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Preceptores: Dra. Fernanda Mathias
Dra. Vanine Lima
Dra. Simone Batemarco
Dr. Marcos Fernandes
Residente: Dr. Davi Santiago
Interno: Italo Felipe Alves Antunes
Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Medicina
Estágio em Saúde da Criança
Módulo de Medicina Tropical
DENGUE
Sumário
17/10/2017Dengue2
 O vírus da Dengue
 O vetor: Aedes aegypti
 Ciclo da doença
 Epidemiologia
 Fisiopatologia comum e das próximas infecções
 Quadro clínico, sinais de alarme e choque
 Diagnóstico clínico e exames laboratoriais
 Tratamento
 Profilaxia
 Referências
Introdução
Principais famílias das Arboviroses
17/10/20173 Dengue
Bunyaviridae
Febre
Oropouche
Flaviviridae
Dengue
Febre
Amarela
Vírus Zika
Togaviridae
Chikungunya
Mayaro
Introdução
Vírus da Dengue
17/10/20174 Dengue
 Família: Flaviviridae
 Gênero: Flavivirus
 Vírus RNA – fita única
 4 sorotipos: DENV-1, 2, 3 e 4.
 Todos podem causar doença grave.
 Imunidade permanente ao sorotipo causador da
doença.
 Imunidade cruzada: temporária e parcial a outros
sorotipos.
Teoria de Halstead
Introdução
Principal vetor: Aedes aegypti
17/10/2017Dengue5
 Família: Culicidae.
 Mosquito fêmea infectada.
 Hábitos diurnos.
 Ambiente urbano.
 Vive até 45 dias.
 Depósito de ovos
em água limpa ou suja.
Fonte: http://www.brasil.gov.br/saude/2010/03/ciclo_da_dengue/view
Introdução
Epidemia de Dengue X Aedes aegypti
17/10/2017Dengue6
Áreas infestadas pelo Aedes aegypti
Áreas infestadas pelo Ae. aegypti e com recente epidemia de dengue
Fonte: https://www.cdc.gov/dengue/epidemiology/index.html
Epidemiologia
Distribuição global da Dengue
17/10/2017Dengue7
Fonte: https://caring.ridpest.com/the-geographical-distribution-of-dengue-fever/
Introdução
Reinfestações pelo Aedes aegypti
17/10/2017Dengue8
1930s 1970 2001
Fonte: https://www.cdc.gov/dengue/epidemiology/index.html
Epidemiologia
Sazonalidade Dengue x Precipitação
17/10/2017Dengue9
Fonte: COSTA, Isabelle Matos Pinheiro and CALADO, Daniela Cristina.
Incidência dos casos de dengue (2007-2013) e distribuição sazonal de culicídeos (2012-2013) em Barreiras, Bahia
Epidemiologia 2006 – 2016
Número de casos absolutos
17/10/2017Dengue10
2011: Sorotipo 4
Epidemiologia 2006 – 2016
Número de óbitos
17/10/2017Dengue11
Epidemiologia 2017 (até setembro)
Número de casos prováveis - Brasil
17/10/2017Dengue12
Amazonas: 3.413
Brasil: 219.040
Óbitos até Setembro:
Amazonas: 2
Brasil: 88
Patogênese
Princípios gerais
17/10/2017Dengue13
 Fêmea infectada durante hematofagia.
 Homem:
 Incubação 3-15 dias (média 6 dias)
 Transmissibilidade: 1 dia antes até 5 dias depois da
febre.
 Viremias:
 Replicação viral em monócitos de linfonodos locais ou
células musculares
 Replicação viral em monócitos no sangue e
disseminação.
 Citocinas pró inflamatórias: TNF-a e IL-6.
 Resposta imunológica: humoral (IgM e IgG) e celular
(Linfócito T CD8+) já na primeira semana de doença.
Intensa mialgia
Febre
Vasodilatação: exantema.
Patogênese – Segunda infecção
Teoria de Halstead
17/10/2017Dengue14
Extravasa
mento de
plasma
citólise
Produção de citocinas
Ativação da via
complemento
Célula endotelial
ativação
Monócito
infectado
Linfócito T específico
Entrada direta
Amplificação
mediada por Acs
Complexo Ag-Ac
Vírus dengue
Acs específicos
Lactente
s
Patogênese – Dengue grave
Teoria de multicausalidade
17/10/2017Dengue15
Fatores
Ambientais
Dengue
Grave
Fatores do
Hospedeiro
Fatores
Virais
•Densidade vetorial
•Densidade populacional
•Suscetíveis
•Circulação viral
•Sorotipo
•Cepa
•Seqüência
•Infecção Secundária
•Doença de base
•Sexo
•Idade
•Etnia
•Genética
Quadro clínico e classificações
17/10/2017Dengue16
 Febre indiferenciada
 Dengue clássica
 Dengue hemorrágica
 Síndrome do choque da dengue
OMS e MS preconiza desde 2009 que estes termos
sejam abandonados e que a Dengue seja tratada
como uma doença única e dinâmica.
Quadro clínico
1 - Fase febril
17/10/2017Dengue17
 Febre alta 39º a 40ºC, início súbito, duração entre 2
– 7d.
 Fraqueza muscular
 Cefaleia
 Dor retrorbitária
 Mialgia
 Artralgia
 TGI: anorexia, náuseas, vômitos e diarreia.
 Exantema macolopapular
Febre + 2 comemorativos
Atenção: plaquetopenia pode ocororrer
em todas as fases da evolução da doença.
17/10/2017Dengue18
Quadro clínico
2 - Fase crítica – extravasamento plasmático
17/10/2017Dengue19
 História prévia de infecção por um sorotipo diferente.
 Surge entre o 3º e 7º dia de doença.
 Sinais de alarmes:
 Dor abdominal intensa
 Vômitos persistentes
 Hipotensão
 Hepatomegalia > 2cm do RCD
 Sangramento de mucosas
 Letargia ou irritabilidade
 Ascite, derrame pleural ou pericárdico.
 Aumento progressivo do hematócrito (hemoconcentração).
 Hipoalbuminemia
17/10/2017Dengue20
17/10/2017Dengue21
Quadro clínico
2 - Fase crítica – choque circulatório
17/10/2017Dengue22
 Choque circulatório – 24 a 48h após ext. plasmático
 Taquicardia
 Extremidades frias
 Pulso fraco e filiforme
 Enchimento capilar lento <2s
 PA convergente (<20mmHg)
 Taquipnéia
 Oligúria (<1,5mL/Kg/h)
 Hipotensão
 Cianose
 Insuficiência respiratória
 Sangramento Grave
Quadro clínico
3 - Fase de recuperação (convalescência)
17/10/2017Dengue23
 Dentro de 5 a 7 dias, com o tratamento adequado:
 Reabsorção de liquido extravasado para o
extravascular.
 Melhora do estado clínico.
Quadro clínico
Fases da doença
17/10/2017Dengue24 Fonte: WHO, Adaptado de: Yip WCL. Dengue haemorrhagic fever:
current approaches to management. Medical Progress, October 1980
Quadro clínico especiais
17/10/2017Dengue25
 Crianças menores de dois anos:
 Choro persistente
 Fraqueza
 Irritabilidade
 Gestante
 Alterações fisiológicas sobrepõem à doença
 Risco de hemorragias obstétricas
Valorizar contexto
clinicoepidemiológico
Diagnóstico
17/10/2017Dengue26
Início
dos
sintoma
s
Diagnósticos diferenciais da Dengue
17/10/2017Dengue27
SíndromeFebril
• IVAS
• Malária
• Rotavírus
• Influenza
• Leptospirose
• Chikungunya
FebreExantemática
• Sarampo
• Rubéola
• Mononucleose
• Escarlatina
• Exantema
súbito
• Enteroviroses
• Zika vírus
FebreHemorrágica
• Menigococcem.
• Febre amarela
• Septicemia
• Malária grave
• Leptospirose
Síndromedochoque
• Choque
hipovolêmico
• Sepse
Diagnósticos diferenciais da Dengue
17/10/2017Dengue28
Tratamento
17/10/2017Dengue29
 Não há droga específica contra o vírus da dengue.
 Sintomáticos
 Analgésicos
 Antitérmicos
 Antieméticos
 Antipruriginosos
 Hidratação
 SRO – casos brandos
 EV – casos graves
ATENÇÃO: evitar o uso salicilatos e demais
AINEs pelo risco de sangramento causado pela
inibição plaquetária!
17/10/2017Dengue30
17/10/2017Dengue31
Tratamento
17/10/2017Dengue32
Tratamento
Critérios de alta hospitalar
17/10/2017Dengue33
 Ausência de febre nas ultimas 48h sem antitérmico.
 Melhora visível de quadro clínico
 Hematócrito normal e estável por 24h
 Plaquetas em ascensão e acima de 50.000
 Estabilização hemodinâmica durante 48h.
Profilaxia
17/10/2017Dengue34
 Controle vetor Aedes aegypti
 Ações individuais e coletivas.
 Erradicação de criadouros peridomiciliar.
 Uso de inseticidas ambientas (UVB) é incapaz sozinho.
 Vacina: Dengvaxia
 Vírus vivo recombinante atenuado.
 3 doses subcutânea (0, 6 e 12 meses)
 Vírus é uma cepa do vírus da Febre Amarela.
 Proteção contra os 4 sorotipos da Dengue
 60% evita um novo episódio.
 95% redução de formas graves.
REFERÊNCIAS
 Site da Fundação de Medicina Tropical – acesso dia 13/10/2017, às 19:32.
http://www.fmt.am.gov.br/layout2011/downloads.asp
 Portal da Saúde, SUS. Dados epidemiológico da Dengue – Ministério da Saúde, acesso em
15/10/2017, às 19:08. http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/situacao-epidemiologica-dados-
dengue
 Boletim Epidemiológico Secretaria de Vigilância em Saúde − Ministério da Saúde Volume 48, N° 29 -
2017 ISSN 2358-9450. Acesso em 15/10/2017, às 21:00.
http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2017/setembro/15/2017-028-Monitoramento-dos-casos-
de-dengue--febre-de-chikungunya-e-febre-pelo-virus-Zika-ate-a-Semana-Epidemiologica-35.pdf
 Portal A Crítica – Sorotipo tipo 1 é identificado na ZS e ZO de Manaus. Notícia de 05/08/2016.
Acesso em 15/10/2017 às 23:08. http://www.acritica.com/channels/manaus/news/sorotipo-1-do-virus-
da-dengue-e-identificada-zona-oeste-e-centro-oeste-de-manaus
 Distribuição Global da Dengue, Acesso em 15/10/2017 às 23:54 - https://caring.ridpest.com/the-
geographical-distribution-of-dengue-fever/
 National Center for Emerging and Zoonotic Infectious Diseases (NCEZID). Acesso em 16/10/2017,
às 00:31. https://www.cdc.gov/dengue/epidemiology/index.html
 COSTA, Isabelle Matos Pinheiro and CALADO, Daniela Cristina. Incidência dos casos de dengue
(2007-2013) e distribuição sazonal de culicídeos (2012-2013) em Barreiras, Bahia. Epidemiol. Serv.
Saúde [online]. 2016, vol.25, n.4, pp.735-744. ISSN 2237-9622. http://dx.doi.org/10.5123/s1679-
49742016000400007
 Ciclo da dengue. Governo do Brasil. Acesso em 16/10/2017 às 01:05.
http://www.brasil.gov.br/saude/2010/03/ciclo_da_dengue/view
Tratamento da Dengue – MS. Acesso em 16/10/2017 às 20:50.
http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/tratamento-dengue
17/10/201735 Dengue
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Dengue - Epidemiologia, Fisiopatologia, Evolução e Tratamento.

  • 1. Preceptores: Dra. Fernanda Mathias Dra. Vanine Lima Dra. Simone Batemarco Dr. Marcos Fernandes Residente: Dr. Davi Santiago Interno: Italo Felipe Alves Antunes Universidade Federal do Amazonas Faculdade de Medicina Estágio em Saúde da Criança Módulo de Medicina Tropical DENGUE
  • 2. Sumário 17/10/2017Dengue2  O vírus da Dengue  O vetor: Aedes aegypti  Ciclo da doença  Epidemiologia  Fisiopatologia comum e das próximas infecções  Quadro clínico, sinais de alarme e choque  Diagnóstico clínico e exames laboratoriais  Tratamento  Profilaxia  Referências
  • 3. Introdução Principais famílias das Arboviroses 17/10/20173 Dengue Bunyaviridae Febre Oropouche Flaviviridae Dengue Febre Amarela Vírus Zika Togaviridae Chikungunya Mayaro
  • 4. Introdução Vírus da Dengue 17/10/20174 Dengue  Família: Flaviviridae  Gênero: Flavivirus  Vírus RNA – fita única  4 sorotipos: DENV-1, 2, 3 e 4.  Todos podem causar doença grave.  Imunidade permanente ao sorotipo causador da doença.  Imunidade cruzada: temporária e parcial a outros sorotipos. Teoria de Halstead
  • 5. Introdução Principal vetor: Aedes aegypti 17/10/2017Dengue5  Família: Culicidae.  Mosquito fêmea infectada.  Hábitos diurnos.  Ambiente urbano.  Vive até 45 dias.  Depósito de ovos em água limpa ou suja. Fonte: http://www.brasil.gov.br/saude/2010/03/ciclo_da_dengue/view
  • 6. Introdução Epidemia de Dengue X Aedes aegypti 17/10/2017Dengue6 Áreas infestadas pelo Aedes aegypti Áreas infestadas pelo Ae. aegypti e com recente epidemia de dengue Fonte: https://www.cdc.gov/dengue/epidemiology/index.html
  • 7. Epidemiologia Distribuição global da Dengue 17/10/2017Dengue7 Fonte: https://caring.ridpest.com/the-geographical-distribution-of-dengue-fever/
  • 8. Introdução Reinfestações pelo Aedes aegypti 17/10/2017Dengue8 1930s 1970 2001 Fonte: https://www.cdc.gov/dengue/epidemiology/index.html
  • 9. Epidemiologia Sazonalidade Dengue x Precipitação 17/10/2017Dengue9 Fonte: COSTA, Isabelle Matos Pinheiro and CALADO, Daniela Cristina. Incidência dos casos de dengue (2007-2013) e distribuição sazonal de culicídeos (2012-2013) em Barreiras, Bahia
  • 10. Epidemiologia 2006 – 2016 Número de casos absolutos 17/10/2017Dengue10 2011: Sorotipo 4
  • 11. Epidemiologia 2006 – 2016 Número de óbitos 17/10/2017Dengue11
  • 12. Epidemiologia 2017 (até setembro) Número de casos prováveis - Brasil 17/10/2017Dengue12 Amazonas: 3.413 Brasil: 219.040 Óbitos até Setembro: Amazonas: 2 Brasil: 88
  • 13. Patogênese Princípios gerais 17/10/2017Dengue13  Fêmea infectada durante hematofagia.  Homem:  Incubação 3-15 dias (média 6 dias)  Transmissibilidade: 1 dia antes até 5 dias depois da febre.  Viremias:  Replicação viral em monócitos de linfonodos locais ou células musculares  Replicação viral em monócitos no sangue e disseminação.  Citocinas pró inflamatórias: TNF-a e IL-6.  Resposta imunológica: humoral (IgM e IgG) e celular (Linfócito T CD8+) já na primeira semana de doença. Intensa mialgia Febre Vasodilatação: exantema.
  • 14. Patogênese – Segunda infecção Teoria de Halstead 17/10/2017Dengue14 Extravasa mento de plasma citólise Produção de citocinas Ativação da via complemento Célula endotelial ativação Monócito infectado Linfócito T específico Entrada direta Amplificação mediada por Acs Complexo Ag-Ac Vírus dengue Acs específicos Lactente s
  • 15. Patogênese – Dengue grave Teoria de multicausalidade 17/10/2017Dengue15 Fatores Ambientais Dengue Grave Fatores do Hospedeiro Fatores Virais •Densidade vetorial •Densidade populacional •Suscetíveis •Circulação viral •Sorotipo •Cepa •Seqüência •Infecção Secundária •Doença de base •Sexo •Idade •Etnia •Genética
  • 16. Quadro clínico e classificações 17/10/2017Dengue16  Febre indiferenciada  Dengue clássica  Dengue hemorrágica  Síndrome do choque da dengue OMS e MS preconiza desde 2009 que estes termos sejam abandonados e que a Dengue seja tratada como uma doença única e dinâmica.
  • 17. Quadro clínico 1 - Fase febril 17/10/2017Dengue17  Febre alta 39º a 40ºC, início súbito, duração entre 2 – 7d.  Fraqueza muscular  Cefaleia  Dor retrorbitária  Mialgia  Artralgia  TGI: anorexia, náuseas, vômitos e diarreia.  Exantema macolopapular Febre + 2 comemorativos Atenção: plaquetopenia pode ocororrer em todas as fases da evolução da doença.
  • 19. Quadro clínico 2 - Fase crítica – extravasamento plasmático 17/10/2017Dengue19  História prévia de infecção por um sorotipo diferente.  Surge entre o 3º e 7º dia de doença.  Sinais de alarmes:  Dor abdominal intensa  Vômitos persistentes  Hipotensão  Hepatomegalia > 2cm do RCD  Sangramento de mucosas  Letargia ou irritabilidade  Ascite, derrame pleural ou pericárdico.  Aumento progressivo do hematócrito (hemoconcentração).  Hipoalbuminemia
  • 22. Quadro clínico 2 - Fase crítica – choque circulatório 17/10/2017Dengue22  Choque circulatório – 24 a 48h após ext. plasmático  Taquicardia  Extremidades frias  Pulso fraco e filiforme  Enchimento capilar lento <2s  PA convergente (<20mmHg)  Taquipnéia  Oligúria (<1,5mL/Kg/h)  Hipotensão  Cianose  Insuficiência respiratória  Sangramento Grave
  • 23. Quadro clínico 3 - Fase de recuperação (convalescência) 17/10/2017Dengue23  Dentro de 5 a 7 dias, com o tratamento adequado:  Reabsorção de liquido extravasado para o extravascular.  Melhora do estado clínico.
  • 24. Quadro clínico Fases da doença 17/10/2017Dengue24 Fonte: WHO, Adaptado de: Yip WCL. Dengue haemorrhagic fever: current approaches to management. Medical Progress, October 1980
  • 25. Quadro clínico especiais 17/10/2017Dengue25  Crianças menores de dois anos:  Choro persistente  Fraqueza  Irritabilidade  Gestante  Alterações fisiológicas sobrepõem à doença  Risco de hemorragias obstétricas Valorizar contexto clinicoepidemiológico
  • 27. Diagnósticos diferenciais da Dengue 17/10/2017Dengue27 SíndromeFebril • IVAS • Malária • Rotavírus • Influenza • Leptospirose • Chikungunya FebreExantemática • Sarampo • Rubéola • Mononucleose • Escarlatina • Exantema súbito • Enteroviroses • Zika vírus FebreHemorrágica • Menigococcem. • Febre amarela • Septicemia • Malária grave • Leptospirose Síndromedochoque • Choque hipovolêmico • Sepse
  • 28. Diagnósticos diferenciais da Dengue 17/10/2017Dengue28
  • 29. Tratamento 17/10/2017Dengue29  Não há droga específica contra o vírus da dengue.  Sintomáticos  Analgésicos  Antitérmicos  Antieméticos  Antipruriginosos  Hidratação  SRO – casos brandos  EV – casos graves ATENÇÃO: evitar o uso salicilatos e demais AINEs pelo risco de sangramento causado pela inibição plaquetária!
  • 33. Tratamento Critérios de alta hospitalar 17/10/2017Dengue33  Ausência de febre nas ultimas 48h sem antitérmico.  Melhora visível de quadro clínico  Hematócrito normal e estável por 24h  Plaquetas em ascensão e acima de 50.000  Estabilização hemodinâmica durante 48h.
  • 34. Profilaxia 17/10/2017Dengue34  Controle vetor Aedes aegypti  Ações individuais e coletivas.  Erradicação de criadouros peridomiciliar.  Uso de inseticidas ambientas (UVB) é incapaz sozinho.  Vacina: Dengvaxia  Vírus vivo recombinante atenuado.  3 doses subcutânea (0, 6 e 12 meses)  Vírus é uma cepa do vírus da Febre Amarela.  Proteção contra os 4 sorotipos da Dengue  60% evita um novo episódio.  95% redução de formas graves.
  • 35. REFERÊNCIAS  Site da Fundação de Medicina Tropical – acesso dia 13/10/2017, às 19:32. http://www.fmt.am.gov.br/layout2011/downloads.asp  Portal da Saúde, SUS. Dados epidemiológico da Dengue – Ministério da Saúde, acesso em 15/10/2017, às 19:08. http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/situacao-epidemiologica-dados- dengue  Boletim Epidemiológico Secretaria de Vigilância em Saúde − Ministério da Saúde Volume 48, N° 29 - 2017 ISSN 2358-9450. Acesso em 15/10/2017, às 21:00. http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2017/setembro/15/2017-028-Monitoramento-dos-casos- de-dengue--febre-de-chikungunya-e-febre-pelo-virus-Zika-ate-a-Semana-Epidemiologica-35.pdf  Portal A Crítica – Sorotipo tipo 1 é identificado na ZS e ZO de Manaus. Notícia de 05/08/2016. Acesso em 15/10/2017 às 23:08. http://www.acritica.com/channels/manaus/news/sorotipo-1-do-virus- da-dengue-e-identificada-zona-oeste-e-centro-oeste-de-manaus  Distribuição Global da Dengue, Acesso em 15/10/2017 às 23:54 - https://caring.ridpest.com/the- geographical-distribution-of-dengue-fever/  National Center for Emerging and Zoonotic Infectious Diseases (NCEZID). Acesso em 16/10/2017, às 00:31. https://www.cdc.gov/dengue/epidemiology/index.html  COSTA, Isabelle Matos Pinheiro and CALADO, Daniela Cristina. Incidência dos casos de dengue (2007-2013) e distribuição sazonal de culicídeos (2012-2013) em Barreiras, Bahia. Epidemiol. Serv. Saúde [online]. 2016, vol.25, n.4, pp.735-744. ISSN 2237-9622. http://dx.doi.org/10.5123/s1679- 49742016000400007  Ciclo da dengue. Governo do Brasil. Acesso em 16/10/2017 às 01:05. http://www.brasil.gov.br/saude/2010/03/ciclo_da_dengue/view Tratamento da Dengue – MS. Acesso em 16/10/2017 às 20:50. http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/tratamento-dengue 17/10/201735 Dengue

Notas do Editor

  1. Notificação compulsória ao SINAN (Sistema de informação de agravos de notificações)
  2. Ordem de virulência: 2, 3, 4, 1.
  3. Tbm transmite febre amarela, zika, e chikunguina Ovos viáveis por até 1 ano 3 estágios de larva, 1 estágio de popa e mosquito.
  4. Clima tropical. Pobreza, falta de saneamento básico, urbanização, alta densidade populacional...
  5. 2,5 bilhões de pessoas estão em risco de sofrer dengue.  50 milhões de casos de infecção por dengue esperados todos os anos.
  6. Dengue ocorre como endemia em nosso meio Epidemias recorrentes intercalados ao longo dos anos associado à novos sorotipos e precipitação DENV 3 isolado em 2002 Epidemia de 2002 – Primeiro ano do mandato de Lula
  7. Pra fechar a epidemiologia, os dados mais atuais até setembro/2017
  8. Pessoas que tenham sofrido uma infecção por dengue desenvolvem anticorpos que podem neutralizar o vírus da dengue do mesmo sorotipo (homólogos) Em uma infecção subsequente, os anticorpos heterólogos pré-existentes formam complexos com os novos sorotipos de vírus que estão causando a infecção, mas não neutralizam o novo vírus A amplificação dependente de anticorpos é o processo no qual determinadas cepas do vírus do dengue, complexadas com anticorpos não-neutralizantes, podem invadir um grande número de células mononucleares, aumentando assim a produção do vírus Os monócitos infectados liberam mediadores vasoativos resultando em alteração da permeabilidade vascular e manifestações hemorrágicas maiores que caracterizam a FHD e o SCD Lactentes herdam IgG antidengue da mãe por via transplaccentária, que são passivos e caem até o 9º mês. Uma infecção até pelo mesmo sorotipo pode desencadear o fenômeno de Haltead.
  9. Recentemente, foi descrito a teoria do gene NS-1: neutralizam o glicocálice que aumenta a permeabilidade vascular. Teoria de viremia: 2, 3, 4, 1
  10. Implantação nacional de nova classificação a partir de 2014 e notificação compulsória ao SINAN. A forma oligo ou assintomática pode ser confundida com uma virose ou gastroenterite.
  11. Mialgia: febre quebra ossos. Diarreia branda: pastosas 4x/dia. Diferente das enteroviroses. Exantema: pode ser pruriginoso. Não poupa mãos. 36-48h. Plaquetopenia: consumo periférico por imunocomplexos do complemento e posteriomente por surgimento de CIVD (coag. Intravasc. Disseminada)
  12. Dengue como uma doença única, complexa e que pode evoluir para quadro clínico piores. Sinais de alarmarme: derrame pleural, gengivorragia
  13. Atenção: lesões de órgãos específicos podem causar: liberação de enzimas cardíacas, aumento de transaminases, alargamento do TAP/INR
  14. Atenção à hiperhidratação!!! HAS, Edema agudo de pulmão...
  15. Crianças: ausência de queixas de dor intensa: cefaleia, mialgia, artralgia. Gestante: frequência cardíaca elevada atribuída à gestação ou a dengue? 1º trim: abortamento 3º trim: parto prematuro Baixo peso ao nascer em qualquer período da gestação
  16. Até 5º dia: métodos que identifique o vírus ou suas partículas: Pesquisa de antígeno viral NS-1, isolamento viral, PCR amplificação de vírus. Após 6º dia: ELISA – Sorologia IgM (recente) antidengue. IgG revelam apenas contato prévio com a dengue, sem função diagnóstica em reinfecções. SÓ O IgM NEGATIVO DESCARTA O DIAGNÓSTICO.
  17. Arboviroses: zika e chikungunya. Considerar o hemograma inicial: leucocitose com desvio à esquerda: INFEC. ORIGEM BACTERIANA Meningococemia: equimoses desde o primeiro dia de sintoma. Icterícia: malária, leptospirose, hepatite viral, febre amarela.
  18. Balapiravir era promissor, mas não demonstrou benefícios no tratamento clínico com humanos. Preferir paracetamol.
  19. Vacina contraindicado em grávidas, imunossuprimidos... Vírus vivo atenuado.