É o conjunto de características que fazem um texto ser considerado como texto, e não um amontoado de palavras e frases que não compõem um todo significativo
4. INTENCIONALIDADE:
A intencionalidade do autor é tudo aquilo que ele quer
expressar através do texto.
Para que o autor possa passar sua intenção sobre o texto,
ele necessita de um conhecimento de tudo o que ele está
escrevendo.
Então, dessa forma, qual seria a nossa intenção ao
escrever um artigo de opinião?
6. O produtor de um texto tem, necessariamente,
determinados objetivos ou propósitos, que vão desde a
simples intenção de estabelecer/manter o contato com
o receptor, até a de levá-lo a partilhar de opiniões ou a agir de
determinada maneira.
7. Para que o autor possa passar sua
intenção sobre o texto, ele necessita :
- escrever um texto coerente e coeso.
- ter conhecimento sobre o tema que está
escrevendo.
- adequar a linguagem.
8. Vamos exercitar!
Um adolescente chega da escola com os tênis cheios de
barro. Sem descalçar os tênis, vai direto para a sala. Lá
encontra sua mãe, que havia acabado de limpar o chão.
Ela lhe diz: - Menino, eu acabei de limpar o chão da sala!
a) Qual é a intencionalidade subjacente nesse
enunciado?
b) De que outra forma a mãe poderia falar,
explicitando sua intenção?
9. ACEITABILIDADE:
Já na aceitabilidade, o leitor necessita de um
conhecimento prévio para avaliar o texto corretamente,
dessa forma, ficando ao seu critério aceitar ou não a
intenção real do autor.
Pois consequentemente, é através da interpretação e
interação do leitor que se pode dar o sentido a leitura,
reconhecendo o que há de implícito ou explícito que
contenham no texto.
OBS: Explicar aos alunos que observamos as suas intenções ao escrever os seus textos e
verificamos o grau de aceitação daquelas ideias, se elas realmente seriam “aceitas” por leitores,
caso não, solicitamos a reescrita ou reflexão sobre aquelas ideias. Por isso, a noção de
intencionalidade está para o autor e a aceitabilidade daquela intenção, para o leitor.
11. Enquanto a intencionalidade é a ação do emissor em
passar para o receptor um texto de acordo com a sua
intenção e objetivos. A aceitabilidade é a ação do
receptor em associar ao que está sendo lido, verificando a
coesão e a coerência, interpretando o texto da forma que
achar adequado.
12. Para haver a aceitabilidade, é
necessário que o leitor:
- ative seus conhecimentos prévios;
- formule juízos de valor sobre esse texto
e reconhecê-lo, ou não, como coeso e
coerente.
13. Vamos exercitar!
Se o texto introduzir:
“Um grupo de turistas estava de biquíni no Pólo Norte.”
- O mais provável é o leitor aceitar ou não como
“verdadeiro” ou coerente?
14. INFORMATIVIDADE:
Existem textos com menor ou maior grau de
informatividade, fato esse que depende daqueles fatores
básicos que norteiam a finalidade da escrita: por que,
para quê e para quem escrevemos.
Assim, o grau de informatividade, ora dito em outras
palavras, define-se pelo nível de conhecimento de que
dispõem as pessoas de uma forma geral.
Lembrem-se: Quanto mais leituras, informações,
conteúdo o autor tiver, maior será o grau de
informatividade no seu texto.
15. SITUACIONALIDADE:
Ela diz respeito aos elementos responsáveis pela
pertinência e relevância do texto quanto ao contexto
que ocorre.
É a adequação do texto à situação sociocomunicativa.
Devemos nos perguntar ao escrever um texto:
Isso que estou escrevendo, é relevante e pertinente
sobre o conteúdo abordado?
16. INTERTEXTUALIDADE:
Diálogo (relação) entre dois ou mais textos, que não
precisam ser necessariamente de um mesmo gênero.
Intertextualidade é um fenômeno que pode
manifestar-se de diferentes maneiras.
De forma consciente ou insconsciente artigo de
opinião tem uma relação direta ou indireta com o
que você já leu, já ouviu, já estudou, já se
informou...
17. CONTEXTUALIZAÇÃO:
O fato de contextualizar é importante para uma
atribuição de sentido adequada, de modo que apenas
algumas circunstâncias podem ser compreendidas.
O autor deve situar o leitor sobre o que está
falando, para que a interação entre autor e leitor,
aconteça.
20. Ao saber que um sobrinho havia levado uma mordida, minha
mulher perguntou: "Afinal, quem mordeu o Pedro?" A resposta foi
imediata: “Foi a cachorra da namorada do João neurótica.”
Quem mordeu o Pedro foi:
a) a cachorra, que é neurótica e pertence à namorada do João?
b) a cachorra, que pertence à namorada neurótica do João?
c) a namorada do João, que, além de ser uma "cachorra", é
uma neurótica?
21.
22.
23.
24. * TEXTO TEXTUM = TECIDO
Assim, a coerência constitui as
conexões entre os fios desse tecido,
ou seja, entre as informações do
texto.
26. Incoerência sintática: uso indevido de conectores, de
elementos de coesão
Maria saiu de casa atrasada, portanto acabou
chegando no horário
Maria saiu de casa atrasada, mas acabou chegando no
horário
27. Incoerência Semântica: Uso de vocabulário indevido
• Quantos animais de cada espécie Moisés levou na arca?
• Moisés? ou Noé?
28. Incoerência Pragmática: Relaciona-se com os atos de
fala
Para cada ato de fala, espera-se um resultado
• Minha mãe chega às três horas - disse o marido
• Hoje eu comprei um CD novo, quer ouvir?
29. Vamos praticar...
Qual o tipo de incoerência presentes nas frases a
seguir?
1. Educação, problema universal que todo indivíduo
deveria ter acesso.
2. Todavia faça sol, iremos a piscina.
3. Moço, pode me dar um trocado?
- Não, obrigado!
32. “A Lei Seca tem esse nome por que sem cerveja a gente
dirige com a gaganta seca”
“as mortes dimunuiram porém tem mais gente viva do
que antes. graças a Deus.”
“Eles deviam trocar o bafômetro e mandar fazer o 4 com
as pernas pois eu sei fazer o 4 quando estou bêbado”
“Quando a pessoa morre em acidentes por causa da
bebiba além de perder a vida ela pode perder a carteira
de motorista.”
33.
34. COESÃO TEXTUAL:
Coesão é a conexão, ligação, harmonia entre os
elementos de um texto.
Percebemos tal definição, quando lemos um texto e
verificamos que as palavras, as frases e os parágrafos
estão entrelaçados, um dando continuidade ao outro.
VEJAMOS ALGUNS TIPOS:
35. Coesão por referência:
Existem palavras que têm a função de fazer
referência, são elas:
- pronomes pessoais: eu, tu, ele, me, te, os...
- pronomes possessivos: meu, teu, seu, nosso...
- pronomes demonstrativos: este, esse, aquele...
- pronomes indefinidos: algum, nenhum, todo...
- pronomes relativos: que, o qual, onde...
- advérbios de lugar: aqui, aí, lá...
36.
37.
38. Coesão por elipse:
Ocorre por meio da omissão de uma ou mais palavras
sem comprometer a clareza da oração. Observe:
39. Coesão por substituição:
São utilizadas palavras e expressões que retomam
termos já enunciados, empregando assim aquilo que
chamamos de anáfora. Observe o exemplo:
40. Coesão por conjunção:
Possibilita relações entre os termos do texto através do
emprego de conjunções, retomando o que foi dito e
dando continuidade à ideia. Observe:
41.
42. Coesão lexical:
Ocorre por meio do emprego de sinônimos,
pronomes, hipônimos ou heterônimos. Observe:
43.
44. Coesão por reiteração:
Neste tipo de coesão é possível repetir o elemento
lexical ou mesmo usar sinônimos.