1. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco – IFPE
Bacharelado em enfermagem
Ana Caroline
Geydson galindo
Ially Darc da costa
Nayala Anatália
Processos infecciosos e Parasitários:
“Febre Amarela”
Pesqueira/2012
2. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco – IFPE
Bacharelado em enfermagem
Ana Caroline
Geydson galindo
Ially Darc da costa
Nayala Anatália
Processos infecciosos e Parasitários:
“Febre Amarela”
Docente: Carlos Henrique Tabosa
Pesqueira/2012
3. Pesquisa realizada sob orientação do
Profª Carlos Henrique Tabosa e apresentado
ao segundo modulo da turma de Bacharelado
em Enfermagem, na data de 15(quinze)
de janeiro de 2012(dois mil e doze).
Pesqueira/2012
4. Febre amarela
Doença febril aguda de curta duração e gravidade variável, porém não é
transmitida de pessoa para pessoa, o único método de transmissão é através da picada
do mosquito (Aedes aegypti, Haemagagus e Sabethes). No Brasil a espécie Haemagagus
janthinomys é a líder em transmissão do vírus. É causada por um arbovírus da família
Flaviviridae, gênero Flavivirus, é um RNA vírus. Acomete principalmente o sexo
masculino e a faixa etária acima de 15 anos, outro grupo que é bastante afetado são as
pessoas não vacinadas que residem próximas a ambientes silvestres.
Existem dois tipos de febre amarela, a silvestre (FAS) onde os primatas (macacos)
são os principais hospedeiros do vírus amarílico e a febre amarela urbana (FAU) onde o
homem é o hospedeiro.
O ciclo de transmissão se processa na FAS entre:
MACACO INFECTADO MOSQUITO SILVESTREMACACO SADIO.
E na FAU o ciclo de transmissão se processa entre:
HOMEM INFECTADO PICADA DO MOSQUITO (Aedes aegypti)
HOMEM SADIO.
O período de incubação varia de três a seis dias, após a picada do mosquito fêmea
infectado. E o período de transmissibilidade dura no máximo sete dias, pois o sangue
dos doentes é infectante de 24 a 48 horas antes do aparecimento dos sintomas tempo
que corresponde a viremia (presença de um vírus ativo no sangue circulante de um ser
vivo).
Esta patologia é dividida em dois períodos, o primeiro chama-se fase de infecção,
que tem como sintomas: febre alta, pulso lento, calafrios, cefaléia intensa, mialgias
(dores musculares), prostração, náuseas e vômitos. Entre os dois períodos ocorre a
remissão que é a fase caracterizada pelo declínio da temperatura e diminuição dos
sintomas, que leva ao paciente uma sensação de melhora, essa vai evoluir para cura ou
para a forma grave que é o segundo período chamado de fase de intoxicação (ou período
toxêmico) que tem como sintomas o aumento da febre, diarréia, reaparecimento de
vômitos (com aspecto de borra de café), instalação de insuficiência hepática e renal,
manifestações hemorrágicas, prostração intensa, além de comprometimento do sensório,
com obnubilação, confusão mental e torpor.
Existem dois tipos de diagnóstico: o diferencial em que as formas leves e
moderadas se confundem com outras viroses, por isso é de difícil diagnóstico,
necessitando-se da história epidemiológica para sua identificação. E o laboratorial que é
feito através de isolamento do vírus com amostras de sangue ou de tecido hepático, por
detecção de antígeno em tecido ou por sorologia.
5. Tratamento
Não existe um tratamento especifico no combate à Febre Amarela. Como os
exames diagnósticos demoram em media até uma semana, o tratamento de apoio deve
ser iniciado em caso de suspeita clinica. É apenas sintomático com cuidadosa
assistência ao paciente, que, sob hospitalização, deve permanecer em repouso, com
reposição de líquidos e perdas sanguíneas quando indicado.
Os pacientes que apresentar quadros clínicos clássicos e/ou fulminantes devem
ser atendimento em unidades de terapias intensivas, de modo que as complicações
sejam controladas e o perigo da morte eliminado.
Medidas de prevenção e controle
1- Imunização:
Produzida pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos Bio-
manguinhos, constituída de vírus vivos atenuados derivados de uma amostra
africana do vírus amarílico selvagem denominado Asibi.
Deve ser conservada obedecendo rigorosamente as regras de permanecer
em -20°C ou câmara fira, em instância central ou regional; +2°C e +8°C em
salas de vacinação em geladeiras; quando reconstituída, deve ser mantida
entre +2°C e +8°C; deve ser utilizada em até quatro horas (se frascos de
50ml) e seis horas (se frascos de 5 e 10ml).
A faixa etária para administração da vacina é a partir de nove meses de
idade, e em situações de epidemias, seis meses, por via subcutânea, em dose
única de 0,5 ml e reforço de 10 em 10 anos.
2- Efeitos adversos:
Mal-estar, cefaleia, mialgia e febre baixa, que ocorrem por volta do
quinto dia em 2% a 5% dos vacinados, durando de um a dois dias.
3- Imunidade:
Os anticorpos protetores aparecem entro o sétimo e o décimo dia após a
aplicação, razão pela qual a imunização deve ocorrer dez dias antes de se
6. ingressar em área de transmissão. Uma só dose confere imunidade no
período de dez anos.
4- Contraindicações:
a. Crianças menores de 6 meses;
b. Reação anafilática após ingesta de ovo e derivados;
c. Febre acima de 38,5°C;
d. Portadores de imunodeficiência congênita ou adquirida;
e. Neoplasias malignas;
f. Pacientes sintomáticos de HIV;
g. Pacientes em uso de quimioterápicos e/ou radioterapia;
h. Uso de corticoides em doses elevadas;
i. Estados de imunodepressão ou adiamento de dois anos após
transplante de medula óssea.
5- Gestação:
Não é recomendada a administração da vacina em gestantes, exceto em
situações de emergência epidemiológica, vigência de surtos e ou epidemias
ou viagem para área de risco.
6- Recomendações para a vacinação:
Toda à população a partir de nove meses de idade que reside ou irá viajar
para áreas de risco de transmissão: AC, AM, AP, PA, RO, RR, TO, GO,
DF, MG e MA; e alguns municípios do PI, BA, SP, PR, SC e RS.
7. Referências
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de
Atenção Básica. Vigilância em saúde : zoonoses / Ministério da Saúde,
Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília :
Ministério da Saúde, 2009.228 p. : il. – (Série B. Textos Básicos de Saúde)
(Cadernos de Atenção Básica ; n. 22)
Texto (reportagens) retirado dos sites / Disponível em:
http://www.saudeemmovimento.com.br/reportagem/noticia_exibe.asp?cod_notic
ia=465 / http://veja.abril.com.br/230108/p_072.shtml /
http://www.medimagem.com.br/hotsites/febreamarela/evolucao.html . Acessado
em 20 de março de 2012.
8. Anexos
Anexo 1:
Mosquito da dengue também transmite a febre amarela
Se a população não estiver devidamente vacinada, o risco de
contaminação por febre amarela nas cidades onde há alta
incidência do mosquito Aedes aegypti é real. A afirmação é da
enfermeira Gediselma Borges Lima, coordenadora do Programa
de Controle da Dengue e Febre Amarela da Superintendência
de Ações Básicas de Saúde. Ela explica que uma pessoa
infectada pelo vírus silvestre da febre amarela que estiver no
período virêmico da doença pode contaminar outras pessoas na zona urbana onde
há alta concentração do mosquito da dengue, já que ele também é vetor da febre
amarela. A única forma de evitar a transmissão urbana da febre amarela é pela
vacina, que deve ser tomada aos seis meses de idade e renovada de dez em dez
anos.
Em Goiás, considerado região endêmica da febre amarela silvestre - o vírus circula
nas matas -, foram notificados, no ano passado, 19 casos suspeitos de febre
amarela, mas nenhum foi confirmado. Os profissionais da Sabs explicam que a
grande maioria dos casos notificados da doença entra como diagnóstico diferencial
de outras enfermidades como a hepatite e a leptospirose. Este ano não houve
nenhum registro da febre amarela no Estado.
Os sintomas da virose, que apresenta alta letalidade - 50% dos casos - , surgem de
forma brusca. São calafrios, febre, dores de cabeça e nas costas e, nos casos mais
graves, ocorre uma síndrome hemorrágica intensa, caracterizada por vômito de cor
escura.
9. Anexo 2:
Medicina
Os culpados não são as vítimas
É a letargia do governo que faz da
febre amarela um risco para os brasileiros
Victor De Martino e José Edward
O problema tinha data marcada para acontecer. O Brasil enfrenta surtos de febre
amarela em intervalos de cinco a oito anos. Como o último havia ocorrido em 2000,
já se sabia que a doença voltaria a eclodir por agora. O primeiro alarme soou em
setembro, quando apareceram os primeiros corpos de macacos mortos,
possivelmente, pela febre amarela. Mas o governo só deu o ar da sua falta de graça
na semana passada, depois da morte de cinco pessoas. O ministro da Saúde, José
Gomes Temporão, apareceu na TV para falar do assunto. Negou a ameaça de
epidemia e pediu que a população não procurasse os postos de vacinação.
Recomendou a imunização apenas para quem mora em áreas de risco, que já
atingem 20 estados, ou para quem pretende viajar para lá. Dois dias e mais dois
mortos depois, a ministra do Turismo, Marta Suplicy, que perde todas as
oportunidades de ficar calada, afirmou que o Brasil vive uma "epidemia da fofoca",
e não de febre amarela. Na última quinta-feira, Temporão reapareceu com outro
discurso e o dedo apontado para quem considera os culpados pela febre amarela:
as próprias vítimas. "Todos os que viajam para essas áreas sabem que têm de se
vacinar. Pessoas que não tomaram (a vacina)foram por sua conta e risco, pois a
vacina está disponível", disse. A julgar pela fala do ministro Temporão, as vítimas
de dengue, malária, leishmaniose, hanseníase e doença de Chagas também são
culpadas(veja o quadro).
A febre amarela foi erradicada das cidades brasileiras em 1942, mas continua
endêmica nas áreas próximas a florestas. Lá, os mosquitos dos
gêneros Haemagogus e Sabethes preservam o vírus da doença entre os macacos,
que sofrem surtos em intervalos que variam de cinco a oito anos. Quando um surto
passa, sobram apenas os animais que adquiriram resistência ao vírus. Ao
morrerem, eles são substituídos por outros vulneráveis e, assim, a febre amarela
volta a atacar. Os surtos entre os macacos são seguidos por aqueles em humanos.
O risco maior é que as pessoas passem a doença a outras por meio do Aedes
aegypti, mosquito que também transmite a dengue e infesta as cidades brasileiras.
Se isso ocorrer, a possibilidade de se instalar uma epidemia crescerá
dramaticamente. Esse cenário não é o mais provável, mas, ao contrário do que
assegura o ministro Temporão, ele não pode ser descartado. "A ameaça existe. O
risco de epidemia só pode ser evitado se o governo redobrar a vigilância sanitária",
diz o sanitarista Arary Tiriba, da Escola Paulista de Medicina.
A febre amarela é uma doença com alto grau de mortalidade. Os primeiros
sintomas aparecem de três a seis dias depois que se é picado por um mosquito
infectado. A febre supera os 40 graus e a pele e os olhos ficam amarelos – daí o
seu nome. Além disso, o paciente sente dores intensas na cabeça e no corpo e
vomita muito. Se em três dias não há melhora, começam a ocorrer sangramentos
no nariz, na gengiva, no estômago e no intestino. A próxima fase é a insuficiência
renal e hepática, o que pode levar à morte. No Brasil, 46% dos casos são fatais.
Como é endêmica nas matas, a febre amarela dificilmente será erradicada do país.
Mas ela deve ser mais bem controlada. Basta que o governo exija vacinação para
10. estrangeiros, medida que é adotada por países como a China e mesmo a Bolívia.
Também é necessário tornar obrigatória a vacinação nas áreas de floresta e em
suas franjas. Isso criaria uma barreira sanitária. Por último, é preciso que as
autoridades alertem constantemente as pessoas que visitam esses locais para a
necessidade de imunizar-se antes da viagem. A doença ameaça rotineiramente o
país, porque o governo negligencia essas ações. Da mesma forma, tem sido
incompetente no combate à hanseníase, à malária, à dengue, à leishmaniose e à
doença de Chagas, cujas vítimas se acumulam ano a ano.
11. Anexo 3:
Evolução da Febre Amarela no Brasil
Confira a evolução da febre amarela no Brasil nos últimos 13 anos. Desde 2003 não eram notificados
tantos casos da doença como em 2008. O pico de incidência da febre amarela ocorreu em 2000, com 85
casos notificados e 40 mortes.
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