O documento discute a história e técnicas do cateterismo vesical intermitente, incluindo: 1) O cateterismo intermitente "estéril" foi introduzido por Guttmann e Frankel em 1966; 2) Estudos posteriores mostraram que a técnica "limpa" era efetiva; 3) Complicações como infecções urinárias podem ocorrer, mas o uso de cateteres hidrofílicos reduz o risco.
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Cateterismo Vesical Intermitente
1. Marcio Averbeck, MD, MSc, PhD
Coordenador de Neurourologia
Unidade de Videourodinâmica, Hospital Moinhos de
Vento, Porto Alegre-RS
Perspectiva Histórica do Cateterismo
Intermitente: Presente, Passado e Futuro
4. Cateterismo Vesical
Intermitente
Este é o tratamento de escolha para promover o
esvaziamento vesical em pacientes com DNTUI, sendo
efetivo tanto em pacientes com hipocontratilidade
detrusora, quanto em pacientes com hiperatividade
detrusora (desde que controlada)
GRAU DE RECOMENDAÇÃO A
5. HISTÓRIA
• Cateterismo intermitente "estéril" - Guttmann e
Frankel (1966)
• Cateterismo intermitente limpo - Lapides (início da
década de 1970)
• Cateterismo vesical “asséptico” ou técnica "no
touch” (2005)
1. Guttmann L, Frankel H. The value of intermittent catheterisation in the early management of traumatic paraplegia
and tetraplegia. Paraplegia 1966;4:63-84.
2. Lapides J, Diokno AC, Silber SJ, Lowe BS. Clean, intermittent self-catheterization in the treatment of urinary tract
disease. J Urol 1972;107:458-61.
3. Hudson E, Murahata RI. The ‘no-touch’ method of intermittent urinary catheter insertion: can it reduce the risk of
bacteria entering the bladder? Spinal Cord 2005 Oct;43(10):611-4.
6. História do Cateterismo Intermitente
1947: introdução do
cateterismo vesical
intermitente estéril
Sir Ludwig
Guttmann
Stoke Mandeville
Rehab. Centre (UK)
7. Sir Ludwig Guttmann
(3 July 1899 – 18
March 1980)
• German-born British
neurologist who
established the
Paralympic Games in
England.
8. Lapides J. et al., 1972 –
J Urol 107:458-461
„Much more important is
the frequency of CIC in 24h
than a sterile technique.“
Cateterismo vesical intermitente limpo
9. Apesar de ser o método padrão-ouro,
o cateterismo intermitente também
pode se associar a complicações
10. COMPLICAÇÕES
• Infecções urinárias recorrentes ou persistentes
• Lesões de mucosa uretral
• Estenose uretral
• Falso trajetos
• Dor / desconforto
• Formação de litíase
• Estenose de meato
• Perfuração vesical
• “Knotting” (retenção do cateter)
Projeto Recomendações da SBU
11. COMPLICAÇÕES
INFECÇÕES URINÁRIAS RECORRENTES OU
PERSISTENTES
• Ocorrem em 42% dos pacientes em programa de
cateterismo vesical intermitente limpo
(seguimento de médio-longo prazo)
15. Cateterismo Vesical
Intermitente
TÉCNICA
• Em geral, são indicados 4 a 6 cateterismos por dia
Um número menor de cateterismos em 24 horas pode
resultar em infecções urinárias, enquanto que, cateterismos
muito frequentes podem aumentar o risco de complicações
uretrais
GR B
• O volume de urina drenado a cada cateterismo deve ser
menor do que 400 ml
GR D
19. Cateterismo Vesical
Intermitente
De Ridder et al.
• Estudo prospectivo, randomizado
• Followup = 1ano
• N = 123 pacientes com bexiga neurogênica
• Cateter hidrofílico versus cateter comum (PVC)
DIRK DE RIDDER
Dep. De Urologia
Hospital Universitário
Leuven, Bélgica
20. Cateterismo Vesical
Intermitente
De Ridder et al.
• RESULTADOS:
Houve mais infecções urinárias sintomáticas no grupo
que utilizou cateter de PVC (82% versus 64%)
P=0,02
21. Cateterismo Vesical
Intermitente
Li et al. Phys Med Rehabil. 2013; 94(4):782-7
• Meta-análise para avaliar a ocorrência de
complicações do cateterismo vesical intermitente em
pacientes lesados medulares
• 5 estudos incluídos
22. Cateterismo Vesical
Intermitente
Li et al. Phys Med Rehabil. 2013; 94(4):782-7.
RESULTADOS
• Menor incidência de infecções urinárias no grupo de
pacientes que usou cateteres hidrofílicos
OR 0.36, p < 0.0001
• A ocorrência de hematúria também foi
significativamente menor no grupo de pacientes que
usou cateteres hidrofílicos
OR 0.53, p = 0.001
23.
24.
25. Portaria N° 1.330, do dia 3 de Dezembro de
2012, que institui imediatamente as Diretrizes
de Atenção à Pessoa com Lesão Medular no
âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS)
... “O manejo da bexiga neurogênica deve garantir esvaziamento vesical a baixa pressão,
evitar estase urinária e perdas involuntárias. Na maior parte dos casos, este
esvaziamento deverá ser feito por cateterismo
vesical intermitente, instituído de forma
mandatória, independente da realização precoce
do exame de urodinâmica, desde a alta
hospitalar”..