mas, segundo Etcoff, nosso
inconsciente tende a achar pessoas mais belas mais preparadas, mais capacitadas a
uma função, em resumo, inevitavelmente damos tratamento preferencial a quem é
5. elo. Segu do a auto a a eleza t a s ite va tage s so iais e e o i as odestas
as eais [...] ETCOFF, p. 36).
2.A Beleza Como Isca
O segundo momento é o mais curto e aborda de uma forma mais crua como a
beleza pode ser definitiva para a sobrevivência do ser humano. No segundo momento
são aprofundados os conceitos apresentados no primeiro texto de uma forma bastante
excêntrica: a autora escolhe os bebês para conduzir seu argumento.
Para ela, o bebê necessita nascer belo para ganhar a comoção daqueles que o
rodeiam e para que estes o ajudem a se desenvolver como um ser social. São citados
vários estudos que mostram, por exemplo, que o bebê mais saudável entre dois
gêmeos são os que recebem mais cuidado, ou seja, tudo é uma questão de
sobrevivência agindo no nosso inconsciente.
No caso da sobrevivência, bebês negligenciados eram, na maior parte dos casos,
bebês com aspectos pouco virtuosos. Pressupõe-se que, se os bebês fossem mais
bonitos eles iriam despertar a compaixão daqueles que os negligenciam/maltratam.
Algo interessantíssimo abordado pela autora é o fato de os bebês já nascerem
com conceitos daquilo que seria belo. Em um experimento, bebês passaram mais
tempo olhando para um rosto belo, por exemplo. Talvez isso resolva o problema a
respeito da importância do belo para nós: querendo ou não, trata-se de uma questão
de reprodução e sobrevivência. Porém, se entendermos a discussão e percebermos a
pe gu ta po ue a ha os dete i ado o jeto elo? , se ia ideias esta ele idas
desde quando éramos bebês que determinariam o que nós achamos belo? Não que
durante tal fase adquiramos conhecimento suficiente para determinar aquilo que nos
é belo durante toda a vida, mas uma discussão que pode ser feita é: achamos belo
aquilo que nos é belo por causa de conceitos que nos seguem desde a fase da infância?
Seria como se achássemos algo belo e não entendêssemos o motivo (na verdade,
não entendêssemos nada) até que crescemos, entendemos o que achamos belo por
instinto e então começamos a nos perguntar quais são os conceitos para determinar
algo como sendo belo e porque achamos determinado objeto belo.
6. Langlois fala a este espeito ue a ideia de ue u e esta ia pe s uta do o
mundo com os olhos de um juiz de beleza neonato é absolutamente frustrante: até
es o eles epa a e apa ias? .
Saindo da discussão sobre bebês, a autora aborda o fato de a beleza ser como
um status. Explica que pessoas mais bonitas têm mais chances de ganhar uma
discussão, de convencer os outros, talvez pelo que foi abordado mais acima sobre nós
te os a ideia de ue elo o . Isso faz as pessoas o itas ad ui i e ais
confiança; é citado um experimento onde as pessoas seriam, em tese, deixadas
esperando durante 10 minutos. As pessoas mais belas esperaram em média
3min20seg e as menos atraentes, em média, 9 minutos.
Mais para frente a autora continua entrando na questão de que achamos o
o a uilo ue elo . T io La iste e As C i as de Gelo e Fogo s ie de
livros que originou Game of Thrones) foi, no enredo, responsável pela vitória na
atalha da gua eg a , vit ia esta at i uída So Lo as. A dife e ça e t e T ion e
Loras era: Loras é alto loiro e belo e Tyrion é um anão que perdeu metade do nariz na
batalha e ficou com uma cicatriz no seu rosto deformado pelo nanismo.
Acusado da morte de seu sobrinho (o rei), Tyrion faz uma declaração no seu
julgamento após todas as testemunhas e presentes se mostrarem contrários a ele:
Tyrion diz que é culpado, mas não da morte de seu sobrinho.
Nada disso – disse Tyrion – Da morte de Joffrey sou inocente. Sou
culpado de um crime mais monstruoso – Deu um passo na direção do
pai. – Nasci. Sobrevivi. Sou culpado de ser um anão, confesso. E
independentemente de quantas vezes o meu bondoso pai tenha me
perdoado, persisti na minha infâmia (MARTIN, p. 1210).
Pa a Et off, de ue ais e e e, ais espe ado . Da os o e efí io da
dúvida para as pessoas mais belas: por isso Tyrion foi duramente acusado da morte de
seu sobrinho, não lhe foi concedido o benefício da dúvida (além de a rainha, sua irmã,
manipular as testemunhas em seu favor).
Isso pode ser maléfico para aqueles que são mais belos por ser esperado mais
deles do que dos demais e, consequentemente, esperamos que estas pessoas não
7. façam algo que reprovaríamos ou o o falado popula e te u e i o tão
o ito faze do isso... ).
Quando se fala na questão sexual, nossa mente segue o mesmo padrão:
a ha os ue as pessoas elas são a uelas ais popula es, so ial e te o fia tes e
des o t aídas . De e ta fo a, o o pessoas ais elas t ais ha es de te
mais parceiros, são, em teoria, mais experientes, de fato. Essa suposição, no entanto,
não leva em conta fatores psicológicos como transtornos, doenças ou até mesmo a
opção da pessoa de não ter parceiros ou de não ter uma vida sexual ativa.
Além disso, para a autora, a beleza precisa de relativa: alguém flertando com
uma pessoa que julga bela pode se desinteressar por esta pessoa ao ver outra pessoa
que julga mais bela.
Em estudo, homens a que foram mostradas imagens artísticas de
belos corpos femininos classificaram o nu anteriormente atrativo
como menos excitante. Alguns homens até mesmo alegaram estar
menos apaixonados por suas mulheres! Embora seja improvável que
o amor possa ser abalado por um olhar de relance dirigido a uma
fotografia, as reações dos homens sugerem o poder temporário da
imagem de um corpo estonteante (ETCOFF, p. 64).
Por meio deste pensamento, nós manipulamos nosso meio social para nos
sentirmos mais belos – ou pa a os to a elho es ue as out as opç es . Um
exemplo é como peixes menos coloridos são os que mais ficam rodeados por outros
peixes para que as fêmeas usem o mais ofuscado como critério de avaliação. Dentro
dessa questão, nos diferenciamos dos animais apenas em meros detalhes.
Recentemente ofereceu-se aos adolescentes uma mercadoria que
lança luz sobre uma tendência, mediante o exagero de suas
características. São cuecas que proporcionam aos seus usuários uma
fachada fálica. Com a marca Mother Wouldn’t Like It, elas são
oferecidas na Inglaterra aos adolescentes como cuecas que
despe ta o a i al de t o de vo HAUG, p. .
Usar cuecas, enchimentos, fazer plásticas, etc., são meras tentativas de adquirir a
tal o ue os pei es possue , ou seja, to a -se atraente. Essa talvez seja a
representação mais crua de o o a lei do ais elo fu io a e o o ela diz espeito
diretamente à sobrevivência e à reprodução.
3. O Bonito Agrada
8. A partir daqui a autora entra em críticas sérias à forma como a mulher é tratada
dentro da sociedade. São mostradas injustiças graves no que diz respeito à
participação da mulher dentro de relacionamentos, nas suas preferências (e como a
mulher não as assume até para si mesma).
No geral, as mulheres se preocupam mais com a beleza: no caso das revistas
pornográficas, as mulheres que as consomem o fazem mais para observar o corpo de
outras mulheres do que por um propósito sexual.
Essa cultura de, de certa forma, invejar o corpo da outra faz as mulheres é uma
motivação para tentar atingir o corpo que na opinião de cada uma é o ideal. Problemas
decorrentes dessa busca são problemas alimentares, dores musculares, transtornos
psicológicos e etc.
Apesar disso, uma contradição interessante é o fato de que as mulheres se
importam menos que os homens na questão da beleza quando se trata de procurar
um parceiro.
Além disso, a autora entra no conceito da diferenciação das práticas entre os
gêneros e de como eles se comportam em relação à beleza.
Todos os estudos de preferências sexuais demonstram que os
homens, mais do que as mulheres, acham mais atraente não
somente a fantasia, mas também a realidade potencial do sexo com
um estranho
O resultado final é que os homens passam muito tempo olhando as
mulheres, mas as mulheres quase não ficam olhando homens. De
fato, a ampla maioria das fotos que as mulheres olham são fotos de
mulheres atraentes em revistas femininas: estão interessadas em
avaliar a competição. Donald Symons até mesmo sugere que as
mulheres talvez gostem mais de olhas mulheres nuas na pornografia
do que homens nus. Ele compara isso à ap e dizage a pa ti da
ha ilidade de out a pessoa o uso de fe a e tas ETCOFF, p. .
Por isso que aqueles que procuram homens – independente de quem seja –
se p e se fo a o uesito eleza . Et off ita a ú ios a procura de homens e todos
eles citam a beleza, independentemente de serem homens ou mulheres à procura, já
nos anúncios à procura de mulheres, sempre focam em outras questões: estabilidade
financeira, sinceridade e amizade, por exemplo.
9. As disparidades continuam: em Hollywood a atriz que se torna mais madura
vai ser sempre ligada à imagem da mulher mais velha. A partir dos 35 anos de idade a
mulher é sempre cogitada para papéis de mulheres mais velhas (Dustin Hoffman e
A e B a oft ti ha , espe tiva e te, e a os ua do atua a e A Primeira
Noite de U Ho e , as Hoff a fazia o papel de u ho e de a os .
Et off faz u a o se vação i te essa te: As salas do gi sio asso a as
mulheres porque a vida não as deixa escapar completamente dos julgamentos que
elas e oa . E te os darwinistas, as mulheres menos atraentes ficam com a fatia
e o do olo ep odutivo , ou seja, du a te o gi sio, e ua to a ga ota ue
menos atraente não consegue se relacionar com garoto com o corpo mais atlético e
saudável (ficam com a fatia menor do bolo reprodutivo), esse fato é simboliza algo que
vai persistir durante sua vida.
Dentro do contexto político, a autora aborda a discussão sobre se a inveja não
seria a base de um sistema democrático. Nossas motivações são unicamente egoístas,
como Ayn Ra d fala e sua defesa ao egoís o , se do assi , ossas otivaç es
podem ser criadas – e muitas vezes são – a partir da inveja, e porque invejamos,
agimos, e para agir o ser humano precisa ser livre (princípios do apriorismo Kantiano,
aquilo que Mises cita as suas teo ias so e espo ta eidade da e o o ia e A Ação
Hu a a . Se do assi , a i veja suste ta a so iedade de o ti a.
Por fim, Etcoff explica que o motivo para tudo isso é o sexo. Sua função é a
reprodução, ou seja, nos importamos tanto com a beleza e com a atração por se tratar
de uma questão de sobrevivência da espécie. O pensamento que fica por fim é que,
apesar de termos uma ideia das motivações de tomarmos certas decisões (como usar
uma roupa que chame atenção ou pintar o cabelo), no fundo o que seria importante
de verdade é ter noção de estar fazendo isso no momento que fazemos.
Sem dúvida, a confusão e insatisfação irascível marcam as relações
entre os sexos. O índice de divórcios é alto, a taxa de pais e mães
solteiros é alta e a de casais sem filhos é a mais ala desde a
Depressão. Mas psicólogos evolucionistas sugerem que será muito
difícil reprimir instintos que atuaram por milênios. O desejo
automático de olhar e desejar a beleza feminina jovem e a atração
sexual de um homem alto com o peito largo, um perfil esculpido e
dinheiro na carteira não se tornarão tão cedo coisas do passado. Não
10. está claro nem se gostaríamos que isso acontecesse: o que queremos
é ficar mais cientes das escolhas que fazemos e das forças que nos
impelem, de modo que sejamos capazes de trabalhar em nosso
próprio interesse, e não exclusivamente no interesse de nossos genes
(ETCOFF, p. 99).
REFERÊNCIAS
DORFLES, Gillo. Modas & Modos. Lisboa: Ed. Edições, 1990. pp.07-53
ETCOFF, Nancy. A Lei do Mais Belo: A Ciência da Beleza. Rio de Janeiro: Ed. Objetiva,
1999. pp.11-105
HAUG, Wolfgang F. Crítica da estética da mercadoria. São Paulo: Ed. Unesp, 1997.
pp.105-129
MARTIN, George R. R. As Crônicas de Gelo e Fogo: A Tormenta de Espadas. LeYa,
Lisboa, 2014.