O documento descreve o álbum "Mombojó - Nadadenovo" da banda Manguebeat lançado em 2004. O disco mistura estilos musicais nordestinos com influências do rock alternativo e apresenta letras que falam sobre relacionamentos, a cidade de Recife e política. Apesar de ser um clássico do manguebeat, a banda ainda é relativamente desconhecida fora do Nordeste.
Resenha do álbum Mombojó – Nadadenovo da banda Manguebeat
1. Universidade Federal de Alagoas – UFAL
Comunicação Social – Jornalismo
Pedro Henrique do Rosário Correia
Estética da Comunicação
Maceió
2016
2. Mombojó – Nadadenovo
Manguebeat – 2004
O disco lembra produções regionais nordestinas, não necessariamente de
manguebeat, que assumem os traços da região – como a sonoridade e o sotaque nordestino.
Alguns exemplos são Chico César, Chico Science, Team.Radio e Demodèe, além de apresentar
conceitos de bandas do mainstream gringo como Radiohead e Placebo.
O sentimento que o disco passa é o de conseguir pontuar bem os momentos de
euforia e calmaria por uma junção de harmonia e letra.
O disco serve como uma forma de expressionismo para Felipe S. O letrista expõe as
impressões e experiências de sua vida por meio da música: os relacionamentos amorosos ou
não, como são suas impressões da cidade, do mundo e da vida.
E Ne Pa e e , po exe plo, o let ista expõe sua i e teza a espeito de
relacionamentos e da forma como eles mudam a nossa vida, sendo essa incerteza, no caso,
efe e te ao fato de a ha ue ossos ela io a e tos pode se u a pe da de te po .
Deixe-se A edita ost a u lado si ples e te dispe so da a da. A tes de se
empenharem de verdade em serem músicos a banda passou por um período de determinado
preconceito na cidade do Recife por serem filhos de figuras importantes da cidade e do estado.
Sendo assim, após se empenharem em apresentar um trabalho sólido, é de até uma certa
coragem apresentar uma música onde se diz, basicamente, que a música não precisa ser um
pedaço de a te e ue se uisésse os a ta si ples e te pelo fato de e essita os de
u sa a p a os a ue e ue a te os.
O disco apresenta ainda um viés político em Dis u so Bu o áti o o de a a da
cutuca a forma que nossa política é conduzida: de modo retrógrado de acordo com os
interesses das pessoas que determinam o sistema dessa forma. A música que fecha o disco é,
provavelmente, uma revolta em relação ao fato itado a te io e te: As luzes e as pal as já
são o asta te p a ue /Que se e ga a e assi ão há otivo pa a se o gulha . A a da
poderia muito bem ter se contentado em receber alguns elogios, mas tal ideia se mostrou
pequena demais para o grupo depois desse seu primeiro trabalho.
O disco é ótimo, com certeza um clássico do estilo e da própria música nordestina e
brasileira, uma pena, porém, é ser uma banda relativamente desconhecida para o mainstream
a nível nacional.
"Cabidela" 8/10
"Deixe-se Acreditar" 8/10
"Nem Parece" 8,5/10
"Discurso Burocrático" 8/10
"A Missa" 9/10
"Absorva" 8/10
"O Sol, o Céu e o Mar" 9/10
"Adelaide" 9/10