O documento discute a necessidade do trabalho na natureza e na sociedade, e como o trabalho é uma forma de expiação e aperfeiçoamento. Também aborda como o trabalho se adapta em mundos mais evoluídos, e como mesmo aqueles com recursos financeiros ainda precisam ser úteis de outras formas.
1. Dubai, 29-04-2018 Por Patrícia Farias
“Não olvides que o trabalho
É fonte de paz e luz.
Jamais esqueça meu filho
Que teu modelo é Jesus.”
Cartas do Evangelho, Espírito Casimiro Cunha
Psicografia de Chico Xavier
2. PARTE 3ª - DAS LEIS MORAIS
CAPÍTULO II / DA LEI DO TRABALHO
Necessidade do trabalho
Questões 674 a 681
3. “O trabalho é lei da Natureza, por isso mesmo que
constitui uma necessidade, e a civilização obriga o
homem a trabalhar mais, porque lhe aumenta as
necessidades e os gozos.”
LE Q. 674. A necessidade do trabalho é lei da Natureza?
NECESSIDADE DO TRABALHO
4. 675. Por trabalho devem entender-se as
ocupações materiais?
“Não; o Espírito trabalha, assim como o corpo.
Toda ocupação útil é trabalho.”
676. Por que o trabalho se impõe ao homem?
“Por ser uma consequência da sua natureza corpórea. É
expiação e, ao mesmo tempo, meio de aperfeiçoamento da
sua inteligência. Sem o trabalho, o homem permaneceria
sempre na infância, quanto à inteligência. Por isso é que seu
alimento, sua segurança e seu bem-estar dependem do seu
trabalho e da sua atividade. Ao extremamente fraco de corpo
outorgou Deus a inteligência, em compensação. Mas é
NECESSIDADE DO TRABALHO
5. 678. Em os mundos mais aperfeiçoados, os
homens se acham submetidos à mesma
necessidade de trabalhar?
“A natureza do trabalho está em
relação com a natureza das
necessidades. Quanto menos
materiais são estas, menos
material é o trabalho. Mas, não
deduzais daí que o homem se
conserve inativo e inútil. A
ociosidade seria um suplício, em
vez de ser um benefício.”
NECESSIDADE DO TRABALHO
Cap. O Valor do trabalho
6. 679. Achar-se-á isento da lei do trabalho o homem
que possua bens suficientes para lhe assegurarem a
existência?
NECESSIDADE DO TRABALHO
“Do trabalho material, talvez; não, porém, da obrigação de
tornar-se útil, conforme aos meios de que disponha, nem de
aperfeiçoar a sua inteligência ou a dos outros, o que
também é trabalho. Aquele a quem Deus facultou a posse de
bens suficientes a lhe garantirem a existência não está, é
certo, constrangido a alimentar-se com o suor do seu
rosto, mas tanto maior lhe é a obrigação de ser útil aos seus
semelhantes, quanto mais ocasiões de praticar o bem lhe
proporciona o adiantamento que lhe foi feito.”
7. O trabalho é a escada divina de acesso aos
lauréis imarcescíveis do espírito.
Ninguém precisa pedir transferência para Júpiter
ou Saturno, a fim de colaborar na criação de
novos céus.
A Terra, nossa casa e nossa oficina, em plena
paisagem cósmica, espera por nós, a fim de que a
convertamos em glorioso paraíso.
O Grande Educandário - Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier. Livro: Roteiro.
9. 7. Disse, então, Jesus estas palavras:
"Graças te rendo, meu Pai, Senhor do céu e da
Terra, por haveres ocultado estas coisas aos
doutos e aos prudentes e por as teres revelado aos
simples e aos pequenos." (S. MATEUS, cap. XI, v. 25.)
Mistérios ocultos aos doutos e
aos prudentes
10. 8. Pode parecer singular que Jesus renda graças a Deus, por
haver revelado estas coisas aos simples e aos pequenos, que
são os pobres de espírito, e por as ter ocultado aos doutos e
aos prudentes, mais aptos, na aparência, a compreendê-las.
E que cumpre se entenda que os primeiros são os humildes,
são os que se humilham diante de Deus e não se consideram
superiores a toda a gente.
Os segundos são os orgulhosos, envaidecidos do seu saber
mundano, os quais se julgam prudentes porque negam e
tratam a Deus de igual para igual, quando não se recusam a
admiti-lo, porquanto, na antigüidade, douto era sinônimo de
sábio. Por isso é que Deus lhes deixa a pesquisa dos
segredos da Terra e revela os do céu aos simples e aos
humildes que diante dEle se prostram.
Mistérios ocultos aos doutos e
aos prudentes
11. 9. O mesmo se dá hoje com as grandes verdades que o Espiritismo
revelou. Alguns incrédulos se admiram de que os Espíritos tão
poucos esforços façam para os convencer. A razão está em que
estes últimos cuidam preferentemente dos que procuram, de boa fé
e com humildade, a luz, do que daqueles que se supõem na posse
de toda a luz e imaginam, talvez, que Deus deveria dar-se por muito
feliz em atraí-los a si, provando-lhes a sua existência.
O poder de Deus se manifesta nas mais pequeninas coisas, como
nas maiores. Ele não põe a luz debaixo do alqueire, por isso que a
derrama em ondas por toda a parte, de tal sorte que só cegos não a
vêem. A esses não quer Deus abrir à força os olhos, dado que lhes
apraz tê-los fechados. A vez deles chegará, mas é preciso que,
antes, sintam as angústias das trevas e reconheçam que é a
Divindade e não o acaso quem lhes fere o orgulho.
Mistérios ocultos aos doutos e
aos prudentes
12. Para vencer a incredulidade, Deus emprega os meios mais
convenientes, conforme os indivíduos. Não é à incredulidade
que compete prescrever-lhe o que deva fazer, nem lhe cabe
dizer: “Se me queres convencer, tens de proceder dessa ou
daquela maneira, em tal ocasião e não em tal outra, porque
essa ocasião é a que mais me convém."
Não se espantem, pois, os incrédulos de que nem Deus, nem
os Espíritos, que são os executores da sua vontade, se lhes
submetam às exigências. Inquiram de si mesmos o que
diriam, se o último de seus servidores se lembrasse de lhes
prescrever fosse o que fosse. Deus impõe condições e não
aceita as que lhe queiram impor. Escuta, bondoso, os que a
Ele se dirigem humildemente e não os que se julgam mais do
que Ele.
Mistérios ocultos aos doutos e
aos prudentes
13. Mistérios ocultos aos doutos e
aos prudentes
Jesus disse: “Creste, porque me viste.
Felizes aqueles que creem sem ter visto”.