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CURSO DE FORMÇÃO E
HABILITAÇÃO DE PRAÇAS
Atendimento Pré-Hospitalar I
CFHP – BM 2021
SUMÁRIO
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
Vias aéreas e oxigenoterapia
Avaliação primária
Avaliação secundária
START
Hemorragias e choques
Traumas específicos (TCE/TRM/
TT/TA/TE/Queimaduras)
RCP
Rolamentos e imobilizações
•
•
•
•
Importância da Manutenção das Vias Aéreas
Se as vias aéreas estiverem comprometidas, de
imediato afetam as funções vitais;
Utilizar o "XABCDE", para que não passe
despercebido qualquer comprometimento nas vias
aéreas;
A avaliação e o controle das vias aéreas se fazem
mediante condutas rápidas e simples;
Uma parada respiratória evolui rapidamente para
uma parada cardiorrespiratória;
Vias Aéreas e Respiração
NOÇÕES DE ANATOMIA
TOPOGRÁFICA
•


SISTEMA RESPIRATÓRIO
Vias Aéreas Superiores: cavidade nasal, cavidade oral,
faringe (nasofaringe, orofaringe, laringofaringe), laringe
e parte superior da traqueia.
Vias aéreas inferiores: porção inferior da traquéia,
brônquios, bronquíolos, alvéolos e pulmões.
NOÇÕES DE ANATOMIA
TOPOGRÁFICA
• SISTEMA RESPIRATÓRIO
Obstrução de Vias Aéreas
Entende-se por obstrução de vias aéreas toda
situação que impeça total ou parcialmente o
trânsito do ar ambiente até os alvéolos
pulmonares ;
A vítima de trauma pode ter as vias aéreas
comprometidas direta ou indiretamente por
mecanismos distintos .
Vias Aéreas e Respiração
•
•
•
•
Obstrução de Vias Aéreas
Principais mecanismos de obstrução de V. A.:
Inconsciência
Trauma Direto Sobre Vias Aéreas
Queimaduras em Vias Aéreas
Obstrução de Vias Aéreas por Corpo Estranho
(OVACE)
Vias Aéreas e Respiração
•
•
Obstrução de Vias Aéreas
Inconsciência:
causa mais frequente;
provoca o relaxamento da língua que se
projeta contra a orofaringe da vítima em
decúbito dorsal, impedindo a passagem de ar
das vias aéreas superiores para as inferiores.
Vias Aéreas e Respiração
•
•
•
•
•
Obstrução de Vias Aéreas
Trauma Direto Sobre Vias Aéreas:
Ocorre um trauma direto sobre as vias aéreas;
sangramento em seu interior ;
compressão externa por edema;
fraturas da árvore laringotraqueobrônquica;
broncoaspiração de dentes fraturados.
Vias Aéreas e Respiração
•
Obstrução de Vias Aéreas
Queimaduras em Vias Aéreas:
Queimaduras em vias aéreas podem produzir
inflamação e edema de glote e de vias aéreas
inferiores.
Vias Aéreas e Respiração
•
•
•
•
•
Obstrução de Vias Aéreas por Corpo Estranho
(OVACE)
Causas do OVACE em Adulto:
durante as refeições, sendo a carne a causa mais
comum;
próteses dentárias deslocadas;
fragmentos dentários;
chicletes e balas;
obstrução de vias aéreas pelo conteúdo
regurgitado do estômago.
Vias Aéreas e Respiração
•
•
•
•
Obstrução de Vias Aéreas por Corpo Estranho
(OVACE)
Causas do OVACE em Crianças:
aspiração de leite regurgitado;
pequenos objetos;
alimentos ;
causas infecciosas (epiglotite);
Vias Aéreas e Respiração
•
•
Obstrução de Vias Aéreas por Corpo Estranho
(OVACE)
Reconhecimento OVACE PARCIAL LEVE:
capaz de manter boa troca gasosa
poderá tossir fortemente
Procedimento:
encorajar a vítima a persistir na tosse espontânea
e nos esforços respiratórios, sem interferir nas
tentativas para expelir o corpo estranho.
Vias Aéreas e Respiração
•
•
•
•
Obstrução de Vias Aéreas por Corpo Estranho (OVACE)
Reconhecimento OVACE PARCIAL GRAVE:
presença de tosse ineficaz e fraca
ruídos respiratórios estridentes ou gementes
dificuldade respiratória acentuada
possível cianose
Procedimento:
Proceder a técnica de desobstrução indicada para a
obstrução total.
Vias Aéreas e Respiração
•
•
•
•
•
•
Obstrução de Vias Aéreas por Corpo Estranho (OVACE)
Reconhecimento OVACE TOTAL (consciente):
incapaz de falar ou tossir
sinais de asfixia
agarrando o pescoço
cianose
esforço respiratório exagerado
movimento de ar pode estar ausente ou não ser
detectável
Vias Aéreas e Respiração
•
Obstrução de Vias Aéreas por Corpo Estranho
(OVACE)
Reconhecimento OVACE total (inconsciente):
suspeitar de parada cardiopulmonar por infarto,
acidente vascular ou hipóxia secundária à
obstrução de via aérea. Ele será avaliado
pensando-se em parada cardiopulmonar,
deixando para fazer o manejo de desobstrução
de vias aéreas apenas se o fato se evidenciar.
Vias Aéreas e Respiração
•
•
Técnicas de desobstrução:
Obstrução por líquido:
Rolamento de 90° - consiste em lateralizar a
vítima em monobloco, trazendo-a do decúbito
dorsal para o lateral direito.
Aspiração - uso de aspiradores portáteis ou
fixos. Mover o cateter de sucção de tal modo
que atinja todas as áreas acessíveis, evitando
que se fixe na mucosa e perca sua eficácia.
Vias Aéreas e Respiração
•
•
Técnicas de desobstrução:
Obstrução por sólidos:
Para vítimas inconscientes deve ser aplicada a
manobra de reanimação cardiopulmonar;
Compressão abdominal: também chamada
manobra de Heimlich, consiste numa série de
compressões sobre a região superior do
abdômen, entre o processo xifóide e a cicatriz
umbilical.
Vias Aéreas e Respiração
Vias Aéreas e Respiração
•
•
Técnicas de desobstrução:
Obstrução por sólidos:
utilizada quando a compressão abdominal é
inviável ou contraindicada, como nos casos de
obesidade com circunferência abdominal muito
larga e gestação próxima do nascimento;
Compressão torácica: série de compressões
torácicas sobre o terço inferior do esterno, logo
acima do apêndice xifóide.
Vias Aéreas e Respiração
Vias Aéreas e Respiração
•
•
Técnicas de desobstrução:
Desobstrução em crianças:
Para crianças maiores de um ano, aplicar a
manobra de Heimlich;
nos lactentes, uma combinação de palmada nas
costas (face da criança voltada para baixo) e
compressões torácicas (face voltada para cima),
sempre apoiando a vítima no seu antebraço;
mantenha-o com a cabeça mais baixa que o
tronco, próximo a seu corpo.
Vias Aéreas e Respiração
Vias Aéreas e Respiração
•
Métodos de Controle de Vias Aéreas :
Manual:
Manobra de Tração de Mandíbula (JAW-THRUST)
:
Vias Aéreas e Respiração
•
Métodos de Controle de Vias Aéreas :
Manual:
Manobra de Inclinação da Cabeça e Elevação do
Queixo (Head Tilt Chin Lift) :
Vias Aéreas e Respiração
•
Métodos de Controle de Vias Aéreas :
Mecânico:
Uso da cânula orofaríngea (cânula de Guedel):
Vias Aéreas e Respiração
Oxigenoterapia:
O oxigênio deve ser ministrado às vítimas
resultantes de emergências médicas ou
traumáticas, bem como em situações em que há
dificuldade em respirar (dispnéia), em situações
em que há uma diminuição da quantidade de
oxigênio no ambiente.
Em doenças cardiovasculares, frequentemente há
comprometimento circulatório, resultando no
transporte inadequado de oxigênio. Assim, é
essencial, nestes casos, uma suplementação
cuidadosa, obedecendo às dosagens
recomendadas.
Vias Aéreas e Respiração
•
•
•
Oxigenoterapia:
Benefícios de administrar oxigênio a qualquer
acidentado :
Aumenta o nível de oxigênio nos tecidos;
Melhora a recuperação respiratória;
Relaxa a vítima.
Vias Aéreas e Respiração
•
•
•
Oxigenoterapia:
Vítimas Com Parada Respiratória :
utilizar uma máscara que tenha uma conexão
para administração de oxigênio 100% e também
um tubo para que o socorrista possa fazer as
ventilações.
É conectada uma mangueira à máscara e
selecionado um fluxo de 15 litros por minuto.
O socorrista começa as ventilações através da
máscara, fazendo com que o oxigênio chegue
aos pulmões da vítima.
Vias Aéreas e Respiração
•
Oxigenoterapia:
Vítimas Sem Parada Respiratória:
Para ajudar uma vítima sem parada respiratória
devemos utilizar uma máscara que tenha um
fluxo de oxigênio constante.
Vias Aéreas e Respiração
•
•
Oxigenoterapia:
O fluxo de oxigênio recomendado vai de 5 a 6 L/
min (como prevenção ou para vítimas com
disfunção respiratória leve) até 12 a 15 L/min
(insuficiência respiratória grave, parada cardíaca,
politraumátizado).
Portadores de doença pulmonar obstrutiva
crônica devem receber oxigênio em baixo fluxo,
já que nesses casos a hipóxia é o estímulo da
respiração.
Vias Aéreas e Respiração
•
•
•
Oxigenoterapia:
O oxigênio deve ser administrado,
obrigatoriamente, quando a vítima apresentar
SPO2 abaixo de 90%, índice indicativo de
diminuição de oxigenação tecidual;
A SPO2 normal é acima de 94%. Deve-se
observar a necessidade de administração de O2
com esse valor entre 90% e 94%;
Recomenda-se o uso de O2 para fins
terapêuticos com SPO2 nos valores normais.
Vias Aéreas e Respiração
Oxigenoterapia:
Vias Aéreas e Respiração
Concentração de oxigênio conforme técnica de
ventilação
Técnica Concentração de Oxigênio
Boca-a-boca
Máscara facial simples
Bolsa-valva-máscara sem
reservatório
Bolsa-valva-máscara com
reservatório
16% a 17%
40% a 60%
40% a 60%
90% a 100%
FiO2 – Fração Inspirada de Oxigênio (Concentração de oxigênio)
•
•
•
•
•
Oxigenoterapia:
Recomendações
Verificar o conteúdo e pressão do sistema de
oxigênio com frequência;
Manter o cilindro de oxigênio sempre cheio;
Manter a unidade de oxigênio montada, mas com
a válvula fechada;
Não armazenar a unidade de oxigênio com a
válvula aberta e com o sistema pressurizado;
As máscaras de oxigênio devem estar limpas ou
esterilizadas.
Vias Aéreas e Respiração
•
•
•
Oxigenoterapia:
Os passos para prover Oxigênio
Manter abertas as vias aéreas;
Acomodar a vítima na posição decúbito dorsal
ou lateral se há suspeita de vômito. Se a vítima
vomitar, pare de administrar o oxigênio, limpe a
máscara e a boca e certifique-se de que as vias
respiratórias estão abertas antes de reiniciar a
administração de oxigênio.
Administrar até o hospital.
Vias Aéreas e Respiração
Vias Aéreas e Respiração
Cilindro de
Oxigênio
Umidificador
Extensor (Látex)
Fluxômetro Válvula
Máscara
Manômetro
Vias Aéreas e Respiração
ASPIRAÇÃOA DE VIAS
AÉREAS
Copo de Aspiração Sonda de
Aspiração Traqueal
Tubo Extensor
de látex
Vias Aéreas e Respiração
SUCÇÃO DE VIAS
AÉREAS
Vias Aéreas e Respiração
SUCÇÃO DE VIAS
AÉREAS
Vias Aéreas e Respiração
SUCÇÃO DE VIAS
AÉREAS
Vias Aéreas e Respiração
SUCÇÃO DE VIAS
AÉREAS
•
•
•
•
PROCEDIMENTOS
Abrir o invólucro com a sonda;
Conectar o intermediário da sonda à extensão do
aspirador (tubo látex);
Aspirar pequena quantidade de AD do frasco
ampola para umedecer o cateter;
Introduzir a sonda nas VVAA da vítima, aplicar o
vácuo e fazer movimentos circulares tracionando a
sonda de aspiração. Este procedimento de entrada
e retirada da sonda deve durar no máximo 10s;
Vias Aéreas e Respiração
SUCÇÃO DE VIAS
AÉREAS
•
•
PROCEDIMENTOS
Se forem necessárias aspirações adicionais, alternar
as narinas, respeitando um intervalo de 20 a 30
segundos entre as aspirações;
Proceder à aspiração da orofaringe com a mesma
sonda.
 Introdução
Avaliação Primária: identificar, no menor
tempo possível, situações que comprometam
ou venham a comprometer a vida do
acidentado nos primeiros minutos após o
acidente. Relacionado às grandes
hemorragias, vias aéreas, respiração e
circulação.
Avaliação Primária
Avaliação Primária
Fases da Avaliação Primária:
I – Abordagem à vítima (estado geral);
II – Nível de resposta (AVDI);
III – Contenção de hemorragias graves, vias
aéreas, respiração e circulação (XABCDE);
IV – Colar cervical e oxigênio;
V – Necessidade de transporte (CIPE).
Avaliação Primária
Abordagem à vítima:
Na abordagem à vítima, verifica-se o
Estado Geral, implicando no que vemos
logo na chegada à cena.
Avaliação Primária
Abordagem à vítima:
A abordagem à vítima deve ser realizada
aproximando-se dela pelo lado ao qual a sua
face está voltada. O sentido deve ser,
sempre que possível, podal-cefálico.
O posicionamento adequado deve ser, no
mínimo, a “três pontos” de apoio.
Avaliação Primária
Nível de resposta:
A análise do nível de consciência é
feita com ajuda do método “AVDI”, de
acordo com o nível de resposta que a
vítima dá aos estímulos.
Avaliação Primária
Contenção de grandes hemorragias, Vias
aéreas, respiração e circulação:
Para facilitar a memorização,
convencionou-se o “XABCDE” para
designar essa sequência fixa de passos na
contenção de Grandes Hemorragias, Vias
Aéreas, Ventilação e Circulação.
Avaliação Primária
Contenção de grandes hemorragias, Vias
aéreas, respiração e circulação:
X Contenção de grandes hemorragias.
Avaliação Primária
Contenção de grandes hemorragias, Vias
aéreas, respiração e circulação:
A Abertura de vias aéreas com controle
de cervical.
Avaliação Primária
Contenção de grandes hemorragias, Vias
aéreas, respiração e circulação:
B Boa ventilação.
Checar em até 5 segundos se a
respiração está presente e efetiva,
observando a expansão torácica.
Avaliação Primária
Contenção de grandes
hemorragias, Vias aéreas,
respiração e circulação:
C Circulação.
Fazer a verificação do
pulso em até 10 segundos.
Realizar contenção de outras
hemorragias menos graves.
Avaliação Primária
Contenção de grandes hemorragias, Vias
aéreas, respiração e circulação:
D Desorientado.
Aplicação da Escala de Coma de
Glasgow para verificar o nível de
consciência da vítima.
Avaliação Primária
•
•
•
Avaliação Neurológica (Escala de Coma de
Glasgow):
A Escala de Coma de Glasgow é um
método utilizado para medir o nível de
consciência (coma) e a gravidade do trauma
da vítima.
Os parâmetros avaliados são:
Abertura Ocular;
Resposta Verbal;
Resposta Motora.
ABERTURA OCULAR
Espontânea
Ao som
À pressão
Ausente
Não testável
4 pontos
3 pontos
2 pontos
1 ponto
NT
MELHOR RESPOSTA VERBAL
Orientada
Desorientada/confusa
Palavras inapropriadas
Sons/gemidos
Ausente
Não testável
5 pontos
4 pontos
3 pontos
2 pontos
1 ponto
NT
MELHOR RESPOSTA MOTORA
Cumpre ordens com 02 ações
Localiza e tenta remover o estímulo doloroso (acima do nível do
ombro)
Flexão normal de reação à dor (não localiza)
Flexão anormal à dor
6 pontos
5 pontos
4 pontos
3 pontos
Mostrar o arquivo em .pdf da nova Escala
de Glasgow
•
•
•
Em 2018 foi inserida também a reação
pupilar na ECG;
Num estudo de 2018, publicado no
Journal of Neurosurgery, verificou que nas
vítimas com ECG = 6, há probabilidade de
óbito de 29% nos próximos 6 meses;
Quando há a combinação de avaliação da
ECG com a reação pupilar, essa estatística
sobe para 39%;
Reação das pupilas à
luz
Pontuação
Nenhuma pupila 2
Uma pupila 1
Ambas as pupilas 0
• Após a avaliação da ECG, o escore a reação pupilar
deve ser subtraído da pontuação inicial.
• Para isso, após a avaliação dos parâmetros
anteriores, deve ser observada a seguinte pontuação
para a reação pupilar:
EXEMPLO
Imagine que foi acionado para atender uma
vítima que foi arremessada do banco do
passageiro de um veículo em alta velocidade. Não
há nenhum tipo de reação espontânea ocular,
verbal e nem motora. Quando estimulada, não
apresenta abertura ocular, verbaliza sons
incompreensíveis, e apresenta felxão anormal de
MMSS. O escore desta vítima é O1V2M3, o que nos
traz uma pontuação da ECG de 6.
- Agora, analisa-se a reação pupilar. Nenhuma
das pupilas apresenta reação, o que nos traz uma
Pontuação de Reação Pupilar (PRP) de 2.
- A ECG-P é determinada pela subtração das
pontuações da ECG e da PRP, o que neste exemplo
nos traz a pontuação o resultado de 6-2 = 4.
Avaliação Primária
•
•
•
Avaliação Neurológica (Escala de Coma de
Glasgow com Reação Pupilar):
A soma das pontuações indica o Status
Neurológico da vítima.
Lesão Encefálica Grave  menor ou igual a 8
pontos;
Lesão Encefálica Média  de 9 a 12 pontos;
Lesão Encefálica Leve  acima de 12 pontos.
Avaliação Primária
Vias aéreas, respiração e circulação:
E Exposição.
Verificar necessidade de retirada das
vestes da vítima, sem constrangê-la.
Avaliação Primária
Colar cervical:
Antes da aplicação do colar
cervical, deve-se realizar inspeção na
região do pescoço, nariz, boca,
mandíbula, ouvido na parte externa,
interna e região retroauricular em busca
de sangramento, líquido
cefalorraquidiano e equimose.
Padroniza-se a colocação do colar
após a etapa "C" da Avaliação Primária.
Avaliação Primária
Colar cervical
1.
2.
3.
Cabeça na posição neutra;
Traçam-se 02 linhas imaginárias, sendo a superior na
altura do mento (queixo) e a inferior na altura do
trapézio;
Mede-se a distância com os dedos, um ao lado do
outro;
Avaliação Primária
Colar cervical
4. No colar cervical, observar o botão preto, que será o
equivalente à altura do queixo, e medir até a parte
inferior rígida do colar, que equivalerá à altura do
trapézio;
5. Esta distância deverá ser a mesma medida sem o colar,
e toma-se como base a medição com os dedos lado a
lado.
Avaliação Primária
*IMPORTANTE
Caso ocorra alteração do Glasgow
durante a avaliação, deve-se realizar
novamente XABCDE.
Avaliação Primária
Necessidade de transporte:
A vítima deve ser classificada na
escala CIPE (Crítico, Instável,
Potencialmente instável ou Estável), que
determinará o tempo de permanência na
cena.
Avaliação Primária
Necessidade de transporte:
C Paciente em parada respiratória ou parada
cardiorrespiratória;
I Paciente inconsciente, com choque
descompensado e/ou dificuldade respiratória
severa, lesão grave de cabeça ou tórax;
P  lesões isoladas importantes;
E  lesões não importantes.
*Paciente C e I: necessita de transporte imediato
(5 minutos na cena);
*Paciente P e E: continuar avaliando a vítima na
ambulância (12 minutos na cena).

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Curso Formação Habilidades Pré-Hospitalares

  • 1. CURSO DE FORMÇÃO E HABILITAÇÃO DE PRAÇAS Atendimento Pré-Hospitalar I CFHP – BM 2021
  • 2. SUMÁRIO 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. Vias aéreas e oxigenoterapia Avaliação primária Avaliação secundária START Hemorragias e choques Traumas específicos (TCE/TRM/ TT/TA/TE/Queimaduras) RCP Rolamentos e imobilizações
  • 3. • • • • Importância da Manutenção das Vias Aéreas Se as vias aéreas estiverem comprometidas, de imediato afetam as funções vitais; Utilizar o "XABCDE", para que não passe despercebido qualquer comprometimento nas vias aéreas; A avaliação e o controle das vias aéreas se fazem mediante condutas rápidas e simples; Uma parada respiratória evolui rapidamente para uma parada cardiorrespiratória; Vias Aéreas e Respiração
  • 4. NOÇÕES DE ANATOMIA TOPOGRÁFICA •   SISTEMA RESPIRATÓRIO Vias Aéreas Superiores: cavidade nasal, cavidade oral, faringe (nasofaringe, orofaringe, laringofaringe), laringe e parte superior da traqueia. Vias aéreas inferiores: porção inferior da traquéia, brônquios, bronquíolos, alvéolos e pulmões.
  • 6. Obstrução de Vias Aéreas Entende-se por obstrução de vias aéreas toda situação que impeça total ou parcialmente o trânsito do ar ambiente até os alvéolos pulmonares ; A vítima de trauma pode ter as vias aéreas comprometidas direta ou indiretamente por mecanismos distintos . Vias Aéreas e Respiração
  • 7. • • • • Obstrução de Vias Aéreas Principais mecanismos de obstrução de V. A.: Inconsciência Trauma Direto Sobre Vias Aéreas Queimaduras em Vias Aéreas Obstrução de Vias Aéreas por Corpo Estranho (OVACE) Vias Aéreas e Respiração
  • 8. • • Obstrução de Vias Aéreas Inconsciência: causa mais frequente; provoca o relaxamento da língua que se projeta contra a orofaringe da vítima em decúbito dorsal, impedindo a passagem de ar das vias aéreas superiores para as inferiores. Vias Aéreas e Respiração
  • 9. • • • • • Obstrução de Vias Aéreas Trauma Direto Sobre Vias Aéreas: Ocorre um trauma direto sobre as vias aéreas; sangramento em seu interior ; compressão externa por edema; fraturas da árvore laringotraqueobrônquica; broncoaspiração de dentes fraturados. Vias Aéreas e Respiração
  • 10. • Obstrução de Vias Aéreas Queimaduras em Vias Aéreas: Queimaduras em vias aéreas podem produzir inflamação e edema de glote e de vias aéreas inferiores. Vias Aéreas e Respiração
  • 11. • • • • • Obstrução de Vias Aéreas por Corpo Estranho (OVACE) Causas do OVACE em Adulto: durante as refeições, sendo a carne a causa mais comum; próteses dentárias deslocadas; fragmentos dentários; chicletes e balas; obstrução de vias aéreas pelo conteúdo regurgitado do estômago. Vias Aéreas e Respiração
  • 12. • • • • Obstrução de Vias Aéreas por Corpo Estranho (OVACE) Causas do OVACE em Crianças: aspiração de leite regurgitado; pequenos objetos; alimentos ; causas infecciosas (epiglotite); Vias Aéreas e Respiração
  • 13. • • Obstrução de Vias Aéreas por Corpo Estranho (OVACE) Reconhecimento OVACE PARCIAL LEVE: capaz de manter boa troca gasosa poderá tossir fortemente Procedimento: encorajar a vítima a persistir na tosse espontânea e nos esforços respiratórios, sem interferir nas tentativas para expelir o corpo estranho. Vias Aéreas e Respiração
  • 14. • • • • Obstrução de Vias Aéreas por Corpo Estranho (OVACE) Reconhecimento OVACE PARCIAL GRAVE: presença de tosse ineficaz e fraca ruídos respiratórios estridentes ou gementes dificuldade respiratória acentuada possível cianose Procedimento: Proceder a técnica de desobstrução indicada para a obstrução total. Vias Aéreas e Respiração
  • 15. • • • • • • Obstrução de Vias Aéreas por Corpo Estranho (OVACE) Reconhecimento OVACE TOTAL (consciente): incapaz de falar ou tossir sinais de asfixia agarrando o pescoço cianose esforço respiratório exagerado movimento de ar pode estar ausente ou não ser detectável Vias Aéreas e Respiração
  • 16. • Obstrução de Vias Aéreas por Corpo Estranho (OVACE) Reconhecimento OVACE total (inconsciente): suspeitar de parada cardiopulmonar por infarto, acidente vascular ou hipóxia secundária à obstrução de via aérea. Ele será avaliado pensando-se em parada cardiopulmonar, deixando para fazer o manejo de desobstrução de vias aéreas apenas se o fato se evidenciar. Vias Aéreas e Respiração
  • 17. • • Técnicas de desobstrução: Obstrução por líquido: Rolamento de 90° - consiste em lateralizar a vítima em monobloco, trazendo-a do decúbito dorsal para o lateral direito. Aspiração - uso de aspiradores portáteis ou fixos. Mover o cateter de sucção de tal modo que atinja todas as áreas acessíveis, evitando que se fixe na mucosa e perca sua eficácia. Vias Aéreas e Respiração
  • 18. • • Técnicas de desobstrução: Obstrução por sólidos: Para vítimas inconscientes deve ser aplicada a manobra de reanimação cardiopulmonar; Compressão abdominal: também chamada manobra de Heimlich, consiste numa série de compressões sobre a região superior do abdômen, entre o processo xifóide e a cicatriz umbilical. Vias Aéreas e Respiração
  • 19. Vias Aéreas e Respiração
  • 20. • • Técnicas de desobstrução: Obstrução por sólidos: utilizada quando a compressão abdominal é inviável ou contraindicada, como nos casos de obesidade com circunferência abdominal muito larga e gestação próxima do nascimento; Compressão torácica: série de compressões torácicas sobre o terço inferior do esterno, logo acima do apêndice xifóide. Vias Aéreas e Respiração
  • 21. Vias Aéreas e Respiração
  • 22. • • Técnicas de desobstrução: Desobstrução em crianças: Para crianças maiores de um ano, aplicar a manobra de Heimlich; nos lactentes, uma combinação de palmada nas costas (face da criança voltada para baixo) e compressões torácicas (face voltada para cima), sempre apoiando a vítima no seu antebraço; mantenha-o com a cabeça mais baixa que o tronco, próximo a seu corpo. Vias Aéreas e Respiração
  • 23. Vias Aéreas e Respiração
  • 24. • Métodos de Controle de Vias Aéreas : Manual: Manobra de Tração de Mandíbula (JAW-THRUST) : Vias Aéreas e Respiração
  • 25. • Métodos de Controle de Vias Aéreas : Manual: Manobra de Inclinação da Cabeça e Elevação do Queixo (Head Tilt Chin Lift) : Vias Aéreas e Respiração
  • 26. • Métodos de Controle de Vias Aéreas : Mecânico: Uso da cânula orofaríngea (cânula de Guedel): Vias Aéreas e Respiração
  • 27. Oxigenoterapia: O oxigênio deve ser ministrado às vítimas resultantes de emergências médicas ou traumáticas, bem como em situações em que há dificuldade em respirar (dispnéia), em situações em que há uma diminuição da quantidade de oxigênio no ambiente. Em doenças cardiovasculares, frequentemente há comprometimento circulatório, resultando no transporte inadequado de oxigênio. Assim, é essencial, nestes casos, uma suplementação cuidadosa, obedecendo às dosagens recomendadas. Vias Aéreas e Respiração
  • 28. • • • Oxigenoterapia: Benefícios de administrar oxigênio a qualquer acidentado : Aumenta o nível de oxigênio nos tecidos; Melhora a recuperação respiratória; Relaxa a vítima. Vias Aéreas e Respiração
  • 29. • • • Oxigenoterapia: Vítimas Com Parada Respiratória : utilizar uma máscara que tenha uma conexão para administração de oxigênio 100% e também um tubo para que o socorrista possa fazer as ventilações. É conectada uma mangueira à máscara e selecionado um fluxo de 15 litros por minuto. O socorrista começa as ventilações através da máscara, fazendo com que o oxigênio chegue aos pulmões da vítima. Vias Aéreas e Respiração
  • 30. • Oxigenoterapia: Vítimas Sem Parada Respiratória: Para ajudar uma vítima sem parada respiratória devemos utilizar uma máscara que tenha um fluxo de oxigênio constante. Vias Aéreas e Respiração
  • 31. • • Oxigenoterapia: O fluxo de oxigênio recomendado vai de 5 a 6 L/ min (como prevenção ou para vítimas com disfunção respiratória leve) até 12 a 15 L/min (insuficiência respiratória grave, parada cardíaca, politraumátizado). Portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica devem receber oxigênio em baixo fluxo, já que nesses casos a hipóxia é o estímulo da respiração. Vias Aéreas e Respiração
  • 32. • • • Oxigenoterapia: O oxigênio deve ser administrado, obrigatoriamente, quando a vítima apresentar SPO2 abaixo de 90%, índice indicativo de diminuição de oxigenação tecidual; A SPO2 normal é acima de 94%. Deve-se observar a necessidade de administração de O2 com esse valor entre 90% e 94%; Recomenda-se o uso de O2 para fins terapêuticos com SPO2 nos valores normais. Vias Aéreas e Respiração
  • 33. Oxigenoterapia: Vias Aéreas e Respiração Concentração de oxigênio conforme técnica de ventilação Técnica Concentração de Oxigênio Boca-a-boca Máscara facial simples Bolsa-valva-máscara sem reservatório Bolsa-valva-máscara com reservatório 16% a 17% 40% a 60% 40% a 60% 90% a 100% FiO2 – Fração Inspirada de Oxigênio (Concentração de oxigênio)
  • 34. • • • • • Oxigenoterapia: Recomendações Verificar o conteúdo e pressão do sistema de oxigênio com frequência; Manter o cilindro de oxigênio sempre cheio; Manter a unidade de oxigênio montada, mas com a válvula fechada; Não armazenar a unidade de oxigênio com a válvula aberta e com o sistema pressurizado; As máscaras de oxigênio devem estar limpas ou esterilizadas. Vias Aéreas e Respiração
  • 35. • • • Oxigenoterapia: Os passos para prover Oxigênio Manter abertas as vias aéreas; Acomodar a vítima na posição decúbito dorsal ou lateral se há suspeita de vômito. Se a vítima vomitar, pare de administrar o oxigênio, limpe a máscara e a boca e certifique-se de que as vias respiratórias estão abertas antes de reiniciar a administração de oxigênio. Administrar até o hospital. Vias Aéreas e Respiração
  • 36. Vias Aéreas e Respiração Cilindro de Oxigênio Umidificador Extensor (Látex) Fluxômetro Válvula Máscara Manômetro
  • 37. Vias Aéreas e Respiração ASPIRAÇÃOA DE VIAS AÉREAS Copo de Aspiração Sonda de Aspiração Traqueal Tubo Extensor de látex
  • 38. Vias Aéreas e Respiração SUCÇÃO DE VIAS AÉREAS
  • 39. Vias Aéreas e Respiração SUCÇÃO DE VIAS AÉREAS
  • 40. Vias Aéreas e Respiração SUCÇÃO DE VIAS AÉREAS
  • 41. Vias Aéreas e Respiração SUCÇÃO DE VIAS AÉREAS • • • • PROCEDIMENTOS Abrir o invólucro com a sonda; Conectar o intermediário da sonda à extensão do aspirador (tubo látex); Aspirar pequena quantidade de AD do frasco ampola para umedecer o cateter; Introduzir a sonda nas VVAA da vítima, aplicar o vácuo e fazer movimentos circulares tracionando a sonda de aspiração. Este procedimento de entrada e retirada da sonda deve durar no máximo 10s;
  • 42. Vias Aéreas e Respiração SUCÇÃO DE VIAS AÉREAS • • PROCEDIMENTOS Se forem necessárias aspirações adicionais, alternar as narinas, respeitando um intervalo de 20 a 30 segundos entre as aspirações; Proceder à aspiração da orofaringe com a mesma sonda.
  • 43.  Introdução Avaliação Primária: identificar, no menor tempo possível, situações que comprometam ou venham a comprometer a vida do acidentado nos primeiros minutos após o acidente. Relacionado às grandes hemorragias, vias aéreas, respiração e circulação. Avaliação Primária
  • 44. Avaliação Primária Fases da Avaliação Primária: I – Abordagem à vítima (estado geral); II – Nível de resposta (AVDI); III – Contenção de hemorragias graves, vias aéreas, respiração e circulação (XABCDE); IV – Colar cervical e oxigênio; V – Necessidade de transporte (CIPE).
  • 45. Avaliação Primária Abordagem à vítima: Na abordagem à vítima, verifica-se o Estado Geral, implicando no que vemos logo na chegada à cena.
  • 46. Avaliação Primária Abordagem à vítima: A abordagem à vítima deve ser realizada aproximando-se dela pelo lado ao qual a sua face está voltada. O sentido deve ser, sempre que possível, podal-cefálico. O posicionamento adequado deve ser, no mínimo, a “três pontos” de apoio.
  • 47. Avaliação Primária Nível de resposta: A análise do nível de consciência é feita com ajuda do método “AVDI”, de acordo com o nível de resposta que a vítima dá aos estímulos.
  • 48. Avaliação Primária Contenção de grandes hemorragias, Vias aéreas, respiração e circulação: Para facilitar a memorização, convencionou-se o “XABCDE” para designar essa sequência fixa de passos na contenção de Grandes Hemorragias, Vias Aéreas, Ventilação e Circulação.
  • 49. Avaliação Primária Contenção de grandes hemorragias, Vias aéreas, respiração e circulação: X Contenção de grandes hemorragias.
  • 50. Avaliação Primária Contenção de grandes hemorragias, Vias aéreas, respiração e circulação: A Abertura de vias aéreas com controle de cervical.
  • 51. Avaliação Primária Contenção de grandes hemorragias, Vias aéreas, respiração e circulação: B Boa ventilação. Checar em até 5 segundos se a respiração está presente e efetiva, observando a expansão torácica.
  • 52. Avaliação Primária Contenção de grandes hemorragias, Vias aéreas, respiração e circulação: C Circulação. Fazer a verificação do pulso em até 10 segundos. Realizar contenção de outras hemorragias menos graves.
  • 53. Avaliação Primária Contenção de grandes hemorragias, Vias aéreas, respiração e circulação: D Desorientado. Aplicação da Escala de Coma de Glasgow para verificar o nível de consciência da vítima.
  • 54. Avaliação Primária • • • Avaliação Neurológica (Escala de Coma de Glasgow): A Escala de Coma de Glasgow é um método utilizado para medir o nível de consciência (coma) e a gravidade do trauma da vítima. Os parâmetros avaliados são: Abertura Ocular; Resposta Verbal; Resposta Motora.
  • 55. ABERTURA OCULAR Espontânea Ao som À pressão Ausente Não testável 4 pontos 3 pontos 2 pontos 1 ponto NT MELHOR RESPOSTA VERBAL Orientada Desorientada/confusa Palavras inapropriadas Sons/gemidos Ausente Não testável 5 pontos 4 pontos 3 pontos 2 pontos 1 ponto NT MELHOR RESPOSTA MOTORA Cumpre ordens com 02 ações Localiza e tenta remover o estímulo doloroso (acima do nível do ombro) Flexão normal de reação à dor (não localiza) Flexão anormal à dor 6 pontos 5 pontos 4 pontos 3 pontos
  • 56. Mostrar o arquivo em .pdf da nova Escala de Glasgow
  • 57. • • • Em 2018 foi inserida também a reação pupilar na ECG; Num estudo de 2018, publicado no Journal of Neurosurgery, verificou que nas vítimas com ECG = 6, há probabilidade de óbito de 29% nos próximos 6 meses; Quando há a combinação de avaliação da ECG com a reação pupilar, essa estatística sobe para 39%;
  • 58. Reação das pupilas à luz Pontuação Nenhuma pupila 2 Uma pupila 1 Ambas as pupilas 0 • Após a avaliação da ECG, o escore a reação pupilar deve ser subtraído da pontuação inicial. • Para isso, após a avaliação dos parâmetros anteriores, deve ser observada a seguinte pontuação para a reação pupilar:
  • 59. EXEMPLO Imagine que foi acionado para atender uma vítima que foi arremessada do banco do passageiro de um veículo em alta velocidade. Não há nenhum tipo de reação espontânea ocular, verbal e nem motora. Quando estimulada, não apresenta abertura ocular, verbaliza sons incompreensíveis, e apresenta felxão anormal de MMSS. O escore desta vítima é O1V2M3, o que nos traz uma pontuação da ECG de 6. - Agora, analisa-se a reação pupilar. Nenhuma das pupilas apresenta reação, o que nos traz uma Pontuação de Reação Pupilar (PRP) de 2. - A ECG-P é determinada pela subtração das pontuações da ECG e da PRP, o que neste exemplo nos traz a pontuação o resultado de 6-2 = 4.
  • 60. Avaliação Primária • • • Avaliação Neurológica (Escala de Coma de Glasgow com Reação Pupilar): A soma das pontuações indica o Status Neurológico da vítima. Lesão Encefálica Grave  menor ou igual a 8 pontos; Lesão Encefálica Média  de 9 a 12 pontos; Lesão Encefálica Leve  acima de 12 pontos.
  • 61. Avaliação Primária Vias aéreas, respiração e circulação: E Exposição. Verificar necessidade de retirada das vestes da vítima, sem constrangê-la.
  • 62. Avaliação Primária Colar cervical: Antes da aplicação do colar cervical, deve-se realizar inspeção na região do pescoço, nariz, boca, mandíbula, ouvido na parte externa, interna e região retroauricular em busca de sangramento, líquido cefalorraquidiano e equimose. Padroniza-se a colocação do colar após a etapa "C" da Avaliação Primária.
  • 63. Avaliação Primária Colar cervical 1. 2. 3. Cabeça na posição neutra; Traçam-se 02 linhas imaginárias, sendo a superior na altura do mento (queixo) e a inferior na altura do trapézio; Mede-se a distância com os dedos, um ao lado do outro;
  • 64. Avaliação Primária Colar cervical 4. No colar cervical, observar o botão preto, que será o equivalente à altura do queixo, e medir até a parte inferior rígida do colar, que equivalerá à altura do trapézio; 5. Esta distância deverá ser a mesma medida sem o colar, e toma-se como base a medição com os dedos lado a lado.
  • 65. Avaliação Primária *IMPORTANTE Caso ocorra alteração do Glasgow durante a avaliação, deve-se realizar novamente XABCDE.
  • 66. Avaliação Primária Necessidade de transporte: A vítima deve ser classificada na escala CIPE (Crítico, Instável, Potencialmente instável ou Estável), que determinará o tempo de permanência na cena.
  • 67. Avaliação Primária Necessidade de transporte: C Paciente em parada respiratória ou parada cardiorrespiratória; I Paciente inconsciente, com choque descompensado e/ou dificuldade respiratória severa, lesão grave de cabeça ou tórax; P  lesões isoladas importantes; E  lesões não importantes. *Paciente C e I: necessita de transporte imediato (5 minutos na cena); *Paciente P e E: continuar avaliando a vítima na ambulância (12 minutos na cena).