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TEMA:
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ETNOMATEMÁTICA
HISTORIA DA ETNOMATEMÁTICA
• A Etnomatemática partiu de uma visão
historiográfica e crítica da produção cultural de
conhecimentos, desenvolvida em diversos países a
partir da década de setenta.
Inicialmente, a proposta surgiu a partir de uma crítica
política e sociológica a respeito das relações de poder
política e sociológica a respeito das relações de poder
entre diferentes povos e suas respectivas culturas. Os
pesquisadores questionaram a dominação cultural do
colonizador em relação ao colonizado, processo
através do qual se impõe uma língua, uma cultura,
uma religião, e inclusive uma matemática.
• O termo Etnomatemática foi proposto em meados
dos anos 70 por Ubiratan D’Ambrosio,
• A definição mais aceita para este termo é a que o seu
próprio idealizador propõe. Ele conceitua
etimologicamente a palavra como: “(...)
Etnomatemática é a arte ou técnica (techné = tica) de
explicar, de entender, de se desempenhar na realidade
explicar, de entender, de se desempenhar na realidade
(matema), dentro de um contexto cultural próprio
(etno) (D’Ambrosio, 1991, p.9)”.
• Com forte influência das pesquisas históricas e
histórico-culturais, como observa Rios (2000), a
Etnomatemática e a História da matemática
constituem dois campos que se sobrepõem.
• A Etnomatemática procura analisar como as ideias
matemáticas foram percebidas ao longo do tempo e
como as actividades culturais da matemática actual se
como as actividades culturais da matemática actual se
dão desde o passado, enquanto a História da
Matemática procura descobrir como estas ideias se
originaram e como vêm evoluindo na Matemática.
No entanto, enquanto a matemática tradicional não
reconhece estas especificidades, ignorando os
conhecimentos anteriores dos sujeitos, a
Etnomatemática valoriza estas diferenças e reconhece
que todas as formas de produção de conhecimento são
válidas e estão fortemente ligadas à cultura de cada povo.
Nesta perspectiva,Segundo Gerdes (1991), os estudos
etnomatemáticos procuram focalizar os seguintes
pontos:
pontos:
• Estudo de tradições matemáticas que sobrevivem à
colonização e actividades matemáticas na vida diária das
populações, procurando possibilidades de incorporação
destes saberes e práticas aos currículos;
• Análise de elementos culturais que podem servir como
ponto de partida para o fazer matemático dentro e fora da
escola.
A ETNOMATEMÁTICA COMO UMA
ACÇÃO PEDAGÓGICA
A escola reprime e perturba a matemática-da-vida,
aprendida e descoberta fora da escola, provocando
em muitas crianças um sentimento de fracasso e de
dependência. Diante desta crítica, a perspectiva
Etnomatemática indica uma reforma necessária nos
Etnomatemática indica uma reforma necessária nos
currículos, fazendo com que o mesmo reconheça,
integre e valorize as matemáticas já existentes.
Considerando que a educação deve preparar o jovem
para se incorporar à vida social e exercer sua
cidadania, esta preparação deveria estar sempre
vinculada às suas raízes socioculturais.
• Sebastiani (1997) defende que o excesso de trabalho
com materiais concretos acaba por desfazer uma
função primordial da Matemática, que é levar o aluno
à abstracção. Logicamente, o aluno necessita partir do
concreto, isto é, daquela realidade com a qual está
impregnado. O trabalho com “concretos” diferentes
leva a criança à abstracção.
leva a criança à abstracção.
O concreto é aquilo que o aluno sabe fazer; o abstracto
é aquilo que se configura e que, a qualquer momento,
ele possa se servir.
• É verdade que muitas vezes, para se chegar ao
abstracto, o professor tem que demonstrar, isto é,
desenvolver encadeamentos lógicos, tão comuns
na Matemática académica, mas isto feito dentro
de uma metodologia que inicia com o concreto da
criança, passando por outros concretos, que serão
incorporados por ela. É uma postura bem
incorporados por ela. É uma postura bem
diferenciada da de demonstrar por demonstrar.
Passos da aprendizagem segundo SEBASTIANI
Para Sebastiani (1997), para adoptar a Etnomatemática
como recurso pedagógico deve-se adoptar uma
sequência de passos, que se caracterizam como
passos da aprendizagem.
1º Passo: seria compreender a escola inserida em um
contexto cultural.
O autor defende a proposta de inserir esta escola no
contexto social e não só estar lá fisicamente. A
tentativa é promover uma troca recíproca de saberes,
fazendo com que ambos, a escola e o contexto,
cresçam culturalmente.
• 2º Passo: é preparar os alunos para a etnografia ou
pesquisa de campo. Para efectuar esse trabalho o
aluno/etnógrafo deve passar a maior parte do tempo
no campo, deve ter clareza sobre o objectivo da
pesquisa e ter um caderno de campo para registar
todas as impressões e
dados da pesquisa.
3º Passo: Depois da pesquisa, os alunos devem voltar
3º Passo: Depois da pesquisa, os alunos devem voltar
para a sala de aula, junto com o professor, e fazer a
etnologia isso é, a análise da pesquisa. Segundo o
autor, esse é um momento rico, pois surgem os
questionamentos:
por que é assim? Algumas vezes uma volta ao campo
de pesquisa é necessária para confirmar dados.
• O autor defende que um ensino com estas
características é, sem dúvida, crítico e significativo.
Crítico, pois os alunos, quando modelam sua própria
realidade, devem fazer a sua leitura crítica (a
etnologia). Nesse momento, cada aluno faz uma
análise política dessa realidade, reflectindo sobre seu
contexto, usando, para isso, toda sua história de vida.
contexto, usando, para isso, toda sua história de vida.
A Matemática aparece então com mais significado,
pois se mostra como ferramenta importante na leitura
do mundo, podendo ajudar bastante o aluno nesta
leitura crítica.
Fim da apresentação
Agradecemos pela atenção dispensada

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Etnomatemática: História e Aplicação Pedagógica

  • 2. HISTORIA DA ETNOMATEMÁTICA • A Etnomatemática partiu de uma visão historiográfica e crítica da produção cultural de conhecimentos, desenvolvida em diversos países a partir da década de setenta. Inicialmente, a proposta surgiu a partir de uma crítica política e sociológica a respeito das relações de poder política e sociológica a respeito das relações de poder entre diferentes povos e suas respectivas culturas. Os pesquisadores questionaram a dominação cultural do colonizador em relação ao colonizado, processo através do qual se impõe uma língua, uma cultura, uma religião, e inclusive uma matemática.
  • 3. • O termo Etnomatemática foi proposto em meados dos anos 70 por Ubiratan D’Ambrosio, • A definição mais aceita para este termo é a que o seu próprio idealizador propõe. Ele conceitua etimologicamente a palavra como: “(...) Etnomatemática é a arte ou técnica (techné = tica) de explicar, de entender, de se desempenhar na realidade explicar, de entender, de se desempenhar na realidade (matema), dentro de um contexto cultural próprio (etno) (D’Ambrosio, 1991, p.9)”.
  • 4. • Com forte influência das pesquisas históricas e histórico-culturais, como observa Rios (2000), a Etnomatemática e a História da matemática constituem dois campos que se sobrepõem. • A Etnomatemática procura analisar como as ideias matemáticas foram percebidas ao longo do tempo e como as actividades culturais da matemática actual se como as actividades culturais da matemática actual se dão desde o passado, enquanto a História da Matemática procura descobrir como estas ideias se originaram e como vêm evoluindo na Matemática.
  • 5. No entanto, enquanto a matemática tradicional não reconhece estas especificidades, ignorando os conhecimentos anteriores dos sujeitos, a Etnomatemática valoriza estas diferenças e reconhece que todas as formas de produção de conhecimento são válidas e estão fortemente ligadas à cultura de cada povo. Nesta perspectiva,Segundo Gerdes (1991), os estudos etnomatemáticos procuram focalizar os seguintes pontos: pontos: • Estudo de tradições matemáticas que sobrevivem à colonização e actividades matemáticas na vida diária das populações, procurando possibilidades de incorporação destes saberes e práticas aos currículos; • Análise de elementos culturais que podem servir como ponto de partida para o fazer matemático dentro e fora da escola.
  • 6. A ETNOMATEMÁTICA COMO UMA ACÇÃO PEDAGÓGICA A escola reprime e perturba a matemática-da-vida, aprendida e descoberta fora da escola, provocando em muitas crianças um sentimento de fracasso e de dependência. Diante desta crítica, a perspectiva Etnomatemática indica uma reforma necessária nos Etnomatemática indica uma reforma necessária nos currículos, fazendo com que o mesmo reconheça, integre e valorize as matemáticas já existentes. Considerando que a educação deve preparar o jovem para se incorporar à vida social e exercer sua cidadania, esta preparação deveria estar sempre vinculada às suas raízes socioculturais.
  • 7. • Sebastiani (1997) defende que o excesso de trabalho com materiais concretos acaba por desfazer uma função primordial da Matemática, que é levar o aluno à abstracção. Logicamente, o aluno necessita partir do concreto, isto é, daquela realidade com a qual está impregnado. O trabalho com “concretos” diferentes leva a criança à abstracção. leva a criança à abstracção. O concreto é aquilo que o aluno sabe fazer; o abstracto é aquilo que se configura e que, a qualquer momento, ele possa se servir.
  • 8. • É verdade que muitas vezes, para se chegar ao abstracto, o professor tem que demonstrar, isto é, desenvolver encadeamentos lógicos, tão comuns na Matemática académica, mas isto feito dentro de uma metodologia que inicia com o concreto da criança, passando por outros concretos, que serão incorporados por ela. É uma postura bem incorporados por ela. É uma postura bem diferenciada da de demonstrar por demonstrar.
  • 9. Passos da aprendizagem segundo SEBASTIANI Para Sebastiani (1997), para adoptar a Etnomatemática como recurso pedagógico deve-se adoptar uma sequência de passos, que se caracterizam como passos da aprendizagem. 1º Passo: seria compreender a escola inserida em um contexto cultural. O autor defende a proposta de inserir esta escola no contexto social e não só estar lá fisicamente. A tentativa é promover uma troca recíproca de saberes, fazendo com que ambos, a escola e o contexto, cresçam culturalmente.
  • 10. • 2º Passo: é preparar os alunos para a etnografia ou pesquisa de campo. Para efectuar esse trabalho o aluno/etnógrafo deve passar a maior parte do tempo no campo, deve ter clareza sobre o objectivo da pesquisa e ter um caderno de campo para registar todas as impressões e dados da pesquisa. 3º Passo: Depois da pesquisa, os alunos devem voltar 3º Passo: Depois da pesquisa, os alunos devem voltar para a sala de aula, junto com o professor, e fazer a etnologia isso é, a análise da pesquisa. Segundo o autor, esse é um momento rico, pois surgem os questionamentos: por que é assim? Algumas vezes uma volta ao campo de pesquisa é necessária para confirmar dados.
  • 11. • O autor defende que um ensino com estas características é, sem dúvida, crítico e significativo. Crítico, pois os alunos, quando modelam sua própria realidade, devem fazer a sua leitura crítica (a etnologia). Nesse momento, cada aluno faz uma análise política dessa realidade, reflectindo sobre seu contexto, usando, para isso, toda sua história de vida. contexto, usando, para isso, toda sua história de vida. A Matemática aparece então com mais significado, pois se mostra como ferramenta importante na leitura do mundo, podendo ajudar bastante o aluno nesta leitura crítica.
  • 12. Fim da apresentação Agradecemos pela atenção dispensada