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UNIVERSIDADE DE CABO VERDE
               DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA E
                         TECNOLOGIA
               Licenciatura em Ciências Biológicas

                        Patologia Geral



            REPARAÇÃO TECIDUAL




Docente: Marilena Cabral
ARTIGO
                                 Departamento de Patologia da
                                   Universidade Federal de São
                                    Paulo (UNIFESP) – Escola
                                      Paulista de Medicina
   O PAPEL DA PROTEÍNA
      MORFOGENÉTICA
    ÓSSEA NA REPARAÇÃO
                             Autores:
      DO TECIDO ÓSSEO
                             ANTÔNIO APARECIDO DOS SANTOS

                             CÉSAR DÁRIO OLIVEIRA MIRANDA

                             MARIA TERESA DE SEIXAS ALVES

                             FLAVIO FALOPPA
PALAVRAS-CHAVE
   Regeneração óssea: é a capacidade do tecido ósseo
    de se renovar ou ainda de se recompor após danos
    físicos consideráveis. Deve-se à capacidade das células
    não afetadas de se multiplicarem e, em acordo com a
    necessidade, de se diferenciarem, a fim de regenerar a
    parte lesionada.
   Fatores de crescimento: são um conjunto de
    substâncias, a maioria de natureza proteica que
    juntamente com as hormonas e os
    neurotransmissores, desempenham uma importante
    função na comunicação intercelular.
   Proteínas morfogenéticas ósseas: desempenha um
    papel fundamental na transformação de
    mesenquimais em células de cartilagem e osso.
OSTEOINDUÇÃO

 Refere-se   ao processo pelo qual as
 células tronco mesenquimais são
 induzidas à diferenciação em células
 de    linhagem      osteogênica   ou
 osteoblastos.
OBJECTIVO

   O objetivo deste trabalho é fazer uma revisão da
    literatura abordando os avanços do uso da
    proteína   morfogenética    óssea   (BMP)    na
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INTRODUÇÃO

   BMPs    são    glicoproteínas    responsáveis     pelo
    recrutamento de células osteoprogenitoras para
    os locais de formação óssea.

   São    proteínas      encontradas          em    altas
    concentrações no tecido ósseo e são consideradas
    as responsáveis pela habilidade indutiva e
    regenerativa        dos         enxertos        ósseos
    desmineralizados.
DESENVOLVIMENTO

   Os primeiros questionamentos sobre processos
    que determinam a neoformação óssea, em sítios
    desprovidos de tecidos ósseos, foram baseados na
    descoberta de Urist. Para ele um fator central
    seria o responsável por este efeito. Esse fator foi
    relatado como uma substância indutora de
    formação óssea, presente na matriz óssea.
WOZNEY                          B
                                M
                                P

                                B
                                M
                                P

                                B
                                M
               clones de DNA    P

Sequencia de   que continham
                                B
aminoacidos    o código de      M
               cada proteína.   P

                                B
                                M
                                P

                                B
                                M
                                P

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                                M
                                P
   Segundo Wozney, a atividade osteoindutiva das
    proteínas ósseas morfogenéticas somado à sua
    presença no tecido ósseo sugerem que elas são
    importantes   reguladores    no   processo   de
    reparação óssea e podem estar envolvidas na
    manutenção destes tecidos.
KAWAI E URIST

   Analisaram as proteínas extraídas de tecidos
    dentais    bovinos   quanto    à   sua     atividade
    osteoindutora e sugeriram que estas proteínas
    eram      comparáveis     às   proteínas     ósseas
    morfogenéticas bovinas.
WANG E WOZNEY

   Afirmaram que a proteína óssea morfogenética
    recombinante humana dois (rhBMP-2) pura,
    quando implantada em altas doses pode induzir a
    formação óssea.
LYONS
   Sugeriu que BMP-2 desenvolve múltiplas funções na
    morfogênese e no padrão de embriões de vertebrados.
    Usando hibridização in situ, mostrou que RNA de
    BMP-2 manifesta-se em uma variedade de tecidos
    embrionários como: epitelial, mesenquimal e do
    sistema esquelético.

   Dessa forma, RNA de BMP-2 foi encontrado em
    órgãos como: coração, folículos pilosos, botão dentário,
    mesênquima crânio facial e outros sítios.
BOWERS ET AL.

   Concluíram    que    a    osteogenina    (BMP-3)
    combinada com enxerto desmineralizado seco e
    congelado     e     matriz    óssea     aumenta
    significativamente a regeneração dos aparatos de
    nova inserção e componentes teciduais, tais como:
    cemento, osso alveolar e ligamento periodontal.
TORIUMI E ROBERTSON


   Demonstraram        que      um   dos   fatores     mais
    importantes que podem determinar o sucesso ou
    fracasso     de   enxertos    ósseos    indutores    em
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    carreador.
SALLER E KOLB

   Após uma revisão dos relevantes sucessos das

    proteínas ósseas morfogenéticas nas cirurgias
    buco-maxilo-facial e ortopédicas, demonstraram a
    eficácia do purificado, ou seja, do preparo
    concentrado de BMPs, na indução óssea, em
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GRAVES E COCHRAN


   Descreveram a família dos cinco fatores de crescimento que
    tinham potencial para induzir regeneração periodontal,
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   Afirmaram que, além de suas funções na
    osteogênese pós-fetal, as BMPs podem exercer
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   Demonstraram, através de testes in vitro, com
    células osteoprogenitoras de rato, que BMP-6,
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NEVINS
   Analisou a eficácia, segurança e facilidade técnica em
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    levantamento da membrana do seio maxilar com o uso
    de uma esponja de colagénio absorvível impregnada
    de rhBMP-2.



   Os resultados sugeriram substancial formação óssea
    e em 68% dos defeitos ósseos tratados, novo osso foi
    formado.
LEE

   Relatou que os materiais utilizados como enxerto
    ósseo poderiam oferecer uma osteocondução na
    presença de uma matriz física ou suporte,
    ocorrendo desta forma, deposição de novo osso.
RIPAMONTI E DUNEAS
   Postularam que a regeneração tecidual na vida pós-natal
    mimetiza eventos que ocorrem no curso normal do
    desenvolvimento e regeneração tecidual     assim teríamos
    atuação de todas as BMPs no desenvolvimento de tecidos e
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   Como nos rins (BMP-3 e BMP-7);
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LYNCH

   Afirmou que uma ocorrência de lenta liberação
    de rhBMP-2, com rápida eliminação sistêmica,
    associada a outros estudos farmacocinéticos,
    como a absorção, a distribuição, o metabolismo e
    a excreção confirmaram a falta de efeitos tóxicos
    para rhBMP-2.
RIPAMONTI E TASKER

   Mostraram    grandes    processos    recentes   na
    elucidação da biologia molecular das BMPs e seus
    receptores   ajudaram      na       promoção     e
    entendimento de um grande campo de uso futuro
    para as BMPs.
MINAMIDE

   Seus     resultados mostraram que o primeiro
    apresentava sua estrutura porosa preenchida por
    osso e foi mais eficiente que o colagénio tipo I, e
    que    promoveu   um   rápido crescimento     com
    formação de osso resistente.
CONCLUSÃO
   As BMPs apresentam diversas possibilidades de
    aplicação em odontologia, ortopedia e em outras
    áreas   de      conhecimento   que    envolvam    a
    diferenciação celular por representarem um
    grupo distinto de fatores indutores, capazes de
    estimular a diferenciação de células fonte-
    mesenquimais        em   células     especializadas,
    induzindo a neoformação óssea e o reparo de
    tecido ósseo.
   As indicações para o uso de BMPs estão associadas
    principalmente   a   grandes    perdas    ósseas,
    decorrentes de anomalias de desenvolvimento,
    bem como defeitos ósseos causados por algum
    trauma na estrutura óssea, doenças infecciosas e
    inflamatórias.
ACABOU
Elaborado por:
Anísia Fernandes
Maria Madalena Garcia
Nadine Sousa
Rosemary Coronel

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  • 1. UNIVERSIDADE DE CABO VERDE DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA Licenciatura em Ciências Biológicas Patologia Geral REPARAÇÃO TECIDUAL Docente: Marilena Cabral
  • 2. ARTIGO  Departamento de Patologia da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) – Escola Paulista de Medicina  O PAPEL DA PROTEÍNA MORFOGENÉTICA ÓSSEA NA REPARAÇÃO  Autores: DO TECIDO ÓSSEO  ANTÔNIO APARECIDO DOS SANTOS  CÉSAR DÁRIO OLIVEIRA MIRANDA  MARIA TERESA DE SEIXAS ALVES  FLAVIO FALOPPA
  • 3. PALAVRAS-CHAVE  Regeneração óssea: é a capacidade do tecido ósseo de se renovar ou ainda de se recompor após danos físicos consideráveis. Deve-se à capacidade das células não afetadas de se multiplicarem e, em acordo com a necessidade, de se diferenciarem, a fim de regenerar a parte lesionada.  Fatores de crescimento: são um conjunto de substâncias, a maioria de natureza proteica que juntamente com as hormonas e os neurotransmissores, desempenham uma importante função na comunicação intercelular.  Proteínas morfogenéticas ósseas: desempenha um papel fundamental na transformação de mesenquimais em células de cartilagem e osso.
  • 4. OSTEOINDUÇÃO  Refere-se ao processo pelo qual as células tronco mesenquimais são induzidas à diferenciação em células de linhagem osteogênica ou osteoblastos.
  • 5. OBJECTIVO  O objetivo deste trabalho é fazer uma revisão da literatura abordando os avanços do uso da proteína morfogenética óssea (BMP) na reparação do tecido ósseo e seus mecanismos de ação no tecido lesionado.
  • 6. INTRODUÇÃO  BMPs são glicoproteínas responsáveis pelo recrutamento de células osteoprogenitoras para os locais de formação óssea.  São proteínas encontradas em altas concentrações no tecido ósseo e são consideradas as responsáveis pela habilidade indutiva e regenerativa dos enxertos ósseos desmineralizados.
  • 7. DESENVOLVIMENTO  Os primeiros questionamentos sobre processos que determinam a neoformação óssea, em sítios desprovidos de tecidos ósseos, foram baseados na descoberta de Urist. Para ele um fator central seria o responsável por este efeito. Esse fator foi relatado como uma substância indutora de formação óssea, presente na matriz óssea.
  • 8. WOZNEY B M P B M P B M clones de DNA P Sequencia de que continham B aminoacidos o código de M cada proteína. P B M P B M P B M P
  • 9. Segundo Wozney, a atividade osteoindutiva das proteínas ósseas morfogenéticas somado à sua presença no tecido ósseo sugerem que elas são importantes reguladores no processo de reparação óssea e podem estar envolvidas na manutenção destes tecidos.
  • 10. KAWAI E URIST  Analisaram as proteínas extraídas de tecidos dentais bovinos quanto à sua atividade osteoindutora e sugeriram que estas proteínas eram comparáveis às proteínas ósseas morfogenéticas bovinas.
  • 11. WANG E WOZNEY  Afirmaram que a proteína óssea morfogenética recombinante humana dois (rhBMP-2) pura, quando implantada em altas doses pode induzir a formação óssea.
  • 12. LYONS  Sugeriu que BMP-2 desenvolve múltiplas funções na morfogênese e no padrão de embriões de vertebrados. Usando hibridização in situ, mostrou que RNA de BMP-2 manifesta-se em uma variedade de tecidos embrionários como: epitelial, mesenquimal e do sistema esquelético.  Dessa forma, RNA de BMP-2 foi encontrado em órgãos como: coração, folículos pilosos, botão dentário, mesênquima crânio facial e outros sítios.
  • 13. BOWERS ET AL.  Concluíram que a osteogenina (BMP-3) combinada com enxerto desmineralizado seco e congelado e matriz óssea aumenta significativamente a regeneração dos aparatos de nova inserção e componentes teciduais, tais como: cemento, osso alveolar e ligamento periodontal.
  • 14. TORIUMI E ROBERTSON  Demonstraram que um dos fatores mais importantes que podem determinar o sucesso ou fracasso de enxertos ósseos indutores em cirurgias reconstrutivas é a eficiência do material carreador.
  • 15. SALLER E KOLB  Após uma revisão dos relevantes sucessos das proteínas ósseas morfogenéticas nas cirurgias buco-maxilo-facial e ortopédicas, demonstraram a eficácia do purificado, ou seja, do preparo concentrado de BMPs, na indução óssea, em áreas com implantes aparentemente perdidos.
  • 16. GRAVES E COCHRAN  Descreveram a família dos cinco fatores de crescimento que tinham potencial para induzir regeneração periodontal, quando colocados em contato com osteoblastos e células do ligamento periodontal in vitro e in vivo, incluído assim:  Fator de crescimento derivado das plaquetas(PDGF),  Fator de crescimento dos fibroblastos (FGF);  Fator de crescimento transformador beta (TGF);  Fator de crescimento semelhante à insulina (IGF) e as proteínas ósseas morfogenéticas;
  • 17. RIPAMONTI E REDDI  Afirmaram que, além de suas funções na osteogênese pós-fetal, as BMPs podem exercer múltiplas funções no desenvolvimento embriogénico e organogénico, incluindo esqueletogênese, desenvolvimento crânio facial e dos tecidos dentais.
  • 18. HUGHES  Demonstraram, através de testes in vitro, com células osteoprogenitoras de rato, que BMP-6, BMP-4 e BMP-2 podem estimular diferenciação osteoblástica.
  • 19. NEVINS  Analisou a eficácia, segurança e facilidade técnica em induzir formação óssea em defeitos ósseos em cães, e levantamento da membrana do seio maxilar com o uso de uma esponja de colagénio absorvível impregnada de rhBMP-2.  Os resultados sugeriram substancial formação óssea e em 68% dos defeitos ósseos tratados, novo osso foi formado.
  • 20. LEE  Relatou que os materiais utilizados como enxerto ósseo poderiam oferecer uma osteocondução na presença de uma matriz física ou suporte, ocorrendo desta forma, deposição de novo osso.
  • 21. RIPAMONTI E DUNEAS  Postularam que a regeneração tecidual na vida pós-natal mimetiza eventos que ocorrem no curso normal do desenvolvimento e regeneração tecidual assim teríamos atuação de todas as BMPs no desenvolvimento de tecidos e órgãos.  Algumas com maior expressão de proteínas específicas:  Como nos rins (BMP-3 e BMP-7);  No sistema nervoso central e periférico;  Fígado (BMP-9), pulmão (BMP-3 e BMP-4;  Coração, dentes, gónadas, pele e fígado (BMP-9);
  • 22. LYNCH  Afirmou que uma ocorrência de lenta liberação de rhBMP-2, com rápida eliminação sistêmica, associada a outros estudos farmacocinéticos, como a absorção, a distribuição, o metabolismo e a excreção confirmaram a falta de efeitos tóxicos para rhBMP-2.
  • 23. RIPAMONTI E TASKER  Mostraram grandes processos recentes na elucidação da biologia molecular das BMPs e seus receptores ajudaram na promoção e entendimento de um grande campo de uso futuro para as BMPs.
  • 24. MINAMIDE  Seus resultados mostraram que o primeiro apresentava sua estrutura porosa preenchida por osso e foi mais eficiente que o colagénio tipo I, e que promoveu um rápido crescimento com formação de osso resistente.
  • 25. CONCLUSÃO  As BMPs apresentam diversas possibilidades de aplicação em odontologia, ortopedia e em outras áreas de conhecimento que envolvam a diferenciação celular por representarem um grupo distinto de fatores indutores, capazes de estimular a diferenciação de células fonte- mesenquimais em células especializadas, induzindo a neoformação óssea e o reparo de tecido ósseo.
  • 26. As indicações para o uso de BMPs estão associadas principalmente a grandes perdas ósseas, decorrentes de anomalias de desenvolvimento, bem como defeitos ósseos causados por algum trauma na estrutura óssea, doenças infecciosas e inflamatórias.
  • 27. ACABOU Elaborado por: Anísia Fernandes Maria Madalena Garcia Nadine Sousa Rosemary Coronel