Trabalhar é uma necessidade. É uma forma de sentir-se útil.
O trabalho dignifica o homem, pois faz com que a criatura desenvolva o seu intelecto, a sua inteligência.
Um dos meios para atingirmos a perfeição é através do trabalho que é um dos mecanismos que Deus nos oferece a fim de acumularmos experiências (aprendizados) no decorrer das inúmeras reencarnações.
O próprio desenvolvimento do trabalho faz com que o homem sinta mais necessidades e ao mesmo tempo desenvolve o seu intelecto buscando meios para suprir as novas necessidades e assim vai crescendo e evoluindo.
2. Capítulo III: Lei do Trabalho
• Necessidade do trabalho
• Limite do trabalho. Repouso.
3. O trabalho é uma lei
natural, por isso mesmo
é uma necessidade e a
civilização obriga o
homem a trabalhar
mais porque aumenta
suas necessidades e
seus prazeres.
674 – A necessidade do trabalho é uma lei da
Natureza?
4. 675 – Não se deve entender pelo trabalho senão as
ocupações materiais?
Não. O Espírito trabalha como o corpo. Toda ocupação
útil é um trabalho.
5. 676 – Por que o trabalho é
imposto ao homem?
É uma consequência de sua
natureza corporal. É uma expiação
e, ao mesmo tempo, um meio de
aperfeiçoar sua inteligência. Sem o
trabalho, o homem permaneceria
na infância da inteligência. Por isso,
ele não deve seu sustento, sua
segurança e seu bem-estar senão
ao seu trabalho e à sua atividade.
Àquele que é muito fraco de corpo
Deus deu a inteligência para isso
suprir; mas é sempre um trabalho.
6. 677 – Por que a própria Natureza provê todas as
necessidades dos animais?
Tudo trabalha na Natureza. Os animais trabalham como tu,
mas seu trabalho, como sua inteligência, é limitado ao
cuidado de sua conservação, eis por que, entre eles, o
trabalho não conduz ao progresso, enquanto que, no
homem, ele tem um duplo fim: a conservação do corpo e o
desenvolvimento do pensamento, que é também uma
necessidade e que o eleva acima de si mesmo. Quando digo
que o trabalho dos animais limitado ao cuidado de sua
conservação, entendo o fim a que se propõem trabalhando;
mas eles são, inconscientemente, e tudo provendo suas
necessidades materiais, agentes que secundam os desígnios
do Criador, e seu trabalho não concorre menos ao objetivo
final da Natureza, se bem que, muito frequentemente, não
descobris o resultado imediato.
7. 678 – Nos mundos mais
aperfeiçoados, o homem está
submetido à mesma necessidade
do trabalho?
A natureza do trabalho é relativa à
natureza das necessidades. Quanto
menos as necessidades são
materiais, menos o trabalho é
material. Mas não creiais, com
isso, que o homem fica inativo e
inútil: a ociosidade seria um
suplício em lugar de ser um
benefício.
8. 679 – O homem que possui bens suficientes para
assegurar sua existência, está isento da lei do
trabalho?
Do trabalho material, talvez, mas não da obrigação de
se tornar útil segundo suas possibilidades, de
aperfeiçoar sua inteligência ou a dos outros, o que é
também um trabalho. Se o homem a quem Deus
distribuiu bens suficientes para assegurar a sua
existência não está forçado a se sustentar com o suor de
sua fronte, a obrigação de ser útil aos seus semelhantes
é tanto maior para ele quanto o seu adiantamento lhe
dá mais oportunidade para fazer o bem.
9. 680 – Não há homens que são
incapazes para o trabalho,
qualquer que seja, e cuja
existência é inútil?
Deus é justo e não condena
senão aquele cuja existência é
voluntariamente inútil e vive
na dependência do trabalho
dos outros. Ele quer que cada
um se torne útil, segundo suas
faculdades. (643)
10. Certamente, como os pais devem trabalhar por seus filhos e é por isso
que Deus fez do amor filial e do amor paternal um sentimento natural, a
fim de que, por essa afeição recíproca, os membros de uma mesma
família fossem levados a se entreajudarem mutuamente, o que é, muito
frequentemente, desconhecido na vossa sociedade atual. (205)
681 – A lei natural impõe aos filhos a obrigação de
trabalhar por seus pais?
12. 682 – O repouso, depois do trabalho, sendo uma
necessidade, não é uma lei natural?
Sem dúvida, o repouso serve para reparar as forças do
corpo e é também necessário, a fim de deixar um pouco
mais de liberdade à inteligência, para se elevar acima da
matéria.
13. 683 – Qual é o limite do trabalho?
O limite das forças; de resto, Deus deixa o homem livre.
14. 684 – Que pensar daqueles que abusam de sua autoridade
para impor aos seus inferiores um excesso de trabalho?
É uma das piores ações. Todo homem que tem o poder de
comandar responsável pelo excesso de trabalho que impõe
a seus subalternos, porque ele transgride a lei de Deus.
(273)
15. 685 – O homem tem direito ao
repouso em sua velhice?
Sim, ele não está obrigado senão
segundo suas forças.
685.a) Mas que recurso tem o velho
necessitado de trabalhar para viver
e que não o pode?
O forte deve trabalhar pelo fraco; na
falta da família, a sociedade deve
tomar-lhe o lugar: é a lei da
caridade.
16. Allan Kardec:
Não é tudo dizer ao homem que ele deve trabalhar, é
preciso ainda que aquele que espera sua existência do seu
labor encontre em que se ocupar, e o que nem sempre
ocorre. Quando a suspensão do trabalho se generaliza, toma
as proporções de um flagelo como a miséria. A ciência
econômica procura o remédio no equilíbrio entre a produção
e o consumo; mas esse equilíbrio, supondo-se que seja
possível, terá sempre intermitências e, durante esses
intervalos, o trabalhador não deve viver menos. Há um
elemento que, comumente, não entra na balança e sem o
qual a ciência econômica não é mais que uma teoria: a
educação. Não a educação intelectual, mas a educação
moral, e não, ainda, a educação moral pelos livros, mas
aquela que consiste na arte de formar os caracteres, a que
dá os hábitos: porque a educação é o conjunto de hábitos
adquiridos.
17. Quando se pensa na massa de indivíduos jogados cada dia
na torrente da população, sem princípios, sem freios e
entregues aos seus próprios instintos, deve-se espantar
das consequências desastrosas que resultam? Quando
essa arte for conhecida, cumprida e praticada, o homem
ocasionará no mundo hábitos de ordem e de previdência
para si mesmo e os seus, de respeito por tudo o que é
respeitável, hábitos que lhe permitirão atravessar, menos
penosamente, os maus dias inevitáveis. A desordem e a
imprevidência são duas chagas que só uma educação bem
entendida pode curar. Esse é o ponto de partida, o
elemento real do bem-estar, a garantia da segurança de
todos.
18. IMAGENS
Capa – https://versiculoscomentados.com.br/index.php/jesus-era-
um-carpinteiro/
Tela 02 – Imagem de estoque Microsoft word
Questões 674 e 675 – Imagem de estoque Microsoft word
Questão 676 –
https://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2021/12/08
/pib-do-agronegocio-deve-crescer-937percent-este-ano-e-ate-
5percent-em-2022-preve-cna.ghtml
Questão 678 – https://blog.portaleducacao.com.br/o-que-e-
tecnologia/
Questão 680 – https://ifrs.edu.br/bento/serie-sobre-o-uso-de-
terminologias-fala-sobre-o-conceito-de-deficiencia-multipla/
Questão 681 - https://www.metlife.com.br/blog/desenvolvimento-
pessoal/pais-e-filhos-que-trabalham-juntos-e-possivel/
Tela: Limite do trabalho – Imagem de estoque Microsoft word
Questões 682 à 685 – Imagem de estoque Microsoft word
Imagens – Imagem de estoque Microsoft word
Créditos – Imagem de estoque Microsoft word
Tela última – Imagem de estoque Microsoft word
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19. CRÉDITOS:
Formatação: Marta Gomes P. Miranda
Referências:
KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Tradução de
Salvador Gentile. 182ª Ed. Araras – SP: IDE, 2009. Pág.
220 à 222.
KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo.
Tradução De Salvador Gentile. 365ª Ed. Araras – SP: Ide,
2009.
KARDEC, Allan. A Gênese: Os Milagres e as Predições
Segundo o Espiritismo. Tradução de Salvador Gentile. 52ª
Ed. Araras – SP: IDE, 2008.
KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns. Tradução De
Salvador Gentile. 85ª Ed. Araras – SP: Ide, 2008.
KARDEC, Allan. O Céu e o Inferno. Tradução de Salvador
Gentile. Araras – SP: IDE, 2008.
XAVIER, Chico. Nosso Lar. 64ª ed. Brasília: FEB, 2021. Pelo
Espírito André Luiz.
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20. CENTRO ESPÍRITA “JOANA D’ARC”
Rua Ormindo P. Amorim, nº 1.516
Bairro: Jardim Marajó
Rondonópolis - MT
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