2. 1. ESCOLA TRADICIONAL
(60/70)
Década dos conceitos.
Enfoque na transmissão dos conhecimentos.
Aprendizagem por acumulação.
LEI 4024/61 = ensino da gramática pela gramática,
domínio dos conceitos gramaticais.
Atenção voltada exclusivamente à forma.
Prevalece ensino prescritivo, através de cópias, regras,
listas, memorização.
Base teórica dentro da Lingüística: Estudo do Certo e do
Errado.
Estabelece normas ditando regras do bem falar e do bem
escrever.
Vê a fala como cópia da escrita.
Unidade de análise = PALAVRA
3. Professor visto como detentor do saber e
aluno completamente ignorado
(receptáculo vazio).
Verbos que predominam nos exercícios de
língua: defina, conceitue, classifique.
LÍNGUA VISTA COMO EXPRESSÃO DO
PENSAMENTO
Saldo positivo na formação de professores
= dominam as normas da língua materna,
filólogos.
Saldo negativo na formação do aluno = não
é levado a refletir, apenas a reproduzir.
4. ESCOLA NOVA E TECNICISTA
(70/80)
Década dos modelos
Enfoque na reprodução desses modelos, na
imitação (influência do Behaviorismo na
Psicologia).
Aprendizagem por repetição exaustiva de
modelos.
LEI 5692/71 = previa sujeito capaz de
internalizar o saber por meio da repetição.
Explosão dos livros didáticos como grandes
aliados do professor.
Instrução deve ser programada.
Cobrança ainda na forma, só que focando a
reprodução de modelos.
5. O professor é visto como um técnico/ especialista
que garante a eficiência do ensino.
Base teórica dentro da Lingüística: o
Estruturalismo.
Unidade de análise: frase.
A expectativa é que o aluno seja capaz de
estruturar o maior número de frases dentro da
variedade padrão.
Tipos de exercícios: siga o modelo, preencha as
lacunas.
LÍNGUA COMO INSTRUMENTO DE
COMUNICAÇÃO.
Saldo positivo na formação do professor:
organização do pensamento, mas dificuldade em
ser criativo.
Saldo negativo: apesar da repetição causar
efeitos positivos como estruturar adequadamente
6. ESCOLA HISTÓRICO/CRÍTICA
(80/90)
Década dos discursos.
Década de intensa pesquisa em leitura, produção
e gramática, da variação linguística.
Levanta-se a bandeira de abolição do ensino da
gramática.
A preocupação básica passa a ser levar o aluno
não apenas ao conhecimento da gramática da
língua, mas ao desenvolvimento da capacidade de
reflexão dessa língua, por meio da leitura e
produção dos textos.
Certo e errado desaparecem e dão lugar a
adequado e inadequado.
Unidade de análise= texto
7. Surge a concepção de discurso. Texto não
é estático, pronto, mas é revelador de um
discurso (condições de produção).
Professor é mediador da aprendizagem e
aluno é visto como alguém que tem uma
história prévia, que deve ser levada em
consideração no processo ensino-
aprendizagem.
Bases teóricas dentro da Linguística:
Teoria da Enunciação, Análise do Discurso,
Pragmática.
8. ESCOLA HISTÓRICO-CRÍTICA
(90...)
Década da interação.
LEI 9394/96 = necessidade de interagir teoria e prática.
Objetivo é integrar construção de conhecimento com
necessidades reais dos alunos.
Surgem os PCNs e o ENEM.
Professor passa a ser construtor de habilidades.
Escrita e leitura passam a ser vistas como trabalho.
Texto é tido como ponto de partida e de chegada para as aulas
de língua portuguesa.
LINGUAGEM COMO FORMA DE INTERAÇÃO ENTRE OS
SUJEITOS.
O ensino de língua portuguesa deve visar a formação de
competências e habilidades voltadas ao desenvolvimento de
alunos leitores e produtores de texto.
10. Momento Período Concepção de linguagem Teoria de ensino e aprendizagem
Antes dos PCNs 1960 Expressão do pensamento
Década dos conceitos;
Domínio de informações;
Transmissão de
conhecimentos;
Conhecer a língua significava
dominar sua gramática: suas
normas;
Lei 4024/61, uma vez que o
fim era ter um aluno capaz de
dominar conceitos
gramaticais, ou seja, um aluno
que conhecesse as normas
que regem a língua;
A língua é concebida como
um produto acabado, um
sistema estável, um depósito
inerte.
Antes dos PCNs 1970 Instrumento de comunicação
Necessidade de pessoas que
reproduzissem modelos de
linguagem-padrão;
Cria-se, assim, uma nova Lei
de Diretrizes e Bases da
Educação: a Lei 5692/71;
Língua: código/ conjunto de
signos que se combinam
segundo regras e que é capaz
de transmitir uma mensagem,
informações de um emissor a
um receptor;
Filiação ao Estruturalismo, ao
Transformacionalismo e à
Teoria da Comunicação;
Separa o homem do seu
contexto social, por se limitar
ao estudo do funcionamento
interno da língua;
Chomsky utilizou o conceito
de competência como o
conhecimento da língua, e o
de desempenho como o uso
da língua, buscando descobrir
as propriedades universais da
língua.
11. Antes dos PCNs 1980 Interacionista
Década dos discursos;
Professor assumisse uma
postura de entender a
gramática de forma
contextualizada;
Considera-se o contexto
como referência para o
estudo da língua,
vislumbrando-se os sujeitos
da interação verbal;
Linguagem como um
processo
sociointeracionista;
A língua é realizada através
da interação verbal social
dos locutores;
A língua não é não um
sistema estável de formas
normativamente idênticas;
A formação da expressão
depende das condições
sociais;
Levar o aluno não apenas
ao conhecimento da
gramática de sua língua,
mas, sobretudo, ao
desenvolvimento da
capacidade de refletir, de
maneira crítica, sobre o
mundo que o cerca e, em
especial, sobre a utilização
da língua como instrumento
de interação social.
12. Após os PCNs/ Bakhtin 1990
2000
2005
2010
Interacionista
A década de 90 amplia os
postulados presentes na
década de 80;
Leitura e escrita são
processos de interação
autor-texto-leitor”;
O discurso, quando
produzido, manifesta-se por
meio de textos.
Texto é lugar da interação e
os interlocutores são
sujeitos ativos;
O discurso se manifesta por
meio de textos, estes se
organizam dentro de
determinados gêneros
discursivos;
Criação dos Parâmetros
Curriculares Nacionais
(BRASIL-LP, 1997);
O termo competência dentro
dos PCN-LP (BRASIL-LP,
1997), contrapondo-se à
visão de Chomsky;
Dominar as estruturas
estáveis da língua, os
gêneros, de acordo com a
situação de uso, determina
o nível da competência de
um individuo em uma
determinada língua;
O domínio desses
enunciados é que permite o
uso do termo competência
discursiva.
Criação das Diretrizes
Curriculares Estaduais no
Estado do Paraná (PARANÁ,
2008).