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Câncer	de	Mama
Abordagem	da	Axila
Nilton	Caetano	da	Rosa
Cirurgia	Oncológica	- IACC
28/10/20
Introdução
• A dissecção dos linfonodos axilares é o padrão de atendimento para pacientes com
linfonodos clinicamente positivos.
• Está associada a linfedema e outras morbidades significativas
• A biópsia do linfonodo sentinela substituiu a avaliação axilar em pacientes
clinicamente negativos.
Caso	1
• AAMG Fem, 56a, natural de Benguela
• Dezembro 2018: Nódulo mama	D
• US	mama	10/2/19:	Nódulo hipoecoico 1,4x1,1cm	a	3,8cm	da	areola	e	1,3cm	da	pele localizado em JQL	- BIRADS	4
• MMG	10/12/18:	Nódulo em JQL	mama	D	– BIRADS	0	
• Core-Biopsy	12/2/19:	Carcinoma	invasivo,	G3,	IM	2/10		RE	30%		RP	neg		HER2	neg		Ki67	80%
Conduta	?
• Estadiamento clínico ?
• Que exames complementares solicitaria?
• Conduta Cirúrgica?
• Qual seria a Melhor abordagem para axila neste caso?
Estadiamento
• A cirurgia conservadora (ressecção segmentar da mama) com avaliação
do status linfonodal axilar pela técnica do LN sentinela deve ser considerada o
tratamento-padrão para todas as pacientes em estádios precoces
• Randomizou as pacientes com cirurgia conservadora e até dois LNs sentinelas
positivos para dissecção axilar ou observação.
• O estudo demonstrou que a omissão da dissecção axilar não aumentou de forma
significativa a recidiva local (p=0,11), a regional (p=0,45), a SLD (p=0,14) ou a
sobrevida global (SG) (p=0,25)
• Pacientes com tumores T1-2, clinicamente N0, com até dois LNs sentinelas
positivos e sem envolvimento extracapsular, tratadas com cirurgia conservadora
seguida de tratamento adjuvante sistêmico e radioterapia (RT) adjuvante não
necessitam de dissecção axilar.
• Pacientes com tumores < 5 cm e LN sentinela com envolvimento linfonodal microscópico (< 2 mm)
• Foram incluídas 934 mulheres, a maioria com T < 2 cm (67%), cirurgia conservadora em 75% dos casos,
• RE positivo 85%, RP positivo 75% e metástases linfonodais < 1 mm (67%).
• Com seguimento mediano de 49 meses, a SLD em 5 anos para aquelas que tiveram dissecção e sem
dissecção foi de 87,3 e 88,4%
• Pacientes tratadas com cirurgia conservadora (e que, portanto,
receberão RT adjuvante) e LN sentinela microscopicamente positivo
(≤ N1mi) não necessitam de dissecção axilar.
Caso	2
• NHP, Fem, 67a
• MARÇO 2016: Encaminhada por alteração de exame
• US mama Dezembro de 2015: BIRADS 4 - Mama esquerda nódulo irregular medindo 1,6 x 1,2 x 1,6cm QSM
• MMG Novembro de 2015: BIRADS 5 Nódulo irregular espiculado em QSM mama esquerda 4cm
• Core-Biopsy Mama esquerda: CDI mama esquerda G1 RE 95% RP 90% HER2 neg, Ki67 20%
• Exame fisico: Mama esquerda Nóduo de aproximadamente 4cm as 9/11h com retração de pele, sem edema // Axila
esquerda nódulo móvel 2cm
• Estadiamento ?
• Linfadenectomia Axilar?
• Pesquisa de Linfonodo Sentinela ?
• PAAF de Axila ?
• Nos casos de axila clinicamente suspeita, é recomendada a avaliação patológica
[punção aspirativa por agulha fina ou core biópsia orientada por ultrassonografia
(US)] dos linfonodos axilares.
Caso	3
• 45 A, FEM
• Ressecção segmentar de mama D + Sampling linfonodos nível I
• CDI mama direita margens livres
• LNS positivo
• Linfadenectomia	axilar	?
• Quimioterapia?
• Radioterapia	?
• RT da axila versus esvaziamento axilar em pacientes com LN sentinela positivo.
• Foram incluídas 4.806 mulheres em estádio clínico T1-2N0, das quais 1.425
(29,7%) apresentaram LN sentinela positivo (60% com micrometástases).
• Elas foram randomizadas para esvaziamento (744 pacientes) versus RT axilar (681
pacientes).
• Daquelas submetidas a esvaziamento axilar, 32,9% apresentavam outros LNs
comprometidos.
• Após seguimento mediano de 6,1 anos, a taxa de recorrência axilar foi 0,54% no
grupo do esvaziamento axilar versus1,03% no grupo da RT versus 0,8% no grupo
com LN sentinela negativo
• Pacientes com LN sentinela positivo não necessitam de esvaziamento axilar e
podem ser tratadas com RT.
• Considerando o resultado dos estudos ACOSOG Z0011 e IBCSG 23-01, o
impacto na prática clínica atual do estudo AMAROS é altamente questionável,
uma vez que este não conta com um braço sem esvaziamento axilar nem RT.
• Pode-se concluir que o esvaziamento axilar não é necessário nos casos que
apresentam as características das pacientes incluídas nessas séries

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Câncer de de mama - Abordagem da axila

  • 2. Introdução • A dissecção dos linfonodos axilares é o padrão de atendimento para pacientes com linfonodos clinicamente positivos. • Está associada a linfedema e outras morbidades significativas • A biópsia do linfonodo sentinela substituiu a avaliação axilar em pacientes clinicamente negativos.
  • 3. Caso 1 • AAMG Fem, 56a, natural de Benguela • Dezembro 2018: Nódulo mama D • US mama 10/2/19: Nódulo hipoecoico 1,4x1,1cm a 3,8cm da areola e 1,3cm da pele localizado em JQL - BIRADS 4 • MMG 10/12/18: Nódulo em JQL mama D – BIRADS 0 • Core-Biopsy 12/2/19: Carcinoma invasivo, G3, IM 2/10 RE 30% RP neg HER2 neg Ki67 80%
  • 4. Conduta ? • Estadiamento clínico ? • Que exames complementares solicitaria? • Conduta Cirúrgica? • Qual seria a Melhor abordagem para axila neste caso?
  • 6.
  • 7. • A cirurgia conservadora (ressecção segmentar da mama) com avaliação do status linfonodal axilar pela técnica do LN sentinela deve ser considerada o tratamento-padrão para todas as pacientes em estádios precoces
  • 8.
  • 9. • Randomizou as pacientes com cirurgia conservadora e até dois LNs sentinelas positivos para dissecção axilar ou observação. • O estudo demonstrou que a omissão da dissecção axilar não aumentou de forma significativa a recidiva local (p=0,11), a regional (p=0,45), a SLD (p=0,14) ou a sobrevida global (SG) (p=0,25)
  • 10. • Pacientes com tumores T1-2, clinicamente N0, com até dois LNs sentinelas positivos e sem envolvimento extracapsular, tratadas com cirurgia conservadora seguida de tratamento adjuvante sistêmico e radioterapia (RT) adjuvante não necessitam de dissecção axilar.
  • 11. • Pacientes com tumores < 5 cm e LN sentinela com envolvimento linfonodal microscópico (< 2 mm) • Foram incluídas 934 mulheres, a maioria com T < 2 cm (67%), cirurgia conservadora em 75% dos casos, • RE positivo 85%, RP positivo 75% e metástases linfonodais < 1 mm (67%). • Com seguimento mediano de 49 meses, a SLD em 5 anos para aquelas que tiveram dissecção e sem dissecção foi de 87,3 e 88,4%
  • 12. • Pacientes tratadas com cirurgia conservadora (e que, portanto, receberão RT adjuvante) e LN sentinela microscopicamente positivo (≤ N1mi) não necessitam de dissecção axilar.
  • 13. Caso 2 • NHP, Fem, 67a • MARÇO 2016: Encaminhada por alteração de exame • US mama Dezembro de 2015: BIRADS 4 - Mama esquerda nódulo irregular medindo 1,6 x 1,2 x 1,6cm QSM • MMG Novembro de 2015: BIRADS 5 Nódulo irregular espiculado em QSM mama esquerda 4cm • Core-Biopsy Mama esquerda: CDI mama esquerda G1 RE 95% RP 90% HER2 neg, Ki67 20% • Exame fisico: Mama esquerda Nóduo de aproximadamente 4cm as 9/11h com retração de pele, sem edema // Axila esquerda nódulo móvel 2cm
  • 14. • Estadiamento ? • Linfadenectomia Axilar? • Pesquisa de Linfonodo Sentinela ? • PAAF de Axila ?
  • 15. • Nos casos de axila clinicamente suspeita, é recomendada a avaliação patológica [punção aspirativa por agulha fina ou core biópsia orientada por ultrassonografia (US)] dos linfonodos axilares.
  • 16. Caso 3 • 45 A, FEM • Ressecção segmentar de mama D + Sampling linfonodos nível I • CDI mama direita margens livres • LNS positivo
  • 18. • RT da axila versus esvaziamento axilar em pacientes com LN sentinela positivo. • Foram incluídas 4.806 mulheres em estádio clínico T1-2N0, das quais 1.425 (29,7%) apresentaram LN sentinela positivo (60% com micrometástases).
  • 19. • Elas foram randomizadas para esvaziamento (744 pacientes) versus RT axilar (681 pacientes). • Daquelas submetidas a esvaziamento axilar, 32,9% apresentavam outros LNs comprometidos. • Após seguimento mediano de 6,1 anos, a taxa de recorrência axilar foi 0,54% no grupo do esvaziamento axilar versus1,03% no grupo da RT versus 0,8% no grupo com LN sentinela negativo
  • 20. • Pacientes com LN sentinela positivo não necessitam de esvaziamento axilar e podem ser tratadas com RT. • Considerando o resultado dos estudos ACOSOG Z0011 e IBCSG 23-01, o impacto na prática clínica atual do estudo AMAROS é altamente questionável, uma vez que este não conta com um braço sem esvaziamento axilar nem RT. • Pode-se concluir que o esvaziamento axilar não é necessário nos casos que apresentam as características das pacientes incluídas nessas séries