1) O documento discute a continuação das angústias e provações enfrentadas pelo profeta Jeremias em sua tentativa de fazer o povo ouvir as palavras de Deus. 2) A lição analisa o capítulo 9 de Jeremias, onde o profeta lamenta a catástrofe que sobrevirá ao seu povo. 3) O texto destaca que a única coisa pela qual vale a pena se gloriar é conhecer e compreender a misericórdia, o juízo e a justiça de Deus.
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
Lição 7 – A crise continua + Textos_GGR
1. Lições Adultos Jeremias
Lição 7 – A crise continua
7 a 14 de novembro
Sábado à tarde
Ano Bíblico: At 4–6
VERSO PARA MEMORIZAR: “O que se gloriar, glorie-se nisto: em Me conhecer e saber que Eu sou o
Senhor e faço misericórdia, juízo e justiça na Terra; porque destas coisas Me agrado, diz o Senhor”. (Jr 9:24).
Leituras da Semana: Jr 9; Jr 10:1-15; Rm 1:25; Jr 26; At 17:30; At 5:34-41
As angústias e provações do servo de Deus continuam. Na verdade, quase todo o livro de Jeremias trata dos
desafios e lutas que o profeta enfrentou para tentar fazer o povo dar ouvidos às palavras que o Senhor, com
amor e interesse, estava procurando transmitir à nação. Imagine o que teria acontecido se as pessoas tivessem
dado ouvidos a Jeremias e aceitado a advertência do profeta. Se tivessem dado ouvidos, isto é, se o povo, os
reis e os líderes tivessem se humilhado diante de Deus, a terrível crise não teria sobrevindo. A chance de
arrependimento estava diante deles. Mesmo depois de terem praticado tantas injustiças, tantas maldades, a
porta da redenção e da salvação ainda não se havia fechado. Continuava aberta; eram eles que, simplesmente,
se recusavam a entrar por ela.
Como já foi dito, é muito fácil balançar a cabeça em desaprovação por causa da dureza de coração deles.
“Estas coisas lhes sobrevieram como exemplos e foram escritas para advertência nossa, de nós outros sobre
quem os fins dos séculos têm chegado” (1Co 10:11). Temos esses exemplos diante de nós. O que
aprenderemos com eles?
Nos pequenos grupos, nas classes bíblicas, nas classes da Escola Sabatina e em outros ministérios existem
amigos que podem ser convidados para assistir à semana de evangelismo de colheita, que ocorrerá de 21 a 28
de novembro. Já escolheu um amigo para convidar?
Comentários de Ellen G. White
“A vida eterna é esta”, disse Jesus, “que Te conheçam, a Ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a
quem enviaste” (Jo 17:3). E o profeta Jeremias declarou: “Não se glorie o sábio na sua sabedoria; nem se
glorie o forte na sua força; não se glorie o rico nas suas riquezas; mas o que se gloriar glorie-se nisto: em Me
conhecer e saber que Eu sou o Senhor, que faço beneficência, juízo e justiça na Terra; porque destas coisas Me
agrado, diz o Senhor” (Jr 9:23, 24). Apenas de maneira vaga a mente humana pode compreender a largura e a
profundidade e a altura das realizações espirituais de quem alcança esse conhecimento.
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2. Ninguém precisa deixar de alcançar em sua esfera a perfeição do caráter cristão. Pelo sacrifício de Cristo, foi
tomada providência para que o crente receba todas as coisas que dizem respeito à vida e piedade. Deus nos
convida a alcançar a norma da perfeição e põe diante de nós o exemplo do caráter de Cristo. O Salvador
mostrou, por meio de Sua humanidade consumada por uma vida de constante resistência ao mal, que, com a
cooperação da Divindade, os seres humanos podem alcançar nesta vida a perfeição de caráter. Essa é a certeza
que Deus nos dá de que também nós podemos alcançar a vitória completa (Atos dos Apóstolos, p. 531).
A obra de transformação da impiedade para a santidade é contínua. Dia a dia Deus opera para a santificação do
homem, e o homem deve cooperar com Ele, desenvolvendo perseverantes esforços para o cultivo de hábitos
corretos. Deve acrescentar graça à graça; e assim procedendo num plano de adição, Deus opera por ele num
plano de multiplicação. Nosso Salvador está sempre pronto a ouvir e responder à oração do coração contrito, e
graça e paz são multiplicadas a Seus fiéis seguidores. Alegremente, lhes concede as bênçãos de que necessitam
em sua luta contra os males que os cercam.
Há os que buscam galgar a escada do progresso cristão mas, ao avançarem, começam a pôr a confiança na
capacidade humana, e logo perdem de vista Jesus, o Autor e Consumador de sua fé. O resultado é fracasso e
perda de tudo o que foi ganho. Verdadeiramente lamentável é a condição dos que, perdendo-se no caminho,
permitem que o inimigo das pessoas lhes roube as graças cristãs que lhes estiveram em formação no coração e
na vida. “Aquele em quem não há estas coisas”, declara o apóstolo, “é cego, nada vendo ao longe, havendo-se
esquecido da purificação de seus antigos pecados” (Refletindo a Cristo [MM 1986], p. 315).
Domingo - Razões para se gloriar
Em Jeremias 9, o profeta iniciou seu lamento porque viu a catástrofe inevitável que sobreviria ao seu país e ao
seu povo. Deus pronunciou juízo sobre Jerusalém, e quando Deus diz que fará algo, Ele o faz. O que eles iriam
enfrentar não era algo casual, não era simplesmente uma daquelas coisas terríveis e inexplicáveis que
acontecem de vez em quando. Não, o que eles iriam enfrentar seria um juízo direto de Deus. Era o
reconhecimento disso que estava causando a Jeremias tanta tristeza. Sua tristeza, porém, era apenas um
pequeno reflexo da dor que Deus deve ter sentido.
Embora o contexto seja diferente, esta citação expressa muito bem a ideia: “Aos nossos sentidos embotados, a
cruz é uma revelação da dor que o pecado, desde o seu início, acarretou ao coração de Deus. Cada desvio do
que é justo, cada ação de crueldade, cada fracasso da natureza humana para atingir seu ideal, traz-Lhe pesar.
Quando sobrevieram a Israel as calamidades que eram o resultado certo da separação de Deus – subjugação
por seus inimigos, crueldade e morte, é dito que ‘Se angustiou a Sua alma por causa da desgraça de Israel’ (Jz
10:16). ‘Em toda a angústia deles foi Ele angustiado; … e os tomou, e os conduziu todos os dias da
antiguidade’” (Is 63:9, ARC; Ellen G. White, Educação, p. 263).
1. Leia em Jeremias 9 o triste lamento do profeta. Concentre-se especialmente nos versos 23 e 24. Por que
essas palavras são tão relevantes para nós?
(Jr 9:1-26) 1Prouvera a Deus a minha cabeça se tornasse em águas, e os meus olhos, em fonte de lágrimas!
Então, choraria de dia e de noite os mortos da filha do meu povo. 2Prouvera a Deus eu tivesse no deserto uma
estalagem de caminhantes! Então, deixaria o meu povo e me apartaria dele, porque todos eles são adúlteros,
são um bando de traidores; 3curvam a língua, como se fosse o seu arco, para a mentira; fortalecem-se na terra,
mas não para a verdade, porque avançam de malícia em malícia e não me conhecem, diz o SENHOR.
4Guardai-vos cada um do seu amigo e de irmão nenhum vos fieis; porque todo irmão não faz mais do que
enganar, e todo amigo anda caluniando. 5Cada um zomba do seu próximo, e não falam a verdade; ensinam a
sua língua a proferir mentiras; cansam-se de praticar a iniqüidade. 6Vivem no meio da falsidade; pela falsidade
recusam conhecer-me, diz o SENHOR. 7Portanto, assim diz o SENHOR dos Exércitos: Eis que eu os
acrisolarei e os provarei; porque de que outra maneira procederia eu com a filha do meu povo? 8Flecha
mortífera é a língua deles; falam engano; com a boca fala cada um de paz com o seu companheiro, mas no seu
interior lhe arma ciladas. 9Acaso, por estas coisas não os castigaria? — diz o SENHOR; ou não me vingaria eu
de nação tal como esta? 10Pelos montes levantarei choro e pranto e pelas pastagens do deserto, lamentação;
porque já estão queimadas, e ninguém passa por elas; já não se ouve ali o mugido de gado; tanto as aves dos
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3. céus como os animais fugiram e se foram. 11Farei de Jerusalém montões de ruínas, morada de chacais; e das
cidades de Judá farei uma assolação, de sorte que fiquem desabitadas. 12Quem é o homem sábio, que entenda
isto, e a quem falou a boca do SENHOR, homem que possa explicar por que razão pereceu a terra e se
queimou como deserto, de sorte que ninguém passa por ela? 13Respondeu o SENHOR: Porque deixaram a
minha lei, que pus perante eles, e não deram ouvidos ao que eu disse, nem andaram nela. 14Antes, andaram na
dureza do seu coração e seguiram os baalins, como lhes ensinaram os seus pais. 15Portanto, assim diz o
SENHOR dos Exércitos, Deus de Israel: Eis que alimentarei este povo com absinto e lhe darei a beber água
venenosa. 16Espalhá-los-ei entre nações que nem eles nem seus pais conheceram; e enviarei a espada após
eles, até que eu venha a consumi-los. 17Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Considerai e chamai carpideiras,
para que venham; mandai procurar mulheres hábeis, para que venham. 18Apressem-se e levantem sobre nós o
seu lamento, para que os nossos olhos se desfaçam em lágrimas, e as nossas pálpebras destilem água.
19Porque uma voz de pranto se ouve de Sião: Como estamos arruinados! Estamos sobremodo envergonhados,
porque deixamos a terra, e eles transtornaram as nossas moradas. 20Ouvi, pois, vós, mulheres, a palavra do
SENHOR, e os vossos ouvidos recebam a palavra da sua boca; ensinai o pranto a vossas filhas; e, cada uma à
sua companheira, a lamentação. 21Porque a morte subiu pelas nossas janelas e entrou em nossos palácios;
exterminou das ruas as crianças e os jovens, das praças. 22Fala: Assim diz o SENHOR: Os cadáveres dos
homens jazerão como esterco sobre o campo e cairão como gavela atrás do segador, e não há quem a recolha.
23Assim diz o SENHOR: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem o forte, na sua força, nem o rico, nas
suas riquezas; 24mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me conhecer e saber que eu sou o SENHOR e faço
misericórdia, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o SENHOR. 25Eis que vêm dias, diz
o SENHOR, em que castigarei a todos os circuncidados juntamente com os incircuncisos: 26ao Egito, e a
Judá, e a Edom, e aos filhos de Amom, e a Moabe, e a todos os que cortam os cabelos nas têmporas e habitam
no deserto; porque todas as nações são incircuncisas, e toda a casa de Israel é incircuncisa de coração.
R. 1. Porque a sabedoria, a riqueza e a força são as três coisas das quais os seres humanos mais se orgulham e
nas quais mais confiam. As pessoas estão se voltando cada vez mais para os bens materiais e as conquistas
terrestres, e abandonando a fé em Deus.
Dizem que, a respeito da morte, todos nós somos como uma “cidade sem muros”. A sabedoria, a força e as
riquezas têm seu lugar, mas confiar nessas coisas, especialmente em meio à catástrofe, ou quando a morte
parece iminente, é algo infrutífero, sem sentido e inútil. Em meio a todas as advertências sobre a ruína
inevitável, foi dito ao povo o que realmente importa: conhecer e compreender por nós mesmos, pelo menos até
onde podemos, a misericórdia, o juízo e a justiça de Deus. Além desse conhecimento, existe alguma outra
coisa que nos ofereça esperança e conforto, quando perdemos todas as coisas terrestres e humanas, até mesmo
a nossa saúde?
O que a cruz nos diz sobre a misericórdia, o juízo e a justiça de Deus?
Você já leu sua Bíblia hoje? Fortaleça sua vida por meio do estudo da Palavra de Deus.
Comentários de Ellen G. White
Deus é a fonte de toda a sabedoria. É infinitamente sábio, justo e bom. Sem Cristo, os mais sábios homens que
existiram não O puderam compreender. Podem professar sabedoria; podem gloriar-se em suas realizações; mas
o mero conhecimento intelectual, à parte das grandes verdades que se centralizam em Cristo, é como nada.
“Não se glorie o sábio na sua sabedoria, … mas o que se gloriar glorie-se nisto: em Me conhecer e saber que
Eu sou o Senhor, que faço beneficência, juízo e justiça na Terra” (Jr 9:23, 24).
Pudessem os homens enxergar um momento para além do horizonte da visão finita, pudessem ter um
vislumbre do Eterno, e toda boca se calaria com seu orgulho. Finitos são os homens que vivem neste
pequenino átomo de mundo; Deus tem inumeráveis mundos obedientes a Suas leis, e dirigidos para Sua glória.
Quando os homens avançarem em suas pesquisas científicas até onde lhes permitam as limitadas faculdades,
existe ainda para além uma infinidade que lhes escapa à apreensão.
Antes de o homem se tornar realmente sábio, cumpre-lhe avaliar sua dependência de Deus, e encher-se de Sua
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4. sabedoria. Ele é a fonte do poder intelectual, bem como do espiritual (Conselhos aos Pais, Professores e
Estudantes, p. 66).
Que todos agora se arrependam de seus erros e busquem ao Senhor de todo o coração. O poder convertedor de
Deus virá a todos que buscarem a paz de Jesus Cristo. Suas palavras de instrução são para todos que O
ouvirem e seguirem.
Em misericórdia, Deus busca levar o errante ao arrependimento. O obediente se deleitará na lei do Senhor. Ele
coloca Suas leis em sua mente, e as escreve no coração. Sua linguagem será então como se inspirada por um
Salvador que habita em seu íntimo. Tem essa fé que opera por amor e purifica a alma de toda contaminação de
sugestões satânicas. Seu coração anseia por Deus. Em sua conversão aprecia demorar-se sobre Sua
misericórdia e bondade, pois para ele, Ele é inteiramente amável. Aprende a linguagem do Céu, o país que
adotou (Olhando Para o Alto [MM 1983], p. 291).
Se os pecadores forem levados a contemplar com fervor a cruz, se alcançarem visão ampla do Salvador
crucificado, reconhecerão a profundeza da compaixão de Deus e a malignidade do pecado.
A morte de Cristo prova o grande amor de Deus pelo homem. É o penhor de nossa salvação. Remover do
cristianismo a cruz, seria como apagar do céu o Sol. A cruz nos aproxima de Deus, reconciliando-nos com Ele.
Com a enternecedora compaixão do amor de um pai, Jeová considera o sofrimento que Seu Filho teve de
suportar para salvar a raça da morte eterna, e nos recebe no Amado.
Sem a cruz o homem não teria união com o Pai. Dela depende toda a nossa esperança. Dela brilha a luz do
amor do Salvador; e quando ao pé da cruz o pecador contempla Aquele que morreu para salvá-lo, pode
rejubilar-se com grande alegria, pois seus pecados estão perdoados. Ao ajoelhar-se em fé junto à cruz, ele
alcança o mais alto lugar que o homem pode atingir.
Por intermédio da cruz aprendemos que o Pai celestial nos ama com amor infinito (Atos dos Apóstolos, p. 209,
210).
Segunda - Criaturas ou o Criador?
Como já vimos, o povo de Deus foi chamado para ser diferente das nações ao seu redor, que estavam
mergulhadas no paganismo, idolatria e falsos ensinos. Muitas das advertências contidas nos primeiros cinco
livros de Moisés foram dirigidas, especialmente, contra a imitação das práticas das nações vizinhas. Em vez
disso, os israelitas deviam ser testemunhas ao mundo quanto à verdade sobre o Senhor como Criador e
Redentor. Infelizmente, grande parte da história do Antigo Testamento mostra que eles foram frequentemente
seduzidos e acabaram caindo exatamente nas práticas contra as quais haviam sido advertidos.
2. Leia Jeremias 10:1-15. O que o Senhor disse a Seu povo? Se essa advertência fosse dada hoje, no contexto
de nosso tempo e de nossa cultura, como seria escrita?
(Jr 10:1-15) 1Ouvi a palavra que o SENHOR vos fala a vós outros, ó casa de Israel. 2Assim diz o SENHOR:
Não aprendais o caminho dos gentios, nem vos espanteis com os sinais dos céus, porque com eles os gentios
se atemorizam. 3Porque os costumes dos povos são vaidade; pois cortam do bosque um madeiro, obra das
mãos do artífice, com machado; 4com prata e ouro o enfeitam, com pregos e martelos o fixam, para que não
oscile. 5Os ídolos são como um espantalho em pepinal e não podem falar; necessitam de quem os leve,
porquanto não podem andar. Não tenhais receio deles, pois não podem fazer mal, e não está neles o fazer o
bem. 6Ninguém há semelhante a ti, ó SENHOR; tu és grande, e grande é o poder do teu nome. 7Quem te não
temeria a ti, ó Rei das nações? Pois isto é a ti devido; porquanto, entre todos os sábios das nações e em todo o
seu reino, ninguém há semelhante a ti. 8Mas eles todos se tornaram estúpidos e loucos; seu ensino é vão e
morto como um pedaço de madeira. 9Traz-se prata batida de Társis e ouro de Ufaz; os ídolos são obra de
artífice e de mãos de ourives; azuis e púrpuras são as suas vestes; todos eles são obra de homens hábeis.
10Mas o SENHOR é verdadeiramente Deus; ele é o Deus vivo e o Rei eterno; do seu furor treme a terra, e as
nações não podem suportar a sua indignação. 11Assim lhes direis: Os deuses que não fizeram os céus e a terra
desaparecerão da terra e de debaixo destes céus. 12O SENHOR fez a terra pelo seu poder; estabeleceu o
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5. mundo por sua sabedoria e com a sua inteligência estendeu os céus. 13Fazendo ele ribombar o trovão, logo há
tumulto de águas no céu, e sobem os vapores das extremidades da terra; ele cria os relâmpagos para a chuva e
dos seus depósitos faz sair o vento. 14Todo homem se tornou estúpido e não tem saber; todo ourives é
envergonhado pela imagem que ele mesmo esculpiu; pois as suas imagens são mentira, e nelas não há fôlego.
15Vaidade são, obra ridícula; no tempo do seu castigo, virão a perecer.
R. 2. Advertiu contra a idolatria, mostrando que os falsos deuses não são nada e que nada podem fazer por
seus adoradores; se a advertência fosse dada hoje, a referência seria à idolatria do próprio eu, do materialismo,
da ciência, dos prazeres, etc.
Jeremias disse ao povo o que ele já devia saber: esses deuses pagãos não passam de invenções humanas, e são
produto da imaginação diabolicamente distorcida das pessoas. Esse é um dos principais exemplos do que
Paulo queria dizer quando escreveu, séculos mais tarde, sobre aqueles que “mudaram a verdade de Deus em
mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente. Amém!” (Rm
1:25).
Note, nesse verso, como Paulo contrastou a criação e o Criador. Esse mesmo contraste é apresentado na
passagem de Jeremias, que fala sobre a impotência e fraqueza desses “deuses” em contraste com o verdadeiro
Deus. Nesses versos, Jeremias estava tentando mostrar ao povo a loucura e a tolice de alguém colocar sua
confiança nessas coisas, que são incapazes de qualquer ação. Tudo isso está em contraste com o Deus criador,
que não apenas fez o mundo, mas o sustenta por Seu poder (ver Hb 1:3).
(Hb 1:3) Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela
palavra do seu poder, depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas
alturas;
Por mais antigo que seja esse texto, sua mensagem ainda é relevante. Talvez não sejamos tentados a nos
inclinar perante estátuas feitas por homens e adorá-las; a maioria de nós também não fica espantada nem
atemorizada com os sinais nos céus. Porém, ainda é fácil colocar nossa confiança em coisas que não podem
salvar-nos, assim como aqueles ídolos seriam incapazes de salvar a Judeia no dia do juízo.
Quais são algumas coisas em que confiamos mais do que deveríamos? Como vencer esse problema?
Comentários de Ellen G. White
Por vezes o nome de Jeová foi exaltado sobre todo deus falso, e Sua lei foi tida em reverência. De tempos em
tempos surgiam poderosos profetas, a fim de fortalecer as mãos dos governantes e encorajar o povo para que
continuasse fiel. Mas as sementes do mal em germinação já quando Roboão ascendeu ao trono, não seriam
jamais completamente erradicadas; e às vezes o outrora favorecido povo de Deus caiu tão baixo a ponto de se
tornar um provérbio entre os pagãos.
Não obstante a perversidade dos que se inclinaram para práticas idólatras, Deus em misericórdia faria tudo que
estivesse em Seu poder a fim de salvar de completa ruína o reino dividido. E como no decorrer dos anos, Seu
propósito concernente a Israel parecesse completamente frustrado pelas artimanhas de homens inspirados por
instrumentos satânicos, Ele ainda assim manifestou Seus beneficentes desígnios através do cativeiro e
restauração da nação escolhida.
A divisão do reino foi apenas o início de uma história maravilhosa, pela qual se revelam a longanimidade e
terna misericórdia de Deus. Do cadinho da aflição que deviam enfrentar devido às tendências para o mal,
hereditárias e cultivadas, aqueles a quem Deus estava procurando purificar para Si como um povo peculiar,
zeloso e de boas obras, deviam finalmente reconhecer que:
“Ninguém há semelhante a Ti, ó Senhor; Tu és grande, e grande o Teu nome em força. Quem Te não temeria, ó
Rei das nações?… Entre todos os sábios das nações, e em todo o seu reino, ninguém há semelhante a Ti.”
“Mas o Senhor Deus é a verdade; Ele mesmo é o Deus vivo e o Rei eterno” (Jr 10:6, 7, 10).
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6. E os adoradores de ídolos deviam afinal aprender a lição de que os falsos deuses não têm o poder de se
erguerem e salvar. “Os deuses que não fizeram os Céus e a Terra desaparecerão da Terra e de debaixo deste
céu” (Jr 10:11). Somente na submissão ao Deus vivo, o Criador de tudo e o Soberano sobre todos, o homem
pode encontrar repouso e paz (Profetas e Reis, p. 96, 97).
Frequentemente a vida cristã é assediada de perigos, e o dever parece difícil de cumprir-se. A imaginação
desenha uma ruína iminente perante nós, e, atrás, o cativeiro ou a morte. Contudo, a voz de Deus fala
claramente: “Avante!” Devemos obedecer a essa ordem mesmo que nosso olhar não possa penetrar as trevas, e
sintamos as frias vagas em redor de nossos pés. Os obstáculos que embaraçam nosso progresso nunca
desaparecerão diante de um espírito que se detém ou duvida. Aqueles que adiam a obediência até que toda a
sombra da incerteza desapareça, e não fique perigo algum de fracasso ou derrota, nunca absolutamente
obedecerão. A incredulidade fala ao nosso ouvido: “Esperemos até que os impedimentos sejam removidos, e
possamos ver claramente nosso caminho”; mas a fé corajosamente insiste em avançar, esperando tudo, em
tudo crendo (Patriarcas e Profetas, p. 290).
Uma constante batalha está em desenvolvimento entre instrumentos satânicos e seres celestiais. Satanás está
disputando o jogo da vida pelos seres humanos. Se todos pudessem ver a corrente subterrânea das capciosas
tentações, se reconhecessem a aparência celestial dos enganos satânicos, cautela muito maior seria
demonstrada. Haveria bem menos confiança na sabedoria humana e muito maior dependência de Deus. Mas
quando nossa visão espiritual está cegada, não descobrimos os prováveis incidentes que aconteceram para
desviar os passos do povo de Deus de caminhos seguros (Olhando Para o Alto [MM 1983], p. 89).
Terça - Um chamado ao arrependimento
3. Leia Jeremias 26:1-6. Que esperança o Senhor ofereceu ao Seu povo?
(Jr 26:1-6) 1No princípio do reinado de Jeoaquim, filho de Josias, rei de Judá, veio esta palavra do SENHOR:
2Assim diz o SENHOR: Põe-te no átrio da Casa do SENHOR e dize a todas as cidades de Judá, que vêm
adorar à Casa do SENHOR, todas as palavras que eu te mando lhes digas; não omitas nem uma palavra sequer.
3Bem pode ser que ouçam e se convertam, cada um do seu mau caminho; então, me arrependerei do mal que
intento fazer-lhes por causa da maldade das suas ações. 4Dize-lhes, pois: Assim diz o SENHOR: Se não me
derdes ouvidos para andardes na minha lei, que pus diante de vós, 5para que ouvísseis as palavras dos meus
servos, os profetas, que, começando de madrugada, vos envio, posto que até aqui não me ouvistes, 6então,
farei que esta casa seja como Siló e farei desta cidade maldição para todas as nações da terra.
R. 3. Se o povo se arrependesse do seu mau caminho, Deus não traria o mal que havia sido anunciado que
ocorreria com ele por causa dos seus pecados.
A mensagem nessa passagem é a mesma que se encontra ao longo de toda a Bíblia, tanto no Antigo quanto no
Novo Testamento: um chamado para que nos arrependamos, abandonemos nossos pecados e encontremos a
salvação que Deus oferece a todos.
4. Qual é a mensagem dos seguintes textos? 2Cr 6:37-39; Ez 14:6; Mt 3:2; Lc 24:47; At 17:30
(2Cr 6:37-39) 37e na terra aonde forem levados caírem em si, e se converterem, e na terra do seu cativeiro te
suplicarem, dizendo: Pecamos, e perversamente procedemos, e cometemos inquidade; e se converterem a ti de
todo o seu coração e de toda a sua alma, 38na terra do seu cativeiro, para onde foram levados cativos, e
orarem, voltados para a sua terra que deste a seus pais, para esta cidade que escolheste e para a casa que
edifiquei ao teu nome, 39ouve tu dos céus, do lugar da tua habitação, a sua prece e a sua súplica e faze-lhes
justiça; perdoa ao teu povo que houver pecado contra ti.
(Ez 14:6) Portanto, dize à casa de Israel: Assim diz o SENHOR Deus: Convertei-vos, e apartai-vos dos vossos
ídolos, e dai as costas a todas as vossas abominações,
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7. (Mt 3:2) Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus.
(Lc 24:47) e que em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas as nações,
começando de Jerusalém.
(At 17:30) Ora, não levou Deus em conta os tempos da ignorância; agora, porém, notifica aos homens que
todos, em toda parte, se arrependam;
R. 4. As pessoas devem se arrepender e abandonar seus pecados, para que sejam perdoadas.
“Os habitantes de Judá eram todos indignos, contudo Deus não os abandonaria. Por eles Seu nome devia ser
exaltado entre os pagãos. Muitos que desconheciam inteiramente Seus atributos deviam ainda contemplar a
glória do divino caráter. Foi com o propósito de tornar claros Seus misericordiosos desígnios que Ele persistiu
em enviar Seus servos, os profetas, com a mensagem: ‘Convertei-vos agora cada um do seu mau caminho’ (Jr
25:5, ARC). ‘Por amor do Meu nome’, declarou Ele a Isaías, ‘retardarei a Minha ira, e por amor do Meu
louvor Me conterei para contigo, para que te não venha a cortar’. ‘Por amor de Mim, por amor de Mim o farei,
porque como seria profanado o Meu nome? e a Minha glória não a darei a outrem’” (Is 48:9, 11, ARC; Ellen
G. White, Profetas e Reis, p. 319).
Seja no Antigo ou no Novo Testamento, a mensagem de Deus é a mesma para todos: somos pecadores, temos
feito o mal e merecemos a punição. Mas, pela da cruz de Cristo, através da morte expiatória de Jesus, Deus
abriu caminho para que fôssemos salvos. Precisamos reconhecer nossa pecaminosidade, necessitamos
reivindicar, pela fé, os méritos de Jesus, que nos são dados livremente, apesar de nossa indignidade, e
precisamos nos arrepender de nossos pecados. O verdadeiro arrependimento inclui a remoção do pecado de
nossa vida, pela graça de Deus.
Não importa o que fizemos, podemos nos arrepender e ser perdoados. Essa é a grande provisão do evangelho.
De quais pecados você precisa se arrepender?
Comentários de Ellen G. White
Assim o profeta se manteve firmemente ao lado dos sãos princípios do reto viver tão claramente esboçados no
livro da lei. Mas as condições prevalecentes na terra de Judá eram tais que somente pelas mais positivas
medidas poderia ser efetuada uma mudança para melhor; daí trabalhar ele com o máximo fervor pelos
impenitentes. “Lavrem para vocês o campo da lavoura”, ele pedia, “e não semeiem entre espinhos.” “Lava o
teu coração da malícia, ó Jerusalém, para que sejas salva” (Jr 4:3, 14).
Mas o chamado ao arrependimento e reforma não foi atendido pela grande massa do povo. Desde a morte do
bom rei Josias os que haviam reinado sobre a nação se mostraram infiéis ao seu encargo, tendo levado muitos
ao extravio. Jeoacaz, deposto pela interferência do rei do Egito, foi seguido por Jeoaquim, o filho mais velho
de Josias. Desde o início do reinado de Jeoaquim, Jeremias teve pouca esperança de salvar sua amada terra da
destruição e o povo do cativeiro. Mas não lhe foi permitido permanecer em silêncio enquanto total ruína
ameaçava o reino. Os que haviam permanecido leais a Deus deviam ser encorajados a perseverar na prática do
bem, devendo os pecadores, se possível, ser induzidos a se voltarem da iniquidade (Profetas e Reis, p. 412).
Havia chegado o tempo para profundo exame de coração. Enquanto Josias tinha sido seu rei, o povo teve
alguma base para esperança. Mas ele não podia mais interceder em seu benefício, pois havia caído em batalha.
Os pecados da nação eram tais que o tempo para intercessão quase se escoou de todo. “Ainda que Moisés e
Samuel se pusessem diante de Mim”, o Senhor declarou, “não seria a Minha alma com este povo; lança-os de
diante de Minha face, e saiam. E será que, quando te disserem: Para onde iremos?, dirás a eles: Os que para a
morte, para a morte; e os que para a espada, para a espada; e os que para a fome, para a fome; e os que para o
cativeiro, para o cativeiro” (Jr 15:1, 2).
Uma recusa de ouvir o convite de misericórdia que Deus estava então oferecendo atrairia sobre a impenitente
nação os juízos que haviam caído sobre o reino do norte de Israel mais de um século antes. A mensagem a eles
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8. então era: “Se vocês não Me derem ouvidos para andarem na Minha lei, que pus diante de vocês, para que
ouvissem as palavras dos Meus servos, os profetas, que Eu envio, madrugando e enviando, mas vocês não
ouviram; então farei que esta casa seja como Siló, e farei desta cidade uma maldição para todas as nações da
Terra” (Jr 26:4-6; Ibid., p. 415).
Usando de misericórdia para com o mundo, Jesus retarda Sua vinda, para que pecadores possam ter
oportunidade de ouvir a advertência, e encontrar nEle refúgio antes que a ira de Deus seja derramada (O
Grande Conflito, p. 458).
Quarta - O chamado para a morte
De nossa perspectiva, ao olhar para trás, é difícil crer na dureza de coração das pessoas. Como vimos na lição
de ontem, a mensagem de Jeremias, embora forte, ainda era repleta de esperança. Se aquelas pessoas se
arrependessem, Deus suspenderia as horríveis punições que, com base nas promessas e maldições da aliança,
viriam sobre elas. Se tão somente elas fizessem o que deviam fazer, se obedecessem a Deus e obtivessem a
bênção resultante da obediência, então tudo ficaria bem. Deus perdoaria, curaria, restauraria. A provisão do
evangelho, que viria futuramente por meio do sacrifício de Jesus, seria suficiente para perdoar todos os seus
pecados e restaurá-las. Que mensagem de esperança, promessa e salvação!
5. Qual foi a resposta dos líderes a Jeremias e à sua mensagem? Jr 26:10, 11
(Jr 26:10) 10Tendo os príncipes de Judá ouvido estas palavras, subiram da casa do rei à Casa do SENHOR e se
assentaram à entrada da Porta Nova da Casa do SENHOR. 11Então, os sacerdotes e os profetas falaram aos
príncipes e a todo o povo, dizendo: Este homem é réu de morte, porque profetizou contra esta cidade, como
ouvistes com os vossos próprios ouvidos.
R. 5. Levaram Jeremias ao tribunal e disseram que ele devia ser condenado à morte porque havia profetizado
contra a cidade, o que caracterizaria uma traição.
Em Israel, apenas um tribunal legalmente reunido poderia emitir uma sentença de morte. Só o voto da maioria
dos juízes era aceitável para a pena de morte. Os sacerdotes e profetas levaram Jeremias ao tribunal com suas
acusações mortais. Seus opositores desejavam apresentá-lo como traidor e criminoso político.
6. Qual foi a resposta de Jeremias? Jr 26:13-15
(Jr 26:13-15) 13Agora, pois, emendai os vossos caminhos e as vossas ações e ouvi a voz do SENHOR, vosso
Deus; então, se arrependerá o SENHOR do mal que falou contra vós outros. 14Quanto a mim, eis que estou
nas vossas mãos; fazei de mim o que for bom e reto segundo vos parecer. 15Sabei, porém, com certeza que, se
me matardes a mim, trareis sangue inocente sobre vós, sobre esta cidade e sobre os seus moradores; porque, na
verdade, o SENHOR me enviou a vós outros, para me ouvirdes dizer-vos estas palavras.
R. 6. Jeremias não mudou a mensagem, mas a confirmou; disse-lhes, também, que fizessem com ele o que
achassem melhor.
Jeremias não recuou de forma alguma do que havia dito; com a ameaça de morte diante de si, o profeta, ainda
que estivesse com certo medo, não amenizou uma única palavra da mensagem que havia recebido do Senhor,
que o havia advertido especialmente, desde o começo, a não omitir uma única palavra (Jr 26:2). Assim, em
contraste com o Jeremias que às vezes lamentava, reclamava e amaldiçoava o dia de seu nascimento, agora o
vemos como um homem de Deus que permanecia fiel e convicto.
Você já teve que permanecer firme e pagar um alto preço em defesa da verdade? Se você nunca teve que fazer
isso, haveria algo errado em sua vida?
Comentários de Ellen G. White
Multidões que são demasiadamente incrédulas para aceitar a segura palavra da profecia, receberão com
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9. ilimitada credulidade a acusação contra os que ousam reprovar os pecados em voga. Esse espírito aumentará
mais e mais: E a Bíblia claramente ensina que se aproxima um tempo em que as leis do Estado se encontrarão
em tal conflito com a lei de Deus, que, quem desejar obedecer a todos os preceitos divinos, deverá afrontar o
opróbrio e o castigo, como malfeitor.
Em vista disso, qual é o dever do mensageiro da verdade? Concluirá ele que a verdade não deve ser
apresentada, visto que muitas vezes seu único efeito é levar as pessoas a se evadirem de seus requisitos ou a
eles resistir? Não; ele não tem mais motivos para reter o testemunho da Palavra de Deus, porque este levanta
oposição, do que tiveram os primitivos reformadores. A confissão de fé, feita pelos santos e mártires, foi
registrada para benefício das gerações que se seguiram. Aqueles exemplos vivos de santidade e firme
integridade vieram até nós para infundir coragem nos que hoje são chamados a estar em pé como testemunhas
de Deus. Receberam graça e verdade, não para si apenas, mas para que, por seu intermédio, o conhecimento de
Deus pudesse iluminar a Terra. Tem Deus proporcionado luz a Seus servos nesta geração? Então eles devem
deixá-la brilhar ao mundo (Ibid., p. 459).
Em comparação com os milhões do mundo, o povo de Deus será, como tem sido sempre, um pequeno
rebanho. Mas se permanecerem na verdade conforme revelada em Sua Palavra, Deus será seu refúgio.
Permanecerão sob o amplo abrigo da Onipotência. Deus é sempre a maioria. Quando o som da última
trombeta penetrar a prisão dos mortos, e os justos saírem triunfantes, exclamando: “Onde está, ó morte, o teu
aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória” (1Co 15:55), para permanecerem então com Deus, com Cristo,
com os anjos e com os leais e fiéis de todos os tempos, os filhos de Deus serão a grande maioria.
Os verdadeiros discípulos de Cristo O seguem através de severos conflitos, suportando a negação de si
mesmos e experimentando amargos desapontamentos. Mas isso lhes ensina a culpa e o ai do pecado, e assim
são levados a olhar para ele com repulsa. Participantes dos sofrimentos de Cristo, estão destinados a participar
de Sua glória. Em santa visão o profeta contemplou o triunfo final da igreja remanescente de Deus (Atos dos
Apóstolos, p. 590).
Em meio aos escárnios e zombarias do mundo, ele foi uma inabalável testemunha de Deus. Sua mansidão e
justiça estavam em assinalado contraste com os revoltantes crimes, intrigas e violências continuamente
praticadas ao seu redor. Suas palavras eram acompanhadas de poder, pois era a voz de Deus falando ao homem
através de Seu servo. A união com Deus o tornou forte na fortaleza do infinito poder, durante os cento e vinte
anos em que sua voz solene e admoestadora atingiu os ouvidos daquela geração alertando para eventos que,
tanto quanto a sabedoria humana podia conceber, pareciam impossíveis.
Alguns ficaram profundamente persuadidos, e teriam atendido às palavras de advertência. Mas havia tantos
para zombar e ridicularizar, que eles participaram do mesmo espírito, resistiram aos convites de misericórdia,
não quiseram emendar-se, e logo se acharam entre os mais ousados e arrogantes zombadores, pois ninguém é
tão destemido e vai tão longe no pecado como aqueles que receberam a luz mas resistiram à convicção do
Espírito de Deus. … Quão simples e infantil, em meio à descrença de um mundo escarnecedor, era a fé de
Noé. … Ele deu ao mundo um exemplo de crer exatamente no que Deus disse (Refletindo a Cristo [MM
1986], p. 314).
Quinta - A fuga de Jeremias
Como vimos ontem, apesar de seus medos e das próprias emoções, Jeremias permaneceu firme, tendo plena
consciência de que sua postura poderia lhe trazer a morte. Em Jeremias 26:15, de maneira muito clara, ele
advertiu os príncipes e o povo de que deveriam estar certos de que, se eles o matassem, enfrentariam a punição
por derramar sangue inocente. Jeremias sabia que não era culpado das acusações apresentadas contra ele.
7. Leia Jeremias 26:16-24. Como o profeta escapou da morte?
(Jr 26:16-24) 16Então, disseram os príncipes e todo o povo aos sacerdotes e aos profetas: Este homem não é
réu de morte, porque em nome do SENHOR, nosso Deus, nos falou. 17Também se levantaram alguns dentre
os anciãos da terra e falaram a toda a congregação do povo, dizendo: 18Miquéias, o morastita, profetizou nos
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10. dias de Ezequias, rei de Judá, e falou a todo o povo de Judá, dizendo: Assim disse o SENHOR dos Exércitos:
Sião será lavrada como um campo, Jerusalém se tornará em montões de ruínas, e o monte do templo, numa
colina coberta de mato. 19Mataram-no, acaso, Ezequias, rei de Judá, e todo o Judá? Antes, não temeu este ao
SENHOR, não implorou o favor do SENHOR? E o SENHOR não se arrependeu do mal que falara contra
eles? E traríamos nós tão grande mal sobre a nossa alma? 20Também houve outro homem, Urias, filho de
Semaías, de Quiriate-Jearim, que profetizava em nome do SENHOR e profetizou contra esta cidade e contra
esta terra, segundo todas as palavras de Jeremias. 21Ouvindo o rei Jeoaquim, e todos os seus valentes, e todos
os príncipes as suas palavras, procurou o rei matá-lo; mas, ouvindo isto Urias, temeu, fugiu e foi para o Egito.
22O rei Jeoaquim, porém, enviou a Elnatã, filho de Acbor, ao Egito e com ele outros homens. 23Eles tiraram a
Urias do Egito e o trouxeram ao rei Jeoaquim; este mandou feri-lo à espada e lançar-lhe o cadáver nas
sepulturas da plebe. 24Porém a influência de Aicão, filho de Safã, protegeu a Jeremias, para que o não
entregassem nas mãos do povo, para ser morto.
R. 7. Os príncipes, anciãos e o povo se levantaram em sua defesa e foram contra o parecer dos profetas e dos
sacerdotes.
É impressionante que os sacerdotes e os profetas, que supostamente deviam ser os líderes espirituais, tiveram
que ser repreendidos e questionados por simples “anciãos” (v. 17) e pelo “povo”, os quais saíram em defesa de
Jeremias. Mencionaram Miqueias, que tinha vivido em Israel um século antes de Jeremias. O rei, na época,
não feriu Miqueias, mas deu ouvidos ao seu conselho, a nação toda se arrependeu e o desastre foi suspenso,
pelo menos por um tempo. Então, na época de Jeremias, essas pessoas, que eram mais sábias do que seus
líderes, desejavam poupar a nação de cometer um grande erro ao matar um profeta de Deus.
A absolvição enfatizava que Jeremias não era culpado das coisas das quais havia sido acusado. Contudo, o
ódio dos sacerdotes e profetas se tornou mais forte. Sua ira e seu desejo de vingança aumentaram, de forma
que, em outra ocasião, acabariam atacando Jeremias com fúria total. Sua libertação significava apenas um
momento de alívio para o profeta. Ele não estava completamente fora de perigo.
O que podemos ver aqui é um exemplo de como algumas pessoas aprenderam lições com a história, enquanto
outras, conhecendo a mesma história, se recusaram a aprender as mesmas lições. Podemos ver algo
semelhante séculos mais tarde, com o fariseu Gamaliel e sua admoestação a outros líderes a respeito de como
lidar com os seguidores de Jesus.
Leia Atos 5:34-41. Que paralelos existem entre essa passagem e o que aconteceu com Jeremias? Que lição
aprendemos com a história e com os erros dos que vieram antes de nós?
(At 5:34-41) 34Mas, levantando-se no Sinédrio um fariseu, chamado Gamaliel, mestre da lei, acatado por todo
o povo, mandou retirar os homens, por um pouco, 35e lhes disse: Israelitas, atentai bem no que ides fazer a
estes homens. 36Porque, antes destes dias, se levantou Teudas, insinuando ser ele alguma coisa, ao qual se
agregaram cerca de quatrocentos homens; mas ele foi morto, e todos quantos lhe prestavam obediência se
dispersaram e deram em nada. 37Depois desse, levantou-se Judas, o galileu, nos dias do recenseamento, e
levou muitos consigo; também este pereceu, e todos quantos lhe obedeciam foram dispersos. 38Agora, vos
digo: dai de mão a estes homens, deixai-os; porque, se este conselho ou esta obra vem de homens, perecerá;
39mas, se é de Deus, não podereis destruí-los, para que não sejais, porventura, achados lutando contra Deus. E
concordaram com ele. 40Chamando os apóstolos, açoitaram-nos e, ordenando-lhes que não falassem em o
nome de Jesus, os soltaram. 41E eles se retiraram do Sinédrio regozijando-se por terem sido considerados
dignos de sofrer afrontas por esse Nome.
Comentários de Ellen G. White
Tão enraivecidos ficaram os judeus com estas palavras [ver At 5:30-32] que se decidiram a fazer justiça pelas
próprias mãos, e, sem mais processo, ou sem autoridade dos oficiais romanos, matar os presos. Já culpados do
sangue de Cristo, estavam agora ávidos de manchar as mãos com o sangue de Seus discípulos.
Mas no concílio houve um homem que reconheceu a voz de Deus nas palavras proferidas pelos discípulos.
Este homem foi Gamaliel, fariseu de boa reputação e homem de saber e alta posição. Seu claro intelecto viu
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11. que o passo violento que tinham em vista os sacerdotes, traria terríveis consequências. Antes de se dirigir aos
presentes, pediu que os presos fossem afastados. Bem conhecia os elementos com os quais tinha que tratar.
Sabia que os assassinos de Cristo em nada hesitariam a fim de levar a efeito seu propósito.
Falou então com grande ponderação e calma, dizendo: “Varões israelitas, acautelem-se a respeito do que vão
fazer a estes homens. Porque antes destes dias levantou-se Teudas, dizendo ser alguém: a este se ajuntou o
número de uns quatrocentos homens; o qual foi morto, e todos os que lhe deram ouvidos foram dispersos e
reduzidos a nada. Depois deste levantou-se Judas, o galileu, nos dias do alistamento, e levou muito povo após
si; mas também este pereceu, e todos os que lhe deram ouvidos foram dispersos. E agora lhes digo: deem de
mão a estes homens, e os deixem, porque, se este conselho ou esta obra é de homens, se desfará. Mas, se é de
Deus, não podereis desfazê-la; para que não aconteça serdes também achados combatendo contra Deus” (At
5:35-39).
Os sacerdotes viram a racionalidade destas opiniões, e foram obrigados a concordar com Gamaliel. Contudo
seu preconceito e ódio dificilmente se podiam restringir. Muito relutantemente, depois de castigarem os
discípulos, e ordenando-lhes de novo, sob pena de morte, a não mais pregarem no nome de Jesus, soltaram-
nos. [Os discípulos] “retiraram-se pois da presença do conselho, regozijando-se de terem sido julgados dignos
de padecer afronta pelo nome de Jesus. E todos os dias, no templo e nas casas, não cessavam de ensinar, e de
anunciar a Jesus Cristo” (At 5:41, 42; Atos dos Apóstolos, p. 82, 83).
Sexta - Estudo adicional
“Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a Sua vida por nós” (1Jo 3:16). Sem dúvida podemos olhar ao
redor, na natureza, nos relacionamentos humanos e nas maravilhas da própria criação, e obter um vislumbre do
amor de Deus, por mais que o pecado tenha danificado essa criação, bem como nossa capacidade de apreciá-
la, ou mesmo de interpretá-la corretamente. Mas, na cruz, os véus foram rasgados, e foi dada ao mundo mais
completa e nítida revelação possível desse amor, um amor tão grande que levou ao que Ellen G. White chama
de “separação dos poderes divinos” (Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 7, p. 1028).
Separação dos poderes divinos? O amor de Deus por nós foi tão grande que as pessoas da Divindade, que Se
amaram por toda a eternidade, suportaram essa “separação” a fim de nos redimir. A declaração “Deus Meu,
Deus Meu, por que Me desamparaste?” (Mt 27:46) é a mais clara e poderosa expressão dessa “separação”, do
preço que foi pago para nos salvar. Ali podemos ver novamente a dor e o sofrimento que o Senhor suportou
por causa do nosso pecado. Não é de admirar, então, o fato de que “nós amamos porque Ele nos amou
primeiro” (1Jo 4:19). Como seres humanos caídos, apenas imitamos esse amor, e mesmo essa imitação é,
muitas vezes, distorcida pelo nosso próprio egoísmo e pelos nossos desejos pecaminosos. O amor de Deus
transcende o nosso; nosso reflexo de Seu amor é semelhante a uma poça de lama oleosa refletindo o céu.
Perguntas para reflexão
Embora não adoremos animais ou coisas da natureza como os antigos faziam, de que maneira estamos em
perigo de tornar a natureza um ídolo ou um deus
Qual é o papel do arrependimento na vida do cristão? Além do arrependimento inicial quando aceitamos Jesus,
que papel o arrependimento continua a ter na vida cristã?
Pense na ideia da “separação dos poderes divinos”. Como devemos entender isso? Se não considerarmos
nenhum outro aspecto, o que isso nos diz sobre a tragédia e o alto preço do pecado?
Comentários de Ellen G. White: Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 532.
Auxiliar para o professor
Resumo da Lição
Texto-chave: Jeremias 9:1-26
O aluno deverá…
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12. Conhecer: O conceito bíblico do que significa conhecer a Deus e do que acontece quando não há o
conhecimento dEle.
Sentir: Meditar na razão pela qual Jeremias escolheu uma lamentação para comunicar a profunda tristeza de
Deus por um povo que escolheu adorar a criatura em lugar do Criador.
Fazer: Refletir sobre as áreas de sua vida que entristecem a Deus e praticar o arrependimento no verdadeiro
sentido bíblico.
Esboço
Conhecer: A doutrina e a Pessoa de Deus
O que significa conhecer a Deus? Por que isso é mais do que um conhecimento intelectual, do tipo conhecer a
doutrina de Deus?
Na prática, quais são as áreas da vida que são afetadas pelo conhecimento de Deus?
Sentir: O lamento
Uma das mais profundas dores que podemos sentir é a morte de uma pessoa querida. O que Deus desejava
comunicar através do lamento fúnebre que Jeremias pronunciou no capítulo 9?
Na prática, o que significa adorar a criatura em lugar do Criador?
Fazer: Praticar o arrependimento
Arrependimento não é uma palavra popular. Como é o verdadeiro arrependimento?
Há momentos em que precisamos nos levantar como Jeremias e chamar outros ao arrependimento. Quais são
os perigos envolvidos nisso?
Resumo: Conhecer ou não a Deus é algo que se reflete claramente na vida prática. Acima de tudo, esse
conhecimento é relacional e se traduz no comportamento cristão. Onde falta o conhecimento de Deus, surge a
idolatria em todas as suas formas, havendo necessidade do verdadeiro arrependimento.
Ciclo do aprendizado
Motivação
Focalizando as Escrituras: Romanos 1:25; Jeremias 10:1-15
Conceito-chave para o crescimento espiritual: Como seres humanos caídos, frequentemente achamos mais
fácil adorar a criatura em vez de adorar o Criador. A verdadeira adoração requer um relacionamento íntimo
entre nosso Criador e nós, com base no reconhecimento de nossa condição pecaminosa, no arrependimento e
no recebimento da salvação. É muito mais fácil adorar coisas que podemos controlar, ou mesmo pessoas que
podemos manipular!
Para o professor: Os ídolos são poderosos; sempre foram. É interessante estudar, no livro de Jeremias, que o
oposto de conhecer a Deus está frequentemente relacionado ao comportamento injusto, mas, acima de tudo, à
idolatria. Em outras palavras, se eu não tiver um conhecimento salvífico de Deus, “conhecerei” outra coisa que
preencha esse vazio e me curvarei ante alguma outra coisa criada ou ser vivo, em vez de me curvar ao Criador.
Embora os ídolos dos tempos bíblicos talvez não sejam necessariamente atraentes para nós hoje como objetos
de adoração, há suficientes ídolos modernos que poderiam proporcionar uma boa contextualização da
mensagem de Jeremias para a classe. Se possível, leve uma figura do objeto arqueológico descrito abaixo. Ela
pode ser facilmente encontrada em livros de arqueologia ou no website do Museu Britânico.
Discussão de abertura
Nas décadas de 1920 e 1930, Sir Charles Leonard Woolley escavou as tumbas reais de Ur, a antiga cidade em
que Abraão nasceu, que ficava às margens do rio Eufrates e próxima ao Golfo Pérsico. Numa cova profunda,
denominada por Woolley “Grande Cova da Morte”, foram encontrados vários artefatos bonitos, sendo um
deles uma estátua de 45 cm de altura que mostrava um bode se erguendo até a parte de cima de uma árvore
para conseguir as folhas mais saborosas. Woolley o identificou, a princípio, com o carneiro que ficou preso
num arbusto, da história de Abraão e Isaque (Gn 22:13). Contudo, estudos adicionais mostraram que aquele é
um tema religioso popular nas estátuas do antigo Oriente Próximo, mostrando a árvore da vida, que era
adorada no contexto dos rituais da fertilidade.
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13. Embora seja possível que o tema tenha origem bíblica (lembre-se: havia uma árvore da vida no Éden), a árvore
passou a ser adorada de maneira geral em todo o antigo Oriente Próximo e passou a ser associada à fertilidade.
A adoração ao Criador foi substituída pela adoração à criatura. Contudo, se o objeto for analisado, é “apenas”
uma estátua de um animal cujos pés e a cabeça são folheados a ouro, cujos chifres são feitos de lápis-lazúli
(uma pedra semipreciosa) e o restante do corpo é feito de conchas, exceto os genitais, que também são de ouro
(indicando sua importância no antigo culto da fertilidade).
Em última análise, um talentoso ourives, cerca de 4.500 anos atrás, teve uma ideia, adquiriu os materiais e fez
o ídolo. Que ídolos modernos você consegue identificar? Como eles são feitos e o que os torna atrativos para a
adoração?
Compreensão
Para o professor: Precisamos perceber que todo pecado tem eco, não apenas em nossa vida na Terra, mas
também no Céu. Isso não tem a ver apenas com o registro dos atos, mas com um Deus que sofre quando Seus
filhos erram. Assim como há alegria por todo pecador que retorna (Lc 15:7, 10), há tristeza por todo pecador
que não se arrepende. Os pais que veem seus filhos fazerem escolhas erradas, ou certas, provavelmente
tenham uma pequena ideia do que Deus está passando. Tudo isso, na verdade, tem a ver com um
relacionamento profundamente afetado pelo pecado. O conceito bíblico de “conhecer” a Deus ilustra esse
ponto.
Comentário bíblico
O evangelho não é muito complicado. Quando perdemos Deus de vista, abrimos as portas para
relacionamentos alternativos (frequentemente chamados de “idolatria”); Ele tenta curar nosso relacionamento
rompido ao nos chamar ao arrependimento, mas, infelizmente, muitas vezes resistimos. Foi isso que Jeremias
experimentou como porta-voz de Deus.
I. Chorando por falta de conhecimento (Recapitule com a classe Jeremias 9:1-26.)
Nesse capítulo, o choro de Jeremias é, na verdade, o choro de Deus. É usada repetidamente a expressão íntima
da aliança, “Meu povo” (por exemplo, nos versos 1, 2 e 7). O choro de Deus (através de Seu profeta) nos faz
lembrar uma demonstração semelhante de emoção que ocorreu quando Jesus contemplou as multidões que
estavam como ovelhas sem pastor (Mt 9:36) ou quando Ele chorou pela morte de Lázaro (Jo 11:35). Tudo isso
tem a ver com relacionamentos e, mais especificamente, com relacionamentos rompidos.
Por meio de Jeremias, Deus mencionou repetidamente a crise de relacionamento com Seu povo da seguinte
forma: “não Me conhecem”. Quatro vezes a raiz hebraica yada’ (“conhecer”) é usada nesse capítulo (Jr 9:3, 6,
16, 24), contudo a palavra não se refere à capacidade intelectual de reter informações sobre alguém, mas
constitui uma expressão da mais elevada qualidade de relacionamento. O termo é bem ilustrado por seu uso no
Antigo Testamento para descrever o mais íntimo relacionamento entre marido e mulher: “Conheceu Adão a
Eva, sua mulher, e ela concebeu, e teve a Caim” (Gn 4:1, ARC). Assim, a falta de conhecimento de Deus é
falta de relacionamento com Ele. Em contrapartida, o conhecimento de Deus é a única coisa na qual podemos
seguramente nos gloriar (Jr 9:24).
Pense nisto: Como conhecer a Deus? De que maneira somos, às vezes, tentados a reduzir nosso conhecimento
de Deus a um exercício intelectual, em vez de defini-lo como um relacionamento pessoal?
II. Arrependimento e rejeição (Recapitule com a classe Jeremias 26:1-17 e Atos 17:30.)
Devemos nos lembrar de que o livro de Jeremias não segue uma ordem cronológica. O capítulo 26, que, na
verdade, antecede cronologicamente o 25, registra o sermão que o profeta pregou no templo no princípio do
reinado de Jeoaquim, ou seja, em algum momento entre 609 e 608 a.C. Ainda havia a possibilidade de que eles
se arrependessem e evitassem o exílio, mas o tempo estava se esgotando. O sermão foi uma aplicação prática
do que Deus tinha delineado, em teoria, com a ilustração do oleiro, em Jeremias 18.
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14. Talvez “ouçam e se convertam, cada um do seu mau caminho” (Jr 26:3). Contudo, a reação não foi positiva, e
Jeremias foi preso e levado ao tribunal. Porém o acusado, de maneira bem semelhante a Estêvão no Novo
Testamento (At 7), se tornou o acusador, e os versos 8-16 descrevem um julgamento completo no qual Deus,
através de Jeremias, usou outra oportunidade para chamar Seu povo ao arrependimento. Jeremias não estava
tão preocupado com a ameaça de sua morte iminente quanto com o destino de seu povo.
Pense nisto: A mensagem de Jeremias foi insuportável para os líderes de Judá. Eles não podiam suportar que o
profeta falasse de uma possível destruição de Jerusalém e do templo. Isso não se encaixava na visão de mundo
que eles tinham, porque o templo havia se tornado um ídolo e eles achavam que sua mera presença
constituísse uma proteção contra Babilônia (Jr 7:4). Da mesma forma, será que há mensagens que não
gostamos de ouvir? Quais exemplos podemos dar?
III. Posicionar-se em favor de Deus (Recapitule com a classe Jeremias 26:17-24 e Atos 5:34-41.)
Assim como Gamaliel se levantou em defesa dos apóstolos depois de Pedro ter sido libertado da prisão e
retornado ao templo para pregar, Deus suscitou “alguns dentre os anciãos” que defenderam Jeremias e
impediram que ele fosse sentenciado à morte. Eles citaram Miqueias 3:12, quase palavra por palavra, o que
indica que a mensagem desse profeta, inicialmente proclamada no tempo de Ezequias, cerca de cem anos antes
de Jeremias, já havia sido escrita e já era considerada um livro canônico.
As palavras de Miqueias foram ouvidas e atendidas, mas as de Jeremias não foram, o que criou um forte
contraste entre o fiel rei Ezequias e o infiel rei Jeoaquim. Contudo, as palavras de Miqueias foram reiteradas
com convicção e no momento apropriado, e a terrível situação em que Jeremias se encontrava foi resolvida.
Pense nisto: Tomar o lado de Deus não é algo fácil de se fazer em meio a um ambiente hostil e à pressão do
grupo. O que poderia impedir que você fale em favor de Deus?
Aplicação
Para o professor: Podemos defender com convicção apenas alguém ou algo que conhecemos. Conhecer a Deus
é um exercício experimental e relacional que conduz para longe de qualquer forma de idolatria. Ao contrário,
conduz a fortes convicções bíblicas e a um comportamento eticamente correto. É encorajador para nossa fé o
fato de ver que Jeremias não estava completamente sozinho, mas que houve pessoas que o defenderam.
Perguntas para reflexão e aplicação
1. A idolatria subentende sacrifícios aos ídolos que criamos. No antigo Israel, houve até sacrifícios de crianças.
Quais são as coisas ou pessoas que somos tentados a sacrificar nos altares deste mundo?
2. Como podemos tornar a mensagem do arrependimento uma parte positiva de nossa experiência cristã e da
mensagem de nossa igreja?
Criatividade e atividades práticas
Para o professor: As mídias desempenham um papel central na maioria das sociedades hoje. De celulares e
tablets, de computadores e TVs, somos constantemente bombardeados com os ídolos deste mundo. Como
cristãos, precisamos avaliar de maneira crítica nosso uso e dependência das mídias.
Atividades individuais e de classe
Encoraje os membros da classe a fazer um jejum de mídias durante um certo período de tempo na próxima
semana e a tirar, sempre que possível, um dia (ou outro período de tempo) sem celulares, TVs ou outros
aparelhos eletrônicos. Relatem a experiência na classe no próximo sábado.
Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?
Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões:Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões: Gerson G. Ramos.Gerson G. Ramos. e-mail:e-mail: ramos@advir.comramos@advir.com