Os tumores dos maxilares incluem uma variedade de lesões benignas e malignas de origem odontogênica e não odontogênica, que variam em termos de etiologia, biologia e importância clínica. Os tumores odontogênicos mais comuns são o odontoma, ameloblastoma e mixoma odontogênico, enquanto exemplos de tumores não odontogênicos incluem lesões ósseas e de tecidos moles. O diagnóstico e tratamento apropriados dependem do tipo e características específicas
2. Os tumores odontogênicos e não odontogênicos dos maxilares formam um grupo relativamente raro e heterogêneo de
neoplasias benignas e malignas, hamartomas e processos proliferativos relacionadas que demonstram grande variabilidade em
termos de etiologia, biologia e importância clínica
Um tumor por definição é simplesmente um aumento tecidual, no senso estrito, não implicando processo neoplásico.
Tumores do Complexo Maxilofacial
4. Os tumores do complexo maxilofacial exibem variação geográfica na
prevalência devido a fatores culturais, sociais, ocupacionais ou climáticos
Tumores do Complexo Maxilofacial
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9. Os tumores dos maxilares, em sua maioria, são benignos e devem receber considerável atenção no que diz respeito ao
diagnóstico diferencial e tratamento.
Tumores do Complexo Maxilofacial
10. No entanto a escolha da terapêutica vai depender de diversos fatores relacionados ao paciente
e ao tipo de tumor
Tumores do Complexo Maxilofacial
11. Os tumores maxilares não odontogênicos, desenvolvem se a partir de uma ampla
variedade de tecidos no corpo,e podem se desenvolver em outros locais fora da cabeça e
do pescoço. Alguns deles são de pouca importância clínica e exigem nada mais que
observação ou excisão local, enquanto muitas das variantes malignas requerem terapia
multimodal e pressagiam mau prognóstico quanto à sobrevida do paciente.
12. Processos proliferativos não neoplásicos
Tumores do Complexo Maxilofacial
São representados por um grupo de lesões que acometem a boca e que se caracterizam por uma proliferação tecidual,
geralmente de natureza inflamatória e sem características histológicas neoplásicas.
O diagnóstico final deverá ser determinado por meio do exame histopatológico
A excisão cirúrgica associada à eliminação do agente etiológico para evitar
possíveis recidivas é o tratamento usual
15. SCULLY 2009, REGEZZI et al 2013, NEVILLE et al 2016
“Grupo complexo de lesões de diversos tipos histopatológicos e comportamentos clínicos.
Variam de hamartomas (malformações semelhantes a tumor) até neoplasias verdadeiras,
podendo, raramente, exibir comportamento maligno.”
17. SCULLY 2009, REGEZZI et al 2013, NEVILLE et
A maioria das lesões são assintomáticas
Crescimento tecidual intra-oral
Expansão óssea
Assimetria facial
Mobilidade dental
22. • Enucleação;
• Marsupialização;
• Enucleação seguida de
curetagem;
• Crioterapia;
• Eletrocauterização;
• Exérese com margem de
segurança;
• Radioterapia.
SCULLY 2009, REGEZZI et al 2013, NEVILLE et
28. Odontoma
É considerado um distúrbio de desenvolvimento
Normalmente interfere na erupção normal de dentes permanentes
Diagnóstico: exames radiográficos de rotina
Tratamento: remoção cirúrgica
43. Ameloblastoma desmoplásico
• Características clínicas:
Em relação a idade e sexo é similar
ao ameloblastoma sólido;
Predileção pelas regiões anteriores
dos ossos gnáticos;
Inchaço indolor;
Varia entre 1,0 e 8,5 cm de diâmetro.
Ameloblastoma
44. Ressecção marginal ou em bloco
Menor taxa de recidiva
• Tratamento
Região posterior de maxila tem pior
prognóstico
• Prognóstico
Ameloblastoma
45. • Paciente de 66 anos;
• Sexo masculino;
• Dor em hemi-mandíbula direita;
• Duas cirurgias prévias;
• Sem diagnóstico.
53. O departamento de Estomatologia do Hospital da Universidade Sun Yat-Sen, trata todos os
ameloblastomas unicisticos e multicístico com a marsupialização como passo inicial desde
2009
54. Pacientes com ameloblastoma unicístico ou multicístico primário, na
mandíbula confirmado por um estudo patológico com base nos
critérios definidos pela Classificação histológica da Organização
Mundial de Saúde.
Pacientes que receberam marsupialização como tratamento inicial
Marsupialização realizada sob anestesia local, exceto para pacientes
com lesões com limitação de abertura bucal ( anestesia geral)
56. Exames radiográficos foram realizados em intervalos de 3 meses
Sinal de crescimento tumoral --> Ressecção
Diâmetros císticos <1,0 cm ou para cavidades císticas estáveis
Curetagem + osteotomia PeriféricaAcompanhamento por 5 anos
61. A marsupialização pode reduzir a invasividade e reverter o processo de reabsorção óssea, diminuindo
a pressão hidrostática intracística.
62. Alta expressão de TP53 e IL-1α na lesão
respondeu melhor à marsupialização.
63. A literatura é, paradoxalmente, uma fonte de informação e desinformação.
Opiniões conflitantes têm servido para educar e confundir, e tem sido deixado para os
cirurgiões filtrarem e interpretarem o que eles consideram ser clinicamente válido
64. TOEC é um tumor
benigno de origem
odontogênico.
“Compartilha muitas
carcacterísticas clínicas
com Ameloblastoma”.
Apesar de ser
benigno, são tumores
localmente invasivos.
REGEZI et al 2013, NEVILLE et al 201
65. REGEZI et al 2013, NEVILLE et al 201
Prognóstico- Reservado
Variante de células claras- 22%
Lesões na maxila são mais agressivas
Apesar de Benigno-localmente invasiva
Recidiva 14%
Proservação- acompanhar o paciente
66. Mixoma odontogênico
Neoplasia, benigna, localmente agressiva proveniente do ectomesênquima
odontogênico e tem uma estreita semelhança microscópica com a papila
dentaria
72. Apesar de a ressecção ter mostrado as
menores taxas de recorrência, os
cirurgiões devem ter em mente que a
enucleação do tumor seguida de
osteotomia periférica deve ser
considerada como a primeira opção de
tratamento devido à menor morbidade
associada.
73.
74. Os autores defendem o uso de ressecção ampla para mixoma
odontogênico devido ao alto risco de recidiva local.
75. DEFINIÇÃO
Tumor benigno composto do epitélio odontogênico numa
variedade histoarquitetural, circundado por um estroma
de tecido conjuntivo maduro, caracterizado por um
crescimento lento e progressivo
Tumor Odontogênico Adenomatoide
83. Sexo Masculino
11 anos
Inchaço do lado direito do rosto por um mês.
Exame físico: inchaço indolor e circunscrito
na maxila direita.
84.
85. Universidade de Pernambuco
Hospital Universitário Oswaldo Cruz
Programa de Residência em Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-facial
Residente: Rômulo Augusto de P. Macedo
Tumores do Complexo Maxilofacial
Notas do Editor
Lesão radiolúcida extensa na região posterior de mandíbula direita provocando deslocamento do elemento dentário.
Lesão radiolúcida destrutiva associada à reabsorção radicular dos dentes anteriores.
Tomografia computadorizada da maxila com um dente pré-molar impactado e uma margem de osso cortical delgada e uniforme com expansão das regiões vestibular e palatina
Lesão radiolúcida multilocular associada a um dente impactado
A maioria dos tumores apresentam combinações variadas de características císticas e sólidas.
Diagnóstico diferencial com lesão fibro-óssea.
O tumor tende a se infiltrar entre as trabéculas do osso antes mesmo da reabsorção óssea se tornar radiograficamente evidente, por isso a taxa de recidiva é alta quando se faz apenas enucleação e curetagem ou osteotomia. Em região posterior de maxila é difícil fazer uma excisão com boa margem de segurança. Radioterapia não é indicada, pois pode desenvolver uma lesão maligna secundária.
Imagem feita logo após a cirurgia.
Opiniões conflitantes têm servido para educar e confundir, e tem sido deixado para os cirurgiões filtrarem e interpretarem o que eles consideram ser clinicamente válido.