Crítica produzida para a matéria de "Estética" do curso de Comunicação Social - Jornalismo da Universidade Federal de Alagoas.
Obra: Encontros e Desencontros
1. Universidade Federal de Alagoas – UFAL
Comunicação Social – Jornalismo
Pedro Henrique do Rosário Correia
Estética
Maceió
2016
2. Encontros e Desencontros – Sofia Coppola
Drama – 2004
Sofia Coppola consegue passar através do filme um sentimento de extrema calmaria,
talvez pela forma que ela determinou a narrativa e pela coloração do filme. A serenidade que o
filme adota, mesmo tratando de temas densos, é responsável por deixar o espectador
confortável – deixando até aqueles que não gostam do filme numa posição favorável a ele
como instrumento de entretenimento.
O fil e le a a a ati a de Ku osa a e Rapsódia e agosto , ão só po se u
fil e o ie tal, as po se asse elha a Ku osa a a a ati a se e a, e ao a i e Perfect
Blue por mostrarem uma Tóquio bastante similar numa questão temporal e tecnológica.
Os temas abordados são as crises que passamos durante a vida: nos perguntar se
tomamos as escolhas certas, crises de meia-idade, problemas no casamento e crises
profissionais. Os pe so age s ão estão, de e ta fo a, pe didos : ão sa e o ue faze de
suas carreiras, seus respectivos casamentos não satisfazem as suas expectativas, não
conseguem dormir durante a noite e estão constantemente deprimidos. Coppola consegue
aprofundar os personagens de forma que, talvez, todos nós consigamos nos identificar com
ambos em vários aspectos e ao fazê-los melhorarem em alguns desses aspectos nos mostra
que o que nos faz superar essas crises é achar alguém que compartilhe delas conosco.
Seguindo essa ideia, o filme é até motivador para as pessoas que passam por esses
problemas, muitas vezes o simples fato de não ter com quem conversar sobre essas questões
ou não conhecer alguém com quem as compartilhar faz com que tais crises pareçam maiores e
mais difíceis de se tratar do que realmente são.
A serenidade do filme se dá por um conjunto de aspectos: primeiramente o lugar em
que ele é filmado, as paisagens e os templos enriquecem muito as cenas exteriores; a
fotografia complementa as paisagens por ser muito neutra, ela flui em harmonia com a
narrativa e combina com o humor de ambos os personagens; as atuações se encaixam muito
bem nos papéis, com atenção especial para Bill Murray – que provavelmente interpretou a si
mesmo. Em resumo: o filme é ótimo, tanto como objeto de entretenimento quanto para
levantar discussões a respeito da vida na sociedade contemporânea.
Direção (mixagem de som, movimentos de câmera e coloração): 9/10
Direção de Fotografia: 9/10
Atuações: 9/10
Efeitos Visuais: 8/10
Roteiro: 8/10
Nota geral: 8,6/10