O documento discute sistemas de distribuição de medicamentos em hospitais, comparando sistemas coletivos, individualizados e de dose unitária. O sistema de dose unitária oferece melhores condições para a terapia medicamentosa ao permitir identificação do medicamento até a administração e reduzir erros, embora exija mais recursos iniciais. A segurança do paciente deve ser o foco na dispensação de medicamentos.

1. Profa. Madelon Novato Ribeiro
Sistema de Distribuição de
Medicamentos

2. Introdução
Seleção
Programação
Aquisição
Armazenamento
Distribuição
Dispensação
Figura1: Ciclo da assistência farmacêutica
Conjunto de processos que visa assegurar que
os produtos solicitados estejam disponíveis no
lugar certo, na quantidade e especificações
solicitadas, de forma segura e no prazo
estabelecido.

3. Introdução
Objetivos
Reduzir erros de medicação
Aumentar o controle sobre os medicamentos
Racionalização da distribuição
Reduzir os custos com medicamentos
Aumentar a segurança para os pacientes

4. Introdução
Considerar
Estrutura física do hospital
Disponibilidade de recursos humanos na farmácia
Número de leitos
Característica dos diferentes serviços existentes no hospital

5. Tipos de sistema de distribuição de medicamentos
(SDM)
Coletivo Individualizado Misto Dose unitária
Tradicionais Moderno

6. Sistema Coletivo
Fonte: Gomes e Silva, 2011
Requisição de medicamentos para reabastecimento de
estoque;
Enfermagem responsável por avaliar a prescrição e
requisitar o medicamento;
Não há interação do farmacêutico com a equipe
multidisciplinar
Fonte: Brasil, 1994.

7. Sistema Coletivo – VANTAGENS
Registro das movimentações de saída fácil e rápido;
Baixo número de operações de requisição e devoluções de
medicamentos;
Disponibilidade de medicamentos na clínica para uso imediato.
Número reduzido de colaboradores na farmácia;
Horário de funcionamento da farmácia reduzido;

8. Sistema Coletivo – DESVANTAGENS
Falta de revisão do farmacêutico;
Consumo excessivo do tempo da enfermagem com atividades relacionadas a
medicamentos;
Impossibilidade de faturamento real dos gastos do paciente;
Maior incidência de erros de medicação;
Transcrição de prescrição;
Controle deficiente dos estoques;
Perda por desvio, validade e armazenamento incorreto.

9. Sistema Individualizado
Fonte: Gomes e Silva, 2011
Medicamentos dispensados para o período de 24h;
Pequena participação do farmacêutico no
processo;
Fonte: Brasil, 1994.

10. Sistema Individualizado
O sistema de distribuição individualizado pode ser operacionalizado de duas
formas:
a) Os medicamentos são dispensados em um único compartimento, podendo ser um
saco plástico identificado com a unidade assistencial, o numero do leito, nome do
paciente, contendo todos os medicamentos de forma desordenada, para um período
de 12 a 24 horas ou um turno de trabalho.
b) Os medicamentos são fornecidos em embalagens, dispostos segundo o horário de
administração constante na prescrição médica, individualizados e identificados para
cada paciente e para no máximo 24 horas.

11. Sistema Individualizado – VANTAGENS
Os estoques periféricos dos setores são reduzidos;
Menor quantidade de desvios e perdas;
Inserção da farmácia na equipe multiprofissional;
Garantia de controle do armazenamento dos medicamentos;
Menor número de erros de transcrição e de administração de
medicamentos
O que não foi utilizado pode ser devolvido a farmácia;
Menor tempo da enfermagem separando medicamentos.

12. Sistema Individualizado – DESVANTAGENS
Custo de implantação do projeto e maior número de colaboradores;
Ainda podem ocorrer erros com medicamentos;
Atividade da enfermagem continua desviada para a dispensação;
Ausência de controle efetivo do estoque e faturamento.

13. Causas de erros de administração nos sistemas
coletivo e individualizado
Prescrição médica inadequada;
Transcrição de prescrição;
Dificuldade da enfermagem em conhecer sobre estabilidade e incompatibilidade
dos fármacos e seu armazenamento adequado.

14. Sistema misto
No sistema de distribuição combinado ou misto, a farmácia distribui
alguns medicamentos mediante solicitação e outros por copia da
prescrição médica portanto, parte do sistema é coletivo e parte
individualizado.

15. Sistema de Dose Unitária
Fonte: Gomes e Silva, 2011
A farmácia será responsável pelo
preparo e envio dos medicamentos as
clínicas, INCLUINDO INJETÁVEIS, de
acordo com a prescrição médica.

16. Sistema de Dose Unitária
O ideal é que se dispense os medicamentos para um horário
específico, mas na prática devido as rotinas e visitas dos médicos aos
pacientes, esta distribuição se realiza na maioria dos hospitais para
24hs, sempre tendo em vista que isto pode gerar erros e devendo
ser estabelecido procedimentos que minimizem esta possibilidade.

17. Sistema de Dose Unitária
Dose unitária
Centralizado
Descentralizado
Combinado

18. Sistema Centralizado: as doses são preparadas na farmácia central e
distribuídas para todo o hospital. Centralização, o controle de estoque e a
supervisão da preparação das doses pelo farmacêutico;
Sistema Descentralizado: as doses são preparadas nas farmácias satélite
(descentralizadas) e ao final de cada preparação, os quantitativos do consumo
são enviados à Farmácia Central;
Sistema Combinado: Farmácia Central e Farmácias Satélites estão atuando na
preparação de doses.
Sistema de Dose Unitária

19. Sistema de Dose Unitária
O sistema de distribuição de medicamentos individualizado e por dose unitária oferece
atualmente as melhores condições para o adequado atendimento da terapia
medicamentosa;
A atuação do profissional farmacêutico contribui significativamente com a
farmacoterapia utilizada e no desenvolvimento de suas atividades com técnica,
assegurando o uso racional dos medicamentos.

20. Sistema dose unitária – VANTAGENS
Identificação do medicamento até o momento da administração, sem
necessidade de cálculo;
Estoque na unidade assistencial apenas para ser administrado;
Dupla checagem – farmácia e enfermagem;
Redução da incidência de erros de administração;
Não requer manipulação pela enfermagem;
Redução do tempo da enfermagem com atividades relacionadas ao
medicamento;
Otimização do processo de devolução;
Faturamento mais exato do consumo de medicamentos por paciente –
rastreabilidade;
Melhoria da qualidade da assistência prestada ao paciente.

21. Sistema de Dose unitária – DESVANTAGENS
Aumento de recursos humanos e infraestrutura da farmácia;
Farmácia funciona em tempo integral;
Necessidade inicial de alto investimento financeiro;
Resistência nos serviços de enfermagem.

23. Dispensação de medicamentos – Aspectos legais
A prescrição deve ser completa
 Identificação do prescritor: nome, inscrição no conselho profissional, assinatura
 Data da prescrição;
 Identificação do paciente: nome completo, número de prontuário, leito e data de
nascimento;
 Identificação do medicamento: nome, apresentação, concentração, posologia,
duração
do tratamento;
 Orientações ao paciente, quando necessário;

24. Dispensação de medicamentos – Aspectos legais
Conferência do medicamento
 Nome, forma farmacêutica e concentração;
 Integridade física;
 Validade;
 Estabilidade;
 Orientações;
 Armazenamento;
 Forma de administração.

25. Dispensação de medicamentos – Aspectos legais
Foco no paciente na segurança do paciente
O farmacêutico deve promover as condições para que o paciente use o
medicamento da melhor maneira possível, inclusive na alta hospitalar.
 Indicação;
 Contra indicação;
 Efetividade;
 Segurança;
 Interação medicamentosa;
 Orientação quanto ao uso;
 Educação em Saúde.

27. Farmacoterapia – Administração segura de medicamentos
13 certos
Prescrição certa
Paciente certo Horário certo
Via de adm. certa
Medicamento certo
Forma/apresent. certa
Compatibilidade certa
Orientação certa
Ação certa
Tempo de adm. certo
Registro certo
Validade certa
Dose certa

28. Fluxo de distribuição/dispensação
 Soluções parenterais de grande volume;
 Preparações estéreis: misturas endovenosas, nutrição parenteral e
citostáticos;
 Medicamentos sujeitos a controle especial;
 Medicamentos de emergência;
 Medicamentos de uso restrito;
 Medicamentos de ensaios clínicos;
 Medicamentos padronizados e não padronizados;
 Medicamentos para pacientes ambulatoriais;
 Medicamentos de programas governamentais;
 Medicamentos de ação judicial;
 Medicamentos distribuídos por meio de kits;
 Entre outros...

29. Erros de medicação
Associação Americana dos farmacêuticos do Sistema de Saúde,
 39% erros ocorrem no ato da prescrição;
 12% na transcrição do pedido médico;
 11% na dispensação; e
 38% na administração.
A medida da taxa de erros é considerada um dos melhores indicadores de
qualidade de um sistema de distribuição de medicamentos em hospitais e é
utilizada para avaliar a segurança destes sistemas.

30. Erros de medicação – Como prevenir?
 Necessidade de se estabelecer uma comunicação escrita;
 Prescrição eletrônica;
 Padrões para a preparação e administração de medicamentos;
 Validação da prescrição médica pelo farmacêutico;
 Estabelecer um Sistema de Distribuição adequado;
 Automação.
https://www.youtube.com/watch?v=tQzSxyJhKgk
https://www.youtube.com/watch?v=fF1WjbbHqNA

31. 31

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Prescrição de Fluconazol interpretada como
Fluimucil®!
Como evitar?
-Prescrição digitada;
-Letra de forma;
-Conferir se a cópia carbonada está legível.

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Como prescritor, o que poderia fazer neste caso?

36. Referências bibliográficas
Brasil. Ministério da Saúde. Coordenação de controle de infecção hospitalar. Guia básico para a farmácia
hospitalar. Brasília, 1994. 174 p;
GOMES, Maria José Vasconcelos de Magalhães; REIS, Adriano Max Moreira. Ciências farmacêuticas: uma
abordagem em farmácia hospitalar. Editora Atheneu. São Paulo, 2011;
JOYCE EVARISTO, Fayga et al. Sistema de distribuição de medicamentos em ambiente
hospitalar. InterfacEHS, v. 14, n. 1, 2019;
MAIA, Jacione Lemos Botelho et al. Fatores associados a erros de dispensação de medicamentos:
contribuição à melhoria de sistemas de medicação. Revista Enfermagem UERJ, v. 27, p. 44633, 2019;
MARTINS, Jordânia Ferreira et al. Análise do perfil e da frequência de erros de dispensação de
medicamentos em um hospital de médio porte nos anos de 2009 a 2019. Journal of Health & Biological
Sciences, v. 9, n. 1, p. 1-8, 2021.