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Farmacotécnica hospitalar
Madelon Novato Ribeiro – Farmacêutica
https://pt.slideshare.net/keytianedejesusviana/98230944-farmacotecnicaapostila?next_slideshow=36708651
Farmácia
A Lei 5.991/73, regulamentada pelo Decreto 74.140/74, define
Farmácia como:
“Estabelecimento de manipulação de fórmulas magistrais e oficinais,
de comércio de medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos,
compreendendo o de dispensação e o de atendimento privativo de
unidade hospitalar ou de qualquer outra equivalente de assistência
médica”.
Farmácia HOSPITALAR
Função: garantir a qualidade de assistência prestada ao paciente
através do uso seguro e racional de medicamentos e correlatos, adequado
sua utilização à saúde individual e coletiva, nos planos: assistencial,
preventivo e de investigação.
Farmácia HOSPITALAR
Nas atividades de assistência farmacêutica, é de competência
da farmácia hospitalar:
- Estabelecer um sistema, eficiente, eficaz e seguro de dispensação
para pacientes ambulatoriais e internados, de acordo com as
condições técnicas hospitalares;
Sistema Individualizado
Fonte: Gomes e Silva, 2011
Medicamentos dispensados para o período de 24h;
Pequena participação do farmacêutico no processo;
Fonte: Brasil, 1994.
Sistema Individualizado
O sistema de distribuição individualizado pode ser operacionalizado de duas
formas:
a) Os medicamentos são dispensados em um único compartimento, podendo ser um
saco plástico identificado com a unidade assistencial, o numero do leito, nome do
paciente, contendo todos os medicamentos de forma desordenada, para um período
de 12 a 24 horas ou um turno de trabalho.
b) Os medicamentos são fornecidos em embalagens, dispostos segundo o horário de
administração constante na prescrição medica, individualizados e identificados para
cada paciente e para no máximo 24 horas.
Sistema Individualizado – VANTAGENS
Os estoques periféricos dos setores são reduzidos;
Menor quantidade de desvios e perdas;
Inserção da farmácia na equipe multiprofissional;
Garantia de controle do armazenamento dos medicamentos;
Menor número de erros de transcrição e de administração de medicamentos
O que não foi utilizado pode ser devolvido a farmácia;
Menor tempo da enfermagem separando medicamentos.
Sistema Individualizado – DESVANTAGENS
Custo de implantação do projeto e maior número de colaboradores;
Ainda podem ocorrer erros com medicamentos;
Atividade da enfermagem continua desviada para a dispensação;
Ausência de controle efetivo do estoque e faturamento.
Causas de erros de administração nos sistemas
coletivo e individualizado
Prescrição médica inadequada;
Transcrição de prescrição;
Dificuldade da enfermagem em conhecer sobre estabilidade e incompatibilidade dos
fármacos e seu armazenamento adequado.
FARMÁCIA HOSPITALAR
Dispor de setor de farmacotécnica composto de unidades para:
a) manipulação de fórmulas magistrais e oficinais;
b) manipulação e controle de antineoplásicos;
c) preparo e diluição de germicidas;
d) reconstituição de medicamentos, preparo de misturas intravenosas e
nutrição parenteral;
e) fracionamento de doses;
f) análises e controles correspondentes;
g) outras atividades passíveis de serem realizadas segundo a
constituição da farmácia hospitalar e características do hospital.
FARMACOTÉCNICA
É o ramo da farmácia que busca a fabricação de medicamentos
em diferentes formas farmacêuticas e que possam ser administrados
por diversas vias, com o intuito de propiciar a melhor resposta
terapêutica pacientes, prevenção, diagnóstico e cura das doenças.
Objetivo: preparar, conservar, acondicionar e dispensar
medicamentos, dosados com exatidão e apresentados sob uma forma
que facilite a sua administração.
FARMACOTÉCNICA
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Proporcionar a qualquer momento, independentemente da disponibilidade
comercial, medicamentos com qualidade aceitável, adaptados às
necessidades específicas da população que atende;
- Desenvolver fórmulas de medicamentos e produtos de interesse estratégico
e/ou econômico para a farmácia hospitalar e para o hospital;
FARMACOTÉCNICA
- Fracionar e/ou reenvasar os medicamentos elaborados pela indústria
farmacêutica a fim de racionalizar a sua distribuição e administração;
- Preparar, diluir e/ou reenvasar germicidas necessários para as ações
de anti-sepsia, limpeza, desinfecção, esterilização;
- A farmacotécnica hospitalar disponibiliza medicamentos e soluções
que o mercado não disponibiliza ou que têm alto custo, em diferentes
concentrações, quantidades e volumes.
VANTAGENS DA MANIPULAÇÃO
- Medicamento personalizado;
- Dose certa onde o médico prescreve doses que não estariam
disponíveis no medicamento industrializado, atendendo a cada
paciente.
- Rótulo é personalizado evitando confusões e trocas.
- Associações benéficas: na manipulação o médico pode usar vários
medicamentos que complementam o tratamento, numa única fórmula,
para evitar que o paciente tome vários medicamentos.
FARMACOTÉCNICA
- O farmacêutico avalia sempre a incompatibilidade entre as
substâncias.
- Vínculo médico-paciente-farmacêutico fortalecido, com
acompanhamento do caso por profissionais de saúde que se
complementam para o objetivo comum de promover a saúde total do
cliente.
- Manipular produtos estéreis, incluindo soluções de nutrição
parenteral, citostáticos e demais misturas intravenosas;
FARMACOTÉCNICA HOSPITALAR
Adequar princípios ativos e/ou medicamentos disponíveis no
mercado para a administração ao paciente e/ou uso intra-hospitalar.
Elaborar preparações magistrais e oficinais, disponíveis ou não
no mercado, e/ou fracionar especialidades farmacêuticas para atender às
necessidades dos pacientes, resguardando a qualidade.
FARMACOTÉCNICA HOSPITALAR
Preparação magistral: é aquela preparada na farmácia, a partir de uma
prescrição de profissional habilitado, destinada a um paciente
individualizado, e que estabeleça em detalhes sua composição, forma
farmacêutica, posologia e modo de usar.
Preparação oficinal: é aquela preparada na farmácia, cuja fórmula esteja
inscrita no Formulário Nacional ou em Formulários Internacionais
reconhecidos pela ANVISA. COMISSÃO ASSESSORA DE
FARMÁCIA HOSPITALAR.
FARMACOTÉCNICA HOSPITALAR
A preparação da fórmula envolve:
- Avaliação farmacêutica
- Manipulação
- Controle de qualidade
- Conservação
- Dispensação
FARMACOTÉCNICA HOSPITALAR
A receita constitui um documento cercado de responsabilidade sob dois
aspectos:
1. Aspecto clínico – transparecer o diagnóstico – sigilo profissional –
Ética
2. Aspecto da dose – No caso de doses exageradas o farmacêutico tem o
direito e a responsabilidade de não aviar a receita.
Misturas Intravenosas
As misturas intravenosas são os medicamentos diluídos ou reconstituídos
para administração, incluem soluções de pequeno (RDC 9/2001) e de grandes
volumes (Portaria SVS/MS 500/1997).
Introdução
Para que serve o sulco?
- Possibilitar partição
- Modificar a compressibilidade do pó
- Estética - Uma única compressora na fábrica
- Indústria farmacêutica deve informar o motivo do sulco (RDC 60/2014)
- No registro do produto
- Não na bula
Comprimidos revestidos
- Avaliar a partição de comprimidos de acordo com a função do revestimento.
O que a bula diz? (RDC 47/2009)
- Funções do revestimento:
- Mascarar sabor
- Modificar aspecto
- Facilitar deglutição
- Proteger da oxidação/umidade, diminuir a degradação
- Modificar a liberação
Comprimidos revestidos
Quando os comprimidos são divididos, o risco dessa manipulação é aumentado se as
propriedades do comprimido forem alteradas (comprimidos de liberação estendida ou com
revestimento entérico) ou se o comprimido possuir um formato incomum.
O risco também pode ser aumentado se o comprimido não for sulcado.
Comprimidos com modificação da liberação: não deveriam ser manipulados, sem
discussão específica com prescritores e/ou farmacêuticos, a menos que informações do
fabricante permitam isso.
Biodisponibilidade
Distribuição do fármaco
Não existe partição perfeita
- Distribuição do fármaco no comprimido está relacionada à hogeneização do pó
- Qualidade da mistura
Mais importante:
- Técnica de partição
- Friabilidade do comprimido (perdas decorrentes do atrito)
Peso e conteúdo
Barker et al, 2018
Formato do comprimido
Barker et al, 2018
Pó que sobra da partição
- Refere-se a perda de dose
- Comprimido de alta friabilidade: não há como saber quanto se perde
- Partir por causa de dificuldade de engolir inteiro - ok
Outras considerações
Para a dispersão de comprimidos com a finalidade de tomar uma dose proporcional,
o método não deve ser realizado a menos que a solubilidade dos ingredientes ativos seja
conhecida.
Potencial de confusão causado pelo uso de intervalos de dose: os prescritores podem
considerar a dose arredondada mais aceitável. Incluir orientação sobre arredondamento de
dose dentro dos limites de farmacopeia para o conteúdo do fármaco (10% é aceitável).
Resultados adicionais
Como partir comprimidos
Faca
Unha
Cortador de comprimido (não há controle de qualidade)
Há algumas evidências para apoiar o uso de cortadores de comprimidos para
a partição de comprimidos com formato uniforme e que esse método provavelmente reduz o
risco de não obtenção da dose pretendida.
Recomendações
1) Quando a preferência do paciente demandar a manipulação do comprimido, certifique-se
de que as implicações disso sejam discutidas com o paciente, pais e cuidadores.
2) Os comprimidos devem ser preferencialmente partidos para posterior dispersão ou
trituração para administração de uma proporção.
3) Os comprimidos só devem ser dispersos em líquido se houver conhecimento da
dispersibilidade do produto ou solubilidade de ingredientes ativos e de quaisquer
características especiais da formulação (por exemplo, grânulos de liberação controlada ou
cápsulas e comprimidos revestidos entéricos).
Poderá permanecer algum resíduo insolúvel após a dispersão ou dissolução de um
fármaco conhecido por ser solúvel devido à presença de excipientes insolúveis no produto
original.
Recomendações
4) Partir comprimidos com auxílio de um cortador de comprimidos.
5) Limpar e substituir os cortadores de comprimidos de acordo com as recomendações locais e
do fabricante.
6) Os comprimidos sulcados devem ser divididos ao longo da linha do sulco, pela linha mais
profunda.
7) Consultar um farmacêutico antes da divisão de comprimidos não sulcados.
Recomendações
8) Não separar os comprimidos em mais de quatro segmentos (¼) a menos que especificado pelo
fabricante. Antes da administração, avalie visualmente os segmentos do comprimido que devem
apresentar tamanhos iguais.
9) Os segmentos restantes do comprimido devem ser gerenciados de acordo com a política local
da instituição.
10) Quando triturar comprimidos para dispersão, adicionar água no recipiente usado para
trituração de modo que a perda através da transferência do comprimido triturado seja
minimizada.
Referências Bibliográficas
Barker, C et al (Org.). Manipulação de medicamentos necessários para crianças: um guia para profissionais de saúde. Tradução:
Elisangela da Costa Lima. São Paulo: Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar, 2018.
Teixeira MT, Sá-Barreto LCL, Silva DLM, Cunha-Filho MSS. Panorama dos aspectos regulatórios que norteiam a partição de comprimidos.
Rev Panam Salud Publica. 2016;39(6):372–77. https://www.scielosp.org/pdf/rpsp/2016.v39n6/372-377/pt
Análise da partição de comprimidos de carbamazepina analysis of tablet splitting of carbamazepin.
file:///C:/Users/madelon.ribeiro/Downloads/2371-9113-1-PB.pdf
Flexibilização de dose. Sua utilidade pode
ser relevante, principalmente, para tratamento de
crianças e idosos, cujas posologias geralmente não
estão contempladas pelas apresentações comerciais
disponíveis.
Permitir início do tratamento com a
mínima dose efetiva, implicando em diminuição da
ocorrência de reações adversas.
A facilidade de deglutição principalmente
em idosos, crianças ou quando os comprimidos são
grandes. Reduzir gastos com medicamentos é o
terceiro estímulo mais frequente para se partirem
comprimidos. Algumas indústrias farmacêuticas
propõem preços semelhantes para diferentes
apresentações de um determinado medicamentos
possibilitando que um comprimido de maior dose
custe menos do que dois equivalentes à mesma dose.
Dificuldade de partição é um dos
problemas mais frequentemente relatados,
principal- mente por pessoas idosas e para
comprimidos pequenos.
Desigualdade entre as partes quando há
divisão do comprimido, inclusive com o uso de
partidores específicos. Essa desigualdade pode resultar
em variação de dose, tornando-a maior ou menor do
que o necessário. McDevitt et al. (1998) realizaram um
estudo com subdivisão de comprimi- dos, mostrando
que 41% das partes apresentaram desvios de mais de
10% do peso esperado, e 12% tiveram desvios maiores
que 20%. A diferença no tamanho das partes pode
ainda ser interpretada pelo paciente como um desvio
de qualidade, interferindo na credibilidade do produto.
Perda do produto, que se deve à
fragmentação resultante da partição.
Alguns estudos mostram que a perda pode
ser considerável. Biron et al. (1999) relataram perdas
maiores que 14% ao se partirem comprimidos ao
meio, e maiores que 27% ao dividi-los em quatro
partes
Farmacotécnica hospitalar: preparação de medicamentos

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Farmacotécnica hospitalar: preparação de medicamentos

  • 1. Farmacotécnica hospitalar Madelon Novato Ribeiro – Farmacêutica https://pt.slideshare.net/keytianedejesusviana/98230944-farmacotecnicaapostila?next_slideshow=36708651
  • 2. Farmácia A Lei 5.991/73, regulamentada pelo Decreto 74.140/74, define Farmácia como: “Estabelecimento de manipulação de fórmulas magistrais e oficinais, de comércio de medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, compreendendo o de dispensação e o de atendimento privativo de unidade hospitalar ou de qualquer outra equivalente de assistência médica”.
  • 3. Farmácia HOSPITALAR Função: garantir a qualidade de assistência prestada ao paciente através do uso seguro e racional de medicamentos e correlatos, adequado sua utilização à saúde individual e coletiva, nos planos: assistencial, preventivo e de investigação.
  • 4. Farmácia HOSPITALAR Nas atividades de assistência farmacêutica, é de competência da farmácia hospitalar: - Estabelecer um sistema, eficiente, eficaz e seguro de dispensação para pacientes ambulatoriais e internados, de acordo com as condições técnicas hospitalares;
  • 5. Sistema Individualizado Fonte: Gomes e Silva, 2011 Medicamentos dispensados para o período de 24h; Pequena participação do farmacêutico no processo; Fonte: Brasil, 1994.
  • 6. Sistema Individualizado O sistema de distribuição individualizado pode ser operacionalizado de duas formas: a) Os medicamentos são dispensados em um único compartimento, podendo ser um saco plástico identificado com a unidade assistencial, o numero do leito, nome do paciente, contendo todos os medicamentos de forma desordenada, para um período de 12 a 24 horas ou um turno de trabalho. b) Os medicamentos são fornecidos em embalagens, dispostos segundo o horário de administração constante na prescrição medica, individualizados e identificados para cada paciente e para no máximo 24 horas.
  • 7. Sistema Individualizado – VANTAGENS Os estoques periféricos dos setores são reduzidos; Menor quantidade de desvios e perdas; Inserção da farmácia na equipe multiprofissional; Garantia de controle do armazenamento dos medicamentos; Menor número de erros de transcrição e de administração de medicamentos O que não foi utilizado pode ser devolvido a farmácia; Menor tempo da enfermagem separando medicamentos.
  • 8. Sistema Individualizado – DESVANTAGENS Custo de implantação do projeto e maior número de colaboradores; Ainda podem ocorrer erros com medicamentos; Atividade da enfermagem continua desviada para a dispensação; Ausência de controle efetivo do estoque e faturamento.
  • 9. Causas de erros de administração nos sistemas coletivo e individualizado Prescrição médica inadequada; Transcrição de prescrição; Dificuldade da enfermagem em conhecer sobre estabilidade e incompatibilidade dos fármacos e seu armazenamento adequado.
  • 10. FARMÁCIA HOSPITALAR Dispor de setor de farmacotécnica composto de unidades para: a) manipulação de fórmulas magistrais e oficinais; b) manipulação e controle de antineoplásicos; c) preparo e diluição de germicidas; d) reconstituição de medicamentos, preparo de misturas intravenosas e nutrição parenteral; e) fracionamento de doses; f) análises e controles correspondentes; g) outras atividades passíveis de serem realizadas segundo a constituição da farmácia hospitalar e características do hospital.
  • 11. FARMACOTÉCNICA É o ramo da farmácia que busca a fabricação de medicamentos em diferentes formas farmacêuticas e que possam ser administrados por diversas vias, com o intuito de propiciar a melhor resposta terapêutica pacientes, prevenção, diagnóstico e cura das doenças. Objetivo: preparar, conservar, acondicionar e dispensar medicamentos, dosados com exatidão e apresentados sob uma forma que facilite a sua administração.
  • 12.
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  • 14. FARMACOTÉCNICA OBJETIVOS ESPECÍFICOS - Proporcionar a qualquer momento, independentemente da disponibilidade comercial, medicamentos com qualidade aceitável, adaptados às necessidades específicas da população que atende; - Desenvolver fórmulas de medicamentos e produtos de interesse estratégico e/ou econômico para a farmácia hospitalar e para o hospital;
  • 15. FARMACOTÉCNICA - Fracionar e/ou reenvasar os medicamentos elaborados pela indústria farmacêutica a fim de racionalizar a sua distribuição e administração; - Preparar, diluir e/ou reenvasar germicidas necessários para as ações de anti-sepsia, limpeza, desinfecção, esterilização; - A farmacotécnica hospitalar disponibiliza medicamentos e soluções que o mercado não disponibiliza ou que têm alto custo, em diferentes concentrações, quantidades e volumes.
  • 16. VANTAGENS DA MANIPULAÇÃO - Medicamento personalizado; - Dose certa onde o médico prescreve doses que não estariam disponíveis no medicamento industrializado, atendendo a cada paciente. - Rótulo é personalizado evitando confusões e trocas. - Associações benéficas: na manipulação o médico pode usar vários medicamentos que complementam o tratamento, numa única fórmula, para evitar que o paciente tome vários medicamentos.
  • 17. FARMACOTÉCNICA - O farmacêutico avalia sempre a incompatibilidade entre as substâncias. - Vínculo médico-paciente-farmacêutico fortalecido, com acompanhamento do caso por profissionais de saúde que se complementam para o objetivo comum de promover a saúde total do cliente. - Manipular produtos estéreis, incluindo soluções de nutrição parenteral, citostáticos e demais misturas intravenosas;
  • 18. FARMACOTÉCNICA HOSPITALAR Adequar princípios ativos e/ou medicamentos disponíveis no mercado para a administração ao paciente e/ou uso intra-hospitalar. Elaborar preparações magistrais e oficinais, disponíveis ou não no mercado, e/ou fracionar especialidades farmacêuticas para atender às necessidades dos pacientes, resguardando a qualidade.
  • 19. FARMACOTÉCNICA HOSPITALAR Preparação magistral: é aquela preparada na farmácia, a partir de uma prescrição de profissional habilitado, destinada a um paciente individualizado, e que estabeleça em detalhes sua composição, forma farmacêutica, posologia e modo de usar. Preparação oficinal: é aquela preparada na farmácia, cuja fórmula esteja inscrita no Formulário Nacional ou em Formulários Internacionais reconhecidos pela ANVISA. COMISSÃO ASSESSORA DE FARMÁCIA HOSPITALAR.
  • 20. FARMACOTÉCNICA HOSPITALAR A preparação da fórmula envolve: - Avaliação farmacêutica - Manipulação - Controle de qualidade - Conservação - Dispensação
  • 21. FARMACOTÉCNICA HOSPITALAR A receita constitui um documento cercado de responsabilidade sob dois aspectos: 1. Aspecto clínico – transparecer o diagnóstico – sigilo profissional – Ética 2. Aspecto da dose – No caso de doses exageradas o farmacêutico tem o direito e a responsabilidade de não aviar a receita.
  • 22. Misturas Intravenosas As misturas intravenosas são os medicamentos diluídos ou reconstituídos para administração, incluem soluções de pequeno (RDC 9/2001) e de grandes volumes (Portaria SVS/MS 500/1997).
  • 23. Introdução Para que serve o sulco? - Possibilitar partição - Modificar a compressibilidade do pó - Estética - Uma única compressora na fábrica - Indústria farmacêutica deve informar o motivo do sulco (RDC 60/2014) - No registro do produto - Não na bula
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  • 25. Comprimidos revestidos - Avaliar a partição de comprimidos de acordo com a função do revestimento. O que a bula diz? (RDC 47/2009) - Funções do revestimento: - Mascarar sabor - Modificar aspecto - Facilitar deglutição - Proteger da oxidação/umidade, diminuir a degradação - Modificar a liberação
  • 26. Comprimidos revestidos Quando os comprimidos são divididos, o risco dessa manipulação é aumentado se as propriedades do comprimido forem alteradas (comprimidos de liberação estendida ou com revestimento entérico) ou se o comprimido possuir um formato incomum. O risco também pode ser aumentado se o comprimido não for sulcado. Comprimidos com modificação da liberação: não deveriam ser manipulados, sem discussão específica com prescritores e/ou farmacêuticos, a menos que informações do fabricante permitam isso.
  • 28. Distribuição do fármaco Não existe partição perfeita - Distribuição do fármaco no comprimido está relacionada à hogeneização do pó - Qualidade da mistura Mais importante: - Técnica de partição - Friabilidade do comprimido (perdas decorrentes do atrito)
  • 29. Peso e conteúdo Barker et al, 2018
  • 31. Pó que sobra da partição - Refere-se a perda de dose - Comprimido de alta friabilidade: não há como saber quanto se perde - Partir por causa de dificuldade de engolir inteiro - ok
  • 32. Outras considerações Para a dispersão de comprimidos com a finalidade de tomar uma dose proporcional, o método não deve ser realizado a menos que a solubilidade dos ingredientes ativos seja conhecida. Potencial de confusão causado pelo uso de intervalos de dose: os prescritores podem considerar a dose arredondada mais aceitável. Incluir orientação sobre arredondamento de dose dentro dos limites de farmacopeia para o conteúdo do fármaco (10% é aceitável).
  • 34. Como partir comprimidos Faca Unha Cortador de comprimido (não há controle de qualidade) Há algumas evidências para apoiar o uso de cortadores de comprimidos para a partição de comprimidos com formato uniforme e que esse método provavelmente reduz o risco de não obtenção da dose pretendida.
  • 35. Recomendações 1) Quando a preferência do paciente demandar a manipulação do comprimido, certifique-se de que as implicações disso sejam discutidas com o paciente, pais e cuidadores. 2) Os comprimidos devem ser preferencialmente partidos para posterior dispersão ou trituração para administração de uma proporção. 3) Os comprimidos só devem ser dispersos em líquido se houver conhecimento da dispersibilidade do produto ou solubilidade de ingredientes ativos e de quaisquer características especiais da formulação (por exemplo, grânulos de liberação controlada ou cápsulas e comprimidos revestidos entéricos). Poderá permanecer algum resíduo insolúvel após a dispersão ou dissolução de um fármaco conhecido por ser solúvel devido à presença de excipientes insolúveis no produto original.
  • 36. Recomendações 4) Partir comprimidos com auxílio de um cortador de comprimidos. 5) Limpar e substituir os cortadores de comprimidos de acordo com as recomendações locais e do fabricante. 6) Os comprimidos sulcados devem ser divididos ao longo da linha do sulco, pela linha mais profunda. 7) Consultar um farmacêutico antes da divisão de comprimidos não sulcados.
  • 37. Recomendações 8) Não separar os comprimidos em mais de quatro segmentos (¼) a menos que especificado pelo fabricante. Antes da administração, avalie visualmente os segmentos do comprimido que devem apresentar tamanhos iguais. 9) Os segmentos restantes do comprimido devem ser gerenciados de acordo com a política local da instituição. 10) Quando triturar comprimidos para dispersão, adicionar água no recipiente usado para trituração de modo que a perda através da transferência do comprimido triturado seja minimizada.
  • 38. Referências Bibliográficas Barker, C et al (Org.). Manipulação de medicamentos necessários para crianças: um guia para profissionais de saúde. Tradução: Elisangela da Costa Lima. São Paulo: Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar, 2018. Teixeira MT, Sá-Barreto LCL, Silva DLM, Cunha-Filho MSS. Panorama dos aspectos regulatórios que norteiam a partição de comprimidos. Rev Panam Salud Publica. 2016;39(6):372–77. https://www.scielosp.org/pdf/rpsp/2016.v39n6/372-377/pt Análise da partição de comprimidos de carbamazepina analysis of tablet splitting of carbamazepin. file:///C:/Users/madelon.ribeiro/Downloads/2371-9113-1-PB.pdf
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  • 40.
  • 41. Flexibilização de dose. Sua utilidade pode ser relevante, principalmente, para tratamento de crianças e idosos, cujas posologias geralmente não estão contempladas pelas apresentações comerciais disponíveis. Permitir início do tratamento com a mínima dose efetiva, implicando em diminuição da ocorrência de reações adversas. A facilidade de deglutição principalmente em idosos, crianças ou quando os comprimidos são grandes. Reduzir gastos com medicamentos é o terceiro estímulo mais frequente para se partirem comprimidos. Algumas indústrias farmacêuticas propõem preços semelhantes para diferentes apresentações de um determinado medicamentos possibilitando que um comprimido de maior dose custe menos do que dois equivalentes à mesma dose. Dificuldade de partição é um dos problemas mais frequentemente relatados, principal- mente por pessoas idosas e para comprimidos pequenos. Desigualdade entre as partes quando há divisão do comprimido, inclusive com o uso de partidores específicos. Essa desigualdade pode resultar em variação de dose, tornando-a maior ou menor do que o necessário. McDevitt et al. (1998) realizaram um estudo com subdivisão de comprimi- dos, mostrando que 41% das partes apresentaram desvios de mais de 10% do peso esperado, e 12% tiveram desvios maiores que 20%. A diferença no tamanho das partes pode ainda ser interpretada pelo paciente como um desvio de qualidade, interferindo na credibilidade do produto. Perda do produto, que se deve à fragmentação resultante da partição. Alguns estudos mostram que a perda pode ser considerável. Biron et al. (1999) relataram perdas maiores que 14% ao se partirem comprimidos ao meio, e maiores que 27% ao dividi-los em quatro partes