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Provas de Função Pulmonar
ESPIROMETRIAESPIROMETRIA
Prof. Dr. Paulo Saad
Centro Universitário de Rio Preto
Anatomia do sistema respiratório
Vias aéreas superiores
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Bronquíolos e árvore vascular pulmonar
ácino
lóbulo
Bronquíolos e alvéolos
Caixa torácicaCaixa torácica
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ambiente interno
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metabolismo corporal
Principal metabolismo do corpo humano:Principal metabolismo do corpo humano:
aeróbio (respiração)aeróbio (respiração)
Dinâmica do fluxo aéreo
VentilaçãoVentilação
Difusão
CirculaciónCirculação
Ar ambiente
(oxigênio)
Condução do ar
Gás carbônico
Ventilação
VentilaçãoVentilação
Difusão
CirculaciónCirculação
Ar ambiente
(oxigênio)
Gás carbônico
Traquéia e brônquios
Bronquíolos e alvéolos
Ventilação
• Processo pelo qual o gás fresco é trazido
através do sistema respiratório, a fim de
substituir parte do gás nele contido.
• Neste processo, o dióxido de carbono é
eliminado do corpo no gás exalado, e o
oxigênio é levado para os pulmões a fim de
substituir o oxigênio que passou dos
espaços aéreos para o sangue.
Leff, A; Shumacker, P. In: Fisiologia respiratória. Fundamentos e aplicações .
Ventilação
Troca gasosa (capilares)
Leff, A; Shumacker, P. In: Fisiologia respiratória. Fundamentos e aplicações .
• O ar se move de um
ambiente de alta pressão
para baixa pressão, através
dos condutos das vias
aéreas
• A diferença de pressão é
gerada pela ação conjunta
da caixa torácica, da
composição pulmonar e da
ação dos músculos da
respiração.
Traquéia
Brônquios
Bronquíolos
Bronquíolos terminais
Bronquíolos
respiratórios
Ductos
alveolares
Sacos
alveolares
Zonastransicionaise
respiratórias
Zonasdecondução
Funções das zonas de condução do ar
Propriedades que regem a movimentação de ar na zona
de condução:
1. Mecânica estática
2. Mecânica dinâmica
Ventilação
Volume de ar
Resistência
Fluxo
Complacência
Espirometria
Mecânica pulmonar estática
• Estudo das propriedades mecânicas do
pulmão e da caixa torácica.
• Estática pulmonar refere-se às
propriedades mecânicas do pulmão cujo
volume não está se modificando com o
tempo.
Trabalho RespiratórioTrabalho Respiratório
VENTILAÇÃO:VENTILAÇÃO:
• resist ência de f ricção
• resist ência elást ica
• resist ência da t .s.a
• resist ência inelást ica
PROPRIEDADES RESISTIVAS DO PULMÃOPROPRIEDADES RESISTIVAS DO PULMÃO
• RESI STÊNCI A DAS VI AS AÉREAS
DEPENDE DO FLUXO DE AR:
• baixos fluxos
• fluxo transicional
• fluxo turbulento
Fatores que influenciam a R.V.A.Fatores que influenciam a R.V.A.
• 1- Geometria da árvore brônquica:
• número de vias
• compriment o
• área de secção t ransversal
Fatores que influenciam a R.V.A.
• 2- Volume pulmonar:
• acima da CRF  pouco ef eit o na RVA
• ent re CRF e VR aument a rapida/ e
• VR  aproxima-se do inf init o
Fatores que influenciam a R.V.A.
• 3- Complacência das vias aéreas:
• propriedades de retração elástica
pulmonar
• alteração calibre das vias aéreas.
COMPLACÊNCIA
• Aumento de volume nos pulmões
para cada aumento unitário na
pressão intra- alveolar.
• Medida da relação força e distensão.
• Medida da resistência elástica do tecido
à distensão.
Propriedades elásticas
PULMÃO E CAIXA TORÁCICA
Capacidade pulmonar total
CPT
(6 litros)
Ar expirado pela
boca
Litros inspiração
expiração
Tempo (segundos)
Volumes pulmonares
CPT
(6 litros)
Litros
Tempo (segundos)
Volume de
reserva
inspiratório
Volume de
reserva
expiratório
Volume
corrente
Volume residual
Capacidades pulmonares
CPT
Litros
Tempo (segundos)
Capacidade vital
Capacidade
residual funcional
Capacidade
inspiratória
Espirometria
• Exame de função pulmonar mais utilizado para
mensuração dos volumes pulmonares.
• Mede a quantidade de ar que sai dos pulmões
por meio de um cilindro vedado por água, fole ou
por sensores.
EspirometriaEspirometria
Mecânica pulmonar dinâmica
• O ar é considerado um fluido, e os princípios
que governam seus movimentos são aqueles
da dinâmica dos fluidos (Newton).
• Quando um fluido se movimenta ao longo de
um tubo, este assume um padrão laminar ou
turbulento.
• O fluxo é determinado tanto pela pressão
propulsora aplicada quanto pela resistência ao
fluxo no sistema.
Laminar
Turbulento
Através de
um orifício
Dinâmica dos fluídos (fluxos)
Parâmetros de avaliação da
espirometria
Aplicações da
espirometria
• Determinar causa ventilatória para a
dispnéia
• Indicar a presença de doença
pulmonar
• Quantificar a disfunção ventilatória e
prever o prognóstico
• Avaliar a resposta ao tratamento
Aplicações da
espirometria
• Detectar precocemente a disfunção
ventilatória
• Manejo de pacientes portadores de doença
pulmonar
• Estudos epidemiológicos
• Reabilitação pulmonar, ergoespirometria
• Avaliação pré operatória
Indicações da espirometria
• Tosse crônica
• Fumante – diagnóstico precoce
• Avaliação da dispnéia
Na asma
• Avaliação inicial
• Após o tratamento com estabilização dos
sintomas
• Controle periódico
Indicações da espirometria
DPOC
• Teste diagnóstico
• Teste de estadiamento
• Rastreamento: fumantes ou outro fator de risco
com idade > 40 anos e/ou sintomas: tosse
crônica + dispnéia
ESTÁDIOI
VEF1≥ 60%
ESTÁDIOII
VEF1= 59 - 41%
ESTÁDIO III
VEF1 ≤ 40%
02 DOMICILIAR
ESTÁDIO IV
HIPERCAPNIA
DISPNÉIA ACENTUADA
ESTADIAMENTO
DPOC
ESTÁDIO DENOMINAÇÃO CARATERTÍSTICAS
0 Com risco Sintomas crônicos
Espirometria normal
I Leve VEF1/CVF < 70%
VEF1 > 80%
IIa Moderada VEF1/CVF < 70%
50% ≤ VEF1 < 80%
IIb Moderada VEF1/CVF < 70%
30% ≤ VEF1 < 50%
III Grave VEF1/CVF < 70%
30% ≤ VEF1
Hipoxemia ou hipercapnia
G
O
L
D
ESTADIAMENTO DPOC
O diagnóstico espirométrico
define a doença e seu estádio
Roche NRoche N et alet al. Eur Respir J 2001; 18:903-908. Eur Respir J 2001; 18:903-908
A espirometria é subutilizada no
diagnóstico da DPOC
Chest 2000; 117:346-53sChest 2000; 117:346-53s
A espirometria é subutilizada no
diagnóstico da DPOC
Chest 2000; 117:346-53sChest 2000; 117:346-53s
A espirometria é subutilizada no
diagnóstico da DPOC
Chest 2000; 117:346-53sChest 2000; 117:346-53s
Indicações da espirometria
Doenças pulmonares restritivas
• Doenças pulmonares intrínsecas – causam
inflamação e/ou fibrose parenquimatosa ou
preenchem os espaços aéreos distais
• Doenças extrínsecas – parede torácica e pleura
(comprimem ou limitam a expansão pulmonar)
• Doenças neuromusculares + avaliação força
músculos respiratórios
Indicações da espirometria
Avaliação pré-operatória
• Risco de complicações pós-operatórias
• Alto risco: asma, DPOC, fumantes com
sintomas respiratórios, cirurgias torácica
e/ou abdominal alta.
Parâmetros funcionais avaliados naParâmetros funcionais avaliados na
espirometriaespirometria
• CVF – Capacidade Vital Forçada
Volume de gás que pode ser expirado
fortemente do pulmão depois de uma
inspiração máxima
• CVL – Capacidade Vital Lenta
Volume de gás que pode ser expirado
lentamente do pulmão depois de uma
inspiração máxima
Parâmetros funcionais avaliados naParâmetros funcionais avaliados na
espirometriaespirometria
• VEF1 – Volume Expiratório Forçado no Primeiro
Segundo
Volume de gás expirado no 1o. segundo da
manobra de CVF
• VEF1/CVF – relação volume expiratório
forçado no primeiro segundo- capacidade vital
forçada
Divisão dos dois parâmetros que auxilia no
diagnóstico de obstrução de vias aéreas
•FEF 25-75% - Fluxo expiratório forçado de 25% a
75% da CVF
Fluxo médio expiratório forçado
• PFE – pico do fluxo expiratório
Fluxo máximo alcançado na manobra da CVF
•CI – Capacidade Inspiratória
Volume de gás que pode ser inspirado depois de
uma expiração tranqüila.
Parâmetros funcionais avaliados naParâmetros funcionais avaliados na
espirometriaespirometria
Capacidades pulmonares
Volume
(L)
Tempo (segundos)
Capacidade vital
(CV)
Capacidade residual
funcional (CRF)
Capacidade
inspiratória
Volume residual
(VR)
Capacidade
Pulmonar
Total
CPT
Capacidade vital: aplicação nas doenças
tempo (s)
100
0 VR
CRF
CPT
Normal
% CV
Restrição Obstrução
CVF – Critérios de aceitação do teste
Mínimo de 3 manobras aceitáveis:
• Inspiração máxima antes do teste
• Os dois maiores valores da CVF devem diferir < 150 ml
• Volume retroextrapolado < 5% da CVF ou 150 ml
• Pico do fluxo expiratório com variação < 10% ou 0,5L
• Expiração sem hesitação
Diretrizes de função pulmonar. J Pneumologia 2002;28(3):S2-
S16.
CVF - Volume retroextrapolado
<5% da CVF ou 150 ml
Volume retroextrapolado
Volume (L)
Tempo ( segundos)
0
CVF – Critérios de aceitação
• A análise dos critérios de aceitação da CVF
tem uma repercussão direta na mensuração
do volume expiratório forçado no primeiro
segundo (VEF1), bem como nos fluxos iniciais,
mais dependentes do esforço e colaboração
do paciente.
Critérios de aceitação da CVF:
término de curva
• Platô – 1 segundo
• Restrição – tempo < 6
segundos
• Obstrução – tempo ≥ 10
segundos
CVF- curvas volume X tempo reprodutíveis
Capacidade Vital Lenta (CVL)
• Manobra de expiração tranqüila e completa dos
pulmões
• Deve ser medida de rotina.
•Aceitar as curvas se as manobras não variarem
mais que 100 ml
• Pelo menos duas manobras devem ser aceitas
Interpretação da CVF e CV
• Em indivíduos normais, a CVF é igual a CV
(diferença menor que 200 ml)
• Na presença de CVF maior que CV,
considerar colaboração inadequada do teste
• Se a CVF menor que CV (diferença maior que
200 ml), considerar presença de distúrbio
obstrutivo
Diretrizes de função pulmonar. J Pneumologia 2002;28(3):S2-S16.
Causas de redução da CVF e CV
Doenças obstrutivas
• Enfisema: perda da retração elástica pulmonar
• Asma, bronquiectasias e DPOC: tampões de muco e
estreitamento dos bronquíolos
• Neoplasias pulmonares: obstrução de vias aéreas centrais
Doenças restritivas (intersticiais)
• Aumento na quantidade ou tipo de colágeno
Doenças neuromusculares
• Anormalidades mecânicas na caixa torácica
Obesidade e gravidez
• alteração na excursão diafragmática
Capacidade Inspiratória
• Ultimamente a medida da capacidade
inspiratória tornou-se relevante em virtude da
melhor correlação com sintomas pulmonares e
resposta ao broncodilatador na DPOC do que o
VEF1.
• Critérios de reprodutibilidade: as duas melhores
medidas não devem diferir mais que 60 ml.
• As limitações são a menor reprodutibilidade
Diretrizes de função pulmonar. J Pneumologia 2002;28(3):S2-S16.
DPOC
CPT
CI
Volume
Normal
VR
CI
CPT
CRF / VPEF
VRE
VC
VRIVRI
CRF / VPEF
VR
VRE
VC
VRIVRI
Capacidade Inspiratória
Curvas de fluxo-volume
Curvas de fluxo-volume
Características de uma curva fluxo-volume
bem realizada
a
b
c
e
d
Expiração
VOLUME
Inspiração
Fluxo
a) Aumento rápido do fluxo ao
início da expiração –
elevação quase vertical
b) Fluxo máximo pontiagudo
c) Descida em linha reta ao
diminuir o volume pulmonar
d) A curva desce lentamente até
a linha zero
e) A fase inspiratória é
semicircular
A fase expiratória é triangular
Curva fluxo-volume bem realizada
Curva fluxo-volume: obstrução brônquica
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Johnson et al. CHEST 1999;116:488-
Volume, L
Fluxo,L/s
Aspectos
semelhantes ,
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menores.
Fluxo
Problemas na curva fluxo-volume
Expiração
Inspiração
Expiração incompleta
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Expiração interrompida
Volume
Consequência: CVF
falsamente diminuída
Valores previstos
Problemas em curva fluxo-volume
Expiração
Fluxo
Volume
Inspiração
Esforço inadequado inicial e
final.
Curva de fluxo amputada, e
término brusco.
CVF, PEF e VEF1
subestimados
Problemas em curva fluxo-volume
Expiração
Fluxo
Volume
Inspiração
Picos de fluxo inspiratório e
expiratório amputados
Causas: grande obstrução
central, ou obstrução pela
língua ou lábios
a
b
c
d
Expiração
Fluxo
Volume
Inspiração
Problemas em curva fluxo-volume
Curvas pouco reprodutíveis
Esforços variáveis.
Conseqüência: valores não fidedignos
Problemas em curva fluxo-volume:
Tosse durante o exame
Expiração
Fluxo
Volume
Inspiração
Volume expiratório forçado no 1o
segundo (VEF1)
00
55
11
44
22
33
LitrosLitros
11 6655443322
SegSeg
00
55
11
44
22
33
LitrosLitros
11 6655443322
SegSeg
VEF1 normal
Volume expiratório forçado no 1o
segundo (VEF1)
00
55
11
44
22
33
LitrosLitros
11 6655443322
SegSeg
VEF1 normal
VEFVEF11
CVFCVF
Volume expiratório forçado no 1o
segundo (VEF1)
00
55
11
44
22
33
LitrosLitros
11 6655443322
CVFCVF
CVFCVF
VEFVEF11
VEFVEF11
NormalNormal
ObstruídoObstruído
1
SegSeg
VEFVEF11(L)(L) CVF (L)CVF (L) VEFVEF11/CVF%/CVF%
NormalNormal 4,154,15 5,25,2 8080
DPOCDPOC 2,352,35 3,903,90 6060
Volume expiratório forçado no 1o.
segundo (VEF1)
VEF1: importância
• Monitorização da resposta a tratamentos
• Critérios de gravidade da obstrução
• Correlação com mortalidade na DPOC
• Indicação de intervenções na DPOC: reabilitação
pulmonar, cirurgia de redução de volume,
transplante pulmonar
• Reprodutibilidade: valores não devem diferir de
150 ml entre as curvas
Idade (anos)755025
IncapacidadeIncapacidade
Morte
0
25
50
75
100
VEF1(%dovaloraos25anos)
Fletcher C, Peto R. BMJ 1977;1:1645-1648..
A velocidade de redução do VEF1 tem
valor
prognóstico na DPOC
VOLUME
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1 s VEF1: doenças restritivas
VEF1 CVF VEF1/CVF
Normal 2,4 3,0 80%
Restrição 1,2 1,5 80%
FEF 25% - 75%
Interpretação, valores de referência
e aparelhos para espirometria
Interpretação da espirometria
Padrões de espirometria
1. Normal
2. Distúrbio ventilatório restritivo
3. Distúrbio ventilatório obstrutivo
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Interpretação da espirometria
Normal
Define-se espirometria normal como aquela que
tem seus resultados dentro dos limites de
normalidade, comparando seus resultados com
as equações de referência para a população
estudada.
Interpretação da espirometria
Distúrbio ventilatório restritivo
• Alteração espirométrica caracterizada pela
redução da capacidade vital (forçada ou não),
na ausência de obstrução (redução da
VEF1/CVF)
• Afastar: expiração incompleta ou inadequada,
vazamento no espirômetro.
Interpretação da espirometria
Distúrbio ventilatório inespecífico
• Em 42% dos casos tidos como restritivos, a
CPT não está alterada
• Considerar: obesidade, obstrução
(fechamento completo das vias aéreas)
• Complementar avaliação com teste de
difusão
Interpretação para distúrbio restritivo ou inespecífico
CV e CVF (ambas) reduzidas?
VEF1/CV e VEF1/CVF
normais?
Sim
CVF<50% previsto
DVR graveDVR grave
CVF > 50% previsto
DVR provável ou FEF25-75%>150% ou TFEF25-75<0,3seg
Sim
DVR
Não
CV ou CVF pós BD
Normal
Exclui DVRExclui DVR
Reduzido
DV inespecíficoDV inespecífico
Diretrizes de função pulmonar. J Pneumologia 2002;28(3):S2-S16.
Interpretação da espirometria
Distúrbio ventilatório obstrutivo
• Presente em uma grande variedade de
afecções pulmonares: DPOC, asma,
bronquiectasias, bronquiolites
• Realizar prova broncodilatadora
Algoritmo de interpretação para distúrbio obstrutivo
CV e CVF normais
VEF1/CV e VEF1/CVF reduzidos? Aplicar BD
Sim
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DV ObstrutivoDV Obstrutivo
Variação não significativa
VEF1
normal
Clínica positiva
DV ObstrutivoDV Obstrutivo
Sem clínica, estatura
elevada ou CVF>120%
Variante normalVariante normal
DV ObstrutivoDV Obstrutivo
Diretrizes de função pulmonar. J Pneumologia 2002;28(3):S2-S16.
Correlacionar com clínica
Interpretação para distúrbio obstrutivo ou misto
CV e CVF (ambas) reduzidas
VEF1/CV e VEF1/CVF reduzidas
Diretrizes de função pulmonar. J Pneumologia 2002;28(3):S2-S16.
Avaliar radiografia e aplicar regra: CVF%-VEF1%
CVF%-VEF1% > 25%CVF%-VEF1% <12%
DVDV
MistoMisto
DVODVO
comcom ↓↓ CVFCVF
Correlação
com a clínica
CVF%-VEF1% = 13-25%
DVO comDVO com
↓↓ CVF porCVF por
hiperinsuflaçãohiperinsuflação
DVODVO
comcom ↓↓ CVFCVF
Interpretação da espirometria
Distúrbio ventilatório obstrutivo
Exceções
• Se, inicialmente a VEF1/CVF for normal, e houver
suspeita de obstrução, aplicar o BD. Havendo
resposta positiva ao BD, e com correlação clínica,
definir diagnóstico como obstrutivo.
Diretrizes de função pulmonar. J Pneumologia 2002;28(3):S2-S16.
Resumo dos critérios diagnósticos em
espirometria
NormalNormal ObstrutivoObstrutivo RestritivoRestritivo
VEFVEF11/CVF/CVF Normal Baixa Normal
CVFCVF Normal
Normal ou
baixa
Baixa
VEFVEF11 Normal
Normal ou
reduzido
Reduzido
Resumo dos critérios de gravidade em
espirometria
VEFVEF11 (%)(%) CVF (%)CVF (%)
VEFVEF11/CVF/CVF
(%)(%)
LeveLeve 60 – L. inf. 60 – L. inf. 60 – L. inf.
ModeradoModerado 41- 59 51- 59 41- 59
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Provas Pulmonares: Espirometria

  • 1. Provas de Função Pulmonar ESPIROMETRIAESPIROMETRIA Prof. Dr. Paulo Saad Centro Universitário de Rio Preto
  • 2. Anatomia do sistema respiratório
  • 5. Bronquíolos e árvore vascular pulmonar
  • 7. Caixa torácicaCaixa torácica Arcabouço ósseo e músculos respiratóriosArcabouço ósseo e músculos respiratórios
  • 8.
  • 9.
  • 10.
  • 11.
  • 12. Funções do sistema respiratório • Promover a oferta de oxigênio para o ambiente interno • Eliminar o dióxido de carbono produzido do metabolismo corporal Principal metabolismo do corpo humano:Principal metabolismo do corpo humano: aeróbio (respiração)aeróbio (respiração)
  • 13. Dinâmica do fluxo aéreo VentilaçãoVentilação Difusão CirculaciónCirculação Ar ambiente (oxigênio) Condução do ar Gás carbônico
  • 15. Ventilação • Processo pelo qual o gás fresco é trazido através do sistema respiratório, a fim de substituir parte do gás nele contido. • Neste processo, o dióxido de carbono é eliminado do corpo no gás exalado, e o oxigênio é levado para os pulmões a fim de substituir o oxigênio que passou dos espaços aéreos para o sangue. Leff, A; Shumacker, P. In: Fisiologia respiratória. Fundamentos e aplicações .
  • 16. Ventilação Troca gasosa (capilares) Leff, A; Shumacker, P. In: Fisiologia respiratória. Fundamentos e aplicações . • O ar se move de um ambiente de alta pressão para baixa pressão, através dos condutos das vias aéreas • A diferença de pressão é gerada pela ação conjunta da caixa torácica, da composição pulmonar e da ação dos músculos da respiração. Traquéia Brônquios Bronquíolos Bronquíolos terminais Bronquíolos respiratórios Ductos alveolares Sacos alveolares Zonastransicionaise respiratórias Zonasdecondução
  • 17. Funções das zonas de condução do ar Propriedades que regem a movimentação de ar na zona de condução: 1. Mecânica estática 2. Mecânica dinâmica Ventilação Volume de ar Resistência Fluxo Complacência Espirometria
  • 18. Mecânica pulmonar estática • Estudo das propriedades mecânicas do pulmão e da caixa torácica. • Estática pulmonar refere-se às propriedades mecânicas do pulmão cujo volume não está se modificando com o tempo.
  • 19. Trabalho RespiratórioTrabalho Respiratório VENTILAÇÃO:VENTILAÇÃO: • resist ência de f ricção • resist ência elást ica • resist ência da t .s.a • resist ência inelást ica
  • 20. PROPRIEDADES RESISTIVAS DO PULMÃOPROPRIEDADES RESISTIVAS DO PULMÃO • RESI STÊNCI A DAS VI AS AÉREAS DEPENDE DO FLUXO DE AR: • baixos fluxos • fluxo transicional • fluxo turbulento
  • 21. Fatores que influenciam a R.V.A.Fatores que influenciam a R.V.A. • 1- Geometria da árvore brônquica: • número de vias • compriment o • área de secção t ransversal
  • 22. Fatores que influenciam a R.V.A. • 2- Volume pulmonar: • acima da CRF  pouco ef eit o na RVA • ent re CRF e VR aument a rapida/ e • VR  aproxima-se do inf init o
  • 23. Fatores que influenciam a R.V.A. • 3- Complacência das vias aéreas: • propriedades de retração elástica pulmonar • alteração calibre das vias aéreas.
  • 24. COMPLACÊNCIA • Aumento de volume nos pulmões para cada aumento unitário na pressão intra- alveolar. • Medida da relação força e distensão. • Medida da resistência elástica do tecido à distensão.
  • 26.
  • 27. Capacidade pulmonar total CPT (6 litros) Ar expirado pela boca Litros inspiração expiração Tempo (segundos)
  • 28. Volumes pulmonares CPT (6 litros) Litros Tempo (segundos) Volume de reserva inspiratório Volume de reserva expiratório Volume corrente Volume residual
  • 29. Capacidades pulmonares CPT Litros Tempo (segundos) Capacidade vital Capacidade residual funcional Capacidade inspiratória
  • 30. Espirometria • Exame de função pulmonar mais utilizado para mensuração dos volumes pulmonares. • Mede a quantidade de ar que sai dos pulmões por meio de um cilindro vedado por água, fole ou por sensores.
  • 32. Mecânica pulmonar dinâmica • O ar é considerado um fluido, e os princípios que governam seus movimentos são aqueles da dinâmica dos fluidos (Newton). • Quando um fluido se movimenta ao longo de um tubo, este assume um padrão laminar ou turbulento. • O fluxo é determinado tanto pela pressão propulsora aplicada quanto pela resistência ao fluxo no sistema.
  • 34. Parâmetros de avaliação da espirometria
  • 35. Aplicações da espirometria • Determinar causa ventilatória para a dispnéia • Indicar a presença de doença pulmonar • Quantificar a disfunção ventilatória e prever o prognóstico • Avaliar a resposta ao tratamento
  • 36. Aplicações da espirometria • Detectar precocemente a disfunção ventilatória • Manejo de pacientes portadores de doença pulmonar • Estudos epidemiológicos • Reabilitação pulmonar, ergoespirometria • Avaliação pré operatória
  • 37. Indicações da espirometria • Tosse crônica • Fumante – diagnóstico precoce • Avaliação da dispnéia Na asma • Avaliação inicial • Após o tratamento com estabilização dos sintomas • Controle periódico
  • 38. Indicações da espirometria DPOC • Teste diagnóstico • Teste de estadiamento • Rastreamento: fumantes ou outro fator de risco com idade > 40 anos e/ou sintomas: tosse crônica + dispnéia
  • 39. ESTÁDIOI VEF1≥ 60% ESTÁDIOII VEF1= 59 - 41% ESTÁDIO III VEF1 ≤ 40% 02 DOMICILIAR ESTÁDIO IV HIPERCAPNIA DISPNÉIA ACENTUADA ESTADIAMENTO DPOC
  • 40. ESTÁDIO DENOMINAÇÃO CARATERTÍSTICAS 0 Com risco Sintomas crônicos Espirometria normal I Leve VEF1/CVF < 70% VEF1 > 80% IIa Moderada VEF1/CVF < 70% 50% ≤ VEF1 < 80% IIb Moderada VEF1/CVF < 70% 30% ≤ VEF1 < 50% III Grave VEF1/CVF < 70% 30% ≤ VEF1 Hipoxemia ou hipercapnia G O L D ESTADIAMENTO DPOC
  • 41. O diagnóstico espirométrico define a doença e seu estádio Roche NRoche N et alet al. Eur Respir J 2001; 18:903-908. Eur Respir J 2001; 18:903-908
  • 42. A espirometria é subutilizada no diagnóstico da DPOC Chest 2000; 117:346-53sChest 2000; 117:346-53s
  • 43. A espirometria é subutilizada no diagnóstico da DPOC Chest 2000; 117:346-53sChest 2000; 117:346-53s
  • 44. A espirometria é subutilizada no diagnóstico da DPOC Chest 2000; 117:346-53sChest 2000; 117:346-53s
  • 45. Indicações da espirometria Doenças pulmonares restritivas • Doenças pulmonares intrínsecas – causam inflamação e/ou fibrose parenquimatosa ou preenchem os espaços aéreos distais • Doenças extrínsecas – parede torácica e pleura (comprimem ou limitam a expansão pulmonar) • Doenças neuromusculares + avaliação força músculos respiratórios
  • 46. Indicações da espirometria Avaliação pré-operatória • Risco de complicações pós-operatórias • Alto risco: asma, DPOC, fumantes com sintomas respiratórios, cirurgias torácica e/ou abdominal alta.
  • 47. Parâmetros funcionais avaliados naParâmetros funcionais avaliados na espirometriaespirometria • CVF – Capacidade Vital Forçada Volume de gás que pode ser expirado fortemente do pulmão depois de uma inspiração máxima • CVL – Capacidade Vital Lenta Volume de gás que pode ser expirado lentamente do pulmão depois de uma inspiração máxima
  • 48. Parâmetros funcionais avaliados naParâmetros funcionais avaliados na espirometriaespirometria • VEF1 – Volume Expiratório Forçado no Primeiro Segundo Volume de gás expirado no 1o. segundo da manobra de CVF • VEF1/CVF – relação volume expiratório forçado no primeiro segundo- capacidade vital forçada Divisão dos dois parâmetros que auxilia no diagnóstico de obstrução de vias aéreas
  • 49. •FEF 25-75% - Fluxo expiratório forçado de 25% a 75% da CVF Fluxo médio expiratório forçado • PFE – pico do fluxo expiratório Fluxo máximo alcançado na manobra da CVF •CI – Capacidade Inspiratória Volume de gás que pode ser inspirado depois de uma expiração tranqüila. Parâmetros funcionais avaliados naParâmetros funcionais avaliados na espirometriaespirometria
  • 50. Capacidades pulmonares Volume (L) Tempo (segundos) Capacidade vital (CV) Capacidade residual funcional (CRF) Capacidade inspiratória Volume residual (VR) Capacidade Pulmonar Total CPT
  • 51.
  • 52. Capacidade vital: aplicação nas doenças tempo (s) 100 0 VR CRF CPT Normal % CV Restrição Obstrução
  • 53.
  • 54. CVF – Critérios de aceitação do teste Mínimo de 3 manobras aceitáveis: • Inspiração máxima antes do teste • Os dois maiores valores da CVF devem diferir < 150 ml • Volume retroextrapolado < 5% da CVF ou 150 ml • Pico do fluxo expiratório com variação < 10% ou 0,5L • Expiração sem hesitação Diretrizes de função pulmonar. J Pneumologia 2002;28(3):S2- S16.
  • 55. CVF - Volume retroextrapolado <5% da CVF ou 150 ml Volume retroextrapolado Volume (L) Tempo ( segundos) 0
  • 56. CVF – Critérios de aceitação • A análise dos critérios de aceitação da CVF tem uma repercussão direta na mensuração do volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1), bem como nos fluxos iniciais, mais dependentes do esforço e colaboração do paciente.
  • 57. Critérios de aceitação da CVF: término de curva • Platô – 1 segundo • Restrição – tempo < 6 segundos • Obstrução – tempo ≥ 10 segundos
  • 58. CVF- curvas volume X tempo reprodutíveis
  • 59. Capacidade Vital Lenta (CVL) • Manobra de expiração tranqüila e completa dos pulmões • Deve ser medida de rotina. •Aceitar as curvas se as manobras não variarem mais que 100 ml • Pelo menos duas manobras devem ser aceitas
  • 60. Interpretação da CVF e CV • Em indivíduos normais, a CVF é igual a CV (diferença menor que 200 ml) • Na presença de CVF maior que CV, considerar colaboração inadequada do teste • Se a CVF menor que CV (diferença maior que 200 ml), considerar presença de distúrbio obstrutivo Diretrizes de função pulmonar. J Pneumologia 2002;28(3):S2-S16.
  • 61. Causas de redução da CVF e CV Doenças obstrutivas • Enfisema: perda da retração elástica pulmonar • Asma, bronquiectasias e DPOC: tampões de muco e estreitamento dos bronquíolos • Neoplasias pulmonares: obstrução de vias aéreas centrais Doenças restritivas (intersticiais) • Aumento na quantidade ou tipo de colágeno Doenças neuromusculares • Anormalidades mecânicas na caixa torácica Obesidade e gravidez • alteração na excursão diafragmática
  • 62. Capacidade Inspiratória • Ultimamente a medida da capacidade inspiratória tornou-se relevante em virtude da melhor correlação com sintomas pulmonares e resposta ao broncodilatador na DPOC do que o VEF1. • Critérios de reprodutibilidade: as duas melhores medidas não devem diferir mais que 60 ml. • As limitações são a menor reprodutibilidade Diretrizes de função pulmonar. J Pneumologia 2002;28(3):S2-S16.
  • 63. DPOC CPT CI Volume Normal VR CI CPT CRF / VPEF VRE VC VRIVRI CRF / VPEF VR VRE VC VRIVRI Capacidade Inspiratória
  • 66. Características de uma curva fluxo-volume bem realizada a b c e d Expiração VOLUME Inspiração Fluxo a) Aumento rápido do fluxo ao início da expiração – elevação quase vertical b) Fluxo máximo pontiagudo c) Descida em linha reta ao diminuir o volume pulmonar d) A curva desce lentamente até a linha zero e) A fase inspiratória é semicircular A fase expiratória é triangular
  • 69. Curva fluxo-volume: doenças restritivas Johnson et al. CHEST 1999;116:488- Volume, L Fluxo,L/s Aspectos semelhantes , proporções menores.
  • 70. Fluxo Problemas na curva fluxo-volume Expiração Inspiração Expiração incompleta Esforço final fraco Expiração interrompida Volume Consequência: CVF falsamente diminuída Valores previstos
  • 71. Problemas em curva fluxo-volume Expiração Fluxo Volume Inspiração Esforço inadequado inicial e final. Curva de fluxo amputada, e término brusco. CVF, PEF e VEF1 subestimados
  • 72. Problemas em curva fluxo-volume Expiração Fluxo Volume Inspiração Picos de fluxo inspiratório e expiratório amputados Causas: grande obstrução central, ou obstrução pela língua ou lábios
  • 73. a b c d Expiração Fluxo Volume Inspiração Problemas em curva fluxo-volume Curvas pouco reprodutíveis Esforços variáveis. Conseqüência: valores não fidedignos
  • 74. Problemas em curva fluxo-volume: Tosse durante o exame Expiração Fluxo Volume Inspiração
  • 75. Volume expiratório forçado no 1o segundo (VEF1) 00 55 11 44 22 33 LitrosLitros 11 6655443322 SegSeg
  • 78. 00 55 11 44 22 33 LitrosLitros 11 6655443322 CVFCVF CVFCVF VEFVEF11 VEFVEF11 NormalNormal ObstruídoObstruído 1 SegSeg VEFVEF11(L)(L) CVF (L)CVF (L) VEFVEF11/CVF%/CVF% NormalNormal 4,154,15 5,25,2 8080 DPOCDPOC 2,352,35 3,903,90 6060 Volume expiratório forçado no 1o. segundo (VEF1)
  • 79. VEF1: importância • Monitorização da resposta a tratamentos • Critérios de gravidade da obstrução • Correlação com mortalidade na DPOC • Indicação de intervenções na DPOC: reabilitação pulmonar, cirurgia de redução de volume, transplante pulmonar • Reprodutibilidade: valores não devem diferir de 150 ml entre as curvas
  • 80. Idade (anos)755025 IncapacidadeIncapacidade Morte 0 25 50 75 100 VEF1(%dovaloraos25anos) Fletcher C, Peto R. BMJ 1977;1:1645-1648.. A velocidade de redução do VEF1 tem valor prognóstico na DPOC
  • 81. VOLUME tempo 1 s VEF1: doenças restritivas VEF1 CVF VEF1/CVF Normal 2,4 3,0 80% Restrição 1,2 1,5 80%
  • 82. FEF 25% - 75%
  • 83. Interpretação, valores de referência e aparelhos para espirometria
  • 84. Interpretação da espirometria Padrões de espirometria 1. Normal 2. Distúrbio ventilatório restritivo 3. Distúrbio ventilatório obstrutivo 4. Distúrbio ventilatório obstrutivo com CVF reduzida 5. Distúrbio ventilatório misto ou combinado 6. Distúrbio ventilatório inespecífico
  • 85. Interpretação da espirometria Normal Define-se espirometria normal como aquela que tem seus resultados dentro dos limites de normalidade, comparando seus resultados com as equações de referência para a população estudada.
  • 86. Interpretação da espirometria Distúrbio ventilatório restritivo • Alteração espirométrica caracterizada pela redução da capacidade vital (forçada ou não), na ausência de obstrução (redução da VEF1/CVF) • Afastar: expiração incompleta ou inadequada, vazamento no espirômetro.
  • 87. Interpretação da espirometria Distúrbio ventilatório inespecífico • Em 42% dos casos tidos como restritivos, a CPT não está alterada • Considerar: obesidade, obstrução (fechamento completo das vias aéreas) • Complementar avaliação com teste de difusão
  • 88. Interpretação para distúrbio restritivo ou inespecífico CV e CVF (ambas) reduzidas? VEF1/CV e VEF1/CVF normais? Sim CVF<50% previsto DVR graveDVR grave CVF > 50% previsto DVR provável ou FEF25-75%>150% ou TFEF25-75<0,3seg Sim DVR Não CV ou CVF pós BD Normal Exclui DVRExclui DVR Reduzido DV inespecíficoDV inespecífico Diretrizes de função pulmonar. J Pneumologia 2002;28(3):S2-S16.
  • 89. Interpretação da espirometria Distúrbio ventilatório obstrutivo • Presente em uma grande variedade de afecções pulmonares: DPOC, asma, bronquiectasias, bronquiolites • Realizar prova broncodilatadora
  • 90. Algoritmo de interpretação para distúrbio obstrutivo CV e CVF normais VEF1/CV e VEF1/CVF reduzidos? Aplicar BD Sim Variação significativa DV ObstrutivoDV Obstrutivo Variação não significativa VEF1 normal Clínica positiva DV ObstrutivoDV Obstrutivo Sem clínica, estatura elevada ou CVF>120% Variante normalVariante normal DV ObstrutivoDV Obstrutivo Diretrizes de função pulmonar. J Pneumologia 2002;28(3):S2-S16. Correlacionar com clínica
  • 91. Interpretação para distúrbio obstrutivo ou misto CV e CVF (ambas) reduzidas VEF1/CV e VEF1/CVF reduzidas Diretrizes de função pulmonar. J Pneumologia 2002;28(3):S2-S16. Avaliar radiografia e aplicar regra: CVF%-VEF1% CVF%-VEF1% > 25%CVF%-VEF1% <12% DVDV MistoMisto DVODVO comcom ↓↓ CVFCVF Correlação com a clínica CVF%-VEF1% = 13-25% DVO comDVO com ↓↓ CVF porCVF por hiperinsuflaçãohiperinsuflação DVODVO comcom ↓↓ CVFCVF
  • 92. Interpretação da espirometria Distúrbio ventilatório obstrutivo Exceções • Se, inicialmente a VEF1/CVF for normal, e houver suspeita de obstrução, aplicar o BD. Havendo resposta positiva ao BD, e com correlação clínica, definir diagnóstico como obstrutivo. Diretrizes de função pulmonar. J Pneumologia 2002;28(3):S2-S16.
  • 93. Resumo dos critérios diagnósticos em espirometria NormalNormal ObstrutivoObstrutivo RestritivoRestritivo VEFVEF11/CVF/CVF Normal Baixa Normal CVFCVF Normal Normal ou baixa Baixa VEFVEF11 Normal Normal ou reduzido Reduzido
  • 94. Resumo dos critérios de gravidade em espirometria VEFVEF11 (%)(%) CVF (%)CVF (%) VEFVEF11/CVF/CVF (%)(%) LeveLeve 60 – L. inf. 60 – L. inf. 60 – L. inf. ModeradoModerado 41- 59 51- 59 41- 59 GraveGrave < 40 < 50 < 40

Notas do Editor

  1. Definir mecânica estática e dinâmica ( Leff pãgs 3 e 26)
  2. A espirometria já é um exame bastante comum até para o não-especialista em doenças respiratórias. Um indivíduo com função pulmonar normal expira, de modo forçado, a capacidade vital em até6 segundos, exalando no primeiro segundo pelo menos 70% desse volume. Um paciente com limitação do fluxo aéreo, como aquele com DPOC, tem esse fluxo mais baixo e a capacidade vital expirada em um tempo mais prolongado. O que caracteriza essa limitação é a relação VEF1/CVF estar abaixo de 70% em termos absolutos. Evidentemente se poderia argüir que é provável que alguns pacientes poderiam deixar de ter sua doença diagnosticada precocemente, mas o GOLD decidiu simplificar esse diagnóstico, fixando esse valor para ambos os sexos para que não haja necessidade de recorrer a tabelas.
  3. Uma pesquisa nos Estados Unidos procurou averiguar se havia diferença entre os médicos que militam em um hospital universitário e os que trabalham fora dele, em relação a algumas atitudes com pacientes comprovadamente com DPOC. Os resultados mostraram que os médicos do hospital universitário solicitavam mais espirometrias que os outros, apesar de mesmo na universidade esse exame ter sido realizado com menos de 50% dos pacientes.
  4. Apesar de o diagnóstico de DPOC ser baseado na comprovação da limitação do fluxo aéreo, tanto os médicos do hospital universitário quanto os que atendem pacientes fora dele solicitavam mais radiografiade tórax do que espirometria. Deve ser salientado, porém, que a solicitação da radiografia de tórax deveser sempre feita no sentido de excluir outras condições, como tuberculose, câncer, fibrose e aumentosde área cardíaca.
  5. Ainda mais interessante foi a observação de que os pacientes com DPOC tinham mais eletrocardiogramas solicitados do que espirometrias.