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1
JB NEWSRede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal
www.radiosintonia33 – jbnews@floripa.com.br
Informativo Nr. 1.098
Filiado à ABIM sob nr. 007/JV
Loja Templários da Nova Era nr. 91
Quintas-feiras às 20h00 - Templo: Obreiros da Paz - Canasvieiras
Editoria: IrJeronimo Borges – JP-2307-MT/SC
Florianópolis (SC) - quarta-feira, 04 de setembro de 2013
Índice:
Bloco 1 - Almanaque
Bloco 2 - Opinião: Mario Gentil Costa - "Como 'Entender 'a Arte Abstrata"
Bloco 3 - IrPaulo Roberto - Maçõns Célebres - "Luiz José de Mattos"
Bloco 4 - IrAquilino R. Leal - O V. Mestre das Neves e os Sete Irmãos
Bloco 5 - Ir Hercule Spoladore - Maçonaria Contemporânea - Abordagem Histórica
Bloco 6 - IrPedro Juk - Perguntas e Respostas ( Diácono e o Secretário )
Bloco 7 - Destaques JB
(
Pesquisas e artigos desta edição:
Arquivo próprio - Internet - Colaboradores
– Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias e www.google.com.br
Os artigos constantes desta edição não refletem necessariamente a opinião
deste informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores.
Hoje, 04 de setembro de 2013, 247º dia do calendário gregoriano. Faltam 118 para acabar o ano.
Dia do Serventuário; Dia da Criação (Judeus)
Se não deseja receber mais este informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, por favor, comunique-nos
2
 476 - Queda de Roma, delimitando o início da Idade Média.
 1781 - Fundação de Los Angeles, com o nome de El Pueblo de Nuestra Señora La Reina de los
Ángeles de Porciúncula.
 1842 - Casamento de Pedro II do Brasil com a princesa Teresa Cristina Maria de Bourbon
 1856 - Pau dos Ferros torna-se município do Rio Grande do Norte
 1865 - Início do governo de Joaquim António de Aguiar como Primeiro-Ministro de Portugal
 1871 - É proclamada a República Francesa.
 1882 - Thomas Edison acende pela primeira vez, na central de eletricidade a iluminação elétrica
comercial.
 1888 - George Eastman registra a marca Kodak e recebe a patente por sua câmera que usa rolo de
filme.
 1911 - Início do governo de João Pinheiro Chagas como Primeiro-ministro de Portugal.
 1925 - É instituído o dia do Patrono da Marinha do Brasil como sendo o dia 13 de dezembro,
através do Aviso do Ministro da Marinha, nº 3.322.
 1930 - A Cidade da Paraíba passa a chamar-se João Pessoa (Brasil).
 1947 - Burkina Faso, país africano, é recriado com nome de Alto Volta.
 1955 - Inicia-se a primeira edição da Taça dos Campeões Europeus de Futebol.
 1969 - Militantes do MR-8 seqüestram o embaixador americano no Brasil, Charles Burke Elbrick
(ver anos de chumbo).
 1970 - Salvador Allende da Unidade Popular é eleito presidente do Chile por estreita margem.
Por não ter obtido a maioria dos votos, precisa ser confimado pelo Congresso, conforme a lei
então vigente.
 1972 - Mark Spitz, nadador norte-americano, tem o recorde de sete medalhas de ouro ganhas nas
Olimpíadas de Munique.
 1976 - George W. Bush é detido e multado por conduzir sob influênca de álcool.
 1982 - É lançado It's Hard, último álbum do grupo The Who.
 1994 - É criado o serviço de apontadores português Sapo, em Aveiro.
 1998 - Criado o site de pesquisas Google.
 2004 - Flórida é atingida pelo Furacão Frances.
2006 - Forte chuva de granizo atinge a cidade brasileira de Ipatinga, Minas Gerais
1 - almanaque
Eventos Históricos
Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas.
3
 Dia do Serventuário.
 Para os Judeus: dia da Criação
 Santos do dia
o Santa Rosália, eremita de Palermo.
o São Moisés, profeta e personagem da Bíblia Sagrada.
o São Bonifácio I, Papa da Igreja Católica.
o São José, Patriarca e filho de Jacob.
o Santa Hermengarda de Suchteln
(Fontes: “O Livro dos Dias” 17ª edição e arquivo pessoal)
1782 “Os membros presentes prometem não usar linguagem indecente contra um
nobre Grão-Mestre.” Registro na Ata da Grande Loja dos Antigos.
1822 Ata da 13ª. Sessão do Grande Oriente Brasileiro, presidida por Gonçalves Ledo.
Assuntos Administrativos
1850 Promulgada a lei Eusébio de Queiroz () que proibia de forma definitiva o
tráfico de escravos no Brasil.
1864 Fundação do Supremo Conselho do Egito.
1872 Nova eleição no Grande Oriente Unido: eleito Saldanha Marinho, em meio a
irregularidades.
1929 Princípios Básicos para Reconhecimento de Potências ratificadas pela Grande
Loja Unida da Inglaterra.
fatos maçônicos do dia
feriados e eventos cíclicos
4
Mario Gentil Costa.
Florianópolis.
Contato: magenco@terra.com.br
http://magenco.blog.uol.com.br
“COMO „ENTENDER‟ A ARTE ABSTRATA”
A maioria acha a arte abstrata uma escapatória de gente que não sabe pintar. Eu
compreendo tal reação e tenho explicação para ela, tirada de conjeturas bem antigas. Confesso
que, até a adolescência, influenciado por conceitos dogmáticos, oriundos da geração anterior à
minha - meus avós e meus pais - buscava sempre na apreciação da arte plástica a única coisa
que não deve ser buscada: o entendimento.
Quantas vezes, freqüentando uma exposição de artista abstrato, ouvi a meu lado o seguinte
comentário: - O que significa isso? Eu não entendo... Ela, a pintura, não existe para ser
entendida; existe, isso sim, pra ser sentida, como a música. Uma toca o sentido da visão; a
outra, o da audição. Formas, cores e traços são como notas musicais; são emoção pura; bastam
o equilíbrio, o ritmo e a harmonia, ao contrário da arte das palavras. Essa, sim, exige, além disso
tudo, o conteúdo, o significado, a compreensão, sob pena de não dizer nada. Em outros termos,
em literatura não basta sentir; há que entender. Por isso, nunca misturei as coisas. Daí minha
rejeição a textos herméticos e tortuosos, seja na prosa, seja no verso. E tomara que o leitor
também tenha descoberto esta diferença crucial. Se assim for, parabéns! Ponto a seu favor.
Acho mais: literatura, além do mesmo impulso criativo que é exigido do músico ou do
pintor/escultor, demanda um grau de competência gramatical específica, no que se refere ao
manuseio do texto, que deve oferecer ao leitor absoluta correção e coerência.
Daí o abismo que existe entre uma petição jurídica lógica, convincente e bem formulada e uma
história bem contada ou um poema imortal; caso contrário, qualquer advogado que redigisse
bem seria um escritor ou um poeta. E a maioria não é, como sabemos. Seu texto pode ser
irretocável do ponto de vista sintático, mas em geral é seco, direto, objetivo, pragmático.
Eis a disparidade entre a arte e a técnica. Atingido esse diferencial, a sensibilidade se encarrega
do resto. Se ela existir, o resultado é um só: a admiração, a perda do fôlego, o aplauso.
Mario Gentil Costa - MaGenCo (2013)
2 - OPINIão - Como Entender a Arte Abstrata
Mario Gentil Costa
5
Este Bloco é produzido às quartas-feiras
pelo Ir. Paulo Roberto VMda
ARLS Rei David nr. 58 (GLSC)
Florianópolis - Paulo Roberto
Contato: prp.ephraim58@terra.com.br
Paulo Roberto
Luíz José De Mattos
Comerciante,
pesquisador e escritor.
*Chaves (Portugal), 3 de janeiro de 1860.
†Rio de Janeiro (RJ), 15 de janeiro de 1926.
Seu nome de nascimento era Luiz José de moraes mattos chaves lavrador, mas
assinava, apenas, como Luiz de Mattos.
Nascido na Vila de Chaves, Província de Trás - Os- Montes (Portugal), a 3 de janeiro de 1860, era
filho de José Lavrador, natural de Orence, província da Galícia – Espanha – descendente, direto,
dos fidalgos Lavradores, e de D. Casemira Julia de Mattos Chaves, que descendia por sua vez,
dos grandes desbravadores e nobres Mattos Chaves - fundadores da linda e hospitaleira Vila de
Chaves.
3 - maçons célebres - Ir Paulo Roberto
( Luiz José de Mattos )
6
Orence-Galícia-Espanha.
Aos 13 anos, em 1873, veio para o Brasil, desembarcando no Rio de Janeiro, onde era esperado
por seu irmão Victorino de Mattos Lavrador, negociante em Santos (SP), que o internou no
Colégio São Luiz, no bairro de Botafogo (RJ) para dar continuidade a seus estudos.
O desejo, porém, de Luiz José de Mattos era ir para Santos (SP), para ficar em companhia de
seus irmãos Victorino e João de Mattos Chaves.
Partiu, para essa cidade, tempos depois, onde foi empregado em uma importante casa de
estivas – que operava com secos e molhado – a qual, mais tarde, passou para o comércio de
café, desenvolvendo, portanto, aí, uma grande atividade.
Possuidor de uma inteligência invulgar, logo assimilou com incrível facilidade, este novo ramo
de comércio, nada havendo que ele não soubesse fazer, com perfeição, inclusive ensacar,
empilhar, separar e qualificar o café.
Seus superiores, que muito o estimavam e admiravam, mandaram-no para o interior de São
Paulo e Minas Gerais, com a incumbência de comprar e obter consignações de café.
Entregue a essa nova atividade, manteve as mais elevadas relações, com políticos, fazendeiros,
negociantes, industriais, literatos etc., chegando a alcançar as maiores simpatias entre
compradores e vendedores de café, sendo, em um curto espaço de tempo, o mais considerado
e respeitado entre todos os seus colegas de profissão.
Saindo do serviço em que trabalhava, para se estabelecer, começou aos 23 anos de idade,
como comissário do café; seu capital era pequeno, mas as excelentes relações de
conhecimento que tinha no interior, e, a sua grande simpatia, concorreram para que, ao
saberem-no estabelecido, os fazendeiros lhe mandassem a maior parte das suas colheitas, e
assim foi ele fazendo um comércio importante, a ponto de tornar-se o maior comerciante
português em Santos, naquela época, uma cidade voltada à exportação de café.
Conhecedor profundo do produto em que trabalhava, prestimoso na prestação de contas aos
seus comitentes, alastrou-se a propaganda da sua casa de tal forma, que os fazendeiros,
mesmo os que não o conheciam, lhe faziam grandes consignações.
Sempre ativo e trabalhador, Luiz José de Mattos chegou aos 26 anos já possuindo valiosa
fortuna. Foi ele fundador de diversas empresas na capital do estado e em Santos e dentre elas,
a Companhia Internacional de Santos, o Banco de Santos, a Companhia Industrial, a Companhia
Carris de Ferro etc.
Convém observar que esta última empresa foi organizada em época de grandes dificuldades
financeiras. Só mesmo seu irresistível prestígio, poderia conseguir tornar em realidade, uma
ideia que demandava de pronto, de avultado capital. Além destas e outras empresas Luiz José
de Mattos foi igualmente o fundador da Sociedade Humanitária dos Empregados do Comércio,
do Real Centro da Colônia Portuguesa etc.
7
Entre outros serviços humanitários, destacou-se o que desveladamente fez à Sociedade
Portuguesa de Beneficência de Santos. Achava-se em completa decadência essa instituição
benemérita, quando nosso biografado, ainda materialista, mas impulsionado pela grande
generosidade de sua alma, – que até então desconhecia como partícula da Inteligência
Universal –, pôs ombros à espinhosa e árdua tarefa de levantá-la da inércia em que se achava, e
que a aniquilaria por completo, se à sua frente não se pusesse esse homem admirável, cujo
semblante de mata-mouros, se contradizia com a brandura da alma de que era possuidor.
Foi tanta a sua dedicação, tão desvelado, e, tão intenso o ardor com que se atirou a esse
empenho, que em pouco tempo conseguia ver coroados do melhor êxito os seus nobilíssimos
esforços. A Sociedade Portuguesa de Beneficência de Santos ficou em ótimas condições, no
mesmo patamar de igualdade das mais importantes agremiações, suas congêneres, existentes
no Brasil. Também, na ocasião, exercia o cargo de vice-cônsul de Portugal.
O que Luiz José de Mattos, como presidente dessa associação, despendeu do seu bolso em
auxílio a portugueses enfermos e indigentes, eleva-se a avultada cifra. Nessa sociedade teve ele
o título de Sócio Benemérito.
Eleito diretor da Associação Comercial de Santos, por diversas vezes, a ininterrupta recondução
ao cargo era a melhor prova da estima que brasileiros e portugueses lhe tributavam.
Benemérito, por índole, de tudo que doava não admitia alarde; os beneficiados, porém, não se
podiam conter e de boca em boca passavam o bem que ele proporcionava.
No Asilo da Infância Desvalida de Santos, desde jovem foi ele incluído no rol de seus grandes
Benfeitores.
A todas as instituições humanitárias ele comparecia com prazer, auxiliando-as tanto quanto lhe
era possível.
Grande abolicionista, amigo dedicado de José do Patrocínio, Julio Ribeiro, Chico Glicério,
Campos Sales, Bernardino de Campos, Santos Pereira, Luiz Gama e outros, bateu-se sempre
pela abolição. Quando promulgada a lei de 13 de maio de 1888, ele, o Dr. M. Homem de
Bittencourt, outros brasileiros e portugueses, realizaram em Santos, uma esplêndida e grande
festa em homenagem e, em comemoração ao grande acontecimento, que fazia entrar
definitivamente o Brasil no convívio das nações consideradas civilizadas.
Frequentou o espiritismo dito kardecista, e teve a idéia de reforma-lo, pois o julgava ser
demasiadamente religioso e pouco científico ou racional. Junto com Luiz Alves Thomaz, foi o
fundador da doutrina espirualista Racionalismo Cristão no ano de 1910. Inaugurando no Rio,
em 1912, a sua sede, o Centro Espírita Redentor, onde até hoje são explanados os princípios da
sua doutrina. Quatro anos depois, precisamente no dia 19 de dezembro de 1916, fundou o
jornal "A Razão", de circulação nacional.
Como “Codificador” da doutrina acima mencionada, passou a ser apregoado em Santos e que o
fez ser lembrado pelo Correio, ao emitir um selo comemorativo homenageando-o.
Colaborou durante toda a sua vida para estudos
na área da ciência espírita, com isso escrevendo,
grandes obras literárias.
Após participar durante vários anos com a Doutrina mencionada e,
tendo um sequencial de vida, favorável à proliferação do segmento
em que se via envolvido, veio a falecer na cidade do Rio de Janeiro em 15 de janeiro de 1926.
8
Maçonaria...
Poucos registros existem sobre o maçom Luiz José de Mattos, contudo aparecem no arquivo da
Loja “Fraternidade”, do Or.: de Santos (SP), pode-se dizer, alguns subsídios, que nos façam crer,
que o cidadão ao qual estamos nos reportando seja a mesma pessoa.
Conforme alguns dados maçônicos, foi um dos Obreiros da Loja “5 de Abril”, pertencente ao
Oriente santista, cadastrado com o número 456, e, fazendo parte do Grande Oriente do Brasil.
Pela documentação pesquisada, por autores de obras maçônicas, inclua-se aqui – biografias; a
referida Loja, foi fundada em 5 de abril de 1894, funcionando na Rua Itororó nº 13, mas que no
ano de 1897, tinha seus trabalhos efetuados à Rua General Câmara nº 24.
De repente, foi um dos setenta e sete profanos, Iniciados pela referida Loja até 23 de junho de
1894. Sustenta-se essa afirmativa, pelo Ir.: em evidência, no ano de 1896, ainda ser M.: M.:. E,
no mesmo ano, ter doado à sua Loja, um terreno situado no morro de Nova Cintra, que bem
mais tarde, em outubro de 1916, foi vendido pela mesma Loja “Fraternidade”, pela quantia de
Um Conto de Réis a um Ir.:, de nome, Manoel Nunes.
Como agradecimento ao Ir.: Luiz José de Mattos, doador do referido imóvel, a Loja “5 de Abril”
resolveu oferecer-lhe uma medalha, e para que isso acontecesse, pediu a devida licença ao G.:
O.: B.:, que na Assembleia Geral de 22 de setembro de 1896, deferiu a solicitação formulada.
Na época era V.: M.: da Loja “5 de Abril”, o Ir.: Geraldo Santiago Alvares, sendo o Ir.: Luiz José
de Mattos, além de M.: M.:, um dos membros da Comissão Central da Loja, juntamente com os
Iir.: João Eboli e Samuel Mello, detentores à época, dos Graus 9 e 33 respectivamente.
Sabe-se também, que no mês de outubro de 1897, nosso biografado era Elevado ao Grau 18; e,
que, na Administração de sua Oficina, eleita no ano de 1898, ocupava o cargo de Orador
Adjunto.
Como último informe até então pesquisado, anote-se que no ano de 1902, o Ir.: Luiz José de
Mattos, era Grau 30 e, representante de sua Loja, junto à Assembleia Geral do Grande Oriente
do Brasil.
9
O Ir Aquilino R. Leal
escreve neste espaço às
quartas e domingos
O V M DAS NEVES E OS SETE IRMÃOSi
Material originalmente publicado na edição 376, 24/11/2012,
do semanário FOLHA MAÇÔNICA - ligeiramente
modificado para o JB NEWS.
Aquilino R. Leal
Fato: Certamente, todos nós ouvimos falar sobre a história infantil da Branca de Neve e os Sete
Anões, uma compilação dos irmãos Grimm, que é mais ou menos contada conforme abaixo.
Há muito tempo, num reino distante, viviam um rei, uma rainha e sua filhinha, a princesa
Branca de Neve. Sua pele era branca como a neve, os lábios vermelhos como o sangue e os
cabelos pretos como o ébano.
Um dia, a rainha ficou muito doente e morreu. O rei, sentindo-se muito sozinho, casou-se
novamente.
O que ninguém sabia é que a nova rainha era uma feiticeira cruel, invejosa e muito vaidosa. Ela
possuía um espelho mágico, para o qual perguntava todos os dias: Espelho, espelho meu! Há no
mundo alguém mais bela do que eu?
- És a mais bela de todas as mulheres, minha rainha! respondia ele.
Branca de Neve crescia e ficava cada vez mais bonita, encantadora e meiga. Todos gostavam
muito dela, exceto a rainha, pois tinha medo que Branca de Neve se tornasse mais bonita que
ela.
Depois que o rei morreu, a rainha obrigava a princesa a vestir-se com trapos e a trabalhar na
limpeza e na arrumação de todo o castelo. Branca de Neve passava os dias lavando, passando e
esfregando, mas não reclamava. Era meiga, educada e amada por todos.
Um dia, como de costume, a rainha perguntou ao espelho: Espelho, espelho meu! Há no mundo
alguém mais bela do que eu?
- Sim, minha rainha! Branca de Neve é agora a mais bela!
A rainha ficou furiosa, pois queria ser a mais bela para sempre. Imediatamente mandou chamar
seu melhor caçador e ordenou que ele matasse a princesa e trouxesse seu coração numa caixa.
4 - aquilino r. leal
10
No dia seguinte, ele convidou a menina para um passeio na floresta, mas não a matou.
- Princesa, - disse ele - a rainha ordenou que eu a mate, mas não posso fazer isso. Eu a vi crescer
e sempre fui leal a seu pai.
- A rainha?! Mas, por quê? perguntou a princesa.
- Infelizmente não sei, mas não vou obedecer a rainha dessa vez. Fuja, princesa,
e por favor não volte ao castelo,porque ela é capaz de matá-la!
Branca de Neve correu pela floresta muito assustada, chorando, sem ter para
onde ir.
O caçador matou uma gazela, colocou seu coração numa caixa e levou para a rainha, que ficou
bastante satisfeita, pensando que a enteada estava morta.
Anoiteceu. Branca de Neve vagou pela floresta até encontrar uma cabana. Era pequena e muito
graciosa. Parecia habitada por crianças, pois tudo ali era pequeno.
A casa estava muito desarrumada e suja, mas Branca de Neve lavou a louça, as roupas e varreu
a casa. No andar de cima da casinha encontrou sete caminhas, uma ao lado da outra. A moça
estava tão cansada que juntou as caminhas, deitou-se e dormiu.
Os donos da cabana eram sete anõezinhos que, ao voltarem para casa, se assustaram ao ver
tudo arrumado e limpo. Os sete homenzinhos subiram a escada e ficaram muito espantados ao
encontrar uma linda jovem dormindo em suas camas.
Branca de Neve acordou e contou sua história para os anões, que logo se afeiçoaram a ela e a
convidaram para morar com eles.
O tempo passou... Um dia, a rainha resolveu consultar novamente seu espelho e descobriu que
a princesa continuava viva.
Ficou furiosa. Fez uma poção venenosa, que colocou dentro de uma maçã, e transformou-se
numa velhinha maltrapilha.
- Uma mordida nesta maçã fará Branca de Neve dormir para sempre - disse a bruxa.
No dia seguinte, os anões saíram para trabalhar e Branca de Neve ficou sozinha.
Pouco depois, a velha maltrapilha chegou perto da janela da cozinha. A princesa ofereceu-lhe
um copo d’água e conversou com ela.
- Muito obrigada, - falou a velhinha - coma uma maçã... eu faço questão!
No mesmo instante em que mordeu a maçã, a princesa caiu desmaiada no chão. Os anões,
alertados pelos animais da floresta, chegaram na cabana enquanto a rainha fugia. Na fuga, ela
acabou caindo num abismo e morreu.
Os anõezinhos encontraram Branca de Neve caída, como se estivesse dormindo. Então
colocaram-na num lindo caixão de cristal, em uma clareira e ficaram vigiando noite e dia,
esperando que um dia ela acordasse.
Um certo dia, chegou até a clareira um príncipe do reino vizinho e logo que viu Branca de Neve
se apaixonou por ela.
Ele pediu aos anões que o deixassem levar o corpo da princesa para seu castelo, e prometeu que
velaria por ela.
Os anões concordaram e, quando foram erguer o caixão, este caiu, fazendo com que o pedaço
de maçã que estava alojado na garganta de Branca de Neve saísse por sua boca, desfazendo o
feitiço e acordando a princesa.
Quando a moça viu o príncipe, se apaixonou por ele. Branca de Neve despediu-se dos sete anões
11
e partiu junto com o príncipe para um castelo distante onde se casaram e foram felizes para
sempre.
Ainda que o conto seja interessante ‘inda’ que ingênuo, gostaríamos de falar sobre outra
história, a do VM Das Neves e os sete irmãos e a sua Loja que, é claro, nos fizeram lembrar
a mencionadahistoríola.
O querido irmão, VM, chamado Astrogildo das Neves, é mais conhecido pelo seu
sobrenome: "das Neves". Este VMpreside uma pequena Loja localizada no bairro de Vila
Encantada, na terra de Nanicolândia, onde, alegremente, desenvolve seu trabalho maçônico
juntamente com os sete membros de sua "lojinha".
Acontece que, além da Loja ser pequena, os seus sete membros também o são. Na verdade,
assim como famoso conto acima, os membros dessa "lojinha" são sete... Sete anões. Seus
nomes são: Atchim, Dengoso, Dunga, Feliz, Mestre, Soneca e Zangado. Por incrível que pareça,
semelhantemente aos seus homônimos do conto e desenho animado, esses maçons anões dão
muito trabalho para o VM Das Neves, tirando-o, inclusive, muitas vezes do sério.
Bem, como esses sete anões são "interdenominacionais", isto significa que, a qualquer hora
dessas, eles podem começar a frequentar também a tua Loja, e, para vossa ‘proteção’ segue
um "retrato falado" de cada um deles para que você possa detectá-los mais facilmente e, assim,
tomar as devidas precauções contra eles:
ATCHIM
Alérgico a praticamente tudo que existe sob o sol (e mais alguma coisa), Atchim está sempre
prestes a espirrar. Infelizmente, seus sonoros espirros têm a força de um tufão,
causando calamidades na vida de todos aqueles que se encontram próximos ao seu
poderoso nariz.
Esse irmão anão vive dando desculpas para não comparecer às reuniões e aos
eventos programados pela Loja. Via de regra, suas desculpas prediletas, para fazer
jus ao seu nome, são: resfriado e gripe.
Ele costuma dizer: "Ve-eme”, me desculpe por não ter ido à Loja na terça feira passada... Eu
peguei uma gripe danada!Uma gripe ‘daquelas’!
O irmão Atchim sempre arruma algum tipo de desculpa, por mais absurda que seja, a fim de
justificar a sua ausência. Esse tipo de irmão nos faz pensar nos convidados da chamada
Parábola da Grande Ceia (Lc14:16-20ii
), os quais, ao serem convidados para a festa, deram as
desculpas mais imaginativas com o intuito de justificarem o seu não-comparecimento. Um dos
convidados alegou o seguinte para não ir à festa: comprei um campo, e preciso ir vê-lo.
Perguntamos: Quem, em sã consciência, compraria um terreno sem vê-lo antes? O outro
convidado saiu-se com esta desculpa: Comprei cinco juntas de bois, e tenho que experimentá-
los. Novamente, fica a seguinte pergunta no ar: quem, em seu estado psíquico normal,
compraria bois sem antes tê-los visto e analisado? Para encerrar, o terceiro convidado deu a
seguinte desculpa: casei e, portanto, não posso ir. Ora, mas por que ele não leva a esposa junto
para a festa? Para sermos sinceros, o fato é que quando não queremos participar de algum
evento, nós sempre arranjamos algum tipo de desculpa. E o mano Atchim, particularmente, é
perito nisso! É o ‘experto’!
DENGOSO
A aparente timidez é pouco para descrever a principal característica deste anão mimoso.
Mesmo ficando vermelho de vergonha ao menor sinal de atenção, Dengoso curte uma boa
diversão tanto quanto os demais irmãos e está sempre disposto a topar qualquer parada desde
12
que ele apareça em primeiro plano.
Esse nosso irmão(?!) anão, como já sugere o seu nome, é cheio de "não-me-toques". Quando
nasceu, ele deveria ter vindo ao mundo embrulhado numa caixa de papelão com
a seguinte inscrição de advertência: "Cuidado, Frágil!". O Ir Dengoso é cheio de
dengos e frescuras. Seu temperamento frágil e a sua baixa autoestima fazem com
que ele se sinta ressentido e magoado por qualquer motivo.
Por exemplo, se alguém não lhe cumprimentar antepondo o grau de Mestre a seu
nome ele fica aborrecido e pede para sair da Loja! Faz questão de ser chamado...
Mestre Dengoso! Se alguém tenta corrigi-lo aí é que ele quer sair de vez! Se ele
receber alguma palavra ríspida de uma das Luzes ele acredita ser uma indireta
para ele e, assim, pede para sair da Loja por não encontrar ambiente propício, ambiente
familiar; se o nome dele não for lembrado em alguma atividade, de pouco trabalho mas de
grande repercussão, também é motivo para a clássica ‘ameaça’ de sair da Loja. Enfim, tudo
serve de pretexto para ele querer abandonar a Loja e, quiçá, a Ordem.
Uma de suas frases preferidas, ‘enroscando-se’ no pescoço dos irmãos ouvintes, é: Ninguém
gosta de mim!
DUNGA
Não pode ser confundido com o ex-jogador de futebol e ex-técnico da seleção brasileira de
futebol! Sem dúvida alguma, dança ao som de sua própria música. Embora não
pronuncie uma só palavra, ele sempre se faz notar, observando o mundo através
de seus olhos infantis, atentos e curiosos.
Esse anão é conhecido no conto desenho animado principalmente pelas suas
avantajadas orelhas colocadas a funcionar no interior do Templo como duas
gigantes antenas parabólicas de elevada sensibilidade, conseguindo captar todo o tipo de
informação – bem que poderia ser chamado de Dunga Spy em alusão à tirinha spy versus psy da
revista MAD.
Dunga, tal como um repórter de qualidades duvidosas, ama estar informado sobre todas as
novidades que acontecem na vida dos irmãos e na comunidade em geral. Sob o
pretexto de que irá olhar pelo problema do Irmão ele gosta mesmo é de ficar
inteirado sobre tudo... ‘Baba’ sempre que presencia alguma falha quanto à
ritualística.
Seu principal lema: Por favor, conte-me tudo. Não me esconda nada! Pois eu tenho que saber de
tudo para poder ajudar você, meu Irmão! Porém, assim que a sua ‘conversa sigilosa’ com o
irmão termina, ele trata de espalhar rapidamente as novidades (necessidades do outro irmão)
para que todos possam fazer algo...
Em verdade, o Dunga se preocupa mais com a vida alheia do que com a sua própria vida.
FELIZ
No desenho, esse anão está sempre de bom humor, sempre com seus olhos brilhantes e largo
sorriso.
Nas reuniões coloca o seu sorriso em primeiro plano e a bajulação em segundo: Feliz é muito
bajulador (para não usar aqui outro tipo de expressão como ‘puxa-saco’). Ele, na
verdade, gosta mesmo é de rasgar seda e de jogar confetes sobre os ‘líderes’ da
Loja. Tanto é que ele parece a sombra do VM: onde este estiver ali também
ele está presente – na ausência do VM se agarra aos VVig, Sec. e por aí
afora.
13
O maçom anão Feliz vive elogiando a liderança, em especial os e as ‘Grandes Qualquer Coisa’,
que, como ele, são extremamente interesseiros; ele espera sempre poder receber alguma coisa
em troca, uma oportunidade em alguma comissão do(a) GQCiii
, representar o Sereníssimo etc. E
fica feliz com isso nem que tenha de entristecer os demais irmãos. Cuidado com ele! Muito
cuidado!
MESTRE
O mano Mestre assume o papel de líder do grupo e seus óculos lhe conferem um ar de
autoridade e de suposta sabedoria. Seu jeito alterado, no entanto, faz com que
suas palavras saiam todas truncadas, criando confusões hilárias para os outros
irmãos anões.
Esse anão, no desenho, exerce uma espécie de liderança entre os demais. Já no
nosso meio, esse tipo de maçom anão gosta de estar em evidência em tudo quanto
faz. Se o nome dele aparece em destaque, por exemplo, no quadro de avisos como
ele fica todo prosa! Como ele possui um dom de liderança nato, acaba, muitas vezes, se
achando a última bolachinha do pacote, o último reduto; o arauto da sabedoria!
E como gosta de ‘ministrar aulas’ aos incautos recém-iniciados! Afinal de contas eles têm
poucos elementos para contrariá-lo...
O importante para o Mestre é liderar, nem que ele seja o chefe dos guardadores de carro do
estacionamento do Templo!
SONECA
Soneca gostaria de fazer tudo o que os outros anões fazem, só que há um
probleminha – ele não consegue manter-se acordado! Apesar de curtir um bom
cochilo, Soneca parece abrir sempre os olhos imediatamente antes dos momentos
mais emocionantes.
Esse Ir anão, tal como no desenho, é muito fácil de ser identificado. De três em
três minutos ele vive abrindo a boca durante a reunião, e não é para glorificar o GADU,
mas para bocejar!
Esse tipo de maçom anão costuma dormir durante toda a Sessão (quer ela esteja boa, quer
esteja chata). Aliás, o dom preferido do crente Soneca é o ‘dom de línguas’: ele abre a boca
interrompendo os trabalhos com seu preferido som (ronco), o... Rrrrronnn! Rrrrronnn!
Não é à toa que alguns destes sonecas chegam até a dizer depois que sentiram coisas
extraordinárias nas Sessão! E têm razão! O sujeito dormiu tanto que até sonhou e depois ainda
diz que teve uma visão que faz questão de relatar durante mais de meia hora (ele descansado e
os outros com o ônus do labor); seu discurso ‘breve’ sempre inicia assim, após os devidos
saudações: Devido ao avançado da hora procurarei ser o mais breve possível pois todos os
irmãos aqui presentes tiveram um frenético dia de labor mas, mesmo assim, vieram a
engrandecer nossos trabalhos os quais... blá... blá...Meia hora depois ainda o blá...blá!
ZANGADO
Finalmente, o último dos anões da Loja de Vila Encantada: Zangado. Sempre de braços cruzados
e com cara de mau humor. Zangado faz jus ao seu nome. Ele é o mais negativo do grupo,
sempre reclamando de alguma coisa. Na verdade, porém, até ele tem um lado
sentimental, que fica nítido em sua preocupação com relação ao VM Das
Neves.
Para esse irmão, tudo, mas tudo mesmo o irrita, principalmente quanto à
ritualística. Se a Sessão começar atrasada, um minuto que seja, isso o irrita. Se
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quando à entrada do Templo houver um pequeno percalço ela já entra nervoso. Se a Sessão se
estender um pouco mais, isso o tira do sério (porque ele não consegue chegar em casa a tempo
de poder assistir ao programa da Hebe).
Pior ainda quando da Cad de Un: mal consegue olhar para os irmãos ao seu lado quanto
dar as mãos! Quanto fazer uma prece... Nem pensar! Não seriam mais que meia dúzia de
palavras denotando cólera e fúria! Que nenhum VM se atreva a lhe pedir isso! Ou mesmo
qualquer outra coisa!
É muito fácil reconhecer o Zangado, basta cumprimentá-lo: Boa noite meu irmão... Ele fará
aquela cara de poucos amigos e responderá: Só se for 'boa noite’ pra você, porque o meu dia
hoje está péssimo! E com a irritação estampada em seu rosto se afasta interrompendo de vez o
início de qualquer ‘papo’.
Conclusão: Bem, ignoramos se alguns desses anões também podem ser encontrados em vossa
Loja, mas de uma coisa estamos certos: a Ordem, quando levada a sério e afinco, pode
transformar toda essa gente de Nanicolândia em verdadeiros MAÇONS gigantes,
proporcionando, assim, um verdadeiro final feliz à nossa história semanal!
Basta acreditar nisso e, sobretudo, agir!
P. S. Qualquer semelhança entre os personagens dessa história e a realidade maçônica de
muitas Lojas é mera coincidência, em especial a uma centenária que funciona às terças-feiras
que nós frequentamos por quase dois longos anos. Saudações ao ‘Mil e Cem’iv
que em uma
única roupagem humana consegue agrupar os sete anões além dos mais diversos espíritos mais
tacanhos.
“Aquele que crê possuir a verdade não se preocupa em procurá-la, da mesma forma que o
justo satisfeito com a sua virtude negligencia o seu aperfeiçoamento moral... A intuição dirige-
se aos espíritos inquietos, àqueles que não se satisfazem com aquilo que puderam aprender...
Aquele que adere a um intangível credo religioso, filosófico, científico ou político comete um
erro em dirigir-se à porta do Templo: aí só poderá comportar-se como um intruso... A vocação
iniciática encontra-se no seio desses vagabundos espirituais que erram na noite após terem
desertado da sua escola ou igreja por lá não terem encontrado a verdadeira Luz.” (Oswald
Wirth)
Material assinado pelo Ir Aquilino R. Leal, engenheiro eletricista, professor
universitário, aposentado, iniciado em 03 de setembro de 1976 no Templo
Tiradentes (São Cristóvão – Rio de Janeiro - Brasil), elevado em 28 de abril
de 1978 e exaltado em 23 de março de 1979 ocupando o veneralato em 05
de julho de 1988.
É fundador de duas Lojas Maçônicas, entre elas a Loja Stanislas de Guaita
165 – Rio de Janeiro, ambas trabalhando no REAA.
Desde 2008 é colaborador permanente do FOLHA MAÇÔNICA
(folhamaconica@gmail.com), atualmente com a responsabilidade de três
colunas semanais: A POLÊMICA NA FOLHA, EUREKA (TUREKA E NÓSREKA) e
ENQUETE INÚTIL. Gerencia o „Ponto Cultural do Folha Maçônica‟
(http://sdrv.ms/QobWqH) onde estão postados mais de 15 mil títulos sobre a Ordem
e afins para livremente baixar.
Também colaborador permanente, desde março de 2013, com duas colunas
mensais, do mensário espanhol RETALES DE MASONERÍA.
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Hercule Spoladore –
Loja de Pesquisas Maçônicas “BRASIL”- LONDRINA-Pr.
Se abordarmos a história da Maçonaria Contemporânea, sem perquirir a respeito de suas
origens, não poderemos chegar a um consenso analítico razoável.
O homem das cavernas, talvez mesmo antes de dominar o fogo e a linguagem,
inicialmente solitário e agressivo, por uma questão de necessidade e de sobrevivência, tornou-
se um ser gregário, pois querendo ou não, sempre dependeu da cooperação dos demais
componentes de suas tribos ou clãs. Deixando as cavernas tornou-se nômade para depois
tornar-se sedentário se agrupando com os demais seres humanos que o cercavam em
pequenos vilarejos, vilas cidades, metrópoles etc. Para construir os locais onde pudesse habitar
apareceu no decorrer do tempo quem os construísse, surgindo desta forma, os primeiros
profissionais ainda que rudimentares dedicados à construção.
Se formos abordar o complexo e intrincado surgimento da Maçonaria no mundo,
teremos que, em suas raízes destacar o importante papel das associações de construtores, bem
como analisar como aconteceram os fatos sociais que deram origem à Maçonaria, e
posteriormente ao cooperativismo sindicalismo entidades estas que pelo menos em fase inicial
de sua existência teve muito em comum, ou seja, a necessidade consequente do trabalho para
subsistir, do auxílio mútuo e cooperação, vindo daí a relação empregados/patrões; reis/súditos,
escravos/senhores. Depois, dentro do seu próprio contexto histórico cada associação seguiu
seu caminho quer no sindicalismo quer no cooperativismo.
Este fenômeno social de gregarismo se aplica a toda à humanidade, e é inerente ao ser
vivo. Simplesmente é assim. Inicialmente havia cooperação e camaradagem, sintetizando mais
um sentimento de agrupamento, para depois os grupos passarem a se organizar, em
associações de defesa e proteção visando interesses mútuos, especialmente nas profissões,
mas também em outras atividades.
Entretanto, é no estudo da história do Império Romano que nos vem maiores indícios da
“pré-história” da Maçonaria Operativa. Numa Pompilio (714 a 67l) A C, rei de Roma, sempre
citado na literatura maçônica, por ter construído vários templos inclusive o de Janus, criou os
“collegia fabrorum” dos quais foram criados os “coleggia constructorum”. Deduz-se, segundo
alguns autores, porem sem provas definitivas, que estes colégios foram as sementes das
futuras Lojas Maçônicas Operativas, mas não da Maçonaria tal qual a conhecemos hoje (1).
Numa Pompilio regulamentou a profissão de construtor, e também a organização dos cultos já
que estes colégios eram impregnados de forte religiosidade ainda naquela época politeísta,
repleta de deuses, e cita-se ainda que também sob seu reinado, Roma teria sido urbanizada e
as construções tiveram um grande desenvolvimento.
5 - maçonaria contemporânea - abordagem histórica
Ir Hercule Spoladore
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Os “collegiati” no ano 65 a.C. teriam sido dissolvidos por um senatus consulto por
apresentar uma ameaça ao patriciado romano. O trabalho dos “collegiati” também decaiu em
função do trabalho escravo e a importação de produtos oriundos do vasto império romano. As
legiões romanas nas suas conquistas destruíam tudo, mas levavam os “collegiati
construtorum”, ou seja, os construtores, para reconstruir o que fosse destruído.
Entretanto, existem trabalhos de autores maçônicos que contestam a existência dos
“collegia fabrorum”, bem como que Numa Pompilio teria sido rei de Roma, já que não existem
fontes primárias que comprovem este fato. Todavia, se seguirmos as citações de outros autores
maçônicos, estes “collegiati” teriam existido, eles teriam se espalhado por todos os territórios
romanos, inclusive os conquistados, sendo que muitos desapareceram porem outros
permaneceram e participaram da trajetória histórica na arte da construção em direção à
Maçonaria Medieval.
Depois vieram os Mestres Comacinos (2) que surgiram em Como na Lombardia, que
eram arquitetos construtores e hábeis escultores, sendo reconhecidos e regulamentados
profissionalmente pelos reis longobardos pelo édito de Rotari em 634 d.C. e Liutprando em 713
d.C. Estes Mestres foram responsáveis pela Arte Romântica, que precedeu a Arte Gótica.
Já em plena Idade Média, antes de aparecer a Maçonaria Operativa ou Maçonaria de
Ofício, entrando em evidência a Arte Gótica, quando começaram a serem construídos muitos
conventos igrejas catedrais e palácios, neste período foram importantes as Associações
Monásticas principalmente constituídas pelos Beneditinos e Cistercences, que eram clérigos,
experientes projetistas e geômetras, excelentes oficiais na arte de construir. Dominaram o
segredo da construção por muito tempo, o qual ficou inicialmente restrito aos conventos.
Diz-se que os termos “Venerável Mestre” e “Venerável Irmão” (3) já eram usados pelos
abades do século VI, e que nós os maçons atuais, os emprestamos, aliás, como praticamente
tudo na Maçonaria foi trazido de fora, isto é, copiado.
E assim os Monásticos com seus conhecimentos monopolizaram por longo tempo a arte
de construir guardando para a sua Agremiação, os seus segredos.
Entretanto eram obrigados a contratar profissionais leigos, pois a demanda cada vez
maior de construções e serviços secundários assim o exigia. Estes profissionais foram
aprendendo com estes clérigos e com o tempo em face da decadência da fase Monástica,
constituíram as Confrarias Leigas.
Ressalte-se que influência destes clérigos foi muito grande, pois infundiram ensinamentos
importantes na arte de construir, bem como princípios religiosos nas escolas e oficinas de
arquitetura. Sabe-se que cada Corporação de Construtores tinha o seu Santo padroeiro (4), isto
na Maçonaria Operativa que era totalmente católica, a qual recebeu por esta razão forte
influência do clero. Os Beneditinos (Ordem de São Bento fundada por São Bento em 529 D.C. e
os Cistercences os monges de Císter- França (fundada em 1098 pelo abade De Molesme) são
considerados por vários autores como os ancestrais da Maçonaria Operativa, (5)).
Seguindo-se o rumo da história, juntamente com as Ordens Militares e Religiosas,
vieram as Guildas as quais influíram muito nas tradições maçônicas. As Guildas eram
associações que surgiram no Norte da Europa e se estabeleceram principalmente na Inglaterra,
Alemanha e Dinamarca e em outros países. Eram associações inicialmente religiosas, mas que a
partir do século XII se constituíram em associações profissionais fraternas, verdadeiras
confrarias de defesa de autoproteção de seus sócios.
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Os novos participantes desta confraria eram obrigados a um juramento (6) além de
pagar uma joia (7), coletavam dinheiro para auxílio mútuo, amparo às viúvas (8) e despesas
funerárias.
Interessante frisar que a palavra Loja (9) surgiu pela primeira vez em um documento emitido
por uma destas corporações em 1292 servia para designar o local de trabalho ou mesmo como
sinônimo de Guilda. Não se dedicavam somente às construções.
Os componentes das Guildas reuniam-se em banquetes (10) e pleiteavam reformas políticas
e sociais. Como estes costumes não eram bem vistos pela Igreja, e nem pelos reis, era comum
elas adotarem nomes de monarcas ou de santos que consideravam como seu padroeiro ou
patrono, para escapar a vigilância da Igreja e dos governantes.
No século XII, na Alemanha surgiu a Corporação dos Steinmetzer que eram conhecidos por
serem escultores e entalhadores de pedras ou canteiros e que não se dedicavam
exclusivamente á arte Gótica, porem trabalharam em muitas catedrais deste estilo de
construção. O canteiro esquadreja e trabalha na escultura da pedra bruta.
Os Steinmetzer tomaram grande impulso através do seu famoso arquiteto Erwin, natural de
Steinbach. Segundo alguns autores, não há a unanimidade, a Convenção de Estrasburgo, dos
Canteiros foi convocada por ele em 1275 para terminar uma importante catedral em arenito
rosa existente naquela cidade. A fachada é ornamentada até hoje, com lindas estátuas
representando virtudes e vícios (virgens loucas e virgens prudentes). À Convenção
compareceram os principais arquitetos ingleses, alemães e italianos e de outros países. Nesta
Convenção foram adotados os sinais, palavras e toques usados para identificação secreta
membros da Confraria, (11), diga-se de passagem, pela primeira vez, pelo menos pelo que está
registrado oficialmente. É bem provável que outras Corporações usassem suas próprias senhas.
Ainda no século XII surgiu a Franco-Maçonaria ou Ofícios Francos, (12) a qual era constituída
de pedreiros-livres ou franco-maçons e que deixaram a marca de sua influência de forma
indelével na Maçonaria atual. Os franco-maçons puderam se dar totalmente à sua arte, pois
eram trabalhadores privilegiados, porque estavam isentos de impostos, eram construtores
categorizados, tinham livre trânsito, isto é, não ficavam presos numa mesma região à
disposição de seu nobre senhor e alem disso eram muito respeitados e, além disso, não eram
escravos. O termo franco significava liberdade total, livre de qualquer tipo de servidão ou
compromisso, a não ser o de criar e construir.
Mais ou menos a partir do século XV nasceu na França um tipo de agremiação de operários
cristãos itinerantes, a Corporação dos Companheiros (Compagnonnage) e que teria sido
fundada pelos Cavaleiros Templários. Eles iam de cidade em cidade, solicitando trabalho e
prestavam assistência mútua. Não era permitido ingresso na organização senão após um tempo
de aprendizado e também eram recebidos através de um cerimonial. (13) Eles construíram no
Oriente Médio durante as Cruzadas, fortificações, cidadelas, especialmente pontes e obras de
defesa militar. Ao voltarem às suas pátrias, construíram obras civis, igrejas e catedrais. Estas
organizações duraram muito tempo e desapareceram por completo no início do século XIX com
nascimento da grande indústria e do sindicalismo.
Interessante que estas Corporações de Oficio se tornaram importantes em função da arte
gótica que nasceu na França e se notabilizou na Alemanha e outros países e que durou cerca de
trezentos anos. A Renascença viria e suas conseqüências se fizeram sentir tanto na arte gótica
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como no monopólio das Corporações das construções das fraternidades maçônicas operativas
que dominavam as construções góticas, cujas edificações mais importantes, as catedrais,
castelos e outras construções já estavam todas construídas. Já havia mais o que construir neste
estilo.
Este fato ocasionou a decadência das Corporações e já no século XVII, podemos notar que o
povo europeu já estava preferindo o estilo clássico romano que era mais alegre que o austero
estilo gótico. Assim a arte da construção teve que sair das mãos dos franco-maçons e se tornar
um apanágio de outros operários construtores que não faziam parte da Confraria. As
Corporações que sempre foram de certa forma perseguidas por vários governos, agora o eram
também até pela Inquisição. Os chamados régulos e também os Jesuítas não admitiam os
segredos das Confrarias e das Agremiações Corporativas. Estas Corporações viriam com o
tempo a serem dissolvidas.
Foi mais ou menos nesta fase da história que as fraternidades maçônicas operativas foram
obrigadas a aceitar outras pessoas que não estavam ligadas construção, muito embora há
muito já as estivessem aceitando. O primeiro maçom “Aceito” que se têm provas foi John
Boswel, que era um lorde e que ingressou numa Confraria em 08.06.1600 como maçom aceito,
não profissional na Loja da Capela de Santa Maria em Edimburgo, na Escócia. Esta aceitação
passou a ser comum, em virtude da decadência das corporações admitindo-se sábios, filósofos,
naturalistas, artistas, antiquários, nobres, militares, comerciantes, escritores e pensadores
marcando assim uma grande transformação na Ordem. Estes “Aceitos” trouxeram novas
concepções e contribuições para as agremiações, porem a transformaram radicalmente.
Inclusive, segundo alguns autores, os Rosacruzes foram os que mais contribuíram para a
filosofia maçônica, já que muitos destes primeiros “Aceitos” eram Rosacruzes.
No início do século XX, mais precisamente em 1909 um escritor de nome Charles Bernadrin
do Grande Oriente da França consultou 206 obras e selecionou 39 opiniões diferentes à
respeito das origens da Maçonaria. Hoje é possível que o número de opiniões esteja
aumentado. Alguns autores dão ênfase a uma possível origem da Maçonaria nos Templários.
Entretanto está provado que foi uma tentativa do Cavaleiro de Ramsay que foi o idealizador
desta teoria, talvez tentando dar uma procedência mais nobre à Ordem encobrindo desta
forma, a origem humilde nos trabalhadores da construção. Ainda, até a presente data existem
algumas Lojas Operativas na França.
A Maçonaria Operativa faz alusões aos Old Charges, cerca de l50 manuscritos antigos, os
quais não fazem quaisquer referências a templos, aos hermetistas, templários, rosacruzes, não
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citam o sentido simbólico das ferramentas, não é citada a Bíblia, não se fala em ocultismo,
esoterismo alquimia, cabala etc. Era uma maçonaria francamente católica.
As Lojas eram constituídas dos chamados “Maçom livre em Loja livre”. Estes documentos
não citam os famosos landmarques, tais como os conhecemos hoje. Se lermos as mais variadas
classificações de landmarques, as quais estimam em mais de sessenta, veremos que elas nada
mais são que cópias dos estatutos das referidas Corporações, quer de Construtores quer das
Guildas, cujos artigos foram copiados e adaptados à Maçonaria depois de 1717, tendo muito
pouco a ver a nossa atual Maçonaria. Compulsando as cópias dos manuscritos inseridos nos Old
Charges entre os quais o mais conhecido é o “Poema Régio”, sempre encontramos uma
provável origem através de uma palavra, um sinal, um costume, uma cerimônia um objeto uma
ferramenta que os maçons antigos usavam e que emprestamos para nós, e demos um
simbolismo próprio.
Verdade seja dita, se analisarmos com cautela sem preconceitos e sem predisposições,
veremos que a Maçonaria Operativa tem menos a ver com a Maçonaria Moderna ou
Especulativa, do que nos fazem crer e que se propala em muitas publicações maçônicas. Foi
uma Ordem que se sobrepôs à outra, adotando seu nome, seus costumes, suas lendas, suas
alegorias, seus sinais, suas palavras, aproveitando sua estrutura já pronta, porem modificando-
a quase que totalmente e revestindo-a de valores simbólicos modificados.
Os maçons se reuniam em tabernas, cervejarias, hospedarias e nos adros das igrejas. Não
existiam templos. Estes locais de encontro tinham mais uma função social e de comemoração.
O primeiro templo (Freemason’s Hall) só foi construído em l776 em Londres. Aliás, este templo
foi ornamentado com as cinco Ordens de Arquitetura, de inspiração do grande escritor e o
primeiro professor de Maçonaria, o inglês Willian Preston, tido como o primeiro maçom a dar o
sentido simbólico às ferramentas de pedreiro, ligadas à construção, tal qual as conhecemos
hoje.
A Maçonaria caminhava neste trajeto, se transformando dia a dia com o mundo também se
modificando e evoluindo. Na Inglaterra que foi o berço da Maçonaria Moderna existia uma
famosa cervejaria “O Ganso e a Grelha”, onde se reuniam os franco-maçons. Inicialmente esta
Corporação só constituída por profissionais de ofício, a partir de 1703, começou a receber os
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“Aceitos” indistintamente de todas as classes sociais, fazendo com que houvesse uma profunda
reforma na organização. Um dos líderes dos “Aceitos” o pastor protestante Desagulliers
conseguiu reunir quatro confrarias cujos nomes soam um tanto estranhos para nós, no nosso
tempo, tais como a “Macieira” a “Coroa” a já conhecida “O Ganso e a Grelha” e o “Copázio
(Taça?) (14) e as Uvas”. Estas quatro corporações no dia 24.06.l7l7 se reuniram e fundaram a
Grande Loja de Londres, surgindo daí o sistema de submissão a um Grão- Mestre que hoje
conhecemos muito bem. Criaram assim a primeira Potência ou Obediência maçônica no
mundo. Havia até então apenas dois graus, sendo que em 1725 foi criado o grau de Mestre
finalmente incorporado nos Rituais a partir de 1738. E a recém inventada Lenda de Hiran
levaria muitos anos para se consolidar e ter a versão que tem hoje, que, aliás, é a definitiva.
Inicialmente a Grande Loja de Londres não foi bem aceita na Inglaterra.
A partir deste ponto a Maçonaria seguindo a libertação que o Século das Luzes trouxe ao
mundo, foi um verdadeiro cadinho de experiências culturais e ritualísticas dentro da Ordem. A
Inglaterra ordeira e rígida em suas tradições manteve como mantém até hoje apenas os três
graus simbólicos, a França como o seu perfil latino e ousado proporcionou uma enxurrada de
graus, criando os Graus Superiores, e alem dos ritos tradicionais, criou uma série de outros
ritos, alguns exóticos e mágicos. A Alemanha e outros países inicialmente acompanharam a
França neste festival de graus e ritos, porem a Alemanha depois resolveu enxugar e expurgar o
que tinha de exagero. De qualquer forma neste século foi criada a base da Maçonaria Moderna
ou Especulativa tal qual conhecemos hoje a partir da Maçonaria Operativa. Abordar o estudo
de uma Instituição como a Maçonaria não é fácil. Ela é a pátria das contradições e dos
paradoxos. Ela não é uma religião, muito embora muitos Irmãos pensem que ela o seja, e ainda
para confundir ela se reúne em templos já que os mesmos dão idéia de igreja. Ela ensina o
maçom a crer num Ente Superior, na imortalidade da alma e propaga que não é dogmática.
Mas ela é dogmática sim, pois exigindo que o maçom creia no GADU, já é um dogma. Mas
também aceita o Rito Moderno ou Francês que aboliu a Bíblia e qualquer citação do GADU em
suas sessões. Sua intenção foi muito boa, pois deixa o maçom à vontade como livre pensador
para buscar suas respostas existenciais.
Ela adotou o modelo republicano, que, aliás, ajudou a criar e lutou por ele, contendo os três
poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, funcionando como se fosse um pais dentro de outro,
porem, sem território. Mas onde deveria existir uma democracia plena, onde as constituições
das Potências deveriam democraticamente ser obedecidas, freqüentemente com raras
exceções, são manipuladas por uma cúpula, que exerce um poder monárquico e despótico. A
hipocrisia, a ganancia de poder, os falsos lideres, a mentira pairam em nossa Ordem
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atualmente É claro que é uma minoria, mas é uma minoria muito atuante, porque os bons
maçons numa atitude que chega a ser covarde se calam.
Temos inúmeros templos ociosos nas cidades onde existem mais de quatro ou cinco Lojas.
Cada Loja quer ter o seu templo, onerando os Irmãos, quando poderiam se reunir várias Lojas
num mesmo templo e usar o potencial de uma nova construção para uma entidade assistencial,
ou escola.
Não temos a representação política que deveríamos ter. Nossas sessões estão anacrônicas e
desatualizadas. Num mundo competitivo onde a instrução e a informação tem um valor
absoluto de sobrevivência das instituições, uma sessão maçônica que dura em média duas
horas, com a quase totalidade de sua duração gasta em problemas administrativos de pouca
importância, relega a instrução e a informação a respeito da Ordem a um segundo plano,
quando ela deveria tomar todo tempo que assim é perdido, com assuntos de interesse tais
como filosofia, história, ritualística liturgia, legislação, estudo da Política e do Bem Social como
ciência etc.
A Maçonaria Contemporânea fragmentou-se em inúmeras Potências ou Obediências
cada qual se proclamando autônoma, legítima, verdadeira, regular e legal sendo que o
relacionamento entre elas é muito complexo e chega até ser estranho, visto que o valor
imensurável que dão a um fator chamado regularidade escapa à análise lógica e coerência de
um maçom inteligente, servindo esta malfazeja regra de um complicador no relacionamento
fraternal destas Potências entre si. Felizmente as lojas-bases entenderam que o caminho não é
bem esse e todos os maçons se recebem e se abraçam como verdadeiros Irmãos, as vezes
ignorando determinações superiores. Atualmente as potencias ditas regulares estão se
achegando mais, mas isto não está escrito num tratado. É uma situação de fato.
Felizmente, talvez por obra e graça do Grande Arquiteto do Universo a Essência da
Iniciação, ou seja, a mensagem iniciática que envolve todo o maçom permaneceu intata, apesar
dos rituais de um mesmo rito serem diferentes na mesma potência ou em potências diferentes.
Permaneceu o sentido iniciático.
Alguma coisa realmente na Maçonaria parece que deu certo, uma delas é o seu ecletismo,
outra é o respeito que os Irmãos nutrem entre si, quer como fraternos, quer em suas idéias,
respeitando assim os princípios da Dialética em que, mesmo não concordando com elas,
aceitam ouvi-las e analisá-las, porem desde que fiquem tão somente no campo das idéias,
porque se tratar da disputa de poder maçônico, muda-se completamente o paradigma,
chegando até respeitáveis Irmãos aos mais baixos degraus das provocações mútuas,
especialmente quando este poder atinge a vaidade de cada um.
A Maçonaria tem dois tipos básicos de adeptos, os místicos e os documentais. Ambos se
respeitam mutuamente, porem divergem entre si, com relação ao fato dos maçons
documentais se basearem em documentos antigos e autênticos, nas fontes primárias de
pesquisas, e também na lógica enquanto que os místicos têm outra linha de pensamento
totalmente baseada no esoterismo, alguns até exagerando e se tornando mistificadores.
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No Brasil temos uma Maçonaria pobre e somos completamente amadores quando
desejamos tratar de filantropia. Já os EE. UU. administram muito bem esta parte, mantendo
hospitais, asilos e entidades filantrópicas etc.
.
Enquanto na Inglaterra a principal atividade da organizada Maçonaria Inglesa é o encontro
fraterno, o “clubing” que os ingleses tanto adoram na França a Maçonaria é francamente
político-social, no Brasil na grande maioria de suas Lojas é um misto de esoterismo,
gnosticismo, cabala alquimia, e religião, onde lendas, crendices, enxertos, invenções e
“achismos” fazem parte de um sincretismo que tornam a Ordem diferente de outros países,
esquecendo-se que a maior meta da Maçonaria, além da formação intelectual e espiritual do
maçom é a de transforma-lo num construtor social.
Ao enfocar a Ordem desta maneira, não estamos tentando denegri-la. Pelo contrário,
estamos dando um brado de alerta, pois precisamos acordar e nos adaptar ao século que
estamos vivendo, onde os progressos científicos, culturais e sociais estão influindo em todas as
Instituições, e que quem não se redimensionar não sobreviverá.
A Maçonaria tem a necessidade urgente de procurar adaptar-se a um novo modelo, pois
poderá correr o risco de não sobreviver nos próximos cem anos, o que em realidade não
acreditamos que aconteça, pois ela já passou por crises importantes, mas sempre teve a
felicidade de ser salva por maçons notáveis, de mentes claras transparentes e inteligentes que
acudiram a Ordem em tempo. Estamos aguardando a volta destes Guardiões.
Que venham logo...
Hercule Spoladore – Loja de Pesquisas Maçônicas “Brasil” - LONDRINA - PR
NOTAS.
(01) Primórdios, início, idéias iniciais de agrupamentos de profissionais da construção.
(02) Mestres da construção e operários reconhecidos por éditos reais.
(03) Termos usados atualmente nas Lojas para designar o Mestre da Loja, o Venerável, ou
mesmo tratamento entre Irmãos.
(04) Maçonaria de São João, Santo Padroeiro como hoje é conhecido oficialmente, possuía
na Maçonaria Operativa inúmeros santos protetores.
(05) Teobaldo Varoli Filho os considera como ancestrais da Maçonaria Operativa.
(06) Juramento, parte integrante da ritualística maçônica atual.
(07) Importância que todo novo adepto paga ao ser admitido na Loja.
(08) Refere-se atualmente ao “Tronco das Viúvas” conhecido como Tronco de
Solidariedade.
(09) Loja. Do germânico leubja, do francês, lodge. Local onde se reúnem os Irmãos.
(10) A Maçonaria atual se reúne também em almoços, jantares, e banquetes, aliás, existe
até o Banquete Ritualístico, criação do Rito Francês ou Moderno.
(11) Oficialmente os Steinmtzer criaram na Convenção de Etrasburgo os toques, sinais e
palavras. Todavia, sabemos que toda Corporação tinha a sua própria maneira de se
reconhecer.
(12) Franco-Maçonaria, a verdadeira Maçonaria Operativa, que serviu de base à Maçonaria
Moderna tal qual a conhecemos.
(13) As demais Corporações também exigem um cerimonial próprio para a recepção do
novo adepto. Acresça-se que a Maçonaria atual enriqueceu a cerimônia com procedimentos de
forte caráter simbólicos, espirituais e culturais tentando induzir o novo adepto a descobrir o seu
duplo EU.
23
(14) “Copázio e as Uvas” (copo grande, coparrão copaço) parece ser a tradução mais
adequada de “Rummer and Grappes” que o termo usadíssimo na Ordem, “taça” Imaginem
aqueles rudes franco-maçons ingleses, naquelas tabernas às tardes após o árduo e suado
trabalho diário, tomando suas bebidas em taças? É pouco provável.
l
REFERÊNCIAS:
CARVALHO, Francisco A. O Aprendiz Maçom
Editora Maçônica “A Trolha” Ltda.
Londrina-PR – 1995
CASTELLANI, José A Ciência Maçônica e as Antigas Civilizações
Editora Resenha Universitária
São Paulo SP - 1977
CONCEIÇÃO Eleutério N. – Maçonaria – Raízes Históricas e Filosóficas
Editora O Prumo - 2ª ed.
Florianópolis SC – 2006
PETERS, Ambrósio Maçonaria – História e Filosofia
Editora Núcleo
Florianópolis SC - 1998
VAROLI, Teobaldo Fº Curso de Maçonaria Simbólica – l.º Grau
Editora A Gazeta Maçônica S.A.
Paulo SP - 1970
24
Este bloco é produzido pelo Ir. Pedro Juk.
Loja Estrela de Morretes, 3159
Morretes - PR
diácono e o secretário
Dúvida apresentada pelo Respeitável Irmão Celso Mendes de Oliveira Júnior, Loja Pioneiros de
Mauá, 2.000, REAA, GOB-RJ, Oriente de Magé, Estado do Rio de Janeiro.
celso.mendes.junior@hotmail.com
Venho por meio desta pedir-lhe que tire-me umas duvida. Sou um grande
admirador do seu trabalho de remir as duvidas dos irmãos, ou seja, trazendo a luz aonde há
trevas, as trevas da duvida e lendo o seus atritos na revista A Trolha e no Jornal JB News o
Irmão menciona que no nosso rito o Secretario substitui o 1º Diácono na transmissão da
palavra sagrada gostaria de obter maiores explicação, pois eu assumi no dia 21/06/13 meu
primeiro cargo eleito e justamente é o de Secretario, sei das minhas obrigações burocráticas
porque estão explicitas no RGF e o meu antecessor que é o atual venerável já ocupou esse
cargo dezenas de vezes e é um excelente tutor, mas após ler esses artigos fiquei com varias
duvidas de ritualística referente ao meu cargo poderia me dar maiores orientações litúrgicas
sobre com mais detalhe? E se além do 1º Diácono Há outros cargos que devo substituir tal
como, Porta Espada, Porta Estandarte e Porta Bandeira? Sabendo que serei atendido desde já
agradeço.
6 - Perguntas e Respostas
Ir Pedro Juk
25
Considerações:
A questão é apenas de precariedade e não de obrigação do Secretário substituir o Primeiro
Diácono. Na ausência de outros Mestres, além dos sete obrigatórios o Secretário pode,
apenas no momento da transmissão da Palavra, exercer o ofício do Primeiro Diácono. A
orientação é dada por uma questão de necessidade. Senão vejamos: As Luzes da Loja têm
função direta na abertura e encerramento dos trabalhos, não podendo pela dialética se
ausentar dos seus lugares. O Orador é o representante do Ministério Público. O Cobridor
também não pode se ausentar do seu lugar em Loja pelo seu dever de ofício – cobrir o
Templo. Assim para a função da transmissão sobraria apenas o Mestre de Cerimônias. Como
o ato requer ofício dos dois Diáconos, um será preenchido momentaneamente pelo Mestre
de Cerimônias e o seguinte pelo Secretário, já que os ocupantes dos outros cargos, por dever
de ofício, não podem se ausentar dos seus lugares. Isso não diminui a Dignidade do
Secretário, senão uma forma adotada para se abrir e fechar os trabalhos de uma Loja com
apenas sete Mestres.
Quanto aos outros cargos eles não estão nesse caso previstos, pois a questão é de
precariedade em uma Sessão Ordinária, nunca uma Magna.
T.F.A.
PEDRO JUK
jukirm@hotmail.com
JUNHO/2013
Na dúvida pergunte ao JB News ( jbnews@floripa.com.br )
que o Ir Pedro Juk responde ( jukirm@hotmail.com )
Não esqueça: envie sua pergunta identificada pelo nome completo, Loja, Oriente, Rito e Potência.
26
Lojas Aniversariantes da GLSC
Data Nome Oriente
31/08 Solidariedade nr. 28 Florianópolis
01/09 Fraternidade Blumenauense Blumenau
05/09 Fraternidade Chapecoense Chapecó
08/09 Sentinela do Sul Tubarão
17/09 Universo Florianópolis
17/09 Universo II Florianópolis
17/09 Universo III Florianópolis
20/09 Acácia da Arte Real Florianópolis
Lojas Aniversariantes do GOSC
Data Nome Oriente
03/09/1993 Treue Freundschaft Florianópolis
09/09/1969 Liberdade E Justiça Canoinhas
09/09/1991 Cavaleiros Da Luz Blumenau
16/09/2003 Ordem E Fraternidade Florianópolis
18/09/2009 Colunas Do Oriente Tijucas
20/09/1948 Luiz Balster Caçador
20/09/2008 Acácia Da Serra Rio Negrinho
7 - destaques jb
27
Lojas Aniversariantes do GOB/SC
Data Nome Oriente
01.09.64 Harmonia e Trabalho - 2816 Florianópolis
03.09.05 Retidão e Cultura - 3751 Florianópolis
08.09.04 Cruzeiro do Sul - 3631 Florianópolis
10.09.96 Reg. Lagunense - 2984 Laguna
11.09.10 Cruz e Sousa de Estudos e Pesquisas
do Rito de York
Florianópolis
12.09.23 Paz e Amor V - 0998 São Francisco do Sul
12.09.97 Otávio Rosa 3184 São Pedro de Alcântara
XIV - Encontro Estadual da Família Maçônica - GOB/SC
28
CONVITE
O Venerável Mestre, que subscreve, convida todos os Irmãos para a 2ª
Sessão da Aug. e Resp. Loj. Simb. “Alvorada da Sabedoria”.
Convoca, com base no inciso V do Art. 116 do Regulamento Geral da
Federação, os Irmãos do quadro para a 2ª Sessão com a seguinte Ordem do Dia:
Palestra do Irmão Hercule Spoladore, da Loja de Pesquisas Maçônicas Brasil,
de Londrina, Paraná, com o tema:
“Comentários sobre os Graus Primitivos da Maçonaria”.
Terá início às 20h do dia 24 de setembro de 2013, terça feira, no Templo Maçônico
do Albergue Noturno, situado à Avenida Hercílio Luz, 506, ao lado do Instituto
Estadual de Educação. Programação: 19:45h: encontro no átrio do Templo;
20:00h: início da sessão. Traje: maçônico, completo. Após a sessão, será oferecido
um ágape por adesão.
Ir.’. Marcos de Oliveira
Venerável Mestre
29
Maçonaria Catarinense Comemora Dia Da Independência
A exemplo dos anos anteriores a Maçonaria Catarinense através das três Potências, Grande
Loja de Santa Catarina n(GLSC) - anfitriã do presente ano - Grande Oriente de Santa Catarina
(GOSC) e Grande Oriente do Brasil - Santa Catarina GOB/SC) realizaram na noite de segunda-
feira (2) magnífica "Sessão Magna Pública Comemorativa ao Dia da Independência".
A solenidade foi realizada no Templo da GLSC superlotando o seu espaço, cuja capacidade é de
900 lugares. Algumas pessoas retardatárias tiveram que assistir em pé mesmo, nas laterais do
Templo.
O tema deste ano da Sessão Comemorativa foi "Educação e Cidadania" que contou com os
Grão-Mestre João Eduardo Noal Berbigier (GLSC); Alaor Francisco Tissot (GOSC) e Wagner
Sandoval Barbosa (GOB/SC) , além do Secretário de Estado de Educação, Eduardo Deschamps.
Prestigiaram o evento cívico inúmeros irmãos de vários orientes do Estado, cunhadas,
sobrinhos, convidados além de representantes das Corporações Militares.
Os trabalhos da Sessão estiveram a cargo dos próprios Irmãos das três Potências Maçônicas,
através de ritual especialmente confeccionado para a ocasião.
Foram entregues solenemente diplomas "Educação Nota 10" para Rosiane Ribeiro Justino e
Simone Carvalho da Silva, como mérito pela dedicação à Educação.
Seguem alguns registros de dois links fotográficos:
https://picasaweb.google.com/103634428674850958508/SessaoComemorativaSe
manaDaPatriaIrFotosBorbinha020913?authkey=Gv1sRgCIut1srH8taWOA#
https://picasaweb.google.com/103634428674850958508/SessaoComemorativaSe
manaDaPatriaFotosPauloVelloso020913?authkey=Gv1sRgCOvy1frsv_CYjAE#
Rádio Sintonia 33 e JB News.
Música, Cultura e Informação o ano inteiro.
Rede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal
www.radiosintonia33.com.br
30
1 - esse site abaixo é simplesmente fantástico.
guarde-o em seus favoritos para os momentos de lazer, ouvindo e vendo seu cantor
preferido.
depois de abrir o site, aparecem os cantores.
entretanto, se quiser fazer busca de um preferido que você não achou, é só escrever o
nome na caixa que aparece no visor.
quem não tem internet rápida terá alguma dificuldade.
abaixo do vídeo que você clicou, aparecem todas as músicas desse cantor (se você
deixar elas irão abrir todas em sequência):
http://uwall..tv/
2 - 9a. Sinfonia de Beethoven. Isto é arte, em música e em cinema. Não perde, clica no link
aí em baixo e aproveita:
http://www.youtube.com/watch?v=Uvf20XIkGVc
3 - Segue anexo em links a voz de Nana Moskouri
Yolanda:
http://www.youtube.com/watch?v=CzYSrxYQWwo
Aleluya:
http://www.youtube.com/watch?v=U_xGWqJ7Wmc
Why Worry:
http://www.youtube.com/watch?v=4y_dBknAqDc
Ave Maria:
http://www.youtube.com/watch?v=TX75RnEydmk
Va Pensiero:
http://www.youtube.com/watch?v=UtsywDUln5U
31
Laurel and Hardy (O Gordo e o Magro)
in their Buick 1930 Series 30 Model 30-45 phaeton
fechando a cortina
32
i
Adaptação de material recebido por e-mail de fonte desconhecida, indicando, porém, Carlos Augusto
Vailatti como o autor do original.
ii
Porém, ele lhe disse: Um certo homem fez uma grande ceia, e convidou a muitos. E à hora da
ceia mandou o seu servo dizer aos convidados: Vinde, que já tudo está preparado. E todos à
uma começaram a escusar-se. Disse-lhe o primeiro: Comprei um campo, e importa ir vê-lo;
rogo-te que me hajas por escusado. E outro disse: Comprei cinco juntas de bois, e vou
experimentá-los; rogo-te que me hajas por escusado. E outro disse: Casei e, portanto, não
posso ir.
iii
Grande Qualquer Coisa.
iv
Mil e Cem, ou 1.100 em algarismos romanos se escreve MC.

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Maçons Célebres - Luiz José de Mattos

  • 1. 1 JB NEWSRede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal www.radiosintonia33 – jbnews@floripa.com.br Informativo Nr. 1.098 Filiado à ABIM sob nr. 007/JV Loja Templários da Nova Era nr. 91 Quintas-feiras às 20h00 - Templo: Obreiros da Paz - Canasvieiras Editoria: IrJeronimo Borges – JP-2307-MT/SC Florianópolis (SC) - quarta-feira, 04 de setembro de 2013 Índice: Bloco 1 - Almanaque Bloco 2 - Opinião: Mario Gentil Costa - "Como 'Entender 'a Arte Abstrata" Bloco 3 - IrPaulo Roberto - Maçõns Célebres - "Luiz José de Mattos" Bloco 4 - IrAquilino R. Leal - O V. Mestre das Neves e os Sete Irmãos Bloco 5 - Ir Hercule Spoladore - Maçonaria Contemporânea - Abordagem Histórica Bloco 6 - IrPedro Juk - Perguntas e Respostas ( Diácono e o Secretário ) Bloco 7 - Destaques JB ( Pesquisas e artigos desta edição: Arquivo próprio - Internet - Colaboradores – Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias e www.google.com.br Os artigos constantes desta edição não refletem necessariamente a opinião deste informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores. Hoje, 04 de setembro de 2013, 247º dia do calendário gregoriano. Faltam 118 para acabar o ano. Dia do Serventuário; Dia da Criação (Judeus) Se não deseja receber mais este informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, por favor, comunique-nos
  • 2. 2  476 - Queda de Roma, delimitando o início da Idade Média.  1781 - Fundação de Los Angeles, com o nome de El Pueblo de Nuestra Señora La Reina de los Ángeles de Porciúncula.  1842 - Casamento de Pedro II do Brasil com a princesa Teresa Cristina Maria de Bourbon  1856 - Pau dos Ferros torna-se município do Rio Grande do Norte  1865 - Início do governo de Joaquim António de Aguiar como Primeiro-Ministro de Portugal  1871 - É proclamada a República Francesa.  1882 - Thomas Edison acende pela primeira vez, na central de eletricidade a iluminação elétrica comercial.  1888 - George Eastman registra a marca Kodak e recebe a patente por sua câmera que usa rolo de filme.  1911 - Início do governo de João Pinheiro Chagas como Primeiro-ministro de Portugal.  1925 - É instituído o dia do Patrono da Marinha do Brasil como sendo o dia 13 de dezembro, através do Aviso do Ministro da Marinha, nº 3.322.  1930 - A Cidade da Paraíba passa a chamar-se João Pessoa (Brasil).  1947 - Burkina Faso, país africano, é recriado com nome de Alto Volta.  1955 - Inicia-se a primeira edição da Taça dos Campeões Europeus de Futebol.  1969 - Militantes do MR-8 seqüestram o embaixador americano no Brasil, Charles Burke Elbrick (ver anos de chumbo).  1970 - Salvador Allende da Unidade Popular é eleito presidente do Chile por estreita margem. Por não ter obtido a maioria dos votos, precisa ser confimado pelo Congresso, conforme a lei então vigente.  1972 - Mark Spitz, nadador norte-americano, tem o recorde de sete medalhas de ouro ganhas nas Olimpíadas de Munique.  1976 - George W. Bush é detido e multado por conduzir sob influênca de álcool.  1982 - É lançado It's Hard, último álbum do grupo The Who.  1994 - É criado o serviço de apontadores português Sapo, em Aveiro.  1998 - Criado o site de pesquisas Google.  2004 - Flórida é atingida pelo Furacão Frances. 2006 - Forte chuva de granizo atinge a cidade brasileira de Ipatinga, Minas Gerais 1 - almanaque Eventos Históricos Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas.
  • 3. 3  Dia do Serventuário.  Para os Judeus: dia da Criação  Santos do dia o Santa Rosália, eremita de Palermo. o São Moisés, profeta e personagem da Bíblia Sagrada. o São Bonifácio I, Papa da Igreja Católica. o São José, Patriarca e filho de Jacob. o Santa Hermengarda de Suchteln (Fontes: “O Livro dos Dias” 17ª edição e arquivo pessoal) 1782 “Os membros presentes prometem não usar linguagem indecente contra um nobre Grão-Mestre.” Registro na Ata da Grande Loja dos Antigos. 1822 Ata da 13ª. Sessão do Grande Oriente Brasileiro, presidida por Gonçalves Ledo. Assuntos Administrativos 1850 Promulgada a lei Eusébio de Queiroz () que proibia de forma definitiva o tráfico de escravos no Brasil. 1864 Fundação do Supremo Conselho do Egito. 1872 Nova eleição no Grande Oriente Unido: eleito Saldanha Marinho, em meio a irregularidades. 1929 Princípios Básicos para Reconhecimento de Potências ratificadas pela Grande Loja Unida da Inglaterra. fatos maçônicos do dia feriados e eventos cíclicos
  • 4. 4 Mario Gentil Costa. Florianópolis. Contato: magenco@terra.com.br http://magenco.blog.uol.com.br “COMO „ENTENDER‟ A ARTE ABSTRATA” A maioria acha a arte abstrata uma escapatória de gente que não sabe pintar. Eu compreendo tal reação e tenho explicação para ela, tirada de conjeturas bem antigas. Confesso que, até a adolescência, influenciado por conceitos dogmáticos, oriundos da geração anterior à minha - meus avós e meus pais - buscava sempre na apreciação da arte plástica a única coisa que não deve ser buscada: o entendimento. Quantas vezes, freqüentando uma exposição de artista abstrato, ouvi a meu lado o seguinte comentário: - O que significa isso? Eu não entendo... Ela, a pintura, não existe para ser entendida; existe, isso sim, pra ser sentida, como a música. Uma toca o sentido da visão; a outra, o da audição. Formas, cores e traços são como notas musicais; são emoção pura; bastam o equilíbrio, o ritmo e a harmonia, ao contrário da arte das palavras. Essa, sim, exige, além disso tudo, o conteúdo, o significado, a compreensão, sob pena de não dizer nada. Em outros termos, em literatura não basta sentir; há que entender. Por isso, nunca misturei as coisas. Daí minha rejeição a textos herméticos e tortuosos, seja na prosa, seja no verso. E tomara que o leitor também tenha descoberto esta diferença crucial. Se assim for, parabéns! Ponto a seu favor. Acho mais: literatura, além do mesmo impulso criativo que é exigido do músico ou do pintor/escultor, demanda um grau de competência gramatical específica, no que se refere ao manuseio do texto, que deve oferecer ao leitor absoluta correção e coerência. Daí o abismo que existe entre uma petição jurídica lógica, convincente e bem formulada e uma história bem contada ou um poema imortal; caso contrário, qualquer advogado que redigisse bem seria um escritor ou um poeta. E a maioria não é, como sabemos. Seu texto pode ser irretocável do ponto de vista sintático, mas em geral é seco, direto, objetivo, pragmático. Eis a disparidade entre a arte e a técnica. Atingido esse diferencial, a sensibilidade se encarrega do resto. Se ela existir, o resultado é um só: a admiração, a perda do fôlego, o aplauso. Mario Gentil Costa - MaGenCo (2013) 2 - OPINIão - Como Entender a Arte Abstrata Mario Gentil Costa
  • 5. 5 Este Bloco é produzido às quartas-feiras pelo Ir. Paulo Roberto VMda ARLS Rei David nr. 58 (GLSC) Florianópolis - Paulo Roberto Contato: prp.ephraim58@terra.com.br Paulo Roberto Luíz José De Mattos Comerciante, pesquisador e escritor. *Chaves (Portugal), 3 de janeiro de 1860. †Rio de Janeiro (RJ), 15 de janeiro de 1926. Seu nome de nascimento era Luiz José de moraes mattos chaves lavrador, mas assinava, apenas, como Luiz de Mattos. Nascido na Vila de Chaves, Província de Trás - Os- Montes (Portugal), a 3 de janeiro de 1860, era filho de José Lavrador, natural de Orence, província da Galícia – Espanha – descendente, direto, dos fidalgos Lavradores, e de D. Casemira Julia de Mattos Chaves, que descendia por sua vez, dos grandes desbravadores e nobres Mattos Chaves - fundadores da linda e hospitaleira Vila de Chaves. 3 - maçons célebres - Ir Paulo Roberto ( Luiz José de Mattos )
  • 6. 6 Orence-Galícia-Espanha. Aos 13 anos, em 1873, veio para o Brasil, desembarcando no Rio de Janeiro, onde era esperado por seu irmão Victorino de Mattos Lavrador, negociante em Santos (SP), que o internou no Colégio São Luiz, no bairro de Botafogo (RJ) para dar continuidade a seus estudos. O desejo, porém, de Luiz José de Mattos era ir para Santos (SP), para ficar em companhia de seus irmãos Victorino e João de Mattos Chaves. Partiu, para essa cidade, tempos depois, onde foi empregado em uma importante casa de estivas – que operava com secos e molhado – a qual, mais tarde, passou para o comércio de café, desenvolvendo, portanto, aí, uma grande atividade. Possuidor de uma inteligência invulgar, logo assimilou com incrível facilidade, este novo ramo de comércio, nada havendo que ele não soubesse fazer, com perfeição, inclusive ensacar, empilhar, separar e qualificar o café. Seus superiores, que muito o estimavam e admiravam, mandaram-no para o interior de São Paulo e Minas Gerais, com a incumbência de comprar e obter consignações de café. Entregue a essa nova atividade, manteve as mais elevadas relações, com políticos, fazendeiros, negociantes, industriais, literatos etc., chegando a alcançar as maiores simpatias entre compradores e vendedores de café, sendo, em um curto espaço de tempo, o mais considerado e respeitado entre todos os seus colegas de profissão. Saindo do serviço em que trabalhava, para se estabelecer, começou aos 23 anos de idade, como comissário do café; seu capital era pequeno, mas as excelentes relações de conhecimento que tinha no interior, e, a sua grande simpatia, concorreram para que, ao saberem-no estabelecido, os fazendeiros lhe mandassem a maior parte das suas colheitas, e assim foi ele fazendo um comércio importante, a ponto de tornar-se o maior comerciante português em Santos, naquela época, uma cidade voltada à exportação de café. Conhecedor profundo do produto em que trabalhava, prestimoso na prestação de contas aos seus comitentes, alastrou-se a propaganda da sua casa de tal forma, que os fazendeiros, mesmo os que não o conheciam, lhe faziam grandes consignações. Sempre ativo e trabalhador, Luiz José de Mattos chegou aos 26 anos já possuindo valiosa fortuna. Foi ele fundador de diversas empresas na capital do estado e em Santos e dentre elas, a Companhia Internacional de Santos, o Banco de Santos, a Companhia Industrial, a Companhia Carris de Ferro etc. Convém observar que esta última empresa foi organizada em época de grandes dificuldades financeiras. Só mesmo seu irresistível prestígio, poderia conseguir tornar em realidade, uma ideia que demandava de pronto, de avultado capital. Além destas e outras empresas Luiz José de Mattos foi igualmente o fundador da Sociedade Humanitária dos Empregados do Comércio, do Real Centro da Colônia Portuguesa etc.
  • 7. 7 Entre outros serviços humanitários, destacou-se o que desveladamente fez à Sociedade Portuguesa de Beneficência de Santos. Achava-se em completa decadência essa instituição benemérita, quando nosso biografado, ainda materialista, mas impulsionado pela grande generosidade de sua alma, – que até então desconhecia como partícula da Inteligência Universal –, pôs ombros à espinhosa e árdua tarefa de levantá-la da inércia em que se achava, e que a aniquilaria por completo, se à sua frente não se pusesse esse homem admirável, cujo semblante de mata-mouros, se contradizia com a brandura da alma de que era possuidor. Foi tanta a sua dedicação, tão desvelado, e, tão intenso o ardor com que se atirou a esse empenho, que em pouco tempo conseguia ver coroados do melhor êxito os seus nobilíssimos esforços. A Sociedade Portuguesa de Beneficência de Santos ficou em ótimas condições, no mesmo patamar de igualdade das mais importantes agremiações, suas congêneres, existentes no Brasil. Também, na ocasião, exercia o cargo de vice-cônsul de Portugal. O que Luiz José de Mattos, como presidente dessa associação, despendeu do seu bolso em auxílio a portugueses enfermos e indigentes, eleva-se a avultada cifra. Nessa sociedade teve ele o título de Sócio Benemérito. Eleito diretor da Associação Comercial de Santos, por diversas vezes, a ininterrupta recondução ao cargo era a melhor prova da estima que brasileiros e portugueses lhe tributavam. Benemérito, por índole, de tudo que doava não admitia alarde; os beneficiados, porém, não se podiam conter e de boca em boca passavam o bem que ele proporcionava. No Asilo da Infância Desvalida de Santos, desde jovem foi ele incluído no rol de seus grandes Benfeitores. A todas as instituições humanitárias ele comparecia com prazer, auxiliando-as tanto quanto lhe era possível. Grande abolicionista, amigo dedicado de José do Patrocínio, Julio Ribeiro, Chico Glicério, Campos Sales, Bernardino de Campos, Santos Pereira, Luiz Gama e outros, bateu-se sempre pela abolição. Quando promulgada a lei de 13 de maio de 1888, ele, o Dr. M. Homem de Bittencourt, outros brasileiros e portugueses, realizaram em Santos, uma esplêndida e grande festa em homenagem e, em comemoração ao grande acontecimento, que fazia entrar definitivamente o Brasil no convívio das nações consideradas civilizadas. Frequentou o espiritismo dito kardecista, e teve a idéia de reforma-lo, pois o julgava ser demasiadamente religioso e pouco científico ou racional. Junto com Luiz Alves Thomaz, foi o fundador da doutrina espirualista Racionalismo Cristão no ano de 1910. Inaugurando no Rio, em 1912, a sua sede, o Centro Espírita Redentor, onde até hoje são explanados os princípios da sua doutrina. Quatro anos depois, precisamente no dia 19 de dezembro de 1916, fundou o jornal "A Razão", de circulação nacional. Como “Codificador” da doutrina acima mencionada, passou a ser apregoado em Santos e que o fez ser lembrado pelo Correio, ao emitir um selo comemorativo homenageando-o. Colaborou durante toda a sua vida para estudos na área da ciência espírita, com isso escrevendo, grandes obras literárias. Após participar durante vários anos com a Doutrina mencionada e, tendo um sequencial de vida, favorável à proliferação do segmento em que se via envolvido, veio a falecer na cidade do Rio de Janeiro em 15 de janeiro de 1926.
  • 8. 8 Maçonaria... Poucos registros existem sobre o maçom Luiz José de Mattos, contudo aparecem no arquivo da Loja “Fraternidade”, do Or.: de Santos (SP), pode-se dizer, alguns subsídios, que nos façam crer, que o cidadão ao qual estamos nos reportando seja a mesma pessoa. Conforme alguns dados maçônicos, foi um dos Obreiros da Loja “5 de Abril”, pertencente ao Oriente santista, cadastrado com o número 456, e, fazendo parte do Grande Oriente do Brasil. Pela documentação pesquisada, por autores de obras maçônicas, inclua-se aqui – biografias; a referida Loja, foi fundada em 5 de abril de 1894, funcionando na Rua Itororó nº 13, mas que no ano de 1897, tinha seus trabalhos efetuados à Rua General Câmara nº 24. De repente, foi um dos setenta e sete profanos, Iniciados pela referida Loja até 23 de junho de 1894. Sustenta-se essa afirmativa, pelo Ir.: em evidência, no ano de 1896, ainda ser M.: M.:. E, no mesmo ano, ter doado à sua Loja, um terreno situado no morro de Nova Cintra, que bem mais tarde, em outubro de 1916, foi vendido pela mesma Loja “Fraternidade”, pela quantia de Um Conto de Réis a um Ir.:, de nome, Manoel Nunes. Como agradecimento ao Ir.: Luiz José de Mattos, doador do referido imóvel, a Loja “5 de Abril” resolveu oferecer-lhe uma medalha, e para que isso acontecesse, pediu a devida licença ao G.: O.: B.:, que na Assembleia Geral de 22 de setembro de 1896, deferiu a solicitação formulada. Na época era V.: M.: da Loja “5 de Abril”, o Ir.: Geraldo Santiago Alvares, sendo o Ir.: Luiz José de Mattos, além de M.: M.:, um dos membros da Comissão Central da Loja, juntamente com os Iir.: João Eboli e Samuel Mello, detentores à época, dos Graus 9 e 33 respectivamente. Sabe-se também, que no mês de outubro de 1897, nosso biografado era Elevado ao Grau 18; e, que, na Administração de sua Oficina, eleita no ano de 1898, ocupava o cargo de Orador Adjunto. Como último informe até então pesquisado, anote-se que no ano de 1902, o Ir.: Luiz José de Mattos, era Grau 30 e, representante de sua Loja, junto à Assembleia Geral do Grande Oriente do Brasil.
  • 9. 9 O Ir Aquilino R. Leal escreve neste espaço às quartas e domingos O V M DAS NEVES E OS SETE IRMÃOSi Material originalmente publicado na edição 376, 24/11/2012, do semanário FOLHA MAÇÔNICA - ligeiramente modificado para o JB NEWS. Aquilino R. Leal Fato: Certamente, todos nós ouvimos falar sobre a história infantil da Branca de Neve e os Sete Anões, uma compilação dos irmãos Grimm, que é mais ou menos contada conforme abaixo. Há muito tempo, num reino distante, viviam um rei, uma rainha e sua filhinha, a princesa Branca de Neve. Sua pele era branca como a neve, os lábios vermelhos como o sangue e os cabelos pretos como o ébano. Um dia, a rainha ficou muito doente e morreu. O rei, sentindo-se muito sozinho, casou-se novamente. O que ninguém sabia é que a nova rainha era uma feiticeira cruel, invejosa e muito vaidosa. Ela possuía um espelho mágico, para o qual perguntava todos os dias: Espelho, espelho meu! Há no mundo alguém mais bela do que eu? - És a mais bela de todas as mulheres, minha rainha! respondia ele. Branca de Neve crescia e ficava cada vez mais bonita, encantadora e meiga. Todos gostavam muito dela, exceto a rainha, pois tinha medo que Branca de Neve se tornasse mais bonita que ela. Depois que o rei morreu, a rainha obrigava a princesa a vestir-se com trapos e a trabalhar na limpeza e na arrumação de todo o castelo. Branca de Neve passava os dias lavando, passando e esfregando, mas não reclamava. Era meiga, educada e amada por todos. Um dia, como de costume, a rainha perguntou ao espelho: Espelho, espelho meu! Há no mundo alguém mais bela do que eu? - Sim, minha rainha! Branca de Neve é agora a mais bela! A rainha ficou furiosa, pois queria ser a mais bela para sempre. Imediatamente mandou chamar seu melhor caçador e ordenou que ele matasse a princesa e trouxesse seu coração numa caixa. 4 - aquilino r. leal
  • 10. 10 No dia seguinte, ele convidou a menina para um passeio na floresta, mas não a matou. - Princesa, - disse ele - a rainha ordenou que eu a mate, mas não posso fazer isso. Eu a vi crescer e sempre fui leal a seu pai. - A rainha?! Mas, por quê? perguntou a princesa. - Infelizmente não sei, mas não vou obedecer a rainha dessa vez. Fuja, princesa, e por favor não volte ao castelo,porque ela é capaz de matá-la! Branca de Neve correu pela floresta muito assustada, chorando, sem ter para onde ir. O caçador matou uma gazela, colocou seu coração numa caixa e levou para a rainha, que ficou bastante satisfeita, pensando que a enteada estava morta. Anoiteceu. Branca de Neve vagou pela floresta até encontrar uma cabana. Era pequena e muito graciosa. Parecia habitada por crianças, pois tudo ali era pequeno. A casa estava muito desarrumada e suja, mas Branca de Neve lavou a louça, as roupas e varreu a casa. No andar de cima da casinha encontrou sete caminhas, uma ao lado da outra. A moça estava tão cansada que juntou as caminhas, deitou-se e dormiu. Os donos da cabana eram sete anõezinhos que, ao voltarem para casa, se assustaram ao ver tudo arrumado e limpo. Os sete homenzinhos subiram a escada e ficaram muito espantados ao encontrar uma linda jovem dormindo em suas camas. Branca de Neve acordou e contou sua história para os anões, que logo se afeiçoaram a ela e a convidaram para morar com eles. O tempo passou... Um dia, a rainha resolveu consultar novamente seu espelho e descobriu que a princesa continuava viva. Ficou furiosa. Fez uma poção venenosa, que colocou dentro de uma maçã, e transformou-se numa velhinha maltrapilha. - Uma mordida nesta maçã fará Branca de Neve dormir para sempre - disse a bruxa. No dia seguinte, os anões saíram para trabalhar e Branca de Neve ficou sozinha. Pouco depois, a velha maltrapilha chegou perto da janela da cozinha. A princesa ofereceu-lhe um copo d’água e conversou com ela. - Muito obrigada, - falou a velhinha - coma uma maçã... eu faço questão! No mesmo instante em que mordeu a maçã, a princesa caiu desmaiada no chão. Os anões, alertados pelos animais da floresta, chegaram na cabana enquanto a rainha fugia. Na fuga, ela acabou caindo num abismo e morreu. Os anõezinhos encontraram Branca de Neve caída, como se estivesse dormindo. Então colocaram-na num lindo caixão de cristal, em uma clareira e ficaram vigiando noite e dia, esperando que um dia ela acordasse. Um certo dia, chegou até a clareira um príncipe do reino vizinho e logo que viu Branca de Neve se apaixonou por ela. Ele pediu aos anões que o deixassem levar o corpo da princesa para seu castelo, e prometeu que velaria por ela. Os anões concordaram e, quando foram erguer o caixão, este caiu, fazendo com que o pedaço de maçã que estava alojado na garganta de Branca de Neve saísse por sua boca, desfazendo o feitiço e acordando a princesa. Quando a moça viu o príncipe, se apaixonou por ele. Branca de Neve despediu-se dos sete anões
  • 11. 11 e partiu junto com o príncipe para um castelo distante onde se casaram e foram felizes para sempre. Ainda que o conto seja interessante ‘inda’ que ingênuo, gostaríamos de falar sobre outra história, a do VM Das Neves e os sete irmãos e a sua Loja que, é claro, nos fizeram lembrar a mencionadahistoríola. O querido irmão, VM, chamado Astrogildo das Neves, é mais conhecido pelo seu sobrenome: "das Neves". Este VMpreside uma pequena Loja localizada no bairro de Vila Encantada, na terra de Nanicolândia, onde, alegremente, desenvolve seu trabalho maçônico juntamente com os sete membros de sua "lojinha". Acontece que, além da Loja ser pequena, os seus sete membros também o são. Na verdade, assim como famoso conto acima, os membros dessa "lojinha" são sete... Sete anões. Seus nomes são: Atchim, Dengoso, Dunga, Feliz, Mestre, Soneca e Zangado. Por incrível que pareça, semelhantemente aos seus homônimos do conto e desenho animado, esses maçons anões dão muito trabalho para o VM Das Neves, tirando-o, inclusive, muitas vezes do sério. Bem, como esses sete anões são "interdenominacionais", isto significa que, a qualquer hora dessas, eles podem começar a frequentar também a tua Loja, e, para vossa ‘proteção’ segue um "retrato falado" de cada um deles para que você possa detectá-los mais facilmente e, assim, tomar as devidas precauções contra eles: ATCHIM Alérgico a praticamente tudo que existe sob o sol (e mais alguma coisa), Atchim está sempre prestes a espirrar. Infelizmente, seus sonoros espirros têm a força de um tufão, causando calamidades na vida de todos aqueles que se encontram próximos ao seu poderoso nariz. Esse irmão anão vive dando desculpas para não comparecer às reuniões e aos eventos programados pela Loja. Via de regra, suas desculpas prediletas, para fazer jus ao seu nome, são: resfriado e gripe. Ele costuma dizer: "Ve-eme”, me desculpe por não ter ido à Loja na terça feira passada... Eu peguei uma gripe danada!Uma gripe ‘daquelas’! O irmão Atchim sempre arruma algum tipo de desculpa, por mais absurda que seja, a fim de justificar a sua ausência. Esse tipo de irmão nos faz pensar nos convidados da chamada Parábola da Grande Ceia (Lc14:16-20ii ), os quais, ao serem convidados para a festa, deram as desculpas mais imaginativas com o intuito de justificarem o seu não-comparecimento. Um dos convidados alegou o seguinte para não ir à festa: comprei um campo, e preciso ir vê-lo. Perguntamos: Quem, em sã consciência, compraria um terreno sem vê-lo antes? O outro convidado saiu-se com esta desculpa: Comprei cinco juntas de bois, e tenho que experimentá- los. Novamente, fica a seguinte pergunta no ar: quem, em seu estado psíquico normal, compraria bois sem antes tê-los visto e analisado? Para encerrar, o terceiro convidado deu a seguinte desculpa: casei e, portanto, não posso ir. Ora, mas por que ele não leva a esposa junto para a festa? Para sermos sinceros, o fato é que quando não queremos participar de algum evento, nós sempre arranjamos algum tipo de desculpa. E o mano Atchim, particularmente, é perito nisso! É o ‘experto’! DENGOSO A aparente timidez é pouco para descrever a principal característica deste anão mimoso. Mesmo ficando vermelho de vergonha ao menor sinal de atenção, Dengoso curte uma boa diversão tanto quanto os demais irmãos e está sempre disposto a topar qualquer parada desde
  • 12. 12 que ele apareça em primeiro plano. Esse nosso irmão(?!) anão, como já sugere o seu nome, é cheio de "não-me-toques". Quando nasceu, ele deveria ter vindo ao mundo embrulhado numa caixa de papelão com a seguinte inscrição de advertência: "Cuidado, Frágil!". O Ir Dengoso é cheio de dengos e frescuras. Seu temperamento frágil e a sua baixa autoestima fazem com que ele se sinta ressentido e magoado por qualquer motivo. Por exemplo, se alguém não lhe cumprimentar antepondo o grau de Mestre a seu nome ele fica aborrecido e pede para sair da Loja! Faz questão de ser chamado... Mestre Dengoso! Se alguém tenta corrigi-lo aí é que ele quer sair de vez! Se ele receber alguma palavra ríspida de uma das Luzes ele acredita ser uma indireta para ele e, assim, pede para sair da Loja por não encontrar ambiente propício, ambiente familiar; se o nome dele não for lembrado em alguma atividade, de pouco trabalho mas de grande repercussão, também é motivo para a clássica ‘ameaça’ de sair da Loja. Enfim, tudo serve de pretexto para ele querer abandonar a Loja e, quiçá, a Ordem. Uma de suas frases preferidas, ‘enroscando-se’ no pescoço dos irmãos ouvintes, é: Ninguém gosta de mim! DUNGA Não pode ser confundido com o ex-jogador de futebol e ex-técnico da seleção brasileira de futebol! Sem dúvida alguma, dança ao som de sua própria música. Embora não pronuncie uma só palavra, ele sempre se faz notar, observando o mundo através de seus olhos infantis, atentos e curiosos. Esse anão é conhecido no conto desenho animado principalmente pelas suas avantajadas orelhas colocadas a funcionar no interior do Templo como duas gigantes antenas parabólicas de elevada sensibilidade, conseguindo captar todo o tipo de informação – bem que poderia ser chamado de Dunga Spy em alusão à tirinha spy versus psy da revista MAD. Dunga, tal como um repórter de qualidades duvidosas, ama estar informado sobre todas as novidades que acontecem na vida dos irmãos e na comunidade em geral. Sob o pretexto de que irá olhar pelo problema do Irmão ele gosta mesmo é de ficar inteirado sobre tudo... ‘Baba’ sempre que presencia alguma falha quanto à ritualística. Seu principal lema: Por favor, conte-me tudo. Não me esconda nada! Pois eu tenho que saber de tudo para poder ajudar você, meu Irmão! Porém, assim que a sua ‘conversa sigilosa’ com o irmão termina, ele trata de espalhar rapidamente as novidades (necessidades do outro irmão) para que todos possam fazer algo... Em verdade, o Dunga se preocupa mais com a vida alheia do que com a sua própria vida. FELIZ No desenho, esse anão está sempre de bom humor, sempre com seus olhos brilhantes e largo sorriso. Nas reuniões coloca o seu sorriso em primeiro plano e a bajulação em segundo: Feliz é muito bajulador (para não usar aqui outro tipo de expressão como ‘puxa-saco’). Ele, na verdade, gosta mesmo é de rasgar seda e de jogar confetes sobre os ‘líderes’ da Loja. Tanto é que ele parece a sombra do VM: onde este estiver ali também ele está presente – na ausência do VM se agarra aos VVig, Sec. e por aí afora.
  • 13. 13 O maçom anão Feliz vive elogiando a liderança, em especial os e as ‘Grandes Qualquer Coisa’, que, como ele, são extremamente interesseiros; ele espera sempre poder receber alguma coisa em troca, uma oportunidade em alguma comissão do(a) GQCiii , representar o Sereníssimo etc. E fica feliz com isso nem que tenha de entristecer os demais irmãos. Cuidado com ele! Muito cuidado! MESTRE O mano Mestre assume o papel de líder do grupo e seus óculos lhe conferem um ar de autoridade e de suposta sabedoria. Seu jeito alterado, no entanto, faz com que suas palavras saiam todas truncadas, criando confusões hilárias para os outros irmãos anões. Esse anão, no desenho, exerce uma espécie de liderança entre os demais. Já no nosso meio, esse tipo de maçom anão gosta de estar em evidência em tudo quanto faz. Se o nome dele aparece em destaque, por exemplo, no quadro de avisos como ele fica todo prosa! Como ele possui um dom de liderança nato, acaba, muitas vezes, se achando a última bolachinha do pacote, o último reduto; o arauto da sabedoria! E como gosta de ‘ministrar aulas’ aos incautos recém-iniciados! Afinal de contas eles têm poucos elementos para contrariá-lo... O importante para o Mestre é liderar, nem que ele seja o chefe dos guardadores de carro do estacionamento do Templo! SONECA Soneca gostaria de fazer tudo o que os outros anões fazem, só que há um probleminha – ele não consegue manter-se acordado! Apesar de curtir um bom cochilo, Soneca parece abrir sempre os olhos imediatamente antes dos momentos mais emocionantes. Esse Ir anão, tal como no desenho, é muito fácil de ser identificado. De três em três minutos ele vive abrindo a boca durante a reunião, e não é para glorificar o GADU, mas para bocejar! Esse tipo de maçom anão costuma dormir durante toda a Sessão (quer ela esteja boa, quer esteja chata). Aliás, o dom preferido do crente Soneca é o ‘dom de línguas’: ele abre a boca interrompendo os trabalhos com seu preferido som (ronco), o... Rrrrronnn! Rrrrronnn! Não é à toa que alguns destes sonecas chegam até a dizer depois que sentiram coisas extraordinárias nas Sessão! E têm razão! O sujeito dormiu tanto que até sonhou e depois ainda diz que teve uma visão que faz questão de relatar durante mais de meia hora (ele descansado e os outros com o ônus do labor); seu discurso ‘breve’ sempre inicia assim, após os devidos saudações: Devido ao avançado da hora procurarei ser o mais breve possível pois todos os irmãos aqui presentes tiveram um frenético dia de labor mas, mesmo assim, vieram a engrandecer nossos trabalhos os quais... blá... blá...Meia hora depois ainda o blá...blá! ZANGADO Finalmente, o último dos anões da Loja de Vila Encantada: Zangado. Sempre de braços cruzados e com cara de mau humor. Zangado faz jus ao seu nome. Ele é o mais negativo do grupo, sempre reclamando de alguma coisa. Na verdade, porém, até ele tem um lado sentimental, que fica nítido em sua preocupação com relação ao VM Das Neves. Para esse irmão, tudo, mas tudo mesmo o irrita, principalmente quanto à ritualística. Se a Sessão começar atrasada, um minuto que seja, isso o irrita. Se
  • 14. 14 quando à entrada do Templo houver um pequeno percalço ela já entra nervoso. Se a Sessão se estender um pouco mais, isso o tira do sério (porque ele não consegue chegar em casa a tempo de poder assistir ao programa da Hebe). Pior ainda quando da Cad de Un: mal consegue olhar para os irmãos ao seu lado quanto dar as mãos! Quanto fazer uma prece... Nem pensar! Não seriam mais que meia dúzia de palavras denotando cólera e fúria! Que nenhum VM se atreva a lhe pedir isso! Ou mesmo qualquer outra coisa! É muito fácil reconhecer o Zangado, basta cumprimentá-lo: Boa noite meu irmão... Ele fará aquela cara de poucos amigos e responderá: Só se for 'boa noite’ pra você, porque o meu dia hoje está péssimo! E com a irritação estampada em seu rosto se afasta interrompendo de vez o início de qualquer ‘papo’. Conclusão: Bem, ignoramos se alguns desses anões também podem ser encontrados em vossa Loja, mas de uma coisa estamos certos: a Ordem, quando levada a sério e afinco, pode transformar toda essa gente de Nanicolândia em verdadeiros MAÇONS gigantes, proporcionando, assim, um verdadeiro final feliz à nossa história semanal! Basta acreditar nisso e, sobretudo, agir! P. S. Qualquer semelhança entre os personagens dessa história e a realidade maçônica de muitas Lojas é mera coincidência, em especial a uma centenária que funciona às terças-feiras que nós frequentamos por quase dois longos anos. Saudações ao ‘Mil e Cem’iv que em uma única roupagem humana consegue agrupar os sete anões além dos mais diversos espíritos mais tacanhos. “Aquele que crê possuir a verdade não se preocupa em procurá-la, da mesma forma que o justo satisfeito com a sua virtude negligencia o seu aperfeiçoamento moral... A intuição dirige- se aos espíritos inquietos, àqueles que não se satisfazem com aquilo que puderam aprender... Aquele que adere a um intangível credo religioso, filosófico, científico ou político comete um erro em dirigir-se à porta do Templo: aí só poderá comportar-se como um intruso... A vocação iniciática encontra-se no seio desses vagabundos espirituais que erram na noite após terem desertado da sua escola ou igreja por lá não terem encontrado a verdadeira Luz.” (Oswald Wirth) Material assinado pelo Ir Aquilino R. Leal, engenheiro eletricista, professor universitário, aposentado, iniciado em 03 de setembro de 1976 no Templo Tiradentes (São Cristóvão – Rio de Janeiro - Brasil), elevado em 28 de abril de 1978 e exaltado em 23 de março de 1979 ocupando o veneralato em 05 de julho de 1988. É fundador de duas Lojas Maçônicas, entre elas a Loja Stanislas de Guaita 165 – Rio de Janeiro, ambas trabalhando no REAA. Desde 2008 é colaborador permanente do FOLHA MAÇÔNICA (folhamaconica@gmail.com), atualmente com a responsabilidade de três colunas semanais: A POLÊMICA NA FOLHA, EUREKA (TUREKA E NÓSREKA) e ENQUETE INÚTIL. Gerencia o „Ponto Cultural do Folha Maçônica‟ (http://sdrv.ms/QobWqH) onde estão postados mais de 15 mil títulos sobre a Ordem e afins para livremente baixar. Também colaborador permanente, desde março de 2013, com duas colunas mensais, do mensário espanhol RETALES DE MASONERÍA.
  • 15. 15 Hercule Spoladore – Loja de Pesquisas Maçônicas “BRASIL”- LONDRINA-Pr. Se abordarmos a história da Maçonaria Contemporânea, sem perquirir a respeito de suas origens, não poderemos chegar a um consenso analítico razoável. O homem das cavernas, talvez mesmo antes de dominar o fogo e a linguagem, inicialmente solitário e agressivo, por uma questão de necessidade e de sobrevivência, tornou- se um ser gregário, pois querendo ou não, sempre dependeu da cooperação dos demais componentes de suas tribos ou clãs. Deixando as cavernas tornou-se nômade para depois tornar-se sedentário se agrupando com os demais seres humanos que o cercavam em pequenos vilarejos, vilas cidades, metrópoles etc. Para construir os locais onde pudesse habitar apareceu no decorrer do tempo quem os construísse, surgindo desta forma, os primeiros profissionais ainda que rudimentares dedicados à construção. Se formos abordar o complexo e intrincado surgimento da Maçonaria no mundo, teremos que, em suas raízes destacar o importante papel das associações de construtores, bem como analisar como aconteceram os fatos sociais que deram origem à Maçonaria, e posteriormente ao cooperativismo sindicalismo entidades estas que pelo menos em fase inicial de sua existência teve muito em comum, ou seja, a necessidade consequente do trabalho para subsistir, do auxílio mútuo e cooperação, vindo daí a relação empregados/patrões; reis/súditos, escravos/senhores. Depois, dentro do seu próprio contexto histórico cada associação seguiu seu caminho quer no sindicalismo quer no cooperativismo. Este fenômeno social de gregarismo se aplica a toda à humanidade, e é inerente ao ser vivo. Simplesmente é assim. Inicialmente havia cooperação e camaradagem, sintetizando mais um sentimento de agrupamento, para depois os grupos passarem a se organizar, em associações de defesa e proteção visando interesses mútuos, especialmente nas profissões, mas também em outras atividades. Entretanto, é no estudo da história do Império Romano que nos vem maiores indícios da “pré-história” da Maçonaria Operativa. Numa Pompilio (714 a 67l) A C, rei de Roma, sempre citado na literatura maçônica, por ter construído vários templos inclusive o de Janus, criou os “collegia fabrorum” dos quais foram criados os “coleggia constructorum”. Deduz-se, segundo alguns autores, porem sem provas definitivas, que estes colégios foram as sementes das futuras Lojas Maçônicas Operativas, mas não da Maçonaria tal qual a conhecemos hoje (1). Numa Pompilio regulamentou a profissão de construtor, e também a organização dos cultos já que estes colégios eram impregnados de forte religiosidade ainda naquela época politeísta, repleta de deuses, e cita-se ainda que também sob seu reinado, Roma teria sido urbanizada e as construções tiveram um grande desenvolvimento. 5 - maçonaria contemporânea - abordagem histórica Ir Hercule Spoladore
  • 16. 16 Os “collegiati” no ano 65 a.C. teriam sido dissolvidos por um senatus consulto por apresentar uma ameaça ao patriciado romano. O trabalho dos “collegiati” também decaiu em função do trabalho escravo e a importação de produtos oriundos do vasto império romano. As legiões romanas nas suas conquistas destruíam tudo, mas levavam os “collegiati construtorum”, ou seja, os construtores, para reconstruir o que fosse destruído. Entretanto, existem trabalhos de autores maçônicos que contestam a existência dos “collegia fabrorum”, bem como que Numa Pompilio teria sido rei de Roma, já que não existem fontes primárias que comprovem este fato. Todavia, se seguirmos as citações de outros autores maçônicos, estes “collegiati” teriam existido, eles teriam se espalhado por todos os territórios romanos, inclusive os conquistados, sendo que muitos desapareceram porem outros permaneceram e participaram da trajetória histórica na arte da construção em direção à Maçonaria Medieval. Depois vieram os Mestres Comacinos (2) que surgiram em Como na Lombardia, que eram arquitetos construtores e hábeis escultores, sendo reconhecidos e regulamentados profissionalmente pelos reis longobardos pelo édito de Rotari em 634 d.C. e Liutprando em 713 d.C. Estes Mestres foram responsáveis pela Arte Romântica, que precedeu a Arte Gótica. Já em plena Idade Média, antes de aparecer a Maçonaria Operativa ou Maçonaria de Ofício, entrando em evidência a Arte Gótica, quando começaram a serem construídos muitos conventos igrejas catedrais e palácios, neste período foram importantes as Associações Monásticas principalmente constituídas pelos Beneditinos e Cistercences, que eram clérigos, experientes projetistas e geômetras, excelentes oficiais na arte de construir. Dominaram o segredo da construção por muito tempo, o qual ficou inicialmente restrito aos conventos. Diz-se que os termos “Venerável Mestre” e “Venerável Irmão” (3) já eram usados pelos abades do século VI, e que nós os maçons atuais, os emprestamos, aliás, como praticamente tudo na Maçonaria foi trazido de fora, isto é, copiado. E assim os Monásticos com seus conhecimentos monopolizaram por longo tempo a arte de construir guardando para a sua Agremiação, os seus segredos. Entretanto eram obrigados a contratar profissionais leigos, pois a demanda cada vez maior de construções e serviços secundários assim o exigia. Estes profissionais foram aprendendo com estes clérigos e com o tempo em face da decadência da fase Monástica, constituíram as Confrarias Leigas. Ressalte-se que influência destes clérigos foi muito grande, pois infundiram ensinamentos importantes na arte de construir, bem como princípios religiosos nas escolas e oficinas de arquitetura. Sabe-se que cada Corporação de Construtores tinha o seu Santo padroeiro (4), isto na Maçonaria Operativa que era totalmente católica, a qual recebeu por esta razão forte influência do clero. Os Beneditinos (Ordem de São Bento fundada por São Bento em 529 D.C. e os Cistercences os monges de Císter- França (fundada em 1098 pelo abade De Molesme) são considerados por vários autores como os ancestrais da Maçonaria Operativa, (5)). Seguindo-se o rumo da história, juntamente com as Ordens Militares e Religiosas, vieram as Guildas as quais influíram muito nas tradições maçônicas. As Guildas eram associações que surgiram no Norte da Europa e se estabeleceram principalmente na Inglaterra, Alemanha e Dinamarca e em outros países. Eram associações inicialmente religiosas, mas que a partir do século XII se constituíram em associações profissionais fraternas, verdadeiras confrarias de defesa de autoproteção de seus sócios.
  • 17. 17 Os novos participantes desta confraria eram obrigados a um juramento (6) além de pagar uma joia (7), coletavam dinheiro para auxílio mútuo, amparo às viúvas (8) e despesas funerárias. Interessante frisar que a palavra Loja (9) surgiu pela primeira vez em um documento emitido por uma destas corporações em 1292 servia para designar o local de trabalho ou mesmo como sinônimo de Guilda. Não se dedicavam somente às construções. Os componentes das Guildas reuniam-se em banquetes (10) e pleiteavam reformas políticas e sociais. Como estes costumes não eram bem vistos pela Igreja, e nem pelos reis, era comum elas adotarem nomes de monarcas ou de santos que consideravam como seu padroeiro ou patrono, para escapar a vigilância da Igreja e dos governantes. No século XII, na Alemanha surgiu a Corporação dos Steinmetzer que eram conhecidos por serem escultores e entalhadores de pedras ou canteiros e que não se dedicavam exclusivamente á arte Gótica, porem trabalharam em muitas catedrais deste estilo de construção. O canteiro esquadreja e trabalha na escultura da pedra bruta. Os Steinmetzer tomaram grande impulso através do seu famoso arquiteto Erwin, natural de Steinbach. Segundo alguns autores, não há a unanimidade, a Convenção de Estrasburgo, dos Canteiros foi convocada por ele em 1275 para terminar uma importante catedral em arenito rosa existente naquela cidade. A fachada é ornamentada até hoje, com lindas estátuas representando virtudes e vícios (virgens loucas e virgens prudentes). À Convenção compareceram os principais arquitetos ingleses, alemães e italianos e de outros países. Nesta Convenção foram adotados os sinais, palavras e toques usados para identificação secreta membros da Confraria, (11), diga-se de passagem, pela primeira vez, pelo menos pelo que está registrado oficialmente. É bem provável que outras Corporações usassem suas próprias senhas. Ainda no século XII surgiu a Franco-Maçonaria ou Ofícios Francos, (12) a qual era constituída de pedreiros-livres ou franco-maçons e que deixaram a marca de sua influência de forma indelével na Maçonaria atual. Os franco-maçons puderam se dar totalmente à sua arte, pois eram trabalhadores privilegiados, porque estavam isentos de impostos, eram construtores categorizados, tinham livre trânsito, isto é, não ficavam presos numa mesma região à disposição de seu nobre senhor e alem disso eram muito respeitados e, além disso, não eram escravos. O termo franco significava liberdade total, livre de qualquer tipo de servidão ou compromisso, a não ser o de criar e construir. Mais ou menos a partir do século XV nasceu na França um tipo de agremiação de operários cristãos itinerantes, a Corporação dos Companheiros (Compagnonnage) e que teria sido fundada pelos Cavaleiros Templários. Eles iam de cidade em cidade, solicitando trabalho e prestavam assistência mútua. Não era permitido ingresso na organização senão após um tempo de aprendizado e também eram recebidos através de um cerimonial. (13) Eles construíram no Oriente Médio durante as Cruzadas, fortificações, cidadelas, especialmente pontes e obras de defesa militar. Ao voltarem às suas pátrias, construíram obras civis, igrejas e catedrais. Estas organizações duraram muito tempo e desapareceram por completo no início do século XIX com nascimento da grande indústria e do sindicalismo. Interessante que estas Corporações de Oficio se tornaram importantes em função da arte gótica que nasceu na França e se notabilizou na Alemanha e outros países e que durou cerca de trezentos anos. A Renascença viria e suas conseqüências se fizeram sentir tanto na arte gótica
  • 18. 18 como no monopólio das Corporações das construções das fraternidades maçônicas operativas que dominavam as construções góticas, cujas edificações mais importantes, as catedrais, castelos e outras construções já estavam todas construídas. Já havia mais o que construir neste estilo. Este fato ocasionou a decadência das Corporações e já no século XVII, podemos notar que o povo europeu já estava preferindo o estilo clássico romano que era mais alegre que o austero estilo gótico. Assim a arte da construção teve que sair das mãos dos franco-maçons e se tornar um apanágio de outros operários construtores que não faziam parte da Confraria. As Corporações que sempre foram de certa forma perseguidas por vários governos, agora o eram também até pela Inquisição. Os chamados régulos e também os Jesuítas não admitiam os segredos das Confrarias e das Agremiações Corporativas. Estas Corporações viriam com o tempo a serem dissolvidas. Foi mais ou menos nesta fase da história que as fraternidades maçônicas operativas foram obrigadas a aceitar outras pessoas que não estavam ligadas construção, muito embora há muito já as estivessem aceitando. O primeiro maçom “Aceito” que se têm provas foi John Boswel, que era um lorde e que ingressou numa Confraria em 08.06.1600 como maçom aceito, não profissional na Loja da Capela de Santa Maria em Edimburgo, na Escócia. Esta aceitação passou a ser comum, em virtude da decadência das corporações admitindo-se sábios, filósofos, naturalistas, artistas, antiquários, nobres, militares, comerciantes, escritores e pensadores marcando assim uma grande transformação na Ordem. Estes “Aceitos” trouxeram novas concepções e contribuições para as agremiações, porem a transformaram radicalmente. Inclusive, segundo alguns autores, os Rosacruzes foram os que mais contribuíram para a filosofia maçônica, já que muitos destes primeiros “Aceitos” eram Rosacruzes. No início do século XX, mais precisamente em 1909 um escritor de nome Charles Bernadrin do Grande Oriente da França consultou 206 obras e selecionou 39 opiniões diferentes à respeito das origens da Maçonaria. Hoje é possível que o número de opiniões esteja aumentado. Alguns autores dão ênfase a uma possível origem da Maçonaria nos Templários. Entretanto está provado que foi uma tentativa do Cavaleiro de Ramsay que foi o idealizador desta teoria, talvez tentando dar uma procedência mais nobre à Ordem encobrindo desta forma, a origem humilde nos trabalhadores da construção. Ainda, até a presente data existem algumas Lojas Operativas na França. A Maçonaria Operativa faz alusões aos Old Charges, cerca de l50 manuscritos antigos, os quais não fazem quaisquer referências a templos, aos hermetistas, templários, rosacruzes, não
  • 19. 19 citam o sentido simbólico das ferramentas, não é citada a Bíblia, não se fala em ocultismo, esoterismo alquimia, cabala etc. Era uma maçonaria francamente católica. As Lojas eram constituídas dos chamados “Maçom livre em Loja livre”. Estes documentos não citam os famosos landmarques, tais como os conhecemos hoje. Se lermos as mais variadas classificações de landmarques, as quais estimam em mais de sessenta, veremos que elas nada mais são que cópias dos estatutos das referidas Corporações, quer de Construtores quer das Guildas, cujos artigos foram copiados e adaptados à Maçonaria depois de 1717, tendo muito pouco a ver a nossa atual Maçonaria. Compulsando as cópias dos manuscritos inseridos nos Old Charges entre os quais o mais conhecido é o “Poema Régio”, sempre encontramos uma provável origem através de uma palavra, um sinal, um costume, uma cerimônia um objeto uma ferramenta que os maçons antigos usavam e que emprestamos para nós, e demos um simbolismo próprio. Verdade seja dita, se analisarmos com cautela sem preconceitos e sem predisposições, veremos que a Maçonaria Operativa tem menos a ver com a Maçonaria Moderna ou Especulativa, do que nos fazem crer e que se propala em muitas publicações maçônicas. Foi uma Ordem que se sobrepôs à outra, adotando seu nome, seus costumes, suas lendas, suas alegorias, seus sinais, suas palavras, aproveitando sua estrutura já pronta, porem modificando- a quase que totalmente e revestindo-a de valores simbólicos modificados. Os maçons se reuniam em tabernas, cervejarias, hospedarias e nos adros das igrejas. Não existiam templos. Estes locais de encontro tinham mais uma função social e de comemoração. O primeiro templo (Freemason’s Hall) só foi construído em l776 em Londres. Aliás, este templo foi ornamentado com as cinco Ordens de Arquitetura, de inspiração do grande escritor e o primeiro professor de Maçonaria, o inglês Willian Preston, tido como o primeiro maçom a dar o sentido simbólico às ferramentas de pedreiro, ligadas à construção, tal qual as conhecemos hoje. A Maçonaria caminhava neste trajeto, se transformando dia a dia com o mundo também se modificando e evoluindo. Na Inglaterra que foi o berço da Maçonaria Moderna existia uma famosa cervejaria “O Ganso e a Grelha”, onde se reuniam os franco-maçons. Inicialmente esta Corporação só constituída por profissionais de ofício, a partir de 1703, começou a receber os
  • 20. 20 “Aceitos” indistintamente de todas as classes sociais, fazendo com que houvesse uma profunda reforma na organização. Um dos líderes dos “Aceitos” o pastor protestante Desagulliers conseguiu reunir quatro confrarias cujos nomes soam um tanto estranhos para nós, no nosso tempo, tais como a “Macieira” a “Coroa” a já conhecida “O Ganso e a Grelha” e o “Copázio (Taça?) (14) e as Uvas”. Estas quatro corporações no dia 24.06.l7l7 se reuniram e fundaram a Grande Loja de Londres, surgindo daí o sistema de submissão a um Grão- Mestre que hoje conhecemos muito bem. Criaram assim a primeira Potência ou Obediência maçônica no mundo. Havia até então apenas dois graus, sendo que em 1725 foi criado o grau de Mestre finalmente incorporado nos Rituais a partir de 1738. E a recém inventada Lenda de Hiran levaria muitos anos para se consolidar e ter a versão que tem hoje, que, aliás, é a definitiva. Inicialmente a Grande Loja de Londres não foi bem aceita na Inglaterra. A partir deste ponto a Maçonaria seguindo a libertação que o Século das Luzes trouxe ao mundo, foi um verdadeiro cadinho de experiências culturais e ritualísticas dentro da Ordem. A Inglaterra ordeira e rígida em suas tradições manteve como mantém até hoje apenas os três graus simbólicos, a França como o seu perfil latino e ousado proporcionou uma enxurrada de graus, criando os Graus Superiores, e alem dos ritos tradicionais, criou uma série de outros ritos, alguns exóticos e mágicos. A Alemanha e outros países inicialmente acompanharam a França neste festival de graus e ritos, porem a Alemanha depois resolveu enxugar e expurgar o que tinha de exagero. De qualquer forma neste século foi criada a base da Maçonaria Moderna ou Especulativa tal qual conhecemos hoje a partir da Maçonaria Operativa. Abordar o estudo de uma Instituição como a Maçonaria não é fácil. Ela é a pátria das contradições e dos paradoxos. Ela não é uma religião, muito embora muitos Irmãos pensem que ela o seja, e ainda para confundir ela se reúne em templos já que os mesmos dão idéia de igreja. Ela ensina o maçom a crer num Ente Superior, na imortalidade da alma e propaga que não é dogmática. Mas ela é dogmática sim, pois exigindo que o maçom creia no GADU, já é um dogma. Mas também aceita o Rito Moderno ou Francês que aboliu a Bíblia e qualquer citação do GADU em suas sessões. Sua intenção foi muito boa, pois deixa o maçom à vontade como livre pensador para buscar suas respostas existenciais. Ela adotou o modelo republicano, que, aliás, ajudou a criar e lutou por ele, contendo os três poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, funcionando como se fosse um pais dentro de outro, porem, sem território. Mas onde deveria existir uma democracia plena, onde as constituições das Potências deveriam democraticamente ser obedecidas, freqüentemente com raras exceções, são manipuladas por uma cúpula, que exerce um poder monárquico e despótico. A hipocrisia, a ganancia de poder, os falsos lideres, a mentira pairam em nossa Ordem
  • 21. 21 atualmente É claro que é uma minoria, mas é uma minoria muito atuante, porque os bons maçons numa atitude que chega a ser covarde se calam. Temos inúmeros templos ociosos nas cidades onde existem mais de quatro ou cinco Lojas. Cada Loja quer ter o seu templo, onerando os Irmãos, quando poderiam se reunir várias Lojas num mesmo templo e usar o potencial de uma nova construção para uma entidade assistencial, ou escola. Não temos a representação política que deveríamos ter. Nossas sessões estão anacrônicas e desatualizadas. Num mundo competitivo onde a instrução e a informação tem um valor absoluto de sobrevivência das instituições, uma sessão maçônica que dura em média duas horas, com a quase totalidade de sua duração gasta em problemas administrativos de pouca importância, relega a instrução e a informação a respeito da Ordem a um segundo plano, quando ela deveria tomar todo tempo que assim é perdido, com assuntos de interesse tais como filosofia, história, ritualística liturgia, legislação, estudo da Política e do Bem Social como ciência etc. A Maçonaria Contemporânea fragmentou-se em inúmeras Potências ou Obediências cada qual se proclamando autônoma, legítima, verdadeira, regular e legal sendo que o relacionamento entre elas é muito complexo e chega até ser estranho, visto que o valor imensurável que dão a um fator chamado regularidade escapa à análise lógica e coerência de um maçom inteligente, servindo esta malfazeja regra de um complicador no relacionamento fraternal destas Potências entre si. Felizmente as lojas-bases entenderam que o caminho não é bem esse e todos os maçons se recebem e se abraçam como verdadeiros Irmãos, as vezes ignorando determinações superiores. Atualmente as potencias ditas regulares estão se achegando mais, mas isto não está escrito num tratado. É uma situação de fato. Felizmente, talvez por obra e graça do Grande Arquiteto do Universo a Essência da Iniciação, ou seja, a mensagem iniciática que envolve todo o maçom permaneceu intata, apesar dos rituais de um mesmo rito serem diferentes na mesma potência ou em potências diferentes. Permaneceu o sentido iniciático. Alguma coisa realmente na Maçonaria parece que deu certo, uma delas é o seu ecletismo, outra é o respeito que os Irmãos nutrem entre si, quer como fraternos, quer em suas idéias, respeitando assim os princípios da Dialética em que, mesmo não concordando com elas, aceitam ouvi-las e analisá-las, porem desde que fiquem tão somente no campo das idéias, porque se tratar da disputa de poder maçônico, muda-se completamente o paradigma, chegando até respeitáveis Irmãos aos mais baixos degraus das provocações mútuas, especialmente quando este poder atinge a vaidade de cada um. A Maçonaria tem dois tipos básicos de adeptos, os místicos e os documentais. Ambos se respeitam mutuamente, porem divergem entre si, com relação ao fato dos maçons documentais se basearem em documentos antigos e autênticos, nas fontes primárias de pesquisas, e também na lógica enquanto que os místicos têm outra linha de pensamento totalmente baseada no esoterismo, alguns até exagerando e se tornando mistificadores.
  • 22. 22 No Brasil temos uma Maçonaria pobre e somos completamente amadores quando desejamos tratar de filantropia. Já os EE. UU. administram muito bem esta parte, mantendo hospitais, asilos e entidades filantrópicas etc. . Enquanto na Inglaterra a principal atividade da organizada Maçonaria Inglesa é o encontro fraterno, o “clubing” que os ingleses tanto adoram na França a Maçonaria é francamente político-social, no Brasil na grande maioria de suas Lojas é um misto de esoterismo, gnosticismo, cabala alquimia, e religião, onde lendas, crendices, enxertos, invenções e “achismos” fazem parte de um sincretismo que tornam a Ordem diferente de outros países, esquecendo-se que a maior meta da Maçonaria, além da formação intelectual e espiritual do maçom é a de transforma-lo num construtor social. Ao enfocar a Ordem desta maneira, não estamos tentando denegri-la. Pelo contrário, estamos dando um brado de alerta, pois precisamos acordar e nos adaptar ao século que estamos vivendo, onde os progressos científicos, culturais e sociais estão influindo em todas as Instituições, e que quem não se redimensionar não sobreviverá. A Maçonaria tem a necessidade urgente de procurar adaptar-se a um novo modelo, pois poderá correr o risco de não sobreviver nos próximos cem anos, o que em realidade não acreditamos que aconteça, pois ela já passou por crises importantes, mas sempre teve a felicidade de ser salva por maçons notáveis, de mentes claras transparentes e inteligentes que acudiram a Ordem em tempo. Estamos aguardando a volta destes Guardiões. Que venham logo... Hercule Spoladore – Loja de Pesquisas Maçônicas “Brasil” - LONDRINA - PR NOTAS. (01) Primórdios, início, idéias iniciais de agrupamentos de profissionais da construção. (02) Mestres da construção e operários reconhecidos por éditos reais. (03) Termos usados atualmente nas Lojas para designar o Mestre da Loja, o Venerável, ou mesmo tratamento entre Irmãos. (04) Maçonaria de São João, Santo Padroeiro como hoje é conhecido oficialmente, possuía na Maçonaria Operativa inúmeros santos protetores. (05) Teobaldo Varoli Filho os considera como ancestrais da Maçonaria Operativa. (06) Juramento, parte integrante da ritualística maçônica atual. (07) Importância que todo novo adepto paga ao ser admitido na Loja. (08) Refere-se atualmente ao “Tronco das Viúvas” conhecido como Tronco de Solidariedade. (09) Loja. Do germânico leubja, do francês, lodge. Local onde se reúnem os Irmãos. (10) A Maçonaria atual se reúne também em almoços, jantares, e banquetes, aliás, existe até o Banquete Ritualístico, criação do Rito Francês ou Moderno. (11) Oficialmente os Steinmtzer criaram na Convenção de Etrasburgo os toques, sinais e palavras. Todavia, sabemos que toda Corporação tinha a sua própria maneira de se reconhecer. (12) Franco-Maçonaria, a verdadeira Maçonaria Operativa, que serviu de base à Maçonaria Moderna tal qual a conhecemos. (13) As demais Corporações também exigem um cerimonial próprio para a recepção do novo adepto. Acresça-se que a Maçonaria atual enriqueceu a cerimônia com procedimentos de forte caráter simbólicos, espirituais e culturais tentando induzir o novo adepto a descobrir o seu duplo EU.
  • 23. 23 (14) “Copázio e as Uvas” (copo grande, coparrão copaço) parece ser a tradução mais adequada de “Rummer and Grappes” que o termo usadíssimo na Ordem, “taça” Imaginem aqueles rudes franco-maçons ingleses, naquelas tabernas às tardes após o árduo e suado trabalho diário, tomando suas bebidas em taças? É pouco provável. l REFERÊNCIAS: CARVALHO, Francisco A. O Aprendiz Maçom Editora Maçônica “A Trolha” Ltda. Londrina-PR – 1995 CASTELLANI, José A Ciência Maçônica e as Antigas Civilizações Editora Resenha Universitária São Paulo SP - 1977 CONCEIÇÃO Eleutério N. – Maçonaria – Raízes Históricas e Filosóficas Editora O Prumo - 2ª ed. Florianópolis SC – 2006 PETERS, Ambrósio Maçonaria – História e Filosofia Editora Núcleo Florianópolis SC - 1998 VAROLI, Teobaldo Fº Curso de Maçonaria Simbólica – l.º Grau Editora A Gazeta Maçônica S.A. Paulo SP - 1970
  • 24. 24 Este bloco é produzido pelo Ir. Pedro Juk. Loja Estrela de Morretes, 3159 Morretes - PR diácono e o secretário Dúvida apresentada pelo Respeitável Irmão Celso Mendes de Oliveira Júnior, Loja Pioneiros de Mauá, 2.000, REAA, GOB-RJ, Oriente de Magé, Estado do Rio de Janeiro. celso.mendes.junior@hotmail.com Venho por meio desta pedir-lhe que tire-me umas duvida. Sou um grande admirador do seu trabalho de remir as duvidas dos irmãos, ou seja, trazendo a luz aonde há trevas, as trevas da duvida e lendo o seus atritos na revista A Trolha e no Jornal JB News o Irmão menciona que no nosso rito o Secretario substitui o 1º Diácono na transmissão da palavra sagrada gostaria de obter maiores explicação, pois eu assumi no dia 21/06/13 meu primeiro cargo eleito e justamente é o de Secretario, sei das minhas obrigações burocráticas porque estão explicitas no RGF e o meu antecessor que é o atual venerável já ocupou esse cargo dezenas de vezes e é um excelente tutor, mas após ler esses artigos fiquei com varias duvidas de ritualística referente ao meu cargo poderia me dar maiores orientações litúrgicas sobre com mais detalhe? E se além do 1º Diácono Há outros cargos que devo substituir tal como, Porta Espada, Porta Estandarte e Porta Bandeira? Sabendo que serei atendido desde já agradeço. 6 - Perguntas e Respostas Ir Pedro Juk
  • 25. 25 Considerações: A questão é apenas de precariedade e não de obrigação do Secretário substituir o Primeiro Diácono. Na ausência de outros Mestres, além dos sete obrigatórios o Secretário pode, apenas no momento da transmissão da Palavra, exercer o ofício do Primeiro Diácono. A orientação é dada por uma questão de necessidade. Senão vejamos: As Luzes da Loja têm função direta na abertura e encerramento dos trabalhos, não podendo pela dialética se ausentar dos seus lugares. O Orador é o representante do Ministério Público. O Cobridor também não pode se ausentar do seu lugar em Loja pelo seu dever de ofício – cobrir o Templo. Assim para a função da transmissão sobraria apenas o Mestre de Cerimônias. Como o ato requer ofício dos dois Diáconos, um será preenchido momentaneamente pelo Mestre de Cerimônias e o seguinte pelo Secretário, já que os ocupantes dos outros cargos, por dever de ofício, não podem se ausentar dos seus lugares. Isso não diminui a Dignidade do Secretário, senão uma forma adotada para se abrir e fechar os trabalhos de uma Loja com apenas sete Mestres. Quanto aos outros cargos eles não estão nesse caso previstos, pois a questão é de precariedade em uma Sessão Ordinária, nunca uma Magna. T.F.A. PEDRO JUK jukirm@hotmail.com JUNHO/2013 Na dúvida pergunte ao JB News ( jbnews@floripa.com.br ) que o Ir Pedro Juk responde ( jukirm@hotmail.com ) Não esqueça: envie sua pergunta identificada pelo nome completo, Loja, Oriente, Rito e Potência.
  • 26. 26 Lojas Aniversariantes da GLSC Data Nome Oriente 31/08 Solidariedade nr. 28 Florianópolis 01/09 Fraternidade Blumenauense Blumenau 05/09 Fraternidade Chapecoense Chapecó 08/09 Sentinela do Sul Tubarão 17/09 Universo Florianópolis 17/09 Universo II Florianópolis 17/09 Universo III Florianópolis 20/09 Acácia da Arte Real Florianópolis Lojas Aniversariantes do GOSC Data Nome Oriente 03/09/1993 Treue Freundschaft Florianópolis 09/09/1969 Liberdade E Justiça Canoinhas 09/09/1991 Cavaleiros Da Luz Blumenau 16/09/2003 Ordem E Fraternidade Florianópolis 18/09/2009 Colunas Do Oriente Tijucas 20/09/1948 Luiz Balster Caçador 20/09/2008 Acácia Da Serra Rio Negrinho 7 - destaques jb
  • 27. 27 Lojas Aniversariantes do GOB/SC Data Nome Oriente 01.09.64 Harmonia e Trabalho - 2816 Florianópolis 03.09.05 Retidão e Cultura - 3751 Florianópolis 08.09.04 Cruzeiro do Sul - 3631 Florianópolis 10.09.96 Reg. Lagunense - 2984 Laguna 11.09.10 Cruz e Sousa de Estudos e Pesquisas do Rito de York Florianópolis 12.09.23 Paz e Amor V - 0998 São Francisco do Sul 12.09.97 Otávio Rosa 3184 São Pedro de Alcântara XIV - Encontro Estadual da Família Maçônica - GOB/SC
  • 28. 28 CONVITE O Venerável Mestre, que subscreve, convida todos os Irmãos para a 2ª Sessão da Aug. e Resp. Loj. Simb. “Alvorada da Sabedoria”. Convoca, com base no inciso V do Art. 116 do Regulamento Geral da Federação, os Irmãos do quadro para a 2ª Sessão com a seguinte Ordem do Dia: Palestra do Irmão Hercule Spoladore, da Loja de Pesquisas Maçônicas Brasil, de Londrina, Paraná, com o tema: “Comentários sobre os Graus Primitivos da Maçonaria”. Terá início às 20h do dia 24 de setembro de 2013, terça feira, no Templo Maçônico do Albergue Noturno, situado à Avenida Hercílio Luz, 506, ao lado do Instituto Estadual de Educação. Programação: 19:45h: encontro no átrio do Templo; 20:00h: início da sessão. Traje: maçônico, completo. Após a sessão, será oferecido um ágape por adesão. Ir.’. Marcos de Oliveira Venerável Mestre
  • 29. 29 Maçonaria Catarinense Comemora Dia Da Independência A exemplo dos anos anteriores a Maçonaria Catarinense através das três Potências, Grande Loja de Santa Catarina n(GLSC) - anfitriã do presente ano - Grande Oriente de Santa Catarina (GOSC) e Grande Oriente do Brasil - Santa Catarina GOB/SC) realizaram na noite de segunda- feira (2) magnífica "Sessão Magna Pública Comemorativa ao Dia da Independência". A solenidade foi realizada no Templo da GLSC superlotando o seu espaço, cuja capacidade é de 900 lugares. Algumas pessoas retardatárias tiveram que assistir em pé mesmo, nas laterais do Templo. O tema deste ano da Sessão Comemorativa foi "Educação e Cidadania" que contou com os Grão-Mestre João Eduardo Noal Berbigier (GLSC); Alaor Francisco Tissot (GOSC) e Wagner Sandoval Barbosa (GOB/SC) , além do Secretário de Estado de Educação, Eduardo Deschamps. Prestigiaram o evento cívico inúmeros irmãos de vários orientes do Estado, cunhadas, sobrinhos, convidados além de representantes das Corporações Militares. Os trabalhos da Sessão estiveram a cargo dos próprios Irmãos das três Potências Maçônicas, através de ritual especialmente confeccionado para a ocasião. Foram entregues solenemente diplomas "Educação Nota 10" para Rosiane Ribeiro Justino e Simone Carvalho da Silva, como mérito pela dedicação à Educação. Seguem alguns registros de dois links fotográficos: https://picasaweb.google.com/103634428674850958508/SessaoComemorativaSe manaDaPatriaIrFotosBorbinha020913?authkey=Gv1sRgCIut1srH8taWOA# https://picasaweb.google.com/103634428674850958508/SessaoComemorativaSe manaDaPatriaFotosPauloVelloso020913?authkey=Gv1sRgCOvy1frsv_CYjAE# Rádio Sintonia 33 e JB News. Música, Cultura e Informação o ano inteiro. Rede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal www.radiosintonia33.com.br
  • 30. 30 1 - esse site abaixo é simplesmente fantástico. guarde-o em seus favoritos para os momentos de lazer, ouvindo e vendo seu cantor preferido. depois de abrir o site, aparecem os cantores. entretanto, se quiser fazer busca de um preferido que você não achou, é só escrever o nome na caixa que aparece no visor. quem não tem internet rápida terá alguma dificuldade. abaixo do vídeo que você clicou, aparecem todas as músicas desse cantor (se você deixar elas irão abrir todas em sequência): http://uwall..tv/ 2 - 9a. Sinfonia de Beethoven. Isto é arte, em música e em cinema. Não perde, clica no link aí em baixo e aproveita: http://www.youtube.com/watch?v=Uvf20XIkGVc 3 - Segue anexo em links a voz de Nana Moskouri Yolanda: http://www.youtube.com/watch?v=CzYSrxYQWwo Aleluya: http://www.youtube.com/watch?v=U_xGWqJ7Wmc Why Worry: http://www.youtube.com/watch?v=4y_dBknAqDc Ave Maria: http://www.youtube.com/watch?v=TX75RnEydmk Va Pensiero: http://www.youtube.com/watch?v=UtsywDUln5U
  • 31. 31 Laurel and Hardy (O Gordo e o Magro) in their Buick 1930 Series 30 Model 30-45 phaeton fechando a cortina
  • 32. 32 i Adaptação de material recebido por e-mail de fonte desconhecida, indicando, porém, Carlos Augusto Vailatti como o autor do original. ii Porém, ele lhe disse: Um certo homem fez uma grande ceia, e convidou a muitos. E à hora da ceia mandou o seu servo dizer aos convidados: Vinde, que já tudo está preparado. E todos à uma começaram a escusar-se. Disse-lhe o primeiro: Comprei um campo, e importa ir vê-lo; rogo-te que me hajas por escusado. E outro disse: Comprei cinco juntas de bois, e vou experimentá-los; rogo-te que me hajas por escusado. E outro disse: Casei e, portanto, não posso ir. iii Grande Qualquer Coisa. iv Mil e Cem, ou 1.100 em algarismos romanos se escreve MC.