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               PESQUISA
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                                ELIANE LOUSADA
                                LÍLIA SANTOS ABREU-TARDELLI



PRÁTICA DE LEITURA E
PRODUÇÃO DE TEXTOS      Grupo: Cap. Rosenstock; Cap. Torres; Cap. Carlos; Cap. Cândido; Cap. Paulino;
ACADÊMICOS                          Cap. Jonas; Cap. Araújo; Cap. Jaílson; Cap. J. Ferreira
Profª Eliete
Introdução: O que é um diário de leitura?


         O diário de leitura é um instrumento que pode nos
    ajudar a ter uma atitude de leitor ativo, interativo e crítico
    diante dos textos, a ter opiniões mais seguras e
    fundamentadas sobre o texto lido, é por sua vez, um diário
    reflexivo de leitura.
Os Diários de Leitura indicam:
   Uma reflexão sobre o processo de leitura;
   Busca de objetivos para a leitura;
   Uma reflexão sobre as dificuldades com a leitura e tentativa
    de compreender suas causas;
   Expressão de dúvidas diante da leitura.
Introdução: O que é um diário de leitura?


   Os Diários de Leitura possibilitam o desenvolvimento da
    escrita, do trabalho intelectual em geral e do
    desenvolvimento pessoal.
    Não é um diário íntimo em que escrevemos sobre a vida,
    mas um diário reflexivo de leitura. Em outras palavras, não
    basta apenas escrever impressões e relações do texto com
    sua vida, é preciso sempre retornar ao texto e dialogar com
    ele.
   É uma forma de você "ouvir" atentamente o que o autor diz,
    mas de fazer também com que sua própria voz seja
    expressa em relação às idéias do autor e de você não se
    colocar de forma passiva diante dele.
1. O diário de leitura em comparação com
                   outros gêneros

         Para esta comparação é preciso conhecer e identificar
    textos que são escritos para um outro destinatário e os que
    são escritos para nós mesmos:
   Gêneros “de si” “para si”, em que o produtor fala de si
    mesmo e que são destinados a ele mesmo. Ex.: Diário
    íntimo.
   Gêneros “de si” “para outros”, em que o produtor fala de si
    mesmo e que são destinados a outros. Ex.: Curriculum vitae,
    autobiografia, cartão postal, e-mail, blog, chat, etc.
   Gêneros em que o produtor não fala de si mesmo e que são
    destinados a outros. Ex.: Artigo de jornal, cartão postal, e-
    mail, carta de reclamação, editorial, biografia, chat, etc.
1. O diário de leitura em comparação com
                   outros gêneros

        Cada texto é produzido em determinada situação de
    produção, e essa situação influencia a forma que o texto vai
    tomar.
        Cada situação envolve pelo menos os seguintes
    elementos:
   O papel social que desempenhamos e o papel de nosso
    destinatário;
   A imagem que queremos passar de nós mesmos;
   A imagem que temos de nosso destinatário;
   O suporte em que o texto vai circular;
   Os efeitos que queremos produzir sobre o destinatário com o
    nosso texto, etc.
1. O diário de leitura em comparação com
               outros gêneros

     O diário de leitura é um texto que escrevemos para nós
mesmos, em primeira pessoa, sobre um texto que
estivermos lendo, em que podemos fazer comparações entre
o texto que estamos lendo e outras obras já lidas, em que
podemos expressar nossos sentimentos e dificuldades de
compreensão; em que podemos fazer avaliações negativas
ou positivas; em que estabelecemos relações entre nossa
vida e o que o texto diz; em que damos uma resposta ao
texto, construímos um diálogo com o autor do texto e
fazemos uma reflexão pessoal mais livre sobre o que o texto
veicula.
2. Algumas reflexões sobre leitura


      No processo de leitura, podemos dizer que a
interpretação e a avaliação de textos não estão diretamente
relacionadas com as reais condições/motivações de
produção; diferentes leitores constroem significados
diferentes para um mesmo texto: portanto, o significado não
está no texto em si mesmo, os leitores avaliam
diferentemente os textos, de acordo com seus diferentes
posicionamentos políticos, seus diferentes posicionamentos
diante de um tema controverso, de acordo com sua maior ou
menor identificação com o personagem, de acordo com sua
cultura, etc; a leitura é um processo ideológico; o mesmo
leitor tem reações diferentes na leitura de textos diferentes.
3. Reações e hipóteses no primeiro contato
               com um livro

     Antes de começar a ler um livro, é importante observar a
capa, a contra-capa, o título, o autor, os elementos gráficos,
etc, para poder fazer hipóteses sobre seu conteúdo.
4. Reações aos aspectos visuais e aos títulos
 de matérias em meios impressos e digitais

       Antes de começar a ler um texto, é importante observar
 o título, o autor, o layout do texto, os elementos gráficos, etc,
 para poder fazer hipóteses sobre seu conteúdo.
5. Reações a títulos de artigos científicos de
              diferentes áreas

     As primeiras reações que temos em relação a um texto
e/ou livro começam quando observamos seu aspecto visual
e em seguida o título, o autor, os dados adicionais sobre o
autor, sua obra, a editora, etc. A partir dessas observações,
começamos a ter representações e diferentes reações sobre
o que vamos encontrar no livro e /ou texto.
6. Reações à bibliografia


     Outro elemento que pode ajudar você a fazer hipóteses
sobre o que vai ler é a bibliografia do livro ou do artigo a ser
lido. Quando a analisamos bem, podemos perceber, por
exemplo, a linha teórica que o autor do texto segue e a
atualidade das obras consultadas.
7. Levantamento do que é significativo para o
                   leitor

   1-Produção de um diário de leitura (ferramenta utilizada para
    melhor compreensão de textos)
   1.2- Registro das idéias, teses e argumentos mais importantes
    para o autor
   1.3- Registro de suas próprias idéias
    OBS: Deve-se ter cuidado para não misturar as suas idéias com
    as idéias do autor. Ao fazer os apontamentos devemos utilizar
    as regras e normas científicas para citação.
8. O registro das dificuldades de leitura e os
          procedimentos para sua solução

         No diário de leitura, é importante anotar as
    dificuldades de leitura, suas razões e as soluções que
    encontramos para resolvê-las e discuti-las com os
    colegas e o professor.
    Principais razões das dificuldades de leitura:
   falta de clareza do autor
   falta de algum tipo de conhecimento necessário
   palavras pouco usuais
   frase muito longa
   pensamento muito abstrato do autor
8. O registro das dificuldades de leitura e os
       procedimentos para sua solução

Procedimentos para sua solução:
 utilização de um dicionário

 procurar esclarecimentos gramaticais

 relacionar o termo com outras palavras

 relacionar com o sentido geral da frase e do texto

 verificar se há algum esclarecimento no próprio texto
9. O registro das reações diante do texto

DEFINIÇÃO DE LEITOR: é àquele(a) que lê para si mesmo
(mentalmente), para outrem (em voz alta), o que tem o hábito
ou gosto de ler.


DEFINIÇÃO DE TEXTO: é um conjunto de palavras
encadeadas formando um sentido ou conceito, e pode ser
realizada em qualquer linguagem.
9. O registro das reações diante do texto


OS TEXTOS PODEM SER DIVIDIDOS EM:

LITERÁRIOS: São àqueles que em geral tem o objetivo
de emocionar o leitor e para isso exploram a linguagem
conotativa                  ou                   poética.
Ex: Poemas-Romances Literários-Contos.
NÃO LITERÁRIOS: São àqueles que pretendem
informar o leitor de forma direta e objetiva, a partir de
uma                 linguagem                 denotativa.
Ex:Nóticias-Reportagens     Jornalísticas,   Bulas     de
Remédio.
9. O registro das reações diante do texto


  REAÇÕES SUBJETIVAS

Positivas:   - Prazer
             - Curiosidade
             - Questionamento das idéias do autor
             - Interesse
             - Interesse pelo objetivo do texto
9. O registro das reações diante do texto


  REAÇÕES SUBJETIVAS

Negativas: - Tédio
            - Desprazer
            - Preguiça
            - Desinteresse Inicial
            - Cansaço

      No diário de leitura, é importante anotar todas as
  reações subjetivas que tivemos diante do texto, mesmo
  que elas tenham se modificado no decorrer da leitura.
10. O registro das relações estabelecidas pelo leitor
  entre o texto e suas experiências pessoais entre o
            texto e outros objetos culturais

RELAÇÕES ESTABELECIDAS PELO LEITOR
 - Entre o texto e suas experiências pessoais;
 - Com outro texto;
 - Entre o texto e outros objetos culturais (Filmes,
 Músicas, etc).
      Obs. Que as relações estabelecidas acima fará
 com que a leitura fique mais rica como também os
 conhecimentos adquiridos ao longo da vida não fiquem
 separados uns dos outros.
      No diário de leitura, é importante estabelecer
 relações entre o texto que lemos, nossas experiências
 pessoais e outros textos ou obras culturais. Tudo isso
 deve ser anotado e comentado no diário.
11. O registro das relações estabelecidas entre o
             texto lido e outros textos

      No diário de leitura é importante estabelecer as relações
 entre diferentes textos. Compreender significa estabelecer
 relações, ligações e diferenças.
12. Relações/reflexões possíveis diante de um
                texto narrativo

     Quando fazemos um diário de leitura, é importante
saber que um texto narrativo pode provocar reações
específicas, como, por exemplo, em relação à atenção ou
curiosidade que ele desperta; à manutenção do suspense;
aos personagens e seu comportamento; aos diálogos; á
linguagem; às descrições; às lições que trazem.
13. Relações/reflexões possíveis diante de textos
                 argumentativos

Texto Argumentativo: É o texto em que defendemos uma
  idéia, opinião ou ponto de vista, uma TESE, procurando
  (por todos os meios) fazer com que nosso ouvinte/leitor
  aceite-a.
Estrutura de um texto argumentativo:
 TESE/PROPOSIÇÃO: É a idéia que se defende em um

  texto; Uma idéia necessariamente polêmica, pois
  argumenta implica em divergências
Ex: Quantas divergências existiriam sobre um texto, onde
  o autor é a favor da PENA DE MORTE.
13. Relações/reflexões possíveis diante de textos
                 argumentativos

  ESTRATÉGIAS ARGUMENTATIVAS: São os recursos
   utilizados para envolver o leitor/ouvinte, na sua tese,
   são os meios utilizados para o convencimento,
   credibilidade, etc. São exemplos de estratégias:
- A clareza do texto: Para o ouvinte/leitor poder entender,
   e entendendo poderá concordar mais facilmente.
- A linguagem formal: Uma linguagem mais fácil e até
   popular; e o
- Título: Forte e chamativo como estratégia para captar a
   atenção do ouvinte/leitor imediatamente.
13. Relações/reflexões possíveis diante de textos
                 argumentativos

     Quando fazemos um diário de leitura, é importante
 saber que um texto argumentativo pode provocar
 reações específicas, como, por exemplo, em relação à
 identificação da tese do autor do texto; a nosso
 posicionamento em relação a ela, concordando ou
 discordando; à análise dos argumentos do autor,
 procurando verificar se nos parecem verdadeiros ou
 não, se coincidem ou não com os nossos, se estão bem
 construídos e concatenados.
14. Relações/reflexões possíveis diante de um
                  texto informativo

   Características de diferenciação de um texto de outro:
- Intenção ou objetivo: No caso do texto informativo é informar
   algo; Podem informar consequências de uma forte chuva, a
   oferta de emprego, etc.
    Esses tipos de textos são encontrados nos jornais, bulas de
    remédios, revistas, etc.
- Público alvo: O público desse tipo de texto é o mais variado
   possível, pela infinidade meios de informação existentes hoje
   no mundo, imaginem quantas pessoas lêem um jornal por
   dia, uma bula de remédio, etc.
- Linguagem: Texto que tende a facilitar a linguagem, sem
  artifícios que compliquem a apreensão do sentido do texto.
14. Relações/reflexões possíveis diante de um
                texto informativo

- Comprometimento com a realidade: Considerando que os
  textos informativos são extraídos de jornais, revistas, bula de
  remédios, etc, é sabido que os fatos devem ser priorizados,
  não podendo inventar notícias, pois sua tarefa é informar o
  fato da maneira mais neutra possível.
       Então, texto informativo: é a representação de
  experiências humanas vividas e situadas no tempo, na forma
  de relato, como a noticia, ou a representação de um conjunto
  de saberes, textos explicativos de livros didático.
       Quando fazemos um diário de leitura de um texto
  informativo, é importante avaliar se as informações
  transmitidas estão completas ou se falta algum
  esclarecimento; se elas provêm de fonte confiável, se
  podemos checá-las lendo outro autor, etc.
15. Produzindo um diário completo


   Produzido por um leitor, em primeira pessoa, com o objetivo de
    estabelecer um diálogo, uma "conversa" com o autor do texto que
    está sendo lido;
   Observar o título, notas sobre o autor, índice, orelha, bibliografia,
    última capa, registrando as seguintes expressões; - gostei ou não?
    - tenho vontade de ler? - que tipo de texto espero encontrar? - do
    que o texto trata?
   Sintetizar ou fazer paráfrases;
   Manifestar compreensão ou incompreensão sobre o que o texto
    lido diz;
   Solicitar esclarecimentos ou fazer perguntas, quando não se
    compreenda alguma palavra, algum trecho ou o conteúdo global do
    que é dito;
15. Produzindo um diário completo


   Pedir que o autor justifique ou exemplifique alguma afirmação;
   Concordar ou discordar com determinada posição do autor;
   Acrescentar argumentos favoráveis à posição do autor, e apresentar
    argumentos contrários a ela;
   Dar exemplos sobre o que o autor afirma;
   Emitir avaliação — positiva ou negativa — sobre o que o autor diz ou sobre
    a forma como diz;
   Expressar emoções e reações diversas que tivermos sobre o que diz o
    autor e sobre o modo como ele diz;
    Relacionar o que é dito pelo autor com alguma experiência pessoal ou de
    outrem;
   Relacionar o que o autor diz com livros ou artigos que lemos, com músicas
    que ouvimos, com peças de teatro e filmes a que assistimos, com a
    pesquisa ou trabalho que por acaso estivermos desenvolvendo;
16. Releitura, revisão e avaliação do diário de
                     leitura

     É importante destacar que o diário de leitura é uma
produção que se faz durante a leitura de um texto qualquer,
e não posteriormente; mas, para melhorar qualquer texto que
escrevemos, é sempre necessário que, depois de algum
tempo, nós o leiamos com calma, para encontrar suas
qualidades e seus defeitos. É muito difícil dizer que um texto
está verdadeiramente “acabado”. Sempre que o relemos,
com “outros olhos”, acabamos por encontrar detalhes que
gostaríamos de explicar melhor, dar exemplos, justificar,
sugerir, etc.
17. Para compreender melhor o gênero diário de
                       leitura


   COMPREENSÃO PASSIVA: Aquela que não implica
    uma resposta do sujeito.

   COMPREENSÃO ATIVA: Uma forma de diálogo entre o
    leitor e o autor, isto é, como leitores não somos
    simplesmente receptores de informações, mas agentes
    dialógicos, de forma reflexiva.
17. Para compreender melhor o gênero diário de
                       leitura


Atos de Linguagem:
   Manifestação de Compreensão ou incompreensão;
   Questionamentos;
   Pedir Justificativas ou Exemplos;
   Concordar ou Discordar;
   Dar Exemplos;
   Expressar Reações ou Emoções;
   Emitir Avaliação (positiva ou negativa)
17. Para compreender melhor o gênero diário de
                       leitura


    DIÁRIO DE LEITURA X EXERCÍCIOS DE INTERPRETAÇÃO
                         DE TEXTOS
     Diário de Leitura: Liberdade de registro por escrito dos atos
     de leitura.
Exercícios de Interpretação de Textos:
    Dificilmente se expressam por sua própria iniciativa;
    Quase nunca fazem avaliações sobre o que lêem de forma
     pessoal e justificada;
    Não ousam criticar ou discordar do texto;
    Estabelece uma separação do que se lê com suas próprias
     experiências pessoais.
17. Para compreender melhor o gênero diário de
                       leitura


            BENEFÍCIOS DA ESCRITA DIARISTA
   ESTUDAR SEUS PRÓPRIOS PENSAMENTOS, REFLEXÕES
    EM CIMA DO QUE É LIDO, APROFUNDÁ-LOS, CORRIGIR
    QUANDO NECESSÁRIO, COMPLEMENTAR E ABRANGER
    DETALHES PESSOAIS JÁ VISTOS OU CONHECIDOS.


   É UMA POSSIBILIDADE MAIOR DE ENRIQUECER          O
    CONHECIMENTO EM DETERMINADO ASSUNDO LIDO.
Referência



MACHADO, Anna Rachel; LOUSADA, Eliane; ABREU-
TARDELLI, Lília Santos. Trabalhos de pesquisa – Diários de
leitura para a revisão bibliográfica. São Paulo: Parábola, 2007.

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Diários de leitura cesp

  • 1. Curso de Especialização em Segurança Pública Centro de Educação da Polícia Militar SEMINÁRIO: TRABALHOS DE PESQUISA DIÁRIOS DE LEITURA PARA A REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ANNA RACHEL MACHADO ELIANE LOUSADA LÍLIA SANTOS ABREU-TARDELLI PRÁTICA DE LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS Grupo: Cap. Rosenstock; Cap. Torres; Cap. Carlos; Cap. Cândido; Cap. Paulino; ACADÊMICOS Cap. Jonas; Cap. Araújo; Cap. Jaílson; Cap. J. Ferreira Profª Eliete
  • 2. Introdução: O que é um diário de leitura? O diário de leitura é um instrumento que pode nos ajudar a ter uma atitude de leitor ativo, interativo e crítico diante dos textos, a ter opiniões mais seguras e fundamentadas sobre o texto lido, é por sua vez, um diário reflexivo de leitura. Os Diários de Leitura indicam:  Uma reflexão sobre o processo de leitura;  Busca de objetivos para a leitura;  Uma reflexão sobre as dificuldades com a leitura e tentativa de compreender suas causas;  Expressão de dúvidas diante da leitura.
  • 3. Introdução: O que é um diário de leitura?  Os Diários de Leitura possibilitam o desenvolvimento da escrita, do trabalho intelectual em geral e do desenvolvimento pessoal.  Não é um diário íntimo em que escrevemos sobre a vida, mas um diário reflexivo de leitura. Em outras palavras, não basta apenas escrever impressões e relações do texto com sua vida, é preciso sempre retornar ao texto e dialogar com ele.  É uma forma de você "ouvir" atentamente o que o autor diz, mas de fazer também com que sua própria voz seja expressa em relação às idéias do autor e de você não se colocar de forma passiva diante dele.
  • 4. 1. O diário de leitura em comparação com outros gêneros Para esta comparação é preciso conhecer e identificar textos que são escritos para um outro destinatário e os que são escritos para nós mesmos:  Gêneros “de si” “para si”, em que o produtor fala de si mesmo e que são destinados a ele mesmo. Ex.: Diário íntimo.  Gêneros “de si” “para outros”, em que o produtor fala de si mesmo e que são destinados a outros. Ex.: Curriculum vitae, autobiografia, cartão postal, e-mail, blog, chat, etc.  Gêneros em que o produtor não fala de si mesmo e que são destinados a outros. Ex.: Artigo de jornal, cartão postal, e- mail, carta de reclamação, editorial, biografia, chat, etc.
  • 5. 1. O diário de leitura em comparação com outros gêneros Cada texto é produzido em determinada situação de produção, e essa situação influencia a forma que o texto vai tomar. Cada situação envolve pelo menos os seguintes elementos:  O papel social que desempenhamos e o papel de nosso destinatário;  A imagem que queremos passar de nós mesmos;  A imagem que temos de nosso destinatário;  O suporte em que o texto vai circular;  Os efeitos que queremos produzir sobre o destinatário com o nosso texto, etc.
  • 6. 1. O diário de leitura em comparação com outros gêneros O diário de leitura é um texto que escrevemos para nós mesmos, em primeira pessoa, sobre um texto que estivermos lendo, em que podemos fazer comparações entre o texto que estamos lendo e outras obras já lidas, em que podemos expressar nossos sentimentos e dificuldades de compreensão; em que podemos fazer avaliações negativas ou positivas; em que estabelecemos relações entre nossa vida e o que o texto diz; em que damos uma resposta ao texto, construímos um diálogo com o autor do texto e fazemos uma reflexão pessoal mais livre sobre o que o texto veicula.
  • 7. 2. Algumas reflexões sobre leitura No processo de leitura, podemos dizer que a interpretação e a avaliação de textos não estão diretamente relacionadas com as reais condições/motivações de produção; diferentes leitores constroem significados diferentes para um mesmo texto: portanto, o significado não está no texto em si mesmo, os leitores avaliam diferentemente os textos, de acordo com seus diferentes posicionamentos políticos, seus diferentes posicionamentos diante de um tema controverso, de acordo com sua maior ou menor identificação com o personagem, de acordo com sua cultura, etc; a leitura é um processo ideológico; o mesmo leitor tem reações diferentes na leitura de textos diferentes.
  • 8. 3. Reações e hipóteses no primeiro contato com um livro Antes de começar a ler um livro, é importante observar a capa, a contra-capa, o título, o autor, os elementos gráficos, etc, para poder fazer hipóteses sobre seu conteúdo.
  • 9. 4. Reações aos aspectos visuais e aos títulos de matérias em meios impressos e digitais Antes de começar a ler um texto, é importante observar o título, o autor, o layout do texto, os elementos gráficos, etc, para poder fazer hipóteses sobre seu conteúdo.
  • 10. 5. Reações a títulos de artigos científicos de diferentes áreas As primeiras reações que temos em relação a um texto e/ou livro começam quando observamos seu aspecto visual e em seguida o título, o autor, os dados adicionais sobre o autor, sua obra, a editora, etc. A partir dessas observações, começamos a ter representações e diferentes reações sobre o que vamos encontrar no livro e /ou texto.
  • 11. 6. Reações à bibliografia Outro elemento que pode ajudar você a fazer hipóteses sobre o que vai ler é a bibliografia do livro ou do artigo a ser lido. Quando a analisamos bem, podemos perceber, por exemplo, a linha teórica que o autor do texto segue e a atualidade das obras consultadas.
  • 12. 7. Levantamento do que é significativo para o leitor  1-Produção de um diário de leitura (ferramenta utilizada para melhor compreensão de textos)  1.2- Registro das idéias, teses e argumentos mais importantes para o autor  1.3- Registro de suas próprias idéias OBS: Deve-se ter cuidado para não misturar as suas idéias com as idéias do autor. Ao fazer os apontamentos devemos utilizar as regras e normas científicas para citação.
  • 13. 8. O registro das dificuldades de leitura e os procedimentos para sua solução No diário de leitura, é importante anotar as dificuldades de leitura, suas razões e as soluções que encontramos para resolvê-las e discuti-las com os colegas e o professor. Principais razões das dificuldades de leitura:  falta de clareza do autor  falta de algum tipo de conhecimento necessário  palavras pouco usuais  frase muito longa  pensamento muito abstrato do autor
  • 14. 8. O registro das dificuldades de leitura e os procedimentos para sua solução Procedimentos para sua solução:  utilização de um dicionário  procurar esclarecimentos gramaticais  relacionar o termo com outras palavras  relacionar com o sentido geral da frase e do texto  verificar se há algum esclarecimento no próprio texto
  • 15. 9. O registro das reações diante do texto DEFINIÇÃO DE LEITOR: é àquele(a) que lê para si mesmo (mentalmente), para outrem (em voz alta), o que tem o hábito ou gosto de ler. DEFINIÇÃO DE TEXTO: é um conjunto de palavras encadeadas formando um sentido ou conceito, e pode ser realizada em qualquer linguagem.
  • 16. 9. O registro das reações diante do texto OS TEXTOS PODEM SER DIVIDIDOS EM: LITERÁRIOS: São àqueles que em geral tem o objetivo de emocionar o leitor e para isso exploram a linguagem conotativa ou poética. Ex: Poemas-Romances Literários-Contos. NÃO LITERÁRIOS: São àqueles que pretendem informar o leitor de forma direta e objetiva, a partir de uma linguagem denotativa. Ex:Nóticias-Reportagens Jornalísticas, Bulas de Remédio.
  • 17. 9. O registro das reações diante do texto REAÇÕES SUBJETIVAS Positivas: - Prazer - Curiosidade - Questionamento das idéias do autor - Interesse - Interesse pelo objetivo do texto
  • 18. 9. O registro das reações diante do texto REAÇÕES SUBJETIVAS Negativas: - Tédio - Desprazer - Preguiça - Desinteresse Inicial - Cansaço No diário de leitura, é importante anotar todas as reações subjetivas que tivemos diante do texto, mesmo que elas tenham se modificado no decorrer da leitura.
  • 19. 10. O registro das relações estabelecidas pelo leitor entre o texto e suas experiências pessoais entre o texto e outros objetos culturais RELAÇÕES ESTABELECIDAS PELO LEITOR - Entre o texto e suas experiências pessoais; - Com outro texto; - Entre o texto e outros objetos culturais (Filmes, Músicas, etc). Obs. Que as relações estabelecidas acima fará com que a leitura fique mais rica como também os conhecimentos adquiridos ao longo da vida não fiquem separados uns dos outros. No diário de leitura, é importante estabelecer relações entre o texto que lemos, nossas experiências pessoais e outros textos ou obras culturais. Tudo isso deve ser anotado e comentado no diário.
  • 20. 11. O registro das relações estabelecidas entre o texto lido e outros textos No diário de leitura é importante estabelecer as relações entre diferentes textos. Compreender significa estabelecer relações, ligações e diferenças.
  • 21. 12. Relações/reflexões possíveis diante de um texto narrativo Quando fazemos um diário de leitura, é importante saber que um texto narrativo pode provocar reações específicas, como, por exemplo, em relação à atenção ou curiosidade que ele desperta; à manutenção do suspense; aos personagens e seu comportamento; aos diálogos; á linguagem; às descrições; às lições que trazem.
  • 22. 13. Relações/reflexões possíveis diante de textos argumentativos Texto Argumentativo: É o texto em que defendemos uma idéia, opinião ou ponto de vista, uma TESE, procurando (por todos os meios) fazer com que nosso ouvinte/leitor aceite-a. Estrutura de um texto argumentativo:  TESE/PROPOSIÇÃO: É a idéia que se defende em um texto; Uma idéia necessariamente polêmica, pois argumenta implica em divergências Ex: Quantas divergências existiriam sobre um texto, onde o autor é a favor da PENA DE MORTE.
  • 23. 13. Relações/reflexões possíveis diante de textos argumentativos  ESTRATÉGIAS ARGUMENTATIVAS: São os recursos utilizados para envolver o leitor/ouvinte, na sua tese, são os meios utilizados para o convencimento, credibilidade, etc. São exemplos de estratégias: - A clareza do texto: Para o ouvinte/leitor poder entender, e entendendo poderá concordar mais facilmente. - A linguagem formal: Uma linguagem mais fácil e até popular; e o - Título: Forte e chamativo como estratégia para captar a atenção do ouvinte/leitor imediatamente.
  • 24. 13. Relações/reflexões possíveis diante de textos argumentativos Quando fazemos um diário de leitura, é importante saber que um texto argumentativo pode provocar reações específicas, como, por exemplo, em relação à identificação da tese do autor do texto; a nosso posicionamento em relação a ela, concordando ou discordando; à análise dos argumentos do autor, procurando verificar se nos parecem verdadeiros ou não, se coincidem ou não com os nossos, se estão bem construídos e concatenados.
  • 25. 14. Relações/reflexões possíveis diante de um texto informativo  Características de diferenciação de um texto de outro: - Intenção ou objetivo: No caso do texto informativo é informar algo; Podem informar consequências de uma forte chuva, a oferta de emprego, etc. Esses tipos de textos são encontrados nos jornais, bulas de remédios, revistas, etc. - Público alvo: O público desse tipo de texto é o mais variado possível, pela infinidade meios de informação existentes hoje no mundo, imaginem quantas pessoas lêem um jornal por dia, uma bula de remédio, etc. - Linguagem: Texto que tende a facilitar a linguagem, sem artifícios que compliquem a apreensão do sentido do texto.
  • 26. 14. Relações/reflexões possíveis diante de um texto informativo - Comprometimento com a realidade: Considerando que os textos informativos são extraídos de jornais, revistas, bula de remédios, etc, é sabido que os fatos devem ser priorizados, não podendo inventar notícias, pois sua tarefa é informar o fato da maneira mais neutra possível. Então, texto informativo: é a representação de experiências humanas vividas e situadas no tempo, na forma de relato, como a noticia, ou a representação de um conjunto de saberes, textos explicativos de livros didático. Quando fazemos um diário de leitura de um texto informativo, é importante avaliar se as informações transmitidas estão completas ou se falta algum esclarecimento; se elas provêm de fonte confiável, se podemos checá-las lendo outro autor, etc.
  • 27. 15. Produzindo um diário completo  Produzido por um leitor, em primeira pessoa, com o objetivo de estabelecer um diálogo, uma "conversa" com o autor do texto que está sendo lido;  Observar o título, notas sobre o autor, índice, orelha, bibliografia, última capa, registrando as seguintes expressões; - gostei ou não? - tenho vontade de ler? - que tipo de texto espero encontrar? - do que o texto trata?  Sintetizar ou fazer paráfrases;  Manifestar compreensão ou incompreensão sobre o que o texto lido diz;  Solicitar esclarecimentos ou fazer perguntas, quando não se compreenda alguma palavra, algum trecho ou o conteúdo global do que é dito;
  • 28. 15. Produzindo um diário completo  Pedir que o autor justifique ou exemplifique alguma afirmação;  Concordar ou discordar com determinada posição do autor;  Acrescentar argumentos favoráveis à posição do autor, e apresentar argumentos contrários a ela;  Dar exemplos sobre o que o autor afirma;  Emitir avaliação — positiva ou negativa — sobre o que o autor diz ou sobre a forma como diz;  Expressar emoções e reações diversas que tivermos sobre o que diz o autor e sobre o modo como ele diz;  Relacionar o que é dito pelo autor com alguma experiência pessoal ou de outrem;  Relacionar o que o autor diz com livros ou artigos que lemos, com músicas que ouvimos, com peças de teatro e filmes a que assistimos, com a pesquisa ou trabalho que por acaso estivermos desenvolvendo;
  • 29. 16. Releitura, revisão e avaliação do diário de leitura É importante destacar que o diário de leitura é uma produção que se faz durante a leitura de um texto qualquer, e não posteriormente; mas, para melhorar qualquer texto que escrevemos, é sempre necessário que, depois de algum tempo, nós o leiamos com calma, para encontrar suas qualidades e seus defeitos. É muito difícil dizer que um texto está verdadeiramente “acabado”. Sempre que o relemos, com “outros olhos”, acabamos por encontrar detalhes que gostaríamos de explicar melhor, dar exemplos, justificar, sugerir, etc.
  • 30. 17. Para compreender melhor o gênero diário de leitura  COMPREENSÃO PASSIVA: Aquela que não implica uma resposta do sujeito.  COMPREENSÃO ATIVA: Uma forma de diálogo entre o leitor e o autor, isto é, como leitores não somos simplesmente receptores de informações, mas agentes dialógicos, de forma reflexiva.
  • 31. 17. Para compreender melhor o gênero diário de leitura Atos de Linguagem:  Manifestação de Compreensão ou incompreensão;  Questionamentos;  Pedir Justificativas ou Exemplos;  Concordar ou Discordar;  Dar Exemplos;  Expressar Reações ou Emoções;  Emitir Avaliação (positiva ou negativa)
  • 32. 17. Para compreender melhor o gênero diário de leitura DIÁRIO DE LEITURA X EXERCÍCIOS DE INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS Diário de Leitura: Liberdade de registro por escrito dos atos de leitura. Exercícios de Interpretação de Textos:  Dificilmente se expressam por sua própria iniciativa;  Quase nunca fazem avaliações sobre o que lêem de forma pessoal e justificada;  Não ousam criticar ou discordar do texto;  Estabelece uma separação do que se lê com suas próprias experiências pessoais.
  • 33. 17. Para compreender melhor o gênero diário de leitura BENEFÍCIOS DA ESCRITA DIARISTA  ESTUDAR SEUS PRÓPRIOS PENSAMENTOS, REFLEXÕES EM CIMA DO QUE É LIDO, APROFUNDÁ-LOS, CORRIGIR QUANDO NECESSÁRIO, COMPLEMENTAR E ABRANGER DETALHES PESSOAIS JÁ VISTOS OU CONHECIDOS.  É UMA POSSIBILIDADE MAIOR DE ENRIQUECER O CONHECIMENTO EM DETERMINADO ASSUNDO LIDO.
  • 34. Referência MACHADO, Anna Rachel; LOUSADA, Eliane; ABREU- TARDELLI, Lília Santos. Trabalhos de pesquisa – Diários de leitura para a revisão bibliográfica. São Paulo: Parábola, 2007.