Análise do filme "Não Amarás" para a disciplina "Estética da Comunicação" do curso de Comunicação Social - Jornalismo da Universidade Federal de Alagoas.
1. Universidade Federal de Alagoas – UFAL
Comunicação Social – Jornalismo
Pedro Henrique do Rosário Correia
Estética da Comunicação
Maceió
2016
2. Não Amarás – Krzysztof Kieslowski
Drama – 1988
O filme remete inicialmente às outras o as do de logo do di eto . Não Mata s é
a o a ue ais se asse elha Não A a s , apesa de ais de so ta to o a gu e to
quanto na fotografia.
Os sentimentos passados são de estranhar as ações dos personagens e de ter uma
certa pena do protagonista: demonstra problemas de sociabilização graves, provavelmente
decorrente de algum transtorno psicológico, o que afeta outros aspectos da sua vida – como a
sua privacidade, não consegue esconder nada da mãe do seu amigo (que o abriga).
O filme trata de temas como a forma de vida na Polônia durante os anos 80, seja a vida
do jove , do adulto de eia-idade ou do idoso, assi o o a solidão e a fo a omo ela
muda a vida das pessoas.
O protagonista se apaixona por Magda, uma mulher de meia-idade que leva uma vida
conturbada, temperamental e cheia de parceiros. Tomek, o protagonista, espia Magda, que
mora no prédio em frente ao seu, por meio de uma luneta, o que desenvolve uma certa
obsessão e o motiva a mudar sua vida de forma que se aproxime de sua vizinha.
Qualquer pessoa iria ficar apavorada numa situação dessas, o que abre a discussão
para a questão da solidão – e por isso é importantíssimo o fato de Magda ter vários parceiros –
: apesar de sempre ter algum relacionamento, Magda é extremamente só. Sua aceitação à
obsessão de Tomek se desenvolve por ninguém se mostrar permanente em sua vida.
Para a escola de Lodz (escola que o diretor estudou, assim como Polanski e Wajda), a
forma que a sociedade polonesa se desenvolvia na época explica tais fatos. A dominação
comunista na Polônia transformou a arte em propaganda ideológica, algo duramente criticado
pelos diretores que eram contra a União Soviética (podemos dividir em três ondas: antes da
dominação soviética, durante e a resposta artística à dominação).
Um aspecto que se vê muito em diretores e filmes que caracterizam uma resposta à
dominação artística comunista é o fato de as pessoas serem muito apáticas, os cenários
cinzentos, a vida em ebulição, como se as pessoas tivessem passado décadas alheios à vida em
si. Tomek apesenta a ingenuidade de alguém que não tem um conhecimento de como o
mundo funciona e Magda a aflição de alguém que acabou de descobrir o mundo e quer
aproveitar ao máximo.
Por fim, Tomek e Magda se ferem por causa de tal ingenuidade: Magda se acha uma
pessoa ruim e isso só fica pior após sentir que pressionou Tomek a um tipo de relacionamento
que ambos não estavam preparados e o protagonista acaba tentando suicídio.
Ainda que o filme seja bom e mantenha a qualidade média do diretor, não se compara
p ofu didade dos a gu e tos, da fotog afia e do otei o de Não Mata s . Talvez seja o
mais fraco entre os filmes mais conhecidos do diretos – a trilogia das cores, Não Amarás e Não
Matarás.
Direção (mixagem de som, movimentos de câmera e coloração): 7,5/10
Direção de Fotografia: 7/10
Atuações: 8/10