Apresentação realizada durante o fórum "O modelo do setor elétrico brasileiro e o papel da Cemig", pelo coordenação Nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB). O evento ocorreu no dia 19 de setembro de 2018, em Belo Horizonte. Andrioli aborda o risco da privatização irrestrita no setor elétrico brasileiro.
2. 1. “Análise da matriz energética brasileira"
Pressupostos iniciais ...
Quando falamos em MATRIZ ENERGÉTICA
Oferta interna de Energia no MUNDO – 2015
Total renováveis = 1.844,979 Mtep
Total ñ-renováveis = 11.777,36 Mtep
Total = 13.647 Mtoe
Fontes : Key Wolrd Energy Statistics– 2017; www.iea.org
Oil
31,7%
coal
28,1%
natural gas
21,6%
nuclear
4,9%
hydro
2,5%
biofuels and waste
9,7%
others
1,5%
renováveis = 13,7%
ñrenováveis = 86,3%
3. 1. “Análise da matriz energética brasileira"
Pressupostos iniciais ...
Quando falamos em MATRIZ ENERGÉTICA
Oferta interna de Energia no Brasil – 2016
Total renováveis = 112, 18 Mtep
Total ñ-renováveis = 172,54 Mtep
Total = 294,72 Mtep
Fontes :BALANÇO ENERGÉTICO NACIONAL – 2017; páginas 21 e 24; www.epe.gov.br
4. Pressupostos iniciais ... Quando falamos em MATRIZ ENERGÉTICA
BRASIL (2016)
renováveis = 81,7%
ñrenováveis = 18,3%
5. Pressupostos iniciais ... Quando falamos em MATRIZ ENERGÉTICA
Fontes : Key Wolrd Energy Statistics– 2017; www.iea.org
Carvão
9.532,21 TWh
39,3%
Gás Natural
5.554,39 TWh
22,9%
Petróleo
994,45 TWh
4,1%
Nuclear
2.571,03
10,6%
Hidráulica
3.880,8 TWh
16%
Outras Fontes
1.1722 TWh
7,1%
Matriz de eletricidade do Mundo - 2015
(TWh-%)
Total = 24.255 TWh
10. “Sistema Interligado Nacional”
Coordenação
na Cascata + +
• Predominância hidrelétrica
• Aproveitamentos em cascata
• Diferentes bacias hidrográficas
• Rede de transmissão extensa
• Pequena complementação termelétrica
• Múltiplos proprietários
Coordenação
integrada entre
usinas de uma
mesma bacia
Integração
entre Bacias + Integração
entre
regiões
Coordenação
hidrotérmica+
Interdependência na geração
• Não coincidência de períodos secos e úmidos
(sazonalidade) entre as bacias permite exploração
desta complementaridade
SIN
Integração da Geração e Transmissão
• SIN é expandido (e operado) visando integração
de geração e transmissão
• Operação otimizada coordenada, explorando a
integração geração / transmissão produz
ganhos sinérgicos
Interconexão na transmissão - Transmissão como Usinas Virtuais
• Transmissão não só transporta energia para centros de consumo como interliga bacias viabilizando otimização
pela exploração de complementaridades, permitindo aproveitamento ótimo da água, gerando energia elétrica ou
armazenando água onde for mais conveniente
11. Fontes Alternativas de Energia - Prof. Dorival
Dia 09/10/2017:
SU-CO: 22,15%; Sul: 35,77%;
NE: 8,77%; e N: 28,28%
O SISTEMA ELÉTRICO BRASILEIRO: análogo...
10,829
TWh
14,472
TWh
146,407
TWh
37,302
TWh
Capacidade Total em Outubro de 2017
– 209,01 TWh
Dia 09/10/2017
43,939 TWh
3,062 TWh
5,177 TWh
3,271 TWh
32,429 TWh
~ 30 dias
19. Fontes Alternativas de Energia - Prof. Dorival
O SISTEMA ELÉTRICO BRASILEIRO: o que se
está executando ...
10,7
TWh
14,3TWh
147,6
TWh
37,3
TWh
Aumentar a Capacidade de armazenamento
.... 209,9 TWh
20. Fontes Alternativas de Energia - Prof. Dorival
O SISTEMA ELÉTRICO BRASILEIRO: o que se
está executando ...
10,7
TWh
14,3TWh
147,6
TWh
37,3
TWh
Aumentar a Capacidade de armazenamento
.... 209,9 TWh
21. Fontes Alternativas de Energia - Prof. Dorival
O SISTEMA ELÉTRICO BRASILEIRO: o que se
está executando ...
10,7
TWh
14,3TWh
147,6
TWh
37,3
TWh
Aumentar a Capacidade de armazenamento
.... 209,9 TWh
28. Elaboração a partir da “table 5.6.A. average price of electricity ...”
localizada no seguinte endereço:
https://www.eia.gov/electricity/monthly/current_month/epm.pdf
(valores de agosto de 2017)
Residencial comercial Industrial
todos os
setores
Preço médio c/tributos (centavos de US$/KWh) 13,19 11,04 7,25 10,98
Preço médio c/ tributos (US$/MWh) 131,9 110,4 72,5 109,8
Convertendo em Reais ao câmbio médio de
agosto 2017 ( US$ 1,00 = R$ 3,151874)
Preço médio c/ tributos em R$/MWh) 415,732 347,967 228,511 346,076
Preço médio da eletricidade por tipo de consumidor
com tributos nos EUA – Agosto de 2017
1 MWh nos EUA é produzido em média a partir das seguintes fontes (2016):
-NÃO RENOVÁVEIS (85%) – gás natural e outros gases 34,2%; carvão 30,4%; nuclear 19,8%; e petróleo 0,6%
-RENOVÁVEIS (15%) – hidrelétrica (6,5%); eólica 5,6%; madeira, resíduos e geotérmica 2,1%; e solar 0,9%
30. Elaboração a partir de site da ANEEL no seguinte endereço:
http://relatorios.aneel.gov.br/_layouts/xlviewer.aspx?id=/Relatori
osSAS/RelSampClasseCons.xlsx&Source=http://relatorios.aneel.go
v.br/RelatoriosSAS/Forms/AllItems.aspx&DefaultItemOpen=1
(valores de agosto de 2017)
Residencial comercial Industrial
todos os
setores
Tarifa média de fornecimento de eletricidade
Brasil – Agosto de 2017 (R$/MWh) 638,50 649,04 550,88 594,98
Preço médio de fornecimento de eletricidade
EUA – Agosto de 2017 (R$/MWh) 415,73 347,96 228,51 346,07
O consumidor médio brasileiro pagava em R$ a
cada 1 MWh os seguintes valores a mais que o
consumidor médio Norte Americano em 08/2017
222,77 301,08 322,37 248,91
Tarifa média de fornecimento de eletricidade com tributos no Brasil comparada com o preço
médio da eletricidade com tributos nos EUA, por tipo de consumidor, em Agosto de 2017
1 MWh no Brasil é produzido em média a partir das seguintes fontes (ano-2016):
- RENOVÁVEIS (81,7%) – hidrelétrica (68,1%); biomassa 8,2%, eólica 5,6%; e solar 0,01%
-RENOVÁVEIS (18,3%)–gás natural 9,1%; carvão 4,2%; nuclear 19,8%; e petróleo/derivados 2,4%
1 MWh no EUA é produzido em média a partir das seguintes fontes (ano- 2016):
NÃO RENOVÁVEIS (85%) – gás natural e outros gases 34,2%; carvão 30,4%; nuclear 2,6%; e petróleo 0,6%
- RENOVÁVEIS (15%) – hidrelétrica (6,5%); eólica 5,6%; madeira, resíduos e geotérmica 2,1%; e solar 0,9%
31. A ORGANIZAÇÃO INSTITUCIONAL/POLÍTICA …
“Constituem campos de atuação próprios da área privada os setores diretamente produtivos: (...)
A verdade, é que assumindo a maior responsabilidade pelos setores de Infra-Estrutura econômica,
está o setor público, simultaneamente realizando três coisas:
- Assume o ônus maior dos setores que demandam investimentos
gigantescos, com longos prazos de maturação e, em geral, mais baixa
rentabilidade direta. É fora de qualquer dúvida que o Brasil não teria mantido taxas de
crescimento da ordem de 10%, no período até 1974, sem os maciços investimentos realizados pela
ELETROBRAS e seu sistema, PETROBRAS, TELEBRAS e seu sistema, CVRD, DNER, etc.
- Ocupa-se de áreas complementares e viabilizadoras da ação do setor privado, ao invés de
envolver-se em atividades competitivas às deste último, que pode, então, responsabilizar-se por
campos que demandam menor volume de investimentos, têm mais curto prazo de maturação e
mais alta rentabilidade direta.
- Evita a presença maciça da empresa de estrangeira nas áreas de infra-estrutura, pois sua
saída desse campo teria de ser preenchida, em grande medida, pelo investimento externo. Passa,
assim, a presença da empresa estatal, em tais áreas, a constituir elemento de equilíbrio do
modelo, permitindo, inclusive, maior flexibilidade no tratamento do capital estrangeiro nos
setores não-básicos.”
32. Ano Hidrelétrica Termelétrica Total Aumento % Pot.
Ins.
MW % MW % Mw
1961(1) 4.126 72,01 1.603 27,99 5.729 -
1966(1) 5.524 73,01 2.042 26,99 7.566 32,06
1971(1) 10.244 80,85 2.426 19,15 12.670 67,45
1976(1) 17.675 83,92 3.385 16,08 21.060 66,22
1981(1) 30.600 89,32 3.656 10,68 34.256 62,66
1986(1) 38.682 89,61 4.483 10,39 43.165 26,01
1991(1) 52.376 91,65 4.770 8,35 57.146 32,28
1996(2) 59.728 92,96 4.522 7,04 64.240 12,41
Tabela 7.7 - Evolução da Capacidade Instalada do setor elétrico (Período Estatal)
Obs. Inclui capacidade total, em operação de Itaipu, cuja metade pertence ao Paraguai. Tabela montada a partir das seguintes fontes: (1) Plano
2015, Volume II; Projeto 4: A oferta de energia elétrica potencial hidrelétrico ELETROBRAS. (2) Relatório SIESE – 2000;
34. A organização empresarial dos negócios
da indústria privada ...
A metodologia preço teto como definidora dos
preços da cadeia industrial ...
35. Modelo de mercado:
a) Diminuição da força de trabalho
b) Intensificação do trabalho;
c) Intensificação do uso das instalações;
d) Estrutura industrial combinada aos estrutura de
negócios do sistema financeiro
e) Preço da energia como commodity
f) A privatização …
38. 188,21
172,96
156,92
138,22
122,50
113,95
103,60
97,15 96,74 97,40 96,58 97,99
101,10 103,70 101,45 102,77 104,86
108,01 108,13 105,96
76,97
89,28
110,87 112,07
126,33 123,80
127,58
137,53
146,31
130,83
173,55
187,27
211,97
215,77
227,78 226,57
232,44
245,53
254,45
236,80
0,00
50,00
100,00
150,00
200,00
250,00
300,00
1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
Gráfico elaborado a partir de dados da ELETROBRAS e FUNCOGE
Números de trabalhadores do setor elétrico em milhares -de 1994 a 2013
????
A geração de energia elétrica no
Brasil em centrais de serviço
público e autoprodutores atingiu
260 TWh em 1994
1,38 GWh/trabalhador
A geração de energia elétrica no Brasil
em centrais de serviço público, produtor
independente e autoprodutores atingiu
570 TWh em 2013
(Fonte: BEN-2014)
2,41 GWh/trabalhador
A produtividade dos
trabalhadores no setor
elétrico aumento 74,64%
39. 26
15
17
23
14
9
18 19
12
15
4
7
18
9
17
49 49
60
55
66
52
57
74
59 60
63
72
61
58
45
75
64
77 78
80
61
75
93
71
75
67
79 79
67
62
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
Acidentes fatais por ano
de 1999 a 2013
trab. próprios trab. terceirizados total
Gráfico elaborado a partir de dados obtidos no seguinte endereço eletrônicohttp://www.relatorio.funcoge.com.br/2013/pdf/br/ste/indicadores.pdf
40. Gráfico elaborado a partir de dados obtidos no seguinte endereço eletrônicohttp://www.relatorio.funcoge.com.br/2013/pdf/br/ste/indicadores.pdf
1.246 1.241
1.055 1.059
994 1.008 1.007
840
906 851
781 741 753 696 650
1.477
1.589
1.361
1.280
1.479
1.245
1.105
2.383
2.440
2.142
2.021
2.232
1.941
1.755
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
Acidentes com afastamento - de 1999 a 2013
trab. próprios trab. terceirizados total
43. Os “vendedores” e os “compradores”
dos serviços de eletricidade
EMPRESAS DE TRANSMISSÃO
Consumidores “cativos” ou “livres”
Consumidores “cativos”
44. Diretrizes
Índices de
Monitoramento
Plano de
expansão G&T
CNPE
CMSE
Ministério de
Minas e Energia
Congresso
Nacional
Presidência
EPE
Procedimentos
de Rede
Regulamentos
RegulamentosTarifas
Regras e
Procedimentos
ONS Consumidor
Cativo
CCEE Consumidor
Livre
Agentes G, T, D e C
Privados e estatais
ANEEL
Organização Institucional da Indústria de
eletricidade do Brasil
Política
Energética
Política
Energética
Política
Energética
Princípios de mercado
BNDES
SDE-CADE/MJ,
SEAE/FAZENDA, ANA,
MMA –SNRH-
CONAMA, Agências
Estaduais, Conselho
de Consumidores,etc
45. Edição do dia 04/06/2015
http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2015/06/brasil-tem-energia-mais-cara-para-industria-entre-28-paises-diz-firjan.html
46. Sem renda Até ¼ S.
M.
Mais de ¼
até ½ S.
M.
Mais de ½
até 1 S. M.
Mais de 1
a 2 S. M.
Mais de 2
a 3 S. M.
Mais de 3
a 5 S. M.
Mais de 5
S. M.
2.670.018
22.181.688
36.558.708
58.740.396
50.319.570
15.814.722
10.474.686
8.626.212
Distribuição da população do Brasil por classe de rendimento
mensal per capita (Salário Mínimo) em 2016 (Fonte:IBGE)
58,5 % da população
brasileira vive com
uma renda de até 1
S. M por mês
47. Sem renda Até ¼ S.
M.
Mais de ¼
até ½ S.
M.
Mais de ½
até 1 S. M.
Mais de 1
a 2 S. M.
Mais de 2
a 3 S. M.
Mais de 3
a 5 S. M.
Mais de 5
S. M.
2.670.018
22.181.688
36.558.708
58.740.396
50.319.570
15.814.722
10.474.686
8.626.212
Distribuição da população do Brasil por classe de rendimento
mensal per capita (Salário Mínimo) em 2016 (Fonte:IBGE)
83 % da população
brasileira vive com
uma renda de até 2
S. M por mês