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Evolução da regulação do
setor elétrico brasileiro
Forum de Debates - Brasilianas
Belo Horizonte - CEMIG – set/2018
1ª FASE - MODELO ESTATAL: até 1993
o Empresas verticalizadas de geração e distribuição nos estados
o Geração predominantemente hídrica com poucas térmicas suportadas pela CCC
o Planejamento e operação colegiados – GCPS e GCOI
o Expansão realizada por estatais federais ou estaduais com outorga direta
o Tarifa equalizada, pelo custo e remuneração garantida através da CRC
o Distribuidoras estatais estaduais (poucas exceções)
EVOLUÇÃO DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO
FASE Inicial – antes de 1930
oEmpresas privadas, usinas hídricas e térmicas sem nenhuma regulação
o Alternativas regulatórias desenvolvidas nas décadas de 70 e 80 (Stigler, Peltzman, Becke)
buscaram alternativas regulatórias para modelar os agentes do setor como qualquer agente
econômico maximizador de benefícios
o Competição na Geração e Comercialização
o Monopólio natural (regulado) na Transmissão e Distribuição
TEORIA ECONÔMICA – REGULAÇÃO SETOR ELÉTRICO
o Os mercados atacadistas de energia elétrica são inerentemente incompletos e imperfeitamente
competitivos
Incompletos: dificuldade medição perfeita e armazenamento (reservatórios e térmicas que
podem ligar e desligar rapidamente), baterias, etc
Imperfeitos: economia de escala, barreiras à entrada, característica de oligopólio e demanda
inelástica
INTRÍNSICAMENTE RELACIONADO À MATRIZ ELÉTRICA
Competição
Competição
Monopólio
natural
Atividade
regulada
TEORIA ECONÔMICA – REGULAÇÃO SETOR ELÉTRICO
Condição inicial básica: Desverticalizar, privatizar e reduzir poder de mercado
 2ª FASE - MODELO LIBERAL: 1993 – 2003 – Novos princípios de Regulação Econômica
MOTIVAÇÃO
o A crise do estado e seu dimensionamento
o Reflexos da crise no setor elétrico:
o Necessidade de expansão
o Falta de recursos para investimentos
o Ineficiência das empresas
o Política liberal mundial capitaneada por USA (Reagan) e Reino Unido (Thatcher)
EVOLUÇÃO DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO
OBJETIVOS
o Equacionar o déficit fiscal (exigências de organismos internacionais) – Qq semelhança...
o Restaurar o fluxo de investimentos
o Garantir disponibilidade de energia com investimento privado (incoerente com privatização – venda de
ativos depreciados retira apetite para novos projetos de expansão)
o Aumentar a eficiência das empresas
 2ª FASE - MODELO LIBERAL: 1993 – 2003
VETORES
o Criação de órgão regulador independente – ANEEL
o Constituição do operador independente – ONS
o Criação do Mercado Atacadista de Energia – MAE
o Geração como atividade industrial e não como concessão de serviço público (PIE)
o Desverticalização das empresas (também instrumento de privatização)
o Livre acesso ao sistema de transmissão
o Estabelecimento de regras para competição – self dealing como limitador de concentração (??)
EVOLUÇÃO DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO
By the book da “moderna regulação
 2ª FASE - MODELO LIBERAL: 1993 – 2003
ALGUMAS CARACTERÍSTICAS
o Planejamento indicativo – CCPE – Comitê Coordenador do Planejamento da Expansão
o Distribuidoras responsáveis pelo suprimento do seu mercado
o Distribuidoras tinham liberdade de contratação de energia
o PPA (Power Purchase Agreement) com repasse às tarifas limitado ao VN
o Possibilidade de Self dealing – até 30% do mercado com repasse limitado ao VN
o Contratação de usinas hídricas através de leilões com base no maior valor de UBP (aumento tarifas)
o Leilões para ampliação do sistema de transmissão
EVOLUÇÃO DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO
Resultado: Aumento dos preços e Racionamento de Energia
Fundamentos
Segurança no abastecimento
 Planejamento e Mercado
 Modicidade tarifária
(Respeitando contratos existentes)
3ª FASE – NOVO MODELO DO SETOR ELÉTRICO 2004
Correções de rumo – Presença do Estado/Governo – 2004 - 2012
EVOLUÇÃO DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO
 Obrigatoriedade de contratação de 100% da energia pelas distribuidoras
o Distribuidoras são obrigadas a permanecer 100% contratadas
o Distribuidoras declaram sua necessidade de energia com antecedência
Obrigatoriedade de lastro físico para 100% da energia vendida para o mercado regulado
Contratação de hidrelétricas e térmicas em proporções que assegurem melhor equilíbrio entre
garantia e custo (importância do planejamento)
Monitoramento permanente da segurança de suprimento – CMSE
Mantém o modelo de expansão da transmissão
3ª FASE – NOVO MODELO DO SETOR ELÉTRICO 2004
Correções de rumo – Presença do Estado/Governo – GARANTIA DE SUPRIMENTO
EVOLUÇÃO DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO
 Principais Instrumentos visando modicidade tarifária:
 Contratação da expansão da transmissão em leilões pela menor RAP
 Contratação de energia em leilões públicos
o Distribuidoras perdem a liberdade de contratação
o Declaram necessidade de energia para o quinto ano à frente (espaço para hídrica
 Critério de menor preço nos leilões de energia
 Leilões separados para a contratação de energia existente e nova
 Proibição de “Self-dealing”
EVOLUÇÃO DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO
3ª FASE – NOVO MODELO DO SETOR ELÉTRICO 2004
MODICIDADE TARIFÁRIA
Modelo de Expansão Consolidado
VETORES
o Renovação das concessões para quem aceitar as condições da lei
o Tarifa com base em custos regulatórios de operação e manutenção, mais uma remuneração
o Adições (investimentos) são incorporados à base de remuneração
4ª FASE – RENOVAÇÃO DAS CONCESSÕES – A PARTIR DE 2013
Consolidação do Modelo implementado em 2004
MOTIVAÇÃO
o Definir o que fazer com o fim das concessões em 2015
o Reduzir o custo da energia no Brasil
o Completar o modelo de 2004 com tratamento adequado aos ativos depreciados
o Restabelecer coerência de custos entre energia “velha” e “nova”
OBJETIVO
o Captura para modicidade tarifária da renda dos ativos já depreciados de transmissão e geração hídrica (RENDA HÍDRICA)
(Reduziu tarifas em 22% mas recuo do Tesouro baixou redução para 15%)
EVOLUÇÃO DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO
o Transição com renovações mantidas em 2015 (problema - A-1 2012 e 2013)
o Energia de cotas para determinados setores industriais
o Não absorção pelo Tesouro dos subsídios, como tarifa de baixa renda, e
programas sociais (ou colocar na Lei)
o Alternativa de renovação com parte da energia ficando para geradores como
na MP-688, MAS SEM A BONIFICAÇÃO DE OUTORGA (Recursos para
Tesouro)
O QUE PODERIA TER SIDO FEITO DIFERENTE
O que foi feito no Brasil é muito diferente de outros países com muitos recusos hídricos?
USINAS HÍDRICAS – IMPORTÂNCIA PARA MODICIDADE TARIFÁRIA
o QUAL É O PADRÃO EM PAÍSES COM MUITA GERAÇÃO
HÍDRICA?
Ano de 2014 2016
País
Produção de
Energia (TWh)
Capacidade
Inst. (GW)
% Total
Produção de
Energia (TWh)
China 1.064,0 311 18.7% 1.180,7
Brazil 373,0 89 63.2% 410,2
Canada 383,0 76 58.3% 329,6
United States 282,0 102 6.5% 266,4
Russia 177,0 51 16.7% 178,3
Norway 129,0 31 96.0% 144,0
India 132,0 40 10.2% 120,5
o CHINA
Tudo Estatal
The Norwegian Parliament, The Storting, responded quickly by issuing laws for
concessions and reversionary rights. The latter was passed into law in 1909, and
involves that the ownership of the resources passes back to the state when the
period of the concession is ended. Thus, The Storting ensured that the
Norwegian hydropower resources was to remain on Norwegian hands.
The state, counties and municipalities today own 90 percent of the production
capacity for electricity.
The History of Norwegian Hydropower
o NORUEGA
o CANADÁ
Type Canada NL PE NS NB QC ON MB SK AB BC YT NT NU
Hydro 79.232 6.759 0 371 952 40.159 8.991 5.402 867 942 14.639 95 56 0
Wind 7.641 54 204 301 294 2.174 2.763 242 171 1.039 390 1 9 0
Tidal 20 0 0 20 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Solar 194 0 0 0 0 20 173 0 0 1 0 0 0 0
Thermal 48.182 590 130 1.970 3.259 1.378 23.836 558 3.213 11.413 1.589 34 136 75
Conventional steam 20.469 490 80 1.650 1.752 399 5.375 280 2.136 7.230 1.077 0 0 0
Nuclear 14.033 0 0 0 705 0 13.328 0 0 0 0 0 0 0
Combustion turbine 12.473 43 50 320 797 794 4.900 268 1.059 3.786 437 0 20 0
Internal combustion 1.207 57 0 0 5 184 233 10 18 397 75 34 116 75
Total Installed 135.268 7.403 333 2.661 4.505 43.731 35.763 6.202 4.252 13.395 16.618 130 201 75
o CANADÁ
Retail prices of electricity in large Canadians cities
Prices in cents/kWh
Residential Small power
Medium
power
Large power
St. John's (Newfoundland Power/NL
Hydro) 11,8 11,83 9,05 3,98
Charlottetown (Maritime Electric) 14,51 15,18 12,68 8,36
Halifax (Nova Scotia Power) 15,01 14,25 11,99 9
Moncton (NB Power) 11,82 12,46 10,98 6,86
Montreal (Hydro-Québec) 6,76 8,85 7,19 4,51
Ottawa (Hydro Ottawa) 13,14 12,94 11,42 10,58
Toronto (Toronto Hydro) 13,57 13,41 11,43 10,46
Winnipeg (Manitoba Hydro) 7,46 7,29 5,62 3,69
Regina (SaskPower) 12,54 10,31 9,08 5,67
Edmonton (EPCOR) 12,9 12,41 11,07 6,97
Calgary (ENMAX) 13,89 11,24 9,53 8,28
Vancouver (BC Hydro) 8,78 9,73 7,08 3,69
List of Electric Utilities by size
Company Type Customers
Transmission
(km)
Capacity
(MW)
Generation
(GWh)
Revenue
($M)
Hydro-Québec Public, integrated 4.179.850 34.187 36.643 222.045 13.184
Fortis Inc. Private 2.002.000— 32.134— 6.700
Hydro One Public, Private, T & D 1.333.920 28.924— — 4.744
Ontario Power Generation Public, generation — — 21.729 92.500 5.640
BC Hydro Public, integrated 1.830.985 18.603 11.345 43.755 3.822
Alectra Utilities Municipal, integrated 960.000— - - -
ENMAX Municipal, integrated 836.000— — — 3.160
TransAlta
Investor-owned,
generation — — 8.775 45.736 2.770
Toronto Hydro Electric
System Municipal, T & D 761.000— — — 2.462
ATCO Private, integrated 233.100 2.732 2.443
Bruce Power Private, generation — — 6.300 34.600 2.380
EPCOR Municipal, T & D 334.000 203— — 2.008
Capital Power Corporation Private, generation — — 3.654 7.015 1.008
Manitoba Hydro Public, integrated 532.359 11700 5.511 33.974 1.599
NB Power Public, integrated 335.513 6.801 3.297 14.418 1.712
SaskPower Public, integrated 467.329 12.404 3.840 19.864 1.459
Nova Scotia Power Private, integrated 486.000 5.000 2.293 12.092 1.188
Hydro Ottawa
Municipal,
distribution 296.000— 14 150 755
Newfoundland and
Labrador Hydro Public, integrated 36.000 3.781 7.289 5.216 446
Saskatoon Light & Power
Municipal,
distribution 58.600— — — 121
CONCLUSÃO: Províncias com muita usina hídrica e que têm como política
manter o controle da concessão após a amortização do investimento e
”regular preço” possui as mais baixas tarifas.
o ESTADOS UNIDOS
CONCLUSÃO: Até os Estados Unidos que tanto defendem o papel do
mercado na formação de preços, não abrem mão de suas hídricas
amortizadas que são usadas para modicidade tarifária
o Todas as concessões renovadas venceriam até 2016 (maioria em 2015)
o Retornariam para União (Poder Concedente)
o Nova concessão teria que ser LICITADA
o As condições de licitação seriam dadas pelo Poder Concedente
E SE NÃO HOUVESSE A MP 579?
MUDANÇAS NA MP 579
OUTORGA DE CONCESSÃO COM PAGAMENTO DE BONUS
Consequências
Exemplos Atuais
LEILÃO DAS USINAS DA CEMIG
Três multinacionais controladas por governos estrangeiros pagaram antecipadamente ao Tesouro
Nacional 12 bilhões de reais de imposto a ser cobrado dos consumidores de energia do Brasil nos
próximos 30 anos.
Usina
Potência
(MW)
Rio Estado
Valor mínimo da
outorga (R$)
Valor oferecido
Ágio
(%)
R$/MW
São Simão 1.710Paranaíba Goiás e Minas Gerais 6.740.946.603,49 7.180.000.000 6,51
4.198.830
Jaguara 424Grande
Minas Gerais e São
Paulo
1.911.252.009,47 2.171.000.000 13,59
5.120.283
Miranda 408Araguari Minas Gerais 1.110.880.200,23 1.360.000.000,00 22,43
3.333.333
Volta Grande 380Grande
Minas Gerais e São
Paulo
1.292.477.165,35 1.419.784.000,00 9,85
3.736.274
Belo Monte 11.233 33.000.000.000
Belo Monte com
preço de Jaguara
57.516.139.151
Exemplo: Usina de Jaguara
Usina
Potência
(MW) GF (MWm) GAG (R$/ano) RBO (R$/ano) TOTAL (R$/ano)
Jaguara 424 341 87.978.156,24 233.164.542,45 321.142.698,69
Preço R$/MWh 29,45 78,06 107,51
Novo Contrato de Concessão
Tarifa da usina 29,45 R$/MWh
Bonus de outorga 78,06 R$/MWh
Preço final com bônus 107,51 R$/MWh
Renovação de Contratos de Usinas Amortizadas
USINA EMPRESA TARIFA RENOVAÇÃO
Complexo Paulo Afonso CHESF 39,17
MP 579Estreito (L. C. Barreto) FURNAS 45,86
Furnas FURNAS 54,63
Ilha Solteira CTG Brasil 166,02
BÔNUS DE
OUTORGA
Miranda ENGIE 121,45
São Simão SPIC 121,61
Volta Grande ENEL 127,21
o Retoma “by the book” o modelo liberal da década de 90
 Aumento progressivo do Mercado Livre (2020 a 2028) – Libera para MME
recursos de P&D para avaliar as consequências)
 Acaba com regime de cotas
 Descotização com venda no mercado (renda para CDE(?) e Tesouro)
 Redução da obrigatoriedade de contratação das Distribuidoras
 Separação lastro e energia (contratos de curto prazo) - – Libera para MME
recursos de P&D para estudar como fazer
 Despacho por preço
PROPOSTA DO MME PARA “NOVÍSSIMO MODELO”
PL 1917
o Principais consequências
 Transferência de renda do setor para o Tesouro e aumento tarifas (MP 688)
 Risco de suprimento (não obrigatoriedade de contratação)
 Não se contrata mais hídricas (contratos de curto prazo - garantias)
 Despacho por preço fará disparar preço da energia em um mercado com fontes
insensíveis a preço (Hídricas, eólicas e solares)
 Impossibilidade de otimização do uso do recurso hídrico
 Fim do MRE
PROPOSTA DO MME PARA “NOVÍSSIMO MODELO”
PL 1917
o Ocaso da economia do carbono
 Crescimento de fontes renováveis e intermitentes – hora da SOLAR
 Geração distribuída e grandes fazendas solares
 Armazenamento / otimização (baterias, reservatórios, ttérmicas)
 Banimento de fontes mais poluentes (carvão, óleos)
o Economia do Sol
 Geração distribuida pura (auto geração) e micro grid
 Células de combustíveis
 Papel das usinas com reservatórios
 Veículos elétricos
QUAL A TENDÊNCIA DO MERCADO DE ENERGIA?
o Evitar poder de mercado:
 Muitos produtores, todos pequenos em relação ao mercado
 Acesso adequado à transmissão
 Entrada competitiva de novos geradores e competição no varejo
 Desverticalização total
o Competição entre fontes sensíves a preço
o Faz mesmo sentido despacho de usinas por preço
horário no Brasil? Reduz custo da energia?
QUAL A LINHA PREDOMINANTE DA REGULAÇÃO DE SEs?
LIVRO TEXTO DA REGULAÇÃO ECONÔMICA ATUAL: Criar competição
O caso europeu: preços spot na Alemanha e
geração por fonte
GESEL – Grupo de Estudos do Setor Elétrico –
IE/UFRJ
27
Fonte: Johannes Mayer, Fraunhofer ISE; Data: EPEX-SPOT / EEX
O caso europeu: preços e geração com custos
variáveis nulos na Espanha
GESEL – Grupo de Estudos do Setor Elétrico –
IE/UFRJ
28
o A regulação do setor elétrico tem que ser adequada à realidade de
desenvolvimento do país, característica do sistema existente (matriz,
interconexão, maturidade mercado) e sobretudo:
o DEVE BUSCAR OBJETIVO DA POLÍTICA
 Reduzir preço da energia? Para qual setor?
 Dar competitividade à indústria?
 Garantir segurança energética?
 Permitir grandes ganhos para agentes do setor?
QUAL A LINHA PREDOMINANTE DA REGULAÇÃO DE SEs?
FIM
Nelson Hubner
nhubnermoreira@gmail.com
(61) 99937714
PRIVATIZAÇÃO DA ELETROBRAS – PL 9643
PARA COMPLETAR O MODELO:
PROPÕE .............................. VENDA DA ELETROBRAS
o POR QUE NÃO VENDER?
 Otimização e múltiplo uso do recurso hídrico
 Projetos binacionais
 Energia nuclear
 Garantia de mercado competitivo
o Pode ser comprovado?
 NA TRANSMISSÃO
RESULTADOS DOS LEILÕES DE TRANSMISSÃO NO BRASIL
LEILÃO
Número
de lotes
km
Investimento
(Milhões R$)
Receita Anual
Permitida
Edital
Milhões R$
Receita Anual
Permitida
Ofertada
Milhões R$
DESÁGIO
%
MAIOR MÉDIO
1999-7 1 505 207,5 45,3 41,7 8,02 8,02
1999-1 1 253 111,8 34,6 24,0 30,75 30,75
2000-2 3 2.903 1.476,5 330,3 321,2 3,34 2,78
2000-3 1 - 56,0 15,3 10,3 32,85 32,85
2000-4 3 1.918 1.132,0 236,0 233,5 8,02 1,06
2001-1 3 (A) 137 22,6 5,8 5,8 0,00 0,00
2001-3 4 (B) 574 296,3 57,5 57,0 1,01 0,87
2002-2 8 1.850 959,0 213,9 192,9 15,09 9,82
2003-1 7 1.796 1.428,3 410,2 249,3 49,01 39,24
2004-1 11(B) 2.769 1.909,2 419,1 269,4 53,70 35,71
2004-2 2 1.003 957,2 216,5 117,9 47,50 45,55
2005-1 7 3.056 2.789,2 511,2 289,9 49,70 43,32
2006-5 7 2.615 1.229,1 203,3 99,4 58,22 51,13
2006-3 6 1.014 795,5 119,4 60,5 59,45 49,37
2007-4 7 2.332 1.154,6 148,6 67,1 56,86 54,84
2008-4 11 4.921 3.989,2 395,4 315,6 51,27 20,18
2008-6 7 (B) 356 487,0 56,2 35,1 60,00 37,62
2008-7 7 5.416 7.461,6 799,5 742,4 29,50 7,15
2008-8 3 1.178 1.216,9 140,5 117,8 19,15 16,15
2009-1 11(B) 2.478 1.717,8 229,4 182,8 40,50 20,31
2009-5 8 1.079 1.339,4 170,8 122,3 32,45 28,43
2010-1 9 708 699,5 84,2 57,6 51,00 31,57
2010-6 3 516 300,0 39,2 19,2 59,21 50,90
(A) Dois lotes cancelados - não computado
(A) Um lote cancelado - não computado
Sem Eletrobras
Com Eletrobras
NOS LEILÕES DE GERAÇÃO??
Leilões com empresas da Eletrobras participando de Consórcios diferentes:
o Usina Santo Antônio: R$ 78,00/MWh – Direfença: R$ 62,00 / MWh
o Usina Jirau: R$ 71,00/MWh – Direfença: R$ 69,00 / MWh
USINAS DO RIO MADEIRA (SANTO ANTÔNIO E JIRAU)
o Usina Santo Antônio: Potência: 3.150 MW e Garantia Física de 2.218 MW médios
o Usina Jirau: Potência: 3.750 MW e Garantia Física de 2.205 MW médios
o Proposta do Consórcio responsável pelos estudos: R$ 140,00 / MWh
o SA: 365 dias x 24 horas x 0,7 x 2218 x 62 Reais = R$ 843 milhões por ano
o 843 milhões x 30 anos = R$ 25,3 bilhões por 30 anos de contrato
o Jirau: 365 dias x 24 horas x 0,7 x 2205 x 69 Reais = R$ 933 milhões por ano
o 933 milhões x 30 anos = R$ 28 bilhões por 30 anos de contrato
E NOS LEILÕES DE GERAÇÃO??
Leilão com empresas da Eletrobras participando de Consórcios diferentes:
o Resultado Leilão: R$ 78,00 / MWh – Diferença: R$ 62,00 / MWh
USINA DE BELO MONTE
o Capacidade: 11.233 MW e Garantia Física de 4.571 MW médios
o 70% Energia para ACR e 10% para Autoprodutores
o Preço mínimo para viabilizar segundo construtoras do país: R$ 140,00 / MWh
o Belo Monte: 365 dias x 24 horas x 0,8 x 4571 x 62 Reais = R$ 1,99 bilhões por ano
o 1,99 bilhões x 30 anos = R$ 59,6 bilhões por 30 anos de contrato
Resumo dos Leilões Usinas Estruturantes
Usina
Por ano
(R$ milhões)
Contrato
(R$ bilhões)
Santo Antônio 843 25,3
Jirau 933 28,0
Belo Monte 1.986 59,6
TOTAL 3.762 113
FIM
Nelson Hubner
nhubnermoreira@gmail.com
(61) 99937714

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Nelson Hubner - Ex-Diretor-geral da ANEEL no Fórum Brasilianas-Cemig

  • 1. Evolução da regulação do setor elétrico brasileiro Forum de Debates - Brasilianas Belo Horizonte - CEMIG – set/2018
  • 2. 1ª FASE - MODELO ESTATAL: até 1993 o Empresas verticalizadas de geração e distribuição nos estados o Geração predominantemente hídrica com poucas térmicas suportadas pela CCC o Planejamento e operação colegiados – GCPS e GCOI o Expansão realizada por estatais federais ou estaduais com outorga direta o Tarifa equalizada, pelo custo e remuneração garantida através da CRC o Distribuidoras estatais estaduais (poucas exceções) EVOLUÇÃO DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO FASE Inicial – antes de 1930 oEmpresas privadas, usinas hídricas e térmicas sem nenhuma regulação
  • 3. o Alternativas regulatórias desenvolvidas nas décadas de 70 e 80 (Stigler, Peltzman, Becke) buscaram alternativas regulatórias para modelar os agentes do setor como qualquer agente econômico maximizador de benefícios o Competição na Geração e Comercialização o Monopólio natural (regulado) na Transmissão e Distribuição TEORIA ECONÔMICA – REGULAÇÃO SETOR ELÉTRICO o Os mercados atacadistas de energia elétrica são inerentemente incompletos e imperfeitamente competitivos Incompletos: dificuldade medição perfeita e armazenamento (reservatórios e térmicas que podem ligar e desligar rapidamente), baterias, etc Imperfeitos: economia de escala, barreiras à entrada, característica de oligopólio e demanda inelástica INTRÍNSICAMENTE RELACIONADO À MATRIZ ELÉTRICA
  • 4. Competição Competição Monopólio natural Atividade regulada TEORIA ECONÔMICA – REGULAÇÃO SETOR ELÉTRICO Condição inicial básica: Desverticalizar, privatizar e reduzir poder de mercado
  • 5.  2ª FASE - MODELO LIBERAL: 1993 – 2003 – Novos princípios de Regulação Econômica MOTIVAÇÃO o A crise do estado e seu dimensionamento o Reflexos da crise no setor elétrico: o Necessidade de expansão o Falta de recursos para investimentos o Ineficiência das empresas o Política liberal mundial capitaneada por USA (Reagan) e Reino Unido (Thatcher) EVOLUÇÃO DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO OBJETIVOS o Equacionar o déficit fiscal (exigências de organismos internacionais) – Qq semelhança... o Restaurar o fluxo de investimentos o Garantir disponibilidade de energia com investimento privado (incoerente com privatização – venda de ativos depreciados retira apetite para novos projetos de expansão) o Aumentar a eficiência das empresas
  • 6.  2ª FASE - MODELO LIBERAL: 1993 – 2003 VETORES o Criação de órgão regulador independente – ANEEL o Constituição do operador independente – ONS o Criação do Mercado Atacadista de Energia – MAE o Geração como atividade industrial e não como concessão de serviço público (PIE) o Desverticalização das empresas (também instrumento de privatização) o Livre acesso ao sistema de transmissão o Estabelecimento de regras para competição – self dealing como limitador de concentração (??) EVOLUÇÃO DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO By the book da “moderna regulação
  • 7.  2ª FASE - MODELO LIBERAL: 1993 – 2003 ALGUMAS CARACTERÍSTICAS o Planejamento indicativo – CCPE – Comitê Coordenador do Planejamento da Expansão o Distribuidoras responsáveis pelo suprimento do seu mercado o Distribuidoras tinham liberdade de contratação de energia o PPA (Power Purchase Agreement) com repasse às tarifas limitado ao VN o Possibilidade de Self dealing – até 30% do mercado com repasse limitado ao VN o Contratação de usinas hídricas através de leilões com base no maior valor de UBP (aumento tarifas) o Leilões para ampliação do sistema de transmissão EVOLUÇÃO DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO Resultado: Aumento dos preços e Racionamento de Energia
  • 8. Fundamentos Segurança no abastecimento  Planejamento e Mercado  Modicidade tarifária (Respeitando contratos existentes) 3ª FASE – NOVO MODELO DO SETOR ELÉTRICO 2004 Correções de rumo – Presença do Estado/Governo – 2004 - 2012 EVOLUÇÃO DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO
  • 9.  Obrigatoriedade de contratação de 100% da energia pelas distribuidoras o Distribuidoras são obrigadas a permanecer 100% contratadas o Distribuidoras declaram sua necessidade de energia com antecedência Obrigatoriedade de lastro físico para 100% da energia vendida para o mercado regulado Contratação de hidrelétricas e térmicas em proporções que assegurem melhor equilíbrio entre garantia e custo (importância do planejamento) Monitoramento permanente da segurança de suprimento – CMSE Mantém o modelo de expansão da transmissão 3ª FASE – NOVO MODELO DO SETOR ELÉTRICO 2004 Correções de rumo – Presença do Estado/Governo – GARANTIA DE SUPRIMENTO EVOLUÇÃO DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO
  • 10.  Principais Instrumentos visando modicidade tarifária:  Contratação da expansão da transmissão em leilões pela menor RAP  Contratação de energia em leilões públicos o Distribuidoras perdem a liberdade de contratação o Declaram necessidade de energia para o quinto ano à frente (espaço para hídrica  Critério de menor preço nos leilões de energia  Leilões separados para a contratação de energia existente e nova  Proibição de “Self-dealing” EVOLUÇÃO DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO 3ª FASE – NOVO MODELO DO SETOR ELÉTRICO 2004 MODICIDADE TARIFÁRIA Modelo de Expansão Consolidado
  • 11. VETORES o Renovação das concessões para quem aceitar as condições da lei o Tarifa com base em custos regulatórios de operação e manutenção, mais uma remuneração o Adições (investimentos) são incorporados à base de remuneração 4ª FASE – RENOVAÇÃO DAS CONCESSÕES – A PARTIR DE 2013 Consolidação do Modelo implementado em 2004 MOTIVAÇÃO o Definir o que fazer com o fim das concessões em 2015 o Reduzir o custo da energia no Brasil o Completar o modelo de 2004 com tratamento adequado aos ativos depreciados o Restabelecer coerência de custos entre energia “velha” e “nova” OBJETIVO o Captura para modicidade tarifária da renda dos ativos já depreciados de transmissão e geração hídrica (RENDA HÍDRICA) (Reduziu tarifas em 22% mas recuo do Tesouro baixou redução para 15%) EVOLUÇÃO DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO
  • 12. o Transição com renovações mantidas em 2015 (problema - A-1 2012 e 2013) o Energia de cotas para determinados setores industriais o Não absorção pelo Tesouro dos subsídios, como tarifa de baixa renda, e programas sociais (ou colocar na Lei) o Alternativa de renovação com parte da energia ficando para geradores como na MP-688, MAS SEM A BONIFICAÇÃO DE OUTORGA (Recursos para Tesouro) O QUE PODERIA TER SIDO FEITO DIFERENTE O que foi feito no Brasil é muito diferente de outros países com muitos recusos hídricos?
  • 13. USINAS HÍDRICAS – IMPORTÂNCIA PARA MODICIDADE TARIFÁRIA o QUAL É O PADRÃO EM PAÍSES COM MUITA GERAÇÃO HÍDRICA? Ano de 2014 2016 País Produção de Energia (TWh) Capacidade Inst. (GW) % Total Produção de Energia (TWh) China 1.064,0 311 18.7% 1.180,7 Brazil 373,0 89 63.2% 410,2 Canada 383,0 76 58.3% 329,6 United States 282,0 102 6.5% 266,4 Russia 177,0 51 16.7% 178,3 Norway 129,0 31 96.0% 144,0 India 132,0 40 10.2% 120,5
  • 14. o CHINA Tudo Estatal The Norwegian Parliament, The Storting, responded quickly by issuing laws for concessions and reversionary rights. The latter was passed into law in 1909, and involves that the ownership of the resources passes back to the state when the period of the concession is ended. Thus, The Storting ensured that the Norwegian hydropower resources was to remain on Norwegian hands. The state, counties and municipalities today own 90 percent of the production capacity for electricity. The History of Norwegian Hydropower o NORUEGA
  • 15. o CANADÁ Type Canada NL PE NS NB QC ON MB SK AB BC YT NT NU Hydro 79.232 6.759 0 371 952 40.159 8.991 5.402 867 942 14.639 95 56 0 Wind 7.641 54 204 301 294 2.174 2.763 242 171 1.039 390 1 9 0 Tidal 20 0 0 20 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Solar 194 0 0 0 0 20 173 0 0 1 0 0 0 0 Thermal 48.182 590 130 1.970 3.259 1.378 23.836 558 3.213 11.413 1.589 34 136 75 Conventional steam 20.469 490 80 1.650 1.752 399 5.375 280 2.136 7.230 1.077 0 0 0 Nuclear 14.033 0 0 0 705 0 13.328 0 0 0 0 0 0 0 Combustion turbine 12.473 43 50 320 797 794 4.900 268 1.059 3.786 437 0 20 0 Internal combustion 1.207 57 0 0 5 184 233 10 18 397 75 34 116 75 Total Installed 135.268 7.403 333 2.661 4.505 43.731 35.763 6.202 4.252 13.395 16.618 130 201 75
  • 16. o CANADÁ Retail prices of electricity in large Canadians cities Prices in cents/kWh Residential Small power Medium power Large power St. John's (Newfoundland Power/NL Hydro) 11,8 11,83 9,05 3,98 Charlottetown (Maritime Electric) 14,51 15,18 12,68 8,36 Halifax (Nova Scotia Power) 15,01 14,25 11,99 9 Moncton (NB Power) 11,82 12,46 10,98 6,86 Montreal (Hydro-Québec) 6,76 8,85 7,19 4,51 Ottawa (Hydro Ottawa) 13,14 12,94 11,42 10,58 Toronto (Toronto Hydro) 13,57 13,41 11,43 10,46 Winnipeg (Manitoba Hydro) 7,46 7,29 5,62 3,69 Regina (SaskPower) 12,54 10,31 9,08 5,67 Edmonton (EPCOR) 12,9 12,41 11,07 6,97 Calgary (ENMAX) 13,89 11,24 9,53 8,28 Vancouver (BC Hydro) 8,78 9,73 7,08 3,69 List of Electric Utilities by size Company Type Customers Transmission (km) Capacity (MW) Generation (GWh) Revenue ($M) Hydro-Québec Public, integrated 4.179.850 34.187 36.643 222.045 13.184 Fortis Inc. Private 2.002.000— 32.134— 6.700 Hydro One Public, Private, T & D 1.333.920 28.924— — 4.744 Ontario Power Generation Public, generation — — 21.729 92.500 5.640 BC Hydro Public, integrated 1.830.985 18.603 11.345 43.755 3.822 Alectra Utilities Municipal, integrated 960.000— - - - ENMAX Municipal, integrated 836.000— — — 3.160 TransAlta Investor-owned, generation — — 8.775 45.736 2.770 Toronto Hydro Electric System Municipal, T & D 761.000— — — 2.462 ATCO Private, integrated 233.100 2.732 2.443 Bruce Power Private, generation — — 6.300 34.600 2.380 EPCOR Municipal, T & D 334.000 203— — 2.008 Capital Power Corporation Private, generation — — 3.654 7.015 1.008 Manitoba Hydro Public, integrated 532.359 11700 5.511 33.974 1.599 NB Power Public, integrated 335.513 6.801 3.297 14.418 1.712 SaskPower Public, integrated 467.329 12.404 3.840 19.864 1.459 Nova Scotia Power Private, integrated 486.000 5.000 2.293 12.092 1.188 Hydro Ottawa Municipal, distribution 296.000— 14 150 755 Newfoundland and Labrador Hydro Public, integrated 36.000 3.781 7.289 5.216 446 Saskatoon Light & Power Municipal, distribution 58.600— — — 121 CONCLUSÃO: Províncias com muita usina hídrica e que têm como política manter o controle da concessão após a amortização do investimento e ”regular preço” possui as mais baixas tarifas.
  • 17. o ESTADOS UNIDOS CONCLUSÃO: Até os Estados Unidos que tanto defendem o papel do mercado na formação de preços, não abrem mão de suas hídricas amortizadas que são usadas para modicidade tarifária
  • 18. o Todas as concessões renovadas venceriam até 2016 (maioria em 2015) o Retornariam para União (Poder Concedente) o Nova concessão teria que ser LICITADA o As condições de licitação seriam dadas pelo Poder Concedente E SE NÃO HOUVESSE A MP 579?
  • 19. MUDANÇAS NA MP 579 OUTORGA DE CONCESSÃO COM PAGAMENTO DE BONUS Consequências Exemplos Atuais
  • 20. LEILÃO DAS USINAS DA CEMIG Três multinacionais controladas por governos estrangeiros pagaram antecipadamente ao Tesouro Nacional 12 bilhões de reais de imposto a ser cobrado dos consumidores de energia do Brasil nos próximos 30 anos. Usina Potência (MW) Rio Estado Valor mínimo da outorga (R$) Valor oferecido Ágio (%) R$/MW São Simão 1.710Paranaíba Goiás e Minas Gerais 6.740.946.603,49 7.180.000.000 6,51 4.198.830 Jaguara 424Grande Minas Gerais e São Paulo 1.911.252.009,47 2.171.000.000 13,59 5.120.283 Miranda 408Araguari Minas Gerais 1.110.880.200,23 1.360.000.000,00 22,43 3.333.333 Volta Grande 380Grande Minas Gerais e São Paulo 1.292.477.165,35 1.419.784.000,00 9,85 3.736.274 Belo Monte 11.233 33.000.000.000 Belo Monte com preço de Jaguara 57.516.139.151
  • 21. Exemplo: Usina de Jaguara Usina Potência (MW) GF (MWm) GAG (R$/ano) RBO (R$/ano) TOTAL (R$/ano) Jaguara 424 341 87.978.156,24 233.164.542,45 321.142.698,69 Preço R$/MWh 29,45 78,06 107,51 Novo Contrato de Concessão Tarifa da usina 29,45 R$/MWh Bonus de outorga 78,06 R$/MWh Preço final com bônus 107,51 R$/MWh
  • 22. Renovação de Contratos de Usinas Amortizadas USINA EMPRESA TARIFA RENOVAÇÃO Complexo Paulo Afonso CHESF 39,17 MP 579Estreito (L. C. Barreto) FURNAS 45,86 Furnas FURNAS 54,63 Ilha Solteira CTG Brasil 166,02 BÔNUS DE OUTORGA Miranda ENGIE 121,45 São Simão SPIC 121,61 Volta Grande ENEL 127,21
  • 23. o Retoma “by the book” o modelo liberal da década de 90  Aumento progressivo do Mercado Livre (2020 a 2028) – Libera para MME recursos de P&D para avaliar as consequências)  Acaba com regime de cotas  Descotização com venda no mercado (renda para CDE(?) e Tesouro)  Redução da obrigatoriedade de contratação das Distribuidoras  Separação lastro e energia (contratos de curto prazo) - – Libera para MME recursos de P&D para estudar como fazer  Despacho por preço PROPOSTA DO MME PARA “NOVÍSSIMO MODELO” PL 1917
  • 24. o Principais consequências  Transferência de renda do setor para o Tesouro e aumento tarifas (MP 688)  Risco de suprimento (não obrigatoriedade de contratação)  Não se contrata mais hídricas (contratos de curto prazo - garantias)  Despacho por preço fará disparar preço da energia em um mercado com fontes insensíveis a preço (Hídricas, eólicas e solares)  Impossibilidade de otimização do uso do recurso hídrico  Fim do MRE PROPOSTA DO MME PARA “NOVÍSSIMO MODELO” PL 1917
  • 25. o Ocaso da economia do carbono  Crescimento de fontes renováveis e intermitentes – hora da SOLAR  Geração distribuída e grandes fazendas solares  Armazenamento / otimização (baterias, reservatórios, ttérmicas)  Banimento de fontes mais poluentes (carvão, óleos) o Economia do Sol  Geração distribuida pura (auto geração) e micro grid  Células de combustíveis  Papel das usinas com reservatórios  Veículos elétricos QUAL A TENDÊNCIA DO MERCADO DE ENERGIA?
  • 26. o Evitar poder de mercado:  Muitos produtores, todos pequenos em relação ao mercado  Acesso adequado à transmissão  Entrada competitiva de novos geradores e competição no varejo  Desverticalização total o Competição entre fontes sensíves a preço o Faz mesmo sentido despacho de usinas por preço horário no Brasil? Reduz custo da energia? QUAL A LINHA PREDOMINANTE DA REGULAÇÃO DE SEs? LIVRO TEXTO DA REGULAÇÃO ECONÔMICA ATUAL: Criar competição
  • 27. O caso europeu: preços spot na Alemanha e geração por fonte GESEL – Grupo de Estudos do Setor Elétrico – IE/UFRJ 27 Fonte: Johannes Mayer, Fraunhofer ISE; Data: EPEX-SPOT / EEX
  • 28. O caso europeu: preços e geração com custos variáveis nulos na Espanha GESEL – Grupo de Estudos do Setor Elétrico – IE/UFRJ 28
  • 29. o A regulação do setor elétrico tem que ser adequada à realidade de desenvolvimento do país, característica do sistema existente (matriz, interconexão, maturidade mercado) e sobretudo: o DEVE BUSCAR OBJETIVO DA POLÍTICA  Reduzir preço da energia? Para qual setor?  Dar competitividade à indústria?  Garantir segurança energética?  Permitir grandes ganhos para agentes do setor? QUAL A LINHA PREDOMINANTE DA REGULAÇÃO DE SEs?
  • 31. PRIVATIZAÇÃO DA ELETROBRAS – PL 9643 PARA COMPLETAR O MODELO: PROPÕE .............................. VENDA DA ELETROBRAS o POR QUE NÃO VENDER?  Otimização e múltiplo uso do recurso hídrico  Projetos binacionais  Energia nuclear  Garantia de mercado competitivo o Pode ser comprovado?  NA TRANSMISSÃO
  • 32. RESULTADOS DOS LEILÕES DE TRANSMISSÃO NO BRASIL LEILÃO Número de lotes km Investimento (Milhões R$) Receita Anual Permitida Edital Milhões R$ Receita Anual Permitida Ofertada Milhões R$ DESÁGIO % MAIOR MÉDIO 1999-7 1 505 207,5 45,3 41,7 8,02 8,02 1999-1 1 253 111,8 34,6 24,0 30,75 30,75 2000-2 3 2.903 1.476,5 330,3 321,2 3,34 2,78 2000-3 1 - 56,0 15,3 10,3 32,85 32,85 2000-4 3 1.918 1.132,0 236,0 233,5 8,02 1,06 2001-1 3 (A) 137 22,6 5,8 5,8 0,00 0,00 2001-3 4 (B) 574 296,3 57,5 57,0 1,01 0,87 2002-2 8 1.850 959,0 213,9 192,9 15,09 9,82 2003-1 7 1.796 1.428,3 410,2 249,3 49,01 39,24 2004-1 11(B) 2.769 1.909,2 419,1 269,4 53,70 35,71 2004-2 2 1.003 957,2 216,5 117,9 47,50 45,55 2005-1 7 3.056 2.789,2 511,2 289,9 49,70 43,32 2006-5 7 2.615 1.229,1 203,3 99,4 58,22 51,13 2006-3 6 1.014 795,5 119,4 60,5 59,45 49,37 2007-4 7 2.332 1.154,6 148,6 67,1 56,86 54,84 2008-4 11 4.921 3.989,2 395,4 315,6 51,27 20,18 2008-6 7 (B) 356 487,0 56,2 35,1 60,00 37,62 2008-7 7 5.416 7.461,6 799,5 742,4 29,50 7,15 2008-8 3 1.178 1.216,9 140,5 117,8 19,15 16,15 2009-1 11(B) 2.478 1.717,8 229,4 182,8 40,50 20,31 2009-5 8 1.079 1.339,4 170,8 122,3 32,45 28,43 2010-1 9 708 699,5 84,2 57,6 51,00 31,57 2010-6 3 516 300,0 39,2 19,2 59,21 50,90 (A) Dois lotes cancelados - não computado (A) Um lote cancelado - não computado Sem Eletrobras Com Eletrobras
  • 33. NOS LEILÕES DE GERAÇÃO?? Leilões com empresas da Eletrobras participando de Consórcios diferentes: o Usina Santo Antônio: R$ 78,00/MWh – Direfença: R$ 62,00 / MWh o Usina Jirau: R$ 71,00/MWh – Direfença: R$ 69,00 / MWh USINAS DO RIO MADEIRA (SANTO ANTÔNIO E JIRAU) o Usina Santo Antônio: Potência: 3.150 MW e Garantia Física de 2.218 MW médios o Usina Jirau: Potência: 3.750 MW e Garantia Física de 2.205 MW médios o Proposta do Consórcio responsável pelos estudos: R$ 140,00 / MWh o SA: 365 dias x 24 horas x 0,7 x 2218 x 62 Reais = R$ 843 milhões por ano o 843 milhões x 30 anos = R$ 25,3 bilhões por 30 anos de contrato o Jirau: 365 dias x 24 horas x 0,7 x 2205 x 69 Reais = R$ 933 milhões por ano o 933 milhões x 30 anos = R$ 28 bilhões por 30 anos de contrato
  • 34. E NOS LEILÕES DE GERAÇÃO?? Leilão com empresas da Eletrobras participando de Consórcios diferentes: o Resultado Leilão: R$ 78,00 / MWh – Diferença: R$ 62,00 / MWh USINA DE BELO MONTE o Capacidade: 11.233 MW e Garantia Física de 4.571 MW médios o 70% Energia para ACR e 10% para Autoprodutores o Preço mínimo para viabilizar segundo construtoras do país: R$ 140,00 / MWh o Belo Monte: 365 dias x 24 horas x 0,8 x 4571 x 62 Reais = R$ 1,99 bilhões por ano o 1,99 bilhões x 30 anos = R$ 59,6 bilhões por 30 anos de contrato
  • 35. Resumo dos Leilões Usinas Estruturantes Usina Por ano (R$ milhões) Contrato (R$ bilhões) Santo Antônio 843 25,3 Jirau 933 28,0 Belo Monte 1.986 59,6 TOTAL 3.762 113