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A integridade de Jó (Jó cap.29)
Como já disse no post anterior, estou realizando umas meditações sobre o livro de Jó e
vários aspectos deste livro tem me falado bastante. Nesta meditação quero destacar
alguns pontos sobre a integridade de Jó.
Neste livro podemos ver que Deus se agradava da integridade de seu servo Jó (Jó.1.8 e
2.3). Mesmo com todo o sofrimento de Jó, com todas suas queixas diante de Deus pela
injustiça do seu sofrimento, o Senhor não se desagradou de Jó. O Senhor entendia a dor
de Jó, embora Ele quisesse ensinar a Jó uma grande lição: a ignorância de Jó diante de
Deus e a grandeza de Deus ( veja capítulos 38 ao 41 e 42.1-6). O Senhor assinalou a Jó
como um servo fiel.
Mas como era Jó para que Deus se agradasse dele? Quais eram suas características?
Como ele se comportava? Gostaria de dividir o caráter de Jó em duas partes: 1) O
caráter de Jó em relação a Deus e 2) O caráter de Jó em relação às pessoas. Claro que o
segundo é um resultado do primeiro, mas acho importante vermos os dois aspectos, pois
um é o aspecto espiritual e o outro é o resultado prático.
O caráter de Jó em relação a Deus
Podemos observar as seguintes características de Jó em relação a Deus:
1) Jó aceitava tanto o bem como o mal que viam da mão do Senhor, mesmo não
entendendo o porquê. Ele cria que Deus é Soberano (Jó.1.21 e 2.10).
2) Ele tinha uma fé inabalável, crendo que Deus era perfeito no que fazia, como se vê
no cap.1.22: “Em tudo isto Jó não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma”. Além de
ter a sua esperança no Senhor, como diz no cap. 19.25-27: “Porque eu sei que o meu
Redentor vive e por fim se levantará sobre a terra. Depois, revestido este meu corpo da
minha pele, em minha carne verei a Deus. Vê-lo-ei por mim mesmo, os meus olhos o
verão, e não outros; de saudade me desfalece o coração dentro de mim.”
3) Ele buscava Deus para derramar suas lágrimas, e não seus amigos. Deus era seu
consolo: “Os meus amigos zombam de mim, mas os meus olhos se desfazem em
lágrimas diante de Deus” (Jó.16.20).
4) Embora Jó não entendesse o motivo ou pecado pelo qual ele estava sofrendo, e
embora se achasse justo diante de Deus sem existir um motivo para estar padecendo, ele
não negava a sua natureza pecaminosa e os “pecados da sua mocidade” (Jó.7.17-21;
19.23-26; 42.1-6).
5) El entendia que a sabedoria e o conhecimento não tinham nada a ver com o ser
humano, mas com o temer ao Senhor (Jó.28.28).
6) Ele não blasfemava contra Deus, mesmo quando até a sua esposa o incitasse a isso
(Jó 2.9-10).
7) Ele não adorava aos ídolos (Jó 31.26-27).
O caráter de Jó em relação aos homens
Já disse que estas características são o resultado de temer ao Senhor (Jó 28.28). Mas
vejamos como se aplicava o temor de Jó a Deus na sua vida prática:
1) Ele intercedia diante de Deus por sua família e pelos “possíveis” pecados que seus
filhos poderiam ter cometido (Jó.1.5).
2) Ele estava disposto a morrer se mantendo íntegro, verdadeiro e justo. Nada era
suficientemente grande para ele mudar estas coisas (Jó 27.4-6).
3) Ele ensinava a muitos, fortalecia aos fracos, encorajava aos que estavam do seu lado
(Jó.4.3).
4) Ele era reconhecido diante dos jovens e idosos como um homem íntegro e exemplar,
isto é, ele era um bom testemunho (Jó 29.7-11).
5) Ele livrava e ajudava a pobres e órfãos (Jó 29.12; 31.16).
6) Ele confortava as viúvas e as alegrava (Jó.29.13; 31.16).
7) Ele guiava aos cegos e mancos (Jó 29.15).
8) Era pai dos necessitados (Jó 29.16).
9) Examinava tudo, especialmente as causas dos desconhecidos (Jó.29.16).
10) Aplicava justiça aos malvados (Jó 29.17).
11) Suas palavras eram sábias e todos as respeitavam (Jó.29.21-22).
12) Se alegrava e até ria ou sorria junto com os seus (Jó 29.24).
13) Ele dirigia o caminho dos seus como um chefe de família (Jó 29.25).
14) Ele tinha feito "aliança" com seus olhos, para não pecar olhando outras mulheres
(Jó.31.1; 31.9).
15) Ele não seguia o seu próprio coração, não andava em falsidade, nem enganava às
pessoas (Jó.31.5-7).
16) Ele respeitava o direito dos seus servos (Jó 31.13).
17) Ele não colocava a sua esperança nos bens materiais (Jó 31.24-25).
18) Ele não se alegrava com a desgraça dos seus inimigos (Jó 31.29-30).
Bom, este é um resumo das características de Jó. Minha oração diante do Senhor é para
que possamos ter essa integridade que vemos em Jó e que estejamos preparados para
sofrer assim como ele teve que sofrer. Que o Senhor Deus tenha misericórdia de nós e
que pela graça de Jesus possamos estar em pé firmes nEle com os olhos em Cristo, o
autor e consumador da Salvação. Somente nEle podemos viver como Jó, pois o
princípio da sabedoria é o temor do Senhor (Jó 28.28).
14-estudo - Jó
Instituto Bíblico Filadélfia Prof.ª: Nilza Cardoso Clemente
LIVROS POÉTICOS – Jó
“Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem.”42:5
Livro sapiencial – (um manual de instrução para a vida) O homem aprende a conhecer a
si mesmo.
Jó = Pesaroso, voltado para Deus (em hebraico perseguido) (em árabe arrependido).
Um furacão corta e dilacera. Apenas as fundações sólidas permanecem, sobrevivem a
esta fúria desenfreada. Contudo estas bases podem ser usadas para a reconstrução após a
tempestade. Em qualquer tipo de reconstrução a base é de vital importância Ela precisa
ter profundidade, solidez suficiente para suportar o peso da reconstrução e outras
pressões.
Nossas vidas são como construções, e a qualidade e a base determinarão a qualidade do
seu todo. Devemos usar bom material na construção de nossa vida para não sermos
arruinados.
Jó foi tentado. Desfrutava de uma vida cheia de prestígio, posses e pessoas. Foi
subitamente atingido por todos os lados, desvatado, sugado até a base. Entretanto a sua
vida fora construída de novo. Aleluia! Foi construído em Deus, por isso ele suportou.
O livro de Jó conta a história de um homem de Deus. É um emocionante drama de uma
pessoa que vai da riqueza à extrema miséria, e é restituída em dobro. É um retrato de fé
persistente.
Ao lermos Jó, vamos analisar a nossa vida, vamos checar a nossa base. Devemos estar
apto a afirmar que, quando mais nada nos restar além de Deus, Ele é suficiente!
Há autor que diga que Jó viveu 60 anos antes do seu sofrimento e mais 140 anos depois
da restauração (Jó 42:16) .60+140=200 anos
Sua longa vida aponta para uma época patriarcal (2000 – 1800) a.C. sendo assim Jó
seria contemporâneo de Abraão.
Outros pensam que é da época de Salomão. Não há nada no livro indicando que Jó
conheceu leis hebraicas e suas cerimônias como temos a partir de Êxodo. Por isso acha-
se que está entre Gênesis 11 e 12 este acontecimento
Os sacrifícios que Jó oferecia, os holocaustos, mencionados no início do seu livro era de
ordem sacerdotal, mas não eram os mesmos sacrifícios levíticos.
Daí a idéia foi aceita que este poema foi escrito antes da libertação do povo de Deus no
Egito.
SUA LOCALIZAÇÃO
Uz – Provavelmente a Leste de Canaã, talvez na atual Arábia Saudita. Sabe-se apenas
que tinha muitas pastagens e plantações (1:2) Situava-se próximo ao deserto (1:19) e
estava perto dos caldeus o suficiente para ser atacada (1:14 a 17).Uz também é
mencionada em Jeremias 25:19 e 20 (.Ler Gn.10:23)
QUEM ESCREVEU O LIVRO?
Alguém que teve uma profunda experiência com Deus. Não se tem certeza do seu autor.
Há várias possibilidades abordadas pelos estudiosos da Bíblia.
- Talvez Moisés – A coleção de tradições judaicas denominadas Talmude, o atribui a
Moisés. Outros estudiosos acham que poderia ser Esdras, Salomão, Eliú (36:16 e 17) ou
o próprio Jó.
- Moisés (Período mosaico) - Supõe-se que Moisés escreveu este livro quando se achava
entre os medianitas, cerca de 1520 AC. Harã. Ou porque Jó viveu + de 140 anos, filhos
adultos, então exercia a atribuição sacerdotal que é uma época antes de Moisés.
- Salomão - Durante o seu reinado. Isto explicaria o seu universo espírito. Os Três
amigos eram ÁRABES, talvez Jó o fosse. O local foi Harã norte da Palestina, perto de
Damasco.Não houve nenhuma referência à Lei de Moisés ou ao registro de fatos da
história judaica, talvez isto tenha sido proposital, para quebrar a tradição. Jó pertence
em pensamento e forma a corrente literária, que se originou com Salomão, daí ser mais
semelhante ao livro de Provérbios do que qualquer outro livro do AT.
- Durante ou depois do exílio Babilônico – O problema do sofrimento passou a ser
considerado nesse período. A concepção de imortalidade no livro aparece mais tarde.
Existe muito da língua Aramaica e hebraica. O quadro de satanás é muito adiantado.
Esta concepção é do VT. A palavra satanás sig adversário. O termo só aparece duas
vezes no AT. Sendo ambas a literatura pós exílica. (II Cr, 21:2 – Zc. 3:1 e 2).
O TEMA DO LIVRO
O sofrimento humano ou o sofrimento do justo.Este livro denuncia a insuficiência dos
horizontes humanos para compreensão adequada do problema do sofrimento
PLANO DO LIVRO DE JÓ
Este livro é uma das mais grandiosas obras jamais escrita. É a mais antiga exposição do
eterno problema O destino do homem e a providencia de Deus.
- É um livro doutrinário fala da doutrina de Deus, do homem, de satanás, do pecado, da
justiça, da disciplina, da fé, da criação e de outros.
É também um livro Revelador de fatos divinos e sobrenaturais. Ele aborda fatos
essenciais sobre Deus, seu favor para com seus filhos e seu controle sobre satanás. Fala
da confiança que ele quer que tenhamos nele.
No livro de Jó nós temos a resposta a pergunta: Porque o justo sofre enquanto os ímpios
gozam de saúde e prosperidade?
É porque também faz parte da humanidade decaída e corrompida. “Muitas são as
aflições dos justos, mas de todas elas Deus as livra”.
O homem bom não escapa de todas as tribulações, ele também as tem. Mas o Senhor o
ajuda em todas e cada uma delas Sl.“No mundo tereis aflições (tribulações), mas tendes
bom ânimo, Eu tenho vencido o mundo João 16:33.
O livro de Jó é um livro que aviva a nossa Esperança. Jó é um exemplo da Sabedoria
Divina é mais do que a poesia.A verdadeira sabedoria nos aproxima da dependência de
Deus e não da justiça própria ou auto – suficiência.
Jó Existiu? Ele é tão real como Noé – Daniel etc.
Aqui temos o testemunho do próprio Deus Ezequiel 14:14 a 20 Ezequiel não ia misturar
um personagem fictício.Tiago 5:10 e 11 – justo e paciente Jó não é imaginário.O que
Deus vê neste momento na nossa vida?
Capítulo 1:V.1 - Jó era sincero e temente a Deus. Ele é chamado de perfeito.
V.2 – Patriarca pai de 10 filhos = 7 rapazes e 3 moças
V.3 – Era o maior, o mais rico daquela parte do Oriente. Possuía:
7000 ovelhas
3000 camelos
500 juntas de bois
500 jumentas
Muita gente a seu serviço. Amava seus filhos e desviava-se do mal. Acima de tudo Jó
era servo e apenas um servo. Não existe Grande servo (de Deus) Servo é aquele que
serve. Jó era um modelo único.
V.5 –. Como pai piedoso, Jó tinha muito zelo pelo bem-estar espiritual de seus filhos.
Ele se preocupava Vivia atento à conduta e modo de vida deles, orando a Deus para que
os protegesse do mal e que experimentassem da parte de Deus a salvação e suas
bênçãos. Jó nos dá exemplo de um pai de coração voltado para os filhos, dedicando-lhes
tempo e atenção necessária para mantê-los afastados do pecado.
(Nós devemos também nos preocupar-nos com a vida espiritual de nossos filhos,
sacrificando algumas horas em oração por eles).
V.6 a 12 – O ataque de satanás contra Jó: Aqui começa um diálogo entre Deus e satanás
(adversário) este se apresenta a Deus regularmente como anjos (aqui chamado filhos de
Deus)
Certo dia quando Deus se reunia com seus filhos ou membros da corte divina – anjos.
Cremos que satanás aqui na terra é inspetor de Deus junto aos homens nos céus, ele é o
adversário dos homens junto a Deus (fiscal acusador de ofício).
Um concílio pode ser na terra ou nos céus, tanto faz. Satanás aparece não como um anjo
caído, mas como um anjo que tem acesso aos céus.
Eis aqui de que se ocupava satanás:
a) Rodear a terra e passear por ela (1:7)
b) Assistir as reuniões dos filhos de Deus (1:6)
c) Acusar os filhos de Deus (1:9 a 11 e Ap.12:10
d) Ferir os servos de Deus quando Deus permite (2:6 e 7)
Este trecho nos mostra que: a) Todos os seres angelicais, bons ou maus, são compelidos
a apresentar-se a Deus.
b) Que ele está sempre em atividades a serviço do seu reino, temebroso, procurando
destruir a fé dos crentes, porque satanás tem demônios que cumpre a tarefa para ele, e se
não cumpre eles são castigados.
c) Ele acusa falsamente os servos do Senhor.
d) Ele depende da permissão do altíssimo par provar os crentes em Jesus Cristo.
V. 8 - Nós vemos: Aqui o Senhor inicia um diálogo - O Senhor elogiando o seu servo Jó
Jó era sincero e reto, isto é íntegro, justo, honrado, piedoso, caridoso, completo sem
pecado, era como qualquer ser humano. Era temente a Deus, e desviava-se do mal. Bom
pai, bom chefe de família e em tudo queria agradara Deus. .
Ainda com todas estas qualidades ele grita,chora,reclama se impacienta, mas não perde
a fé.
Satanás não gosta de ver nem ouvir um crente fiel sendo elogiado, ele só aplaude o
crente que anda errado.
V.10 – Sebe = cerca viva - Muitos anjos nos cercando. No capítulo 3: 23, Satanás
reclama que houvesse uma cerca em torno de Jó. Jó pensa que a sebe era para impedir
que saísse, quando na realidade era para impedir que satanás ali entrasse. Posto que o
ladrão (aqui satanás) vem para roubar, matar e destruir.
(Jo 10.10), Deus coloca uma cerca de proteção em volta dos seus, para abrigá-los dos
ataques de Satanás. Essa "cerca" é qual "muro de fogo" espiritual, de proteção para os
fiéis de Deus, de modo que Satanás não possa atingi-los. "E eu, diz o SENHOR, serei
para ela [Jerusalém] um muro de fogo em redor" (Zc 2.5). (2) Todos os crentes que
fielmente procuram amar a Deus e seguir a direção do Espírito Santo têm o direito de
pedir e de esperar que Deus mantenha esse muro de proteção ao seu redor e de suas
respectivas famílias.
V.11 – Satanás desafia a Deus. Aqui podemos ver Deus investindo no homem
imperfeito (Jó) sabendo muito bem qual era o resultado. Deus é onisciente.
V.13 a19 – Satanás ataca. Aproveita seus agentes para destruir a sua fé. Isto só acontece
dentro dos limites de Deus.
V.15 - Os Sabeus – Sabá tribo nômades da Arábia, que faziam invasões roubando e
matando. Eram beduínos –
V. 16 - Estando este ainda falando, veio outro e disse: Fogo de Deus caiu do céu, e
queimou as ovelhas e os moços, e os consumiu; e só eu escapei, para te trazer a nova. O
"fogo de Deus" é provavelmente uma expressão referente ao relâmpago,raio. (Nm 11.1;
1 Rs 18.38).
V.17 - Os Caldeus – Os desta época eram nômades saqueadores. O vento que derrubou
a casa em que se encontravam os filhos de Jó (1:19) deve ter sido uma grande
tempestade de areia que acusou a morte deles,Ou um terremoto.
V. 19 - Eis que levantou grande vento do lado do deserto e deu nos quatros cantos da
casa. Vento Sul traz calor. Vento Oeste (poente) traz chuva. Vento Norte traz chuva
fresca e vento Leste vento quente siró.
Quatro cantos da casa =1 - Canto da família, 2 - canto financeiro, 3 - canto da doença
(V.7) 4 - canto espiritual fé esperança.
.
Capítulo 2 - V.7 – Uma enfermidade – não sabemos qual doença, mas os eruditos
pensam ser uma espécie de lepra ou algo semelhante. Úceras purulentas, fétidas e
inflamadas cobriam a pele de Jó. O osso ficou enfraquecido e começaram a desgastar-
se. Apele foi tornando ressequida, preta e alargando o corpo. Pesadelos horríveis faziam
parte do sofrimento de Jó.
V.9 – Sua esposa lhe diz: Ainda conservas a tua integridade? Amaldiçoa a Deus e
morre. Achava-se que se ele amaldiçoasse a Deus talvez Deus lhe desse a morte.
Jó perdeu todos os seus bens, mas não perde a fé.
O servo do Senhor pode passar por fogo, pelas águas, pelo horror, der maltratado,
injuriado, repelido pelos homens, mas Deus nunca se esquecerá que ele é seu servo
adquirido pelo sangue de seu Filho Jesus Cristo.
Jó estava sem bens, sem filhos, sem saúde. Ele estava só, mas Deus não o esqueceu. A
Bíblia nos fala que quando estamos fracos Ele se mostra forte. Em nossa fraqueza
repousa o poder de tudo. II Co.12:9 e 10.
Jó raspa suas feridas com caco e assentou-se nas cinzas.
O Desconforto dos Três Amigos (devemos fazer visitas)
ELIFAZ – Era o mais entendido – Ciência – Temanitas – Sig. Deus é o ouro refinado ou
Deus concede Era de Tema descendente de Esaú edomita, (pertence à Arábia
considerada a região de homens sábios)
Principal argumento: Era que Deus é soberano, justo e puro ( 4:7) e que o homem é a
causa dos seus próprios problemas ( 5:7) Acusa Jó de não ser reto O sofrimento de Jó
prova que ele é um pecador.
BILDADE – A Tradição – Filhos da contenda – Suíta, era de Suá – descendente de
Abraão e Quetura.
Conselhos superficiais e não ajudam nada a aflição de Jó.
Ele acusa Jó de impiedade ( 8:13)
Principal argumento; é que Deus jamais perverte o direito (8:13)
ZOFAR – cabeludo ou rude - Dogma – (doutrina religiosa, filosófica) Deísmo (o
homem devido a sua pequenes e imperfeição jamais alcançarão favores de Deus).
Naamatita (Naamate) de origem e localidade desconhecida.
Acusa Jó de Jactância (11:2 a 6 )Arrogante, vaidoso,orgulhoso.Sepega a uma
orgumentação legalista.
Um dos seus argumentos principais é que Deus não ignora jamais a iniqüidade de
ninguém (11:11) e que o mal não passa despercebido a seus olhos.
ELIÚ – Era mais jovem –Ele é meu Deus - Novos e idosos podem ser sábios V.8 – Era
de Buz talvez da Síria ou Arábia. Não tinha muita intimidade com Jó.
Argumento chave: É que Deus é sempre bom. (33:24) e misericordioso.Acusa de reagir
contra o seu sofrimento.Quem acusou Jó não foi Deus .
ELIFAZ, BILDADE e ZOFAR. Estes homens eram pessoas de prestígio e de honra, de
terras distantes. Partiram separadamente de seus locais de origem, encontraram em um
lugar determinado e daí seguiu juntos para Uz.
Quando chegaram, notaram que já estava irreconhecível por causa da sua enfermidade,
até choraram, rasgaram suas capas e jogaram pó para o ar sobre sua s cabeças. Com este
ato estavam demonstrando pena, ante a angústia de Jó pela sua agonia. O período de
luto naquele tempo era de sete dias e sete noites. Eles ficaram sentados, silenciosos,
pensativos, sem dirigir uma sílaba sequer a Jó. (2:13).
ALGO BOM SOBRE ESTES TRÊS HOMENS.
1 – Eles deixaram tudo por algum tempo para virem consolar um amigo que estava
sofrendo grandes calamidades.
2 – Viajaram muito para chegar ao destino.
3 – Foram os únicos que apareceram para se condoerem com Jó.
4 – Choraram com ele na sua desolação e se humilharam perante ele.
5 – Por sete dias e sete longas noites se sentaram com Jó. Eles, homens de dignidade e
se precipitaram com suas línguas.
O problema de que Elifaz, Bildade e Zofar foram que se tornaram impacientes e se
precipitaram com suas línguas.
O sofrimento de Jó era a forma de disciplinar e aperfeiçoar, refinar seu caráter e sua fé.
A batalha de Jó pode ser vista por três ângulos:
1 - A prova. 2 – Por que foi provado 3 – Para que foi provado.
1 - A prova. Foi das mais cruéis que podemos imaginar: Homem próspero e bom;
Temente a Deus; Homem de família; Cuidava de seus filhos; Homem operoso e
trabalhador; e sua riqueza veio às mãos por esforço e luta. .
2 – Por que foi provado. – Jó olhava para suas mãos e estavam limpas; Para o seu
coração, era puro; Para sua relação com Deus, e era reta; Ele alimentava o faminto,
vestia o nu, consolava o aflito e defendia o fraco.
3 – Para que foi provado. - Nunca devemos perguntar “por que” e sim “para que”. Em
Romanos 8:28 diz: Todas as coisas (boas ou ruins) contribuem para o bem daqueles que
amam a Deus.Sabemos que Deus só permite o que podemos suportar.Em I Co.10:13 -
Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que vos não deixará tentar
acima do que podeis; antes, com a tentação dará também o escape, para que a possais
suportar.E Tiago 5:11 - Eis que temos por bem-aventurados os que sofreram. Ouvistes
qual foi a paciência de Jó e vistes o fim que o Senhor lhe deu; porque o Senhor é muito
misericordioso e piedoso.
Capítulo 3 - O primeiro ciclos de discursos
Do capítulo 3 ao capítulo 31 é diálogo.
Quase 75% de debates entre Jó e seus amigos.
20 capítulos são palavras de Jó.
9 capítulos são palavras de seus amigos.
6 capítulos Eliú.Eles expõe seus pensamentos
Depois dos acontecimentos calamitosos dos capítulos 1 e 2 depois de rejeitado por sua
esposa.Depois de sentar no monturo por uma semana .Depois de tudo e muito mais que
não está descrito no livro,Jó finalmente abre a boca e desabafa.
Em suas palavras: perguntas, dúvidas, frustrações, perturbação, procurou compreender a
sua situação contrária, mas ainda não encontrou resposta.
Nestes últimos versículos. Ele amaldiçoa o dia do seu nascimento e a noite da sua
concepção. Ele não amaldiçoou a Deus e sim o dia. Ele preferia nunca ter nascido ao ser
abandonado por Deus.
Ele está cheio de dor física, sem saber a razão de tudo isso que o tormenta.
Lamentação de Jó 3:1 a 26 - A última parte do capítulo 3 (20 a 26) vê o desânimo de Jó
aumentando:- Ele amaldiçoa a noite em que foi concebido e o dia em que nasceu.
- Desejava que tivesse morrido no ventre.
- Queria ter a morte prematura para escapar a aflição.
Nesta situação desesperadora, ele vê a morte, o túmulo, como algo mais desejável do
que tesouros ocultos. Ler cap.3 v.20 e 21
Não pensemos que Deus realmente nos ama. Ele sempre nos impedirá de sofrermos. Às
vezes podemos gozar de plena paz, outras vezes desespero total. O amor de Deus não
pode ser medido ou limitado pela intensidade do nosso sofrimento. Em Romanos 8:38 e
39 diz:Porque estou certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem
principados (são seres invisíveis do mal), nem potestades,nem o presente, nem o provir,
nem altura, nem profundidade, nem alguma outra criatura nos pode separar do amor de
Deus,que está em Cristo Jesus.,nosso Senhor.Aleluia! Em Cristo nós somos mais que
vencedores, seu amor nos protege do poder das trevas.
O Primeiro debate entre Elifaz e Jó
Capítulo 4:1 a 5:27 - Elifaz, o temamita - Ciência – Acusa Jó de não ser reto É o
entendido.
Elifaz acha que o sofrimento humano deve ter uma causa.
Elifaz argumenta que Jó está sofrendo porque pecou. Este argumento não aplicava a Jó,
pois sabemos que o sofrimento de Jó não era resultado de um grande pecado.
Às vezes damos excelentes conselhos as pessoas apenas para aprender que estes não se
aplicam a elas, tornando-se desta forma, pouco proveitosa.
Todos os que oferecem conselhos da Palavra de Deus deveriam ser cuidadosos em
compreender plenamente a situação da pessoa, antes de dar qualquer conselho.
Elifaz não mede suas palavras e diz: Se fosse ele não murmuraria nem reclamava, ou
seja, buscaria a Deus e entregaria a sua causa.
É muito fácil dizer “Se eu fosse você faria isto ou aquilo”. Cuidado! Com as palavras.
No capítulo 6:1 a7:21 - Jó responde: A justiça da minha causa triunfará 6:29 – Sua
integridade ainda permanece.
6:30 – Ele declara a sua inocência Romanos 3:23: Porque todos pecaram e destituído
estão da glória de Deus.Todas as iniqüidades nos torna “pecadores” grandes ou
pequenos.Todos eles nos separam de Deus,mas todos podem ser perdoados
.
No Capítulo 5:17 a18 ; Bem aventurado é o homem a quem disciplina Porque ele faz a
ferida e ele mesmo a ata,ele fere as suas mãos curam.
Capítulo 7 – Continua a réplica
Neste cap. Jó da vazão a amargura da sua alma,dirigindo-se a Deus. Ele reclama que a
mão de Deus estás sendo pesada sobre ele. Continua falando sobre a inutilidade da sua
vida e o aparente enigma da sua situação infeliz.
A vida já é curta demais, então qual é o propósito de passar toda uma parte desta vida
sofrendo calamidade, sofrendo dor.
Capítulo 8:1 a 22 - O Primeiro debate entre Bildade e Jó.
BILDADE (o suíta, tradicionalista) ficou transtornado porque Jó ainda se dizia inocente
enquanto questionava a justiça de Deus.
Ele acusa Jó de impiedade e seu Principal argumento é que Deus jamais perverte o
direito Achava-se que Jó continuava a sofrer por admitir o seu pecado.
BILDADE aconselha Jó. (São conselhos superficiais, não ajudam em nada) 8:2 – Até
quando falarás tais coisas? Bildade é mais audacioso do que Elifaz diz ainda que os
filhos de Jó pecaram,por isso morreram.
Capítulo 9:1 a 10:22 Réplica de Jó
10:2 – Direi a Deus; não me condenes, faze-me saber por que contendes comigo.
Capítulo 11:1 a 20 - Primeiro debate entre Zofar e JÓ
Zofar (naamatita, dogma} acusa de jactância (vaidade e orgulho)
Sua argumentação: O pecado de Jó merece ainda maior sofrimento do que este.
Diz que Jó era um tagarela. Ele achava que Jó estava falando coisas que não entende e
que Deus é até muito tolerante com Jó. Ele acha que Jó merece um castigo maior que
está recebendo agora. Esta acusação vem do homem que estava se tornando cada vez
mais irracional e dependendo inteiramente do seu intelecto ao tratar com Jó.
Capítulo 12 a 14:22 - Jó responde
Capítulo 13:18 - Estou certo de que serei justificado
Capítulo 14:1 – O homem é inquieto...Nós lamentamos sempre a brevidade dos nossos
dias,mas agimos como se não houvesse fim para eles.
V.7 – Porque há esperança para a árvore, pois, mesmo cortada, ainda se renovará, e não
cessarão os seus rebentos.
V.14 – Se morrer o homem porventura tornará a viver?A resposta é dada por Cristo {a
beira do túmulo de Lázaro (João 11) Os homens acreditavam na ressurreição antes
mesmo da vinda de Cristo (At.23:6;24:14 e 15;II Samuel 12:23 At.26:6 e 7 ;20)
Capítulo15; 1 a 21:34 - O segundo ciclo de discursos:
Capítulo 15:1 a 35 – O segundo debate entre Elifaz e Jó
Capítulo 16:1 a 17:16 - Réplica de Jó a Elifaz
Elifar acusa a Jó de impiedade
17:16 –Onde está a minha esperança?Sim a minha esperança quem a poderá ver?
Capítulo 18:1 a 21 – O segundo debate entre Bildade e Jó.
Bildade descreve a sorte do perverso
Capítulo 19:1 a 29 - Réplicas de Jó a Bildade
Jó embora sofrendo ele sabe que o seu Redentor vive. Jó chama o seu Senhor de
Redentor. Jesus é o nosso Redentor. Quando Jó grita o grito de misericórdia ele grita
“Goel” que quer dizer redentor. Quando alguém morria o seu parente mais próximo
seria o “Goel” daquele que faleceu. Isto é ele iria redimir toda pendência que o morto
deixasse para trás. Aqui ele diz uma profecia sobre o Redentor que iria salvar a todos.
Redimir-nos de todo pecado.
Jó proclamou isto quando estava ainda no pó e nas cinzas, apodrecendo em vida e não
depois da grande virada da sua vida.
Capítulo 20:1 a 29 - O segundo debate entre Zofar e Jó.
Zofar descreve a calamidade dos perversos.
Capítulo 21:1 a 34 - Réplica de Jó a Zofar.
Capítulo 23:1 a 31:40 - O terceiro ciclo de discursos:
Capítulo 22:1 a 30 - O terceiro debate de Elifaz.
Elifaz acusa Jó de grandes pecados
Capítulo 23:1 a 24:25 - Réplica de Jó a Elifaz.
Jó confessa que os perversos muitas vezes não são castigados e responde a sorte dos
perversos no capítulo 27
Capítulo 25:1 a 6 - O terceiro debate de Bildade.
Bildade nega que o homem possa justificar-se diante de Deus.
Capítulo 26:1 a 31:41 - Réplica de Jó a Bildade.
Cap. 26 – Jó afirma a soberania de Deus.
Capítulo 28 - A verdadeira sabedoria vem de Deus. Este capítulo é semelhante ao livro
de Provérbios. Uma consideração da questão de onde se pode achar a sabedoria.
Capítulo 28:11 – “Tapa os veios de água e nem uma gota sai deles, e traz a luz o que
estava escondido.”Energia.
Capítulo 29 – Jó lembra do seu primeiro estado feliz.
Capítulo 30 – Jó lamenta a miséria que caiu.
Capítulo 31 – Jó declara a sua integridade.
Capítulo 32:1 a 37:24 – O discurso de Eliú.
Ele se ira contra Jó e seus três amigos.
Capítulo 32:1 a 33:3 – O primeiro discurso –Deus instrui o homem através da aflição.
Capítulo 34:1 a 37 – O segundo discurso – Vindicadas a justiça e a prudência de Deus
Capítulo 35 1 a 16 – O terceiro discurso - As vantagens da piedade. –Deus não ouve o
aflito porque esses não têm fé. 35:13 – “Só gritos vazios Deus não ouvirá” .
Capítulo 36:1 a 37:24 - – O quarto discurso – A grandeza de Deus e a ignorância de
Jó.O sofrer do homem Deus lhe visa o bem.Eliú exalta a majestade de Deus.
Quatro visões do sofrimento:
A visão de satanás: As pessoas acreditam em Deus apenas quando são prósperas e não
estão sofrendo, isto é errado.
A visão dos três amigos: O sofrimento é o julgamento de Deus pelo pecado. Isto nem
sempre é verdadeiro.
A visão de Eliú: O sofrimento é a forma de Deus para ensinar, disciplinar e refinar. Esta
é a verdadeira, mas incompleta explicação.
A visão de Deus: O sofrimento nos faz confiar em Deus por quem Ele é não pelo o que
Ele faz.
Curiosidade: 37:7 – Impressão digital – Assim torna ele inativas as mãos de todos os
homens.
Capítulo 38:1 a 42:6 - Os discursos de Deus. Debate entre Deus e Jó
Capítulo 38- O primeiro discurso –A onipotência de Deus é proclamado na criação; O
Senhor convence a Jó da sua ignorância.
V.1 a 3 - “Depois disto, o Senhor respondeu a Jó dum redemoinho, e disse: Quem é este
que escurece o conselho com palavras e conhecimento? Agora cinge o teu lombo, como
homem; perguntar-te-ei, e tu responda-me.”Agora o próprio Deus chegava a Jó em
pessoa num redemoinho,numa nuvem de glória,revelando a Jó a sua glória e o seu
poder, a sua soberania,para dizer ao seu servo que Ele pôde provar o mais justo,e que
tais provações lhes serão creditadas em benção multiplicadas.
V.4 – “Onde estavas tu quando Eu fundava a terra?”. Não temos resposta para esta
pergunta até os dias de hoje.
V.7 –“Quando as estrelas da alva junta alegremente cantavam...”. Coral estelar
V.13 –“orlas da terra...” eixo imaginário.
V.18 – “idéia largura da terra” Linha do Equador
V. 19 - “Onde está o caminho da morada da luz? E quanto às trevas, onde está o seu
lugar?” Espaço cósmico.
V. 22 – “Ou entraste tu até os tesouros da neve e viste os tesouros da saraiva, que Eu
retendo até o tempo da angústia, até ao dia de peleja e de guerra?” Hoje, a ciência sabe
que a neve é formada de cristais microscópio em formato geométrico, de variedade
praticamente infinita. Ninguém sabe quantos formatos de cristais existem na neve. Mas
Deus sabe.
V.38–“Onde está o caminho para onde se difunde a luz” Prisma ótico –
V.31 e 32 – Lei gravitacional
V.34 – Rádio – “Podes levantar a tua voz até as nuvens...”
V.38 – Junção atômica molecular – “Para que o pó se transforme em massa sólida”
39:7 – Lei da acústica – “Ri do tumulto da cidade”
40:15 19 –– Beemote –Sua força está nos seus lombos e o seu poder, nos seus músculos
do seu ventre, Sua cauda como o cedro e seus ossos como bronze o seu arcabouço como
ferro. Todas estas qualidades acharam no dinossauro. 12 mt de comprimento sua
cauda=1/3 do seu corpo com 36 mt.
41:1 “Poderá pescar com anzol um leviatã?” = crocodilo.
O dízimo só foi transformado em lei quando Moisés recebeu as tábuas da Lei no Monte
Sião.
Capítulo 40:6 a 42:6 - O segundo discurso – O poder de Deus e a fraqueza do homem, a
humildade de Jó.
Jó confessa V.5 –“Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem.”.
Capítulo 42 - V.5 a 6 - O sofrimento inexplicável na vida de seus filhos, tem como
propósito divino de ampliar a nossa visão sobre a soberania, a santidade, o amor e a
justiça de Deus; e do conhecimento e julgamento de nós próprios. Foi o que aconteceu
com Jó.
V.6 - Eu me abomino e me arrependo ao Pó e na cinza.
Moisés escondeu sua face ante a sarça ardente (Ex.3:6)
Pedro reconheceu seus muitos pecados (Lc. 5:8)
Paulo caiu por terra (At.9:4).
João caiu aos seus pés como se tivesse morrido (Apc. 1:17)
Quando Jó se humilhou ao pó perante Deus, satanás já havia perdido. Depois desta
experiência Jó passou a ter uma visão mais clara do mundo invisível, o mundo espiritual
do reino de Deus. Aprendeu que esse mundo invisível é mais real do que a própria
realidade visível desta vida. Aleluia! O apóstolo Paulo diz que as coisas que vemos são
temporais e as que não vemos são eternas.
V.7 a 17 - Deus repreende os três amigos de Jó, os três consoladores.
V.10 a 17 - “E o Senhor virou o cativeiro de Jó, quando ele orava pelos seus amigos,e o
Senhor acrescentou a Jó outro tanto em dobro a tudo quanto possuía”
Jó é restaurado e próspero. “Assim abençoou o Senhor o último estado de Jó mais do
que o primeiro”.
Porque veio a ter:
14000 mil ovelhas;
6000mil camelos;
Mil juntas de boi;
Mil jumentas.
7 filhos e 3 filhas,
Genros, noras, netos, etc.
Os cristãos recebem duas vezes mais em Cristo, do que perderam em Adão pela morte.
Jó tinha agora 10 filhos na terra e 10 filhos no céu.
Devemos lembrar que nem sempre recebemos nossa recompensa aqui na terra onde
estamos apenas de passagem. Nós alcançaremos a maior vitória ao chegar-mos na glória
celeste. João em Apocalipse disse “E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não
haverá mais morte, nem, pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são
passadas”.
Qual então a mensagem do livro de Jó?Como ele se dirige a grande necessidade
universal?
O livro denuncia, de forma notável, a insuficiência dos horizontes humanos para uma
compreensão adequada do problema do sofrimento.
Como prólogo como plano de fundo, os sofrimentos de Jó, aparece não como irrefutável
prova de castigo divino, como queriam os amigos de Jó, mas como prova de confiança
divina no seu caráter.
O autor do livro de Jó recomenda, sem dúvida, a humildade diante do sofrimento jamais
advoga o desespero. Ele crê num Deus que pode satisfazer a necessidade humana. O
aparecimento dos homens que vem aconselhar Jó conduz à controvérsia, à desilusão e
ao desespero; A revelação de Deus promove a submissão, a fé e a coragem. A palavra
do homem é impotente para penetrar a escuridão da mente de Jó.A palavra de Deus traz
a luz eterna. ALELUIA!!!
Destaquemos alguns ensinos no livro de Jó.
Não devemos nos julgar isento de culpa. Muitas vezes o homem se sente no direito de
questionar os atos de Deus ou mesmo a ausência de sua intervenção. Jó 7:20 - Por que
fizeste de mim um alvo para ti, para que a mim mesmo me seja pesado?
Nossa capacidade para reconhecer é limitada. Não podemos satisfatoriamente explicar
todas as coisas, por mais que nelas meditemos. Jó 11:8 e 9 - Como a altura dos céus é a
sua sabedoria; que poderás tu fazer? Mais profunda é ela do que o inferno; que poderás
tu saber?Mais comprida é a sua medida do que a terra; e mais larga do que o mar.
O Senhor é soberano no seu modo de agir. Deus sempre faz o que quer,quando quer e
como quer, o que às vezes dificulta os juízos humanos. No final do nosso
questionamento, precisamos reconhecer que Deus é o justo e verdadeiro, e que todo o
homem é limitado e efêmero.
Jó 42:1 a 6 - Então, respondeu Jó ao SENHOR e disse: Bem sei eu que tudo pode, e
nenhum dos teus pensamentos pode ser impedido. Quem é aquele, dizes tu, que sem
conhecimento encobre o conselho? Por isso, falei do que não entendia; coisas que para
mim eram maravilhosíssimas, e que eu não compreendia. Escuta-me, pois, e eu falarei;
eu te perguntarei, e tu ensina-me. Com o ouvir dos meus ouvidos ouvi, mas agora te
vêem os meus olhos.Por isso, me abomino de me arrependo no pó e na cinza.
Deus está no comando de tudo. O livro de Jó nos ensina que há fatores que interferem
em nossas vidas do que aqueles que nós podemos controlar, o criador nos aperfeiçoa nas
mais adversidades.
Para o inimigo, Jó poderia ser um bom teste de fidelidade. Para Deus, Jó era um justo
que poderia ser aperfeiçoado, se abandonasse a justiça própria e tivesse uma reação
ainda maior da gloria do seu Deus. Percebemos, portanto, que Deus trabalha de modo
que não entendemos, mas sua ação soa sempre baseada em justiça e amor.
.
Concluindo: A verdadeira sabedoria nos aproxima da dependência de Deus e não da
justiça própria ou não auto-suficiência. A verdadeira sabedoria produzida humildade e
não orgulho ou vaidade. A verdadeira sabedoria leva à justiça e à paz, dignifica seu
possuidor e glorifica o seu Doador: DEUS.
Cap 03 - PONTOS RELEVANTES NO LIVRO DE JÓ
Capítulos 21-30
#34
Jó 21
“Através da história, as pessoas têm se voltado para livro de Jó em busca de ajuda em
tempos de dificuldades. Nem todos encontraram respostas para suas perguntas – Jó
também não! Porém, eles foram ajudados pelo simples fato de outros expressarem suas
ansiedades e perplexidades, as quais eles tinham medo até de mencionar.” (Derek
Thomas)
Aqui temos a resposta de Jó para Zofar (Será que Zofar interrompeu Jó? v. 3) “Jó, o
injusto pode prosperar, mas ele será julgado nesta vida” cap. 20: 5. “A resposta de Jó
marca o final da segunda rodada.”
Num sentido amplo, esta foi a resposta de Jó: nenhuma regra universal pode ser
estabelecida tomando-se como base a premissa de que Deus trata com os homens
somente nesta vida.
Esboço:
I. Introdução, v. 1-6
v. 2 “Ouçam cuidadosamente. Se vocês desejam realmente me confortar, ouçam o que
estou dizendo. Ouçam-me, e assim vocês estarão me confortando.”
Muitas vezes, ouvir é o melhor conforto que podemos dar. Seja um bom ouvinte. É
terapêutico, para quem está sofrendo, expor o seu coração. Ouça com um interesse
genuíno. Ore por sabedoria para (e se deve) responder.
v. 3 “Ouça o que eu tenho a dizer, e então considere se você tem alguma boa razão para
zombar de mim.”
v. 4 “Se o homem fosse a fonte dos meus problemas, eu não teria o direito de me
queixar com ele? Sendo assim, se Deus é a fonte do meu problema, por que eu não
tenho o direito de me queixar à Ele?”
v. 5 -6 “Se vocês parassem de falar o tempo suficiente para olhar para mim e
considerarem quão grandes são as minhas aflições, vocês tremeriam comigo. Minha
experiência deveria fazer vocês tremerem para que o mesmo não acontecesse à vocês.
II. Argumento
1. Refutando a base da tese de Zofar, v. 7-26
(1.) “Alguns ímpios prosperam nesta vida até chegarem ao túmulo”, v. 7-13. Nem todos
morrem prematuramente.
v. 7 “Por que o ímpio muitas vezes vive uma vida longa e são fortes?”
v. 8 “Suas famílias prosperam e seus filhos se estabelecem.”
v. 9 “Deus não lhes toca (como Ele tem feito comigo).”
v. 10 “Seus rebanhos também prosperam.”
v. 11 -12 “A vida é uma grande festa para eles.”
v. 13 “A vida deles caminha muito bem, até mesmo na morte. Tudo aparentemente vai
bem para eles!
Deus é extremamente paciente com muitos, e com alguns mais do que outros. Graça
comum não é distribuída de maneira uniforme. Ela deveria nos conduzir ao
arrependimento (Romanos 2: 4). Mas, ao invés disso...
(2.) “Eles se endurecem contra Deus na prosperidade”, v. 14-16.
v. 14 “Eles não se importam com Deus...preferem ser ignorantes a Seu respeito.”
v. 15 “Nenhum reconhecimento de Deus. ‘Quem Ele pensa que é? Eles corajosamente
afirmam. Não há proveito nenhum em orar para Ele. Adoração é um desperdício.”
v. 16 “Eles se orgulham da sua grandeza, mas é Deus quem lhes dá tudo o que têm. Eu
não me aproximo de homens como estes! Eu os evito!”
Riquezas temporais e prosperidade dão um falso senso de segurança; sedução das
riquezas. Durham: “Prosperidade é uma maldição para o homem ímpio.” Para alguns, a
melhor coisa a respeito de Deus; é se tornarem cada vez mais ateus. (Por isso não vêem
a piedade como um ganho!)
Nunca pense que servir a Deus é um desperdício, e não servi-lo é o caminho da
felicidade.
Tanto a riqueza quanto a pobreza pode ser laço, Provérbios 30: 8-9. Em tempos de
prosperidade, tome cuidado para não desprezar a Deus. Em tempos de dificuldades,
tome cuidado para não lançar mão do nome de Deus.
Use com sabedoria os seus recursos, use-os para a glória de Deus. E os que usam deste
mundo, como se dele não abusassem. I Cor. 7: 31 (ex: usar exageradamente, buscando
obter deles mais do que podem oferecer).
No dia do julgamento Deus irá dizer: “Apartai-vos de mim”, à todos aqueles que lhe
disseram: “Aparta-te de mim”! Jó 21: 14, 22: 17, Mateus 8: 34.
(3.) “Outros são julgados nesta vida, v. 17-21. Tão certo como alguns ímpios
prosperam, outros sofrem, durante toda a sua vida.
v. 17 -18 “Nenhuma luz, somente tristeza e destruição. Nenhum fundamento seguro”
(em contraste com aqueles previamente descritos).
v. 19 “Algumas crianças sofrem por causa da impiedade dos pais.”
v. 20 “Alguns ímpios vêem nesta vida a sua própria destruição.”
v. 21 “Eles não vivem o suficiente para tirar proveito dos frutos do seu trabalho
terrestre.” Note que Jó procura estabelecer, aonde é possível, uma base simples. *Não
exagere a sua situação. Admita a veracidade do caso dos seus oponentes naqueles
exemplos onde haja verdade. Quantas vezes, num debate teológico, nós exageramos,
superestimando nossa posição! (Como Gill, em Isaías 53: 6 –Nenhum chamado ao
evangelho, convite, ou oferta aos pecadores mortos, somente o chamado á uma
adoração pública; especialmente aos santos, ou talvez aos Judeus, enquanto Cristo
estava na Palestina.)
(4.) “Tudo isso só pode ser explicado pela soberania de Deus”, v. 22-26.
v. 22 “Os caminhos de Deus estão acima do nosso entendimento. Ele dispõe do ímpio
segundo a Sua própria vontade.”
v. 23 -24 “Deus chama alguns ímpios à sepultura enquanto prósperos e bem de vida.”
v. 25 “Outros, Deus chama estando miseráveis e vazios.”
v. 26 “Porém, ambos morrem.” Durham: “A terra se torna em cama para ambos, os
vermes seu lençol e cobertor, cobrindo-os, e os mesmos vermes se fazem presentes
tanto em um quanto em outro.”
“Estas verdades todas mostram que seus argumentos são falhos. Vocês estão limitando
Deus apenas a uma maneira de trabalhar, quando Seus caminhos são certamente
variados. Você pensa que está ensinando à Deus alguma lição?! (v. 22) Você acha que
Ele é incompetente e necessita de ajuda?” As colocações de Jó são irrefutáveis.
* Henry: “A desproporção entre o tempo e a eternidade é tão vasta, que em sendo o
inferno o destino final de todo pecador, fará pouca diferença se alguém for para lá
cantando ou suspirando.”
2. A Perspectiva em longo prazo: “A destruição do ímpio está reservada principalmente
para o mundo vindouro”, v. 27-33.
v. 27 -28 “Eu entendo a sua posição. Você me acusa de pecado grave e hipocrisia. Mas,
você está errado. Você ignora as evidências que tenho apresentado.”
v. 29 “Qualquer homem nas ruas pode testificar o que eu tenho dito, ou seja: que o
ímpio nem sempre é punido nesta vida.”
v. 30 “A ira completa de Deus não será derramada sobre o ímpio até o dia do
julgamento final. Nós concordamos que a irá está por vir, mas principalmente (se não
inteiramente) após esta vida, não durante esta vida.”
v. 31 “Ele pensa que é intocável, e que ninguém lhe retribuirá pelas suas más obras.”
v. 32 “Mas ele morrerá. E a morte é uma testemunha contra ele!”
v. 33 “Ele pode muito bem morrer em paz, falsa paz, e ter um velório pomposo (como
muitos oficiais). “Sua morte pode ser como a de qualquer outro, não sendo o primeiro
nem o último a morrer.
III. Encerrando a repreensão, v. 34.
Resumo: “Seu argumento é inválido. Sua ajuda de nenhum valor para mim.”
Henry: “Onde não há verdade, pouco conforto se pode esperar.”
Observe:
1. Deus aponta a porção de cada um. Tenha confiança de que Ele faz o que é justo e
melhor.
2. Não é Jó uma miniatura dos eleitos de Deus aqui na terra? Embora Deus nos permita
sofrer como Jó, e embora o mal aparentemente triunfe (como vemos neste capítulo), não
se aflija. Deus está trabalhando para que todas as coisas cooperem para o nosso bem.
Sabedoria perfeita está orquestrando o todo.
3. Do verso 33. Estamos todos num processo de morte. Portanto, vamos viver para as
coisas de interesse eterno. Quando o dia da morte chegar, o que você gostaria de ter
feito? Você lamentará por não poder pecar um pouco mais? Ou lamentará por não ter
servido a Deus melhor? Determine viver hoje de tal maneira, que não leve você a se
lamentar de ter vivido em vão!
#35 Os amigos de Jó em seu pior
Jó 22
O começo da “terceira etapa”. A última vez que ouvimos Elifaz falar. Jó havia
desmantelado a tese deles. Exposto a falácia de seus argumentos. Abalou os alicerces da
teologia deles. O único recurso de Elifaz: Aumentar o volume da retórica. Este Elifaz
está totalmente diferente daquele que vimos na primeira etapa. Ele vai fundo na
maldade e crueldade que nunca esperaríamos de um amigo com intenções de confortar.
Ajuda versos provar que estamos certos. Como Spurgeon disse: podemos introduzir
uma centena de demônios enquanto tentamos expulsar um!
Devemos manter a cabeça e não sermos apressados em nossas palavras. O que se
indigna à toa fará doidices (Provérbios 14: 17). Porque convém que o bispo seja... não
soberbo, nem iracundo (Tito 1: 7). Seja temperante. Pense espiritual e racionalmente.
1. “Esta conversa toda não mudará a justiça de Deus” v. 2-4.
Uma salva de perguntas:
v. 2 “Você não pode fazer de Deus o seu devedor. Você é um servo inútil. Você pode
ajudar a si mesmo, não a Ele.”
v. 3 “Deus é feliz sem você. Você não pode acrescentar nada a Ele.”
v. 4 “Você não pode ameaçar a Deus. Você não pode atuar como Seu Juiz!” Tudo isso é
verdade. Deus não precisa de nós para se alegrar, mas nós temos alegria sem Ele.
Mas estes princípios podem ser aplicados de forma errada. (Como alguns que professam
crer na predestinação, justificando seus pecados com base nisso. Rom 6: 1-2). Aplique
corretamente a verdade a você e a outros.
II. “Deixe-me mencionar alguns dos seus pecados, primeiro: você tem maltratado o
próximo” v. 5-11.
v. 5 Talvez esta seja a acusação mais severa contra Jó em todo livro. “Você é um
hipócrita!” Neste ponto Elifaz concorda com Satanás a respeito de Jó! Aqui vemos um
dos maiores ataques de Satanás: um amigo tão bom e temente a Deus, como Elifaz,
condenar totalmente Jó. (Elifaz era o mais velho, mais moderado e mais simpático dos
três.) A tática era direcionar Jó a um desespero tal, que ele desistisse e amaldiçoasse a
Deus em Sua face.
Cuidado para não ser uma arma de Satanás! Até mesmo Pedro fez isso em pelo menos
uma ocasião (Mateus 16: 23 - Para trás de mim, Satanás...). (Em certo sentido, é claro,
esta declaração se aplica a toda humanidade. O erro é aplicá-la para Jó de maneira
peculiar, e baseada no evangelho da prosperidade.)
v. 6 -9 “Finalmente, algumas coisas particulares e específicas, contrárias as
generalidades e insinuações que tínhamos visto anteriormente!
v. 6 “Você foi maldoso obtendo vantagens sobre outros.”
v. 7 “Você não demonstrou misericórdia ao necessitado.”
v. 8 “Você estimulou os ricos, mostrando favoritismo.”
v. 9 “Você oprimiu o pobre...atingindo o ponto mais alto da injustiça.” Que acusações
bárbaras! Totalmente infundadas. (Jó respondeu a isso no capítulo 29 e 31.) Talvez um
tiro no escuro, uma expedição de pesca na consciência de Jó, ou atirar lama na
esperança de acertar em alguma coisa.
Cuidado para não imaginar o pior, estando pronto a acusar sem evidências, declarando
publicamente isso. Oh, Que dano!
Não mude os fatos em fantasias a fim de vencer um argumento (Derek Thomas).
No calor de um argumento, até mesmo bons homens podem jogar sujo. Seja cuidadoso
em manter autocontrole sobre os sentimentos e a língua.
É melhor confiar no SENHOR do que confiar no homem, Salmos 118: 8.
v. 10 - 11 “Sendo assim, todas estas calamidades vieram sobre você.” “Este é o motivo
pelo qual ciladas, preocupações, trevas e devastações vieram sobre você. Você está sob
julgamento em virtude destes pecados.”
Há muitos mais ainda....
III. “Segundo, você tem desprezado a Deus” v. 12-14.
v. 12 “Deus é altíssimo e Todo-Poderoso.”
v. 13 – 14 “Mas, você pensa que Ele é muito alto para ter alguma consideração ou
prestar atenção em seus pecados. E você tem verbalizado isso, Jó!” Isso é verdade?
Claro que não! Pois em nenhum lugar Jó declarou qualquer coisa semelhante a isso.
Elifaz está colocando palavras na boca de Jó, imaginando que elas estejam no coração
dele. Elifaz interpretou as observações de Jó, a respeito da prosperidade do ímpio, como
uma negação do cuidado e da soberania de Deus sobre eles.
Não presuma as palavras e os motivos dos outros! Seja cuidadoso, citando de forma
precisa e dentro do contexto. Derek Tomas: “A verdade é de pouco valor no calor de um
argumento.” Se você tem que usar este recurso como tática, é porque, na verdade, não
tem mais argumento!
Não pense que você conhece os motivos dos outros. Seja cuidadoso e generoso, até que
você tenha razões para acreditar no pior a respeito de um irmão em Cristo. Não pense
que você conhece todos os motivos pelos quais Deus age. Examine sempre e com
cuidado as suas imaginações!
IV. “Aprenda através daqueles a quem Deus destruiu” v. 15-20.
v. 15 “Você é um ignorante a respeito da história?!”
v. 16 – 17 “Você não se lembra de como Deus destruiu o ímpio com o dilúvio? Você é
como eles, por isso Deus o está destruindo.”
v. 18 Talvez citando a Jó de maneira debochada (21: 16 etc.): “Você se acha melhor do
que aquelas pessoas ímpias, mas é igualzinho a elas! (Ou talvez se apropriando das
palavras de Jó, por achar que ele não ter direito a elas.)
v. 19 “Jó, eu fico contente em ver o ímpio destruído, eu zombo disso quando sei. Estou
contente em vê-lo sofrer!” Que cruel! Que inconveniente para uma alma que não tem
absolutamente nada, a não ser aquilo que Deus livremente lhe tem concedido!”
v. 20 Nossa constante prosperidade argumenta a nosso favor. “A sua destruição prova
que você está errado.” O velho e mesmíssimo evangelho da prosperidade – “Deus
sempre julga o pecador nesta vida; todos os problemas desta vida dizem respeito ao
julgamento sobre o pecado.”
Medida para um padrão adequado: Deus pode reverter a prosperidade de qualquer
pessoa num piscar de olhos.
Erro do evangelho da prosperidade: “Só pode haver um motivo para as calamidades, ou
seja: você tem pecado em sua vida.” Não há lugar para o conceito de que você possa ter
calamidades sendo santo, como Jó!
V. “Aqui segue o meu conselho: Seja correto com Deus, e assim você irá
verdadeiramente prosperar” v. 21b. Aqui há uma grande verdade, se aplicada
corretamente. Um exemplo disso está no fato de que de uma mesma fonte não pode
jorrar água amarga e doce ao mesmo tempo (Judas 3).
v. 21 “Você precisa conhecer Deus. Você ainda está em trevas espirituais. Bênçãos
virão se você se tornar um Cristão.”
v. 22 “Como conhecer Deus? Ouvindo Sua palavra e internalizando Suas leis.”
v. 23 a “Arrependendo-se dos seus pecados.”
v. 23 b-25 “Se você fizer isso, será restaurado com paz e prosperidade (ganhas
honestamente, não com injustiça, como ocorreu anteriormente em sua vida, Jó).”
v. 26 – 27 “E você gozará de prosperidade espiritual.”
v. 28 – 30 “Seus desejos serão atendidos, vivendo um vida feliz.”
v. 29 – 30 “Você será proveitoso e útil à outros.”
Este é o melhor conforto que Elifaz poderia dar! Nenhum sinal de que o sofrimento seja
o cumprimento de muitos dos propósitos que glorificam a Deus (que Deus tenha mais
razões para os seus feitos, além de simplesmente julgar o pecado)...de nos refinar, nos
humilhar, nos prevenir de pecar, nos provar, nos levar a uma comunhão maior com Ele,
e demonstrar a Sua fidelidade a um cético como Satanás. É irônico o fato de que Elifaz
e seus amigos terão que se arrepender e Jó orar por eles!
Observe:
1. A avaliação de Deus pode ser tremendamente diferente da avaliação dos homens.
Para Elifaz, Jó era o pior dos pecadores na face da terra. Para Deus, Jó era perfeito, reto
e o melhor dos santos na face da terra.
Não leve sempre a sério a avaliação de certos homens!
2. Veja em Jó uma sombra de Cristo. Ferido pelos amigos (todas as pessoas lhe tratando
como Elifaz!)
Se você está passando pela mesma situação, não amaldiçoe a Deus. Seja fiel e Ele o
guiará pelo vale da sombras. Não deixe que os Elifazes de sua vida o desviem do
caminho de Deus.
#36 O anelo por Deus
Jó 23
Aqui temos a resposta de Jó para as acusações cruéis e injustas de Elifaz. Nem tanto
uma resposta direta contra as falsas acusações, mas um clamor a Deus – O anelo e
anseio por Deus!
Algumas grandes declarações são feitas aqui, tais como: a confiança de Jó em Deus
enquanto ele caminha pela fé, sua clareza de consciência, sua total submissão a
soberania de Deus em suas provações.
Entretanto, há uma indicação de que Eliú tenha causado em Jó um espírito de elevada e
corajosa confiança, muito mais do que Deus mesmo, quando ele inicia a sua resposta.
Henry: “Aqui vemos, através deste capítulo, uma luta entre a carne e o espírito, o temor
é a fé.
- Na melhor das possibilidades, nós ainda estamos lutando com o pecado que habita em
nós. (Mas, Deus tem que aumentar o calor para atingir a temperatura do “infinito”, a fim
de trazer as impurezas de Jó à tona!). Ao defender-se, seja cuidadoso para não perder a
perspectiva, ficando inchado a respeito de si mesmo. O perigo da
autojustificação....melhor deixar isso com Deus.
I. Jó lamenta sua situação, v.2.
“Minha situação hoje é tão ruim como sempre.”
Sofrimento prolongado é uma das piores coisas que alguém pode suportar.
Lamentar não é em si mesmo um mal. Porém, cuidado com o espírito de rebelião,
ressentimento e amargura contra Deus.
“...Não estou me queixando tanto quanto eu poderia! A coisa toda é pior do que vocês
imaginam.”
É um pecado gemer mais do que a pancada exige. Não seja murmurador!
Quietude sob a vara de Deus é uma virtude.
II. Jó anseia comparecer diante do tribunal de Deus, v. 3-7.
Deus parecia estar distante para Jó, no que diz respeito a receber alguma ajuda, ou de
ser ouvido por Ele.
v. 3 “se eu soubesse onde o poderia achar...
v. 4 ....Eu apresentaria o meu caso a Ele com argumentos bem elaborados.” Ore de
forma organizada e ordeira. Confusão não combina com Deus!
v. 5 “Gostaria de ouvir o que Ele tem a dizer para mim.”
*Coragem em excesso
v. 6 “Ele não iria exercer o seu poder contra mim, mas ao meu favor.”
v. 7 “Sim, Eu teria uma audiência justa, pois Ele me ouviria. Ele certamente sairia em
minha defesa. Mesmo que os homens se recusem a limpar o meu nome, Deus o faria!”
- Cuidado para não falar de forma rude a respeito de Deus, como se você fosse a
autoridade. Quando Jó finalmente pode estar diante de Deus, ele ficou mudo! Ver cap.
40: 3-5, 42: 6. Nós também, muitas vezes, não temos a mesma tendência de invocar o
nome de Deus de forma descuidada e apressada?...assumindo que o nosso caso é mais
importante e que sabemos exatamente como devemos ser ouvidos. Caso venha a dizer:
“Nos veremos no dia do julgamento”, esteja certo que está dizendo isso com humildade,
como alguém que está sendo julgado, não como se você fosse o juiz de outros!
- Não seja tão apressado pela vinda do julgamento de Deus. Ele virá cedo o suficiente!
E Nós podemos nos surpreender então! (Comp. I Cor. 4: 3-5, Tiago 5: 7-9)
III. A confiança de Jó em Deus, v. 8-10.
v. 8 -9 “Eu o tenho procurado por todos os lados....Eu sei que Ele está próximo, mas não
posso vê-Lo.” (“Elifaz, você me diz que eu deveria ficar mais apercebido dEle...Bem,
eu ficaria, se pudesse!”)
- Deus nem sempre é encontrado imediatamente. Muitas vezes temos que buscar e bater.
Não presuma que a Sua presença será sentida durante as provações. Busque-O! (não há
nada automático na experiência Cristã.)
- Deus tem um designo nas deserções. Como a águia treinando seus filhotes, Deus nos
deixa cair, mas nunca para nos estatelarmos no chão!
v. 10 “Mas, Ele sabe o que está fazendo comigo, ou; Ele aprova os meus caminhos e
minha conduta [comp. Salmo 1: 6]. Ele está me refinando através da fornalha da
aflição.”
Uma entre as grandes declarações do livro! O conforto de Jó: olhar para suas provações
através da perspectiva de Deus. “Ele sabe! Ele está perfeitamente inteirado de tudo.”
- Vamos como cristãos tirar conforto disso! (1.) Nossas aflições são provas, por ex:
testes, provas. Não têm como objetivo nos ferir, mas são para o nosso bem a longo
prazo. (2.) Quando o teste termina, sairemos da fornalha da aflição. Pode terminar ainda
em vida, ou quando muito, na morte. (3.) Resultado final: Ouro! Puro e precioso santo
para a glória de Deus – Aprovado e aperfeiçoado. Henry: “Aqueles que vão em ouro
para a fornalha, não podem sair pior do que quando entraram.”
- Quando você não sabe o que Deus fará, conforte-se em saber que Ele sabe.
- Todos os filhos de Deus são provados e refinados. Espere por isso. Não seja pego de
surpresa, como aquele ouvinte que caiu entre espinhos, na parábola do semeador.
IV. A clareza de consciência de Jó, v. 11-12.
v. 11 “Eu tenho permanecido no caminho estreito. Eu não me virei contra Deus.”
v. 12 “A minha consciência não me acusa. A Sua palavra é mais vital para mim do que a
comida que como!”
- Não importa quão áspero seja o caminho, nunca devemos deixar de obedecer nosso
Deus.
- Nada é tão valioso quanto uma consciência pura com Deus. (o contrário de sofrer
como malfeitor). Sibbes: “Ou a consciência é um dos nossos maiores amigos, ou um
dos nossos maiores inimigos neste mundo.”...Uma boa consciência pode encarar a face
de Deus!
- A Palavra de Deus é mais necessária do que a comida! O homem não vive só de pão!
Henry: “A Palavra de Deus é para a nossa alma o que a comida é para o nosso corpo;
ela sustenta a nossa vida espiritual, e nos fortalece nas situações difíceis da vida; não
podemos subsistir sem ela, e nada pode substituí-la. Por isso, a devemos estimar, sentir
dores, fome, e também nos alimentar dela com prazer, nutrindo assim a nossa alma.
Então ela será nosso regozijo no dia mal, assim como o foi para Jó aqui.”
- A importância da obediência as Escrituras. J. Murray: “O caminho da piedade é
simplesmente este: quanto mais a vara de Deus assola de forma dura e misteriosa, mais
o santo de Deus se apega com maior firmeza a vontade de Deus revelada.”
- Vamos valorizar a Palavra de Deus! Como saber se você tem a Palavra de Deus na
mais alta estima: (de Robinson em PHC)
- Sendo atencioso na leitura e no ouvir da Palavra
- Ponderando-a séria e freqüentemente
- Entesourando-a cuidadosamente em sua memória (guardei, v. 12 = escondi, Salmo
119:11)
- Preferindo-a em lugar de confortos terrenos, possessões, liberdade e até a própria vida
- Abandonando nossos pontos de vista, propósitos e práticas que se oponham aos seus
ensinos
- Preferindo sofrer e ter perdas do que violá-la
V. A visão de Jó da Soberania Divina, v. 13-17.
v. 13 “Deus não se confunde. Ele não pode ser mudado. Ele faz a sua própria vontade.”
v. 14 “Ele apenas está cumprindo o que havia determinado como minha porção aqui.”
- Deus compreende a si mesmo, ainda que nós não. Sua soberania, que é uma grande
consolação, associada a Sua bondade por nós, demonstra Sua sabedoria em tudo o que
realiza.
- Receba as provações como vindas de Deus, das quais Ele tem várias para nós. Henry:
“Quando Deus determinou a vida eterna e a glória como nosso fim, Ele também
determinou para esta condição, estas aflições.”
v. 15 -17 A pequena confusão de Jó.
Ele estava perturbado com a ausência de Deus, mas agora na Sua presença! V. 15. “Eu
estou temeroso só de pensar o que Ele ainda tem reservado para mim!”
v. 16 “Deus está me humilhando no pó.”
v. 17 “Eu não morri antes de todos estes problemas chegarem.” Jovem no verso 17b: e
nem encobriu o meu rosto com a escuridão.”
Observe:
1. Onde nós estaríamos sem o Livro de Jó!
2. Marque novamente estas verdades vitais para os tempos de provação:
• Conhecimento da Palavra de Deus
• Obediência a esta Palavra
• Consciência pura
• Perspectiva eterna. Salmos 119: 71 Foi-me bom ter sido afligido, para que aprendesse
os teus estatutos. Confiança inteligente, caminha pela fé.
#37 Jó 24
Continuação do discurso iniciado no capítulo 23, onde Jó anseia pelo dia em que se
apresentará diante do tribunal de Deus, por estar confiante de que Deus finalmente o
justificaria (V.10); “minha consciência está limpa...minha confiança está no
Senhor...Seus propósitos, embora misteriosos e difíceis, são os melhores!”
Agora Jó retorna para o argumento da “mosca no ungüento” de Elifaz e seus amigos,
pois ele dizia: o ímpio algumas vezes prospera nesta vida e parece escapar dos seus
pecados. (Esta era uma falha mortal existente no argumento deles, como já exposto no
capítulo 12 e 21)
I. V. 1 Resumindo a questão (a chave do argumento de Jó: Irrespondível)
“Se Deus sabe todas as coisas, por que Ele não se apressa em executar julgamento sobre
o ímpio e justificar aqueles que o conhecem?” Ou, Por que a justiça não é imediata?”
Até mesmo Jó não é capaz de responder a esta pergunta! Aqui se trava a batalha da
fé...continuar crendo que Deus é justo, mesmo quando Sua justiça não parece estar
presente.
II. V. 2-12 A opressão feita por algumas pessoas ímpias.
Eles tiram vantagem de outras pessoas via:
- Roubando terras e animais, v. 2 - até mesmo dos indefesos, v. 3. (Note como Deus
freqüentemente repete Seu interesse pelos órfãos e viúvas.)
- Tratam os pobres tão duramente, que eles se escondem para se proteger com medo e
pavor, v. 4. Como os animais selvagens, os ímpios saem à procura de satisfazer seus
desejos e instintos selvagens, v. 5. (compare com os errantes ladrões Caldeus e Sabeus
do capítulo 1)
- Roubam o produto do campo, v.6. Em alguns casos, o ímpio roubando o próprio
ímpio. *O fato de alguém ser roubado, não significa que esta pessoa era justa. O
sofrimento (ex: ser órfão ou viúva) não é uma marca de piedade nem impiedade –
evidência incerta.
- Deixam o necessitado sem o básico, sem ao menos uma vestimenta (v.7) abrigo (v. 8)
ou comida (v. 9). Os deixam sem uma peça de roupa ou a comida básica (v. 10). Os
fazem trabalhar como escravos produzindo vinho e azeite, não permitindo que tomem
sequer uma gota do fruto do seu trabalho, (v. 11) Seus gemidos e suspiros sobem do
lugar onde se encontram, porém Deus parece não ouvir, nem prestar atenção a dor deles,
pois não traz a juízo os opressores, (v. 12). Similar ao Salmo 50 e 73.
III. V. 13-17 Obras das trevas feitas por pessoas que estão nas trevas.
A luz é com freqüência utilizada como uma metáfora de Deus e da piedade, sendo as
trevas o seu oposto. V.13.
É interessante como alguns pecados geralmente ocorrem sob a capa das trevas, a fim de
ocultar ou esconder a obra daquele que a executa. (Lembre-se de como a noite fica
escura sem a luz artificial!)
Ao amanhecer, antes do raiar do sol, enquanto os homens honestos estão se levantando
para trabalhar, o assassino age, e o ladrão comete seus crimes nas sombras, v.14.
O adúltero espera ansiosamente o cair da noite, a fim de não ser visto enquanto se dirige
ao seu destino, v. 15.
Estas são pessoas da noite, cujo único uso para a luz do dia, é o de marcar as casas que
planejam assaltar a noite, v. 16. Eles odeiam o raiar do dia, pois é como a morte para
eles!...eles vivem sob o temor de serem detectados, v. 17.
- Medo de serem vistos pelos homens, mas não de serem vistos por Deus. Devemos nos
lembrar sempre da Onipresença e da Onisciência de Deus! Nada irá ajudá-lo mais a não
pecar do que isto: Nunca estou sozinho! ...na multidão, na banca de jornal, no
computador e na frente da TV. (Evite a tentação e a aparência do mal, seja reto como
uma flecha!)
IV. V. 18-20 O destino final dos ímpios.
Suas vidas passam rapidamente (como de todas as pessoas), eles deixam tudo para trás
quando morrem, são removidos desta terra amaldiçoada e de suas possessões, e não
desfrutam das alegrias e delícias desta vida, v. 18.
A morte se move rapidamente, v.19. Esta é uma verdade para toda a humanidade caída e
pecadora descendente de Adão. Eles serão esquecidos pelo mundo, enquanto os vermes
se alimentam dos seus corpos, v. 20. Suas más obras morrerão com eles, como o tronco
de uma árvore enfraquecida finalmente vai ao chão.
O ponto principal de Jó aqui, é mostrar que tudo é uma questão de tempo: “Eu concordo
que a prosperidade do ímpio é breve, pois um dia morrerão e entrarão em sofrimento,
mas a questão é a seguinte: Eles sempre sofrem antes de morrer? Eu digo que não!”
V. V. 21-24 Mais detalhes sobre os ímpios.
São cruéis com os aflitos e solitários, v.21.
Eles se acham tão poderosos e confiantes, que perseguem até aos homens que exercem
autoridade, de maneira que ninguém se sente seguro com pessoas deste tipo por perto, v.
22.
Embora estejam a salvo e seguros, não estão contentes. Eles continuam a buscar a quem
possam assaltar, roubar e etc., v. 23.
Eles desfrutam de alguma prosperidade, mas quando estão maduros (plenitude de vida),
são cortados, v. 24.
Ponto: Eles vivem e morrem como todos os demais. Parece que eles nunca serão
descobertos ou punidos aqui, diante dos olhos humanos.
VI. V. 25 A mudança de Jó.
“Eu estou tão certo de tudo isso, que desafio a qualquer um me provar o contrário.”
- Esta é a coragem daqueles que conhecem a verdade!
Observe:
1. A maneira como tratamos os indefesos, mostra quem somos realmente. Viúvas, etc.
Pense no aborto, na eutanásia. Nós respeitamos as pessoas?
2. Usemos o padrão bíblico de medida, não o carnal. As riquezas deste mundo são uma
marca do ímpio, mais do que do sábio! Henry: “Não podemos dizer que todos que
sofrem são ímpios, e que todos os que prosperam não são justos.” Deus permite que
alguns dos seus inimigos passem por julgamentos nesta vida, antes do julgamento final,
enquanto outros; somente no futuro, permitindo que eles tenham uma vida de muito
“sucesso” aqui. Esta é uma decisão de Deus. (Ele não tem que nos explicar por que trata
os ímpios de maneira diferente nesta vida.)
3. Não devemos ter inveja do ímpio em sua prosperidade. (Novamente, Salmo 73.)
Deseje uma melhor felicidade do que aquela que o mundo pode oferecer. Durham:
“Olhe para a fragilidade da sua vida enquanto você prospera, reconheça que você é
exaltado apenas por algum tempo, e lembre-se que a eternidade está por detrás de tudo
isso.”
4. Não devemos seguir o curso das coisas pecaminosas em virtude de outros se saírem
bem ao fazer isso. Eclesiastes 8: 11. A justiça é tão certa quanto lenta! O julgamento
visível é raro na maioria das vezes.
5. Ande sempre no caminho da obediência pela fé, aguardando pacientemente a justiça
de Deus.
#38 O último dos três amigos
Jó 25
O terceiro discurso de Bildade. Bem curto, talvez perdendo a força...perdendo o debate,
ou simplesmente perdendo a paciência com Jó. Após algumas repetições, o que mais
poderia ser dito de qualquer argumento?
Os dois pontos de Jó, previamente repetidos nos capítulos 23 e 24:
1. “Deus é meu juiz. Eu sou justo. Quando o dia do meu julgamento chegar, eu serei
justificado.
2. Esta vida é cheia de enigmas, tomando-se como exemplo a prosperidade do ímpio e o
sofrimento do justo.”
Bildade não pôde argumentar contra o #2, Jó venceu aquele debate! Acabou a disputa!
Sendo assim, ele volta para o #1. “Jó , você não tem chance nenhuma contra Deus! A
sua causa não tem defesa...De fato, ninguém pode se defender diante de Deus! Você não
tem como se defender diante do tribunal de Deus.” Ex: rebaixando Jó com a grandeza
de Deus e a pequenez do homem.
Acompanhe seus argumentos:
I. Os atributos de Deus, v. 2-3.
1. Soberania, v. 2a. “Ele merece ser temido por causa de Sua grande autoridade em
governar. Jó, você falta com respeito e reverência. Seria melhor você temer a este Deus
e curvar-se diante de Sua soberania!
2. Sem desafios ou desafiadores, v. 2b. “Sem conflito ou guerra em Seu reino. Ninguém
pode se rebelar contra Ele e obter sucesso. Não há recurso em Seus julgamentos. Suas
decisões são imutáveis, não importa o quanto você se justifique, Jó! Você pensa que
pode desafiar Sua justiça, mas certamente irá falhar. Você não pode vencer Sua justiça.
Você certamente será derrotado, não justificado.”
3. Todo poder, v. 3a. Tropas pode ser uma referência aos anjos. “Ele tem recursos
ilimitados, vistos através dos incontáveis servos dispostos ao Seu comando.”
4. Onisciência, v. 3b. “Ele vê tudo. Sua luz brilha nos cantos mais remotos da terra,
contemplando tudo o que você é e faz.”
II. A futilidade de tentar se justificar perante Deus, v. 4-6.
1. Pergunta: “Desde que o homem é o que é, como você ou outra pessoa poderia ser
justo aos olhos de Deus? Você é impuro, imundo. Você não tem esperança nenhuma
perante um Deus puro, santo e justo.” v.4.
2. “Deus é mais puro do que você imagina! (v.5). Comparado com o esplendor de Deus,
tudo mais é obscuro. Comparado com a pureza de Deus, tudo mais é impuro.” A
repetição do mesmo ponto, feita duas vezes, por Elifaz: 4: 17-8; 15: 15-16.
3. Outra pergunta: “Se as coisas que brilham e são puras, são realmente obscuras e
impuras, então; que esperanças há para quem é um vermezinho, gusano que se alimenta
da decadência?!” (v. 6) Argumentando do maior para o menor.
O ponto de vista de Bildade: “Jó, quem você pensa que é? Você ousa apelar para a
jurisdição de Deus? Você não percebe que não há esperanças para tal petição? Ele irá
somente indeferir contra você. Jó, Deus está contra você!!” Outra grande tentação: Deus
está contra você. Então, vá em frente e amaldiçoe a Deus.
Q. O que há de errado no argumento de Bildade? Ele tem uma visão sublime de Deus.
Ele é um bom calvinista. Ele está bem familiarizado com os gloriosos atributos de Deus.
O discurso sobre Deus parece correto! (Porém, ele não falou o que era reto de Deus, 42:
7!)
1. Sua Maneira.
Ele fala como se estivesse acusando Jó. Não demonstra nenhuma simpatia por ele.
Elifaz aparentemente se alimenta do estado desesperador de Jó. Ele só agrava a angústia
de Jó.
- Você prega sobre a doutrina da soberania de Deus de maneira fria e teórica, apenas na
esperança de conduzir alguém a miséria? Nunca devemos nos alegrar vendo as pessoas
em desespero, enquanto assistimos friamente elas se afundarem na falta de esperança.
Se o fizermos, então nós é que precisamos de uma aula de teologia sobre a misericórdia
e a compaixão de Deus para com os miseráveis. Nós mostramos simpatia àqueles para
quem falamos da verdade de Deus? É possível possuir um sistema correto de teologia e,
ainda assim, fazermos o uso incorreto dele. E quanto aos muitos debates sobre teologia
em que nós simplesmente queremos sair vencedores, a fim de fazer com que os outros
pareçam estúpidos, enquanto nós entendidos e estudados? (Apesar de tudo, as palavras
de Bildade condenam tanto a ele mesmo, quanto a Jó!)
(Também não deveríamos deixar as pessoas pensarem que Deus é tão grande e está tão
distante, que não se interessa por elas.
Não devemos depreciar os homens ao ponto da insignificância. Deus, de fato, está
muito interessado a respeito do homem!)
2. Sua omissão.
Ele não diz nada que possa servir de esperança para Jó. Nenhuma palavra quanto a
justificação ou perdão, somente julgamento e ira. Conclusão errada: “sem esperança,
redenção ou perdão.”
Devemos apresentar as boas novas, assim como a mensagem de condenação, na
proporção e tempo corretos. Alguns só dão as boas novas; enquanto outros, somente
pregam a condenação. O balanço bíblico: Apresentar os dois! Compare Salmo 130: 3-4,
etc. Nós oferecemos esperança aos homens? Não se esqueça do: Mas contigo está o
perdão, para que sejas temido.
Boas Novas:
O homem pode ser justificado diante de Deus através do sacrifício que Ele mesmo
apontou! O homem nascido de mulher pode ser limpo através do novo nascimento, ou
seja; a lavagem da regeneração! *E quanto a você? Vermes são exaltados à posição de
glória e feitos filhos de Deus, porque o Filho de Deus se fez verme por nossa causa!
Salmo 22: 6. Agradeça a Deus pelas boas novas!
#39 Jó 26
O discurso de Jó nestes capítulos encerra o último dos três ciclos. Lembremo-nos que
Bildade falou muitas verdades a respeito de Deus no capítulo 25, ou seja; Seu poder e
autoridade, e também sobre a impureza e brevidade do homem. Mas, vimos que ele não
demonstrou nenhuma simpatia para com Jó, nem esperança de justificação alguma para
ninguém.
Henry observa: “Tudo o que bom e verdadeiro nem sempre é adequado e apropriado.
Para alguém que se encontrava humilhado, abatido e angustiado de espírito, como Jó,
ele (Bildade) deveria ter pregado a respeito da graça e da misericórdia de Deus, ao invés
da Sua grandeza e majestade, para que colocasse diante de Jó as consolações, ao invés
do terror do Todo-Poderoso. Cristo sabe como falar de maneira apropriada ao cansado
(Isaías 50: 4), e os seus ministros deveriam manejar bem a palavra da verdade, e não
entristecer aqueles a quem Deus não entristeceu, como fez Bildade.”
Bem que Jó poderia ter respondido com sarcasmo, como o fez no começo da sua
resposta!
I. Jó ironiza de Bildade, v. 2-4.
“Muitíssimo obrigado, Bildade! Você realmente me ajudou, me confortou e me livrou.
Você acaba de resolver todos os problemas!”
Na realidade, “Você não me ajudou em nada, nem me trouxe conforto e nem fez alguma
contribuição positiva para toda essa discussão!” (v. 2-3)
É impressionante como um homem que estava tão doente e ferido quanto Jó, ainda
estivesse em pleno uso de suas faculdades, utilizando-se do artifício do sarcasmo e da
ironia. Deus é quem o sustentava.
V. 4a “Você pensou que estivesse ensinando alguém totalmente ignorante.”
V. 4b A cutucada mais profunda de todas: Implicava em que Deus não o havia enviado
para dizer tudo aquilo, mas algum outro espírito (ex: o dele mesmo ou um espírito
mau!). Será que Jó começara a ter a perspectiva do envolvimento de Satanás?
Como isso deve ter esvaziado a Bildade! O orgulho intelectual murchou.
Deus sabe como nos humilhar. O orgulho deve ser reprimido! (Será que Bildade estava
demonstrando seu conhecimento de Deus para receber louvor e reconhecimento dos
homens? Vamos ser cuidadosos! Deus pode nos humilhar também.)
II. Os poderosos feitos de Deus, v. 5-13.
Uma das passagens mais extraordinárias de toda a Bíblia a respeito das grandes obras de
Deus, em toda natureza e na humanidade. É difícil saber exatamente o que Jó tinha em
mente em algumas frases (ou saber se Jó possuía um conhecimento científico preciso
daquilo que estava dizendo!), mas o panorama geral é claro: “Bildade, você não falou
nada daquilo que eu já não soubesse. Todavia, deixe-me adicionar mais algumas coisas
àquilo que você falou a respeito da majestade de Deus!” (Similar ao que Jó fez no
capítulo 12-13, superando a sabedoria de Zofar.) Note: Jó somente fez isso quando
provocado e forçado, a fim de humilhar o intelecto orgulhoso. Barnes aponta para a
superioridade da sabedoria de Jó sobre Bildade assim: Bildade via a supremacia de
Deus sobre todo o céu, enquanto Jó diz que Sua supremacia atinge os mortos, aqueles
que estão debaixo da terra. Jó começa com a parte mais baixa, subindo até as estrelas.
V. 5 Talvez uma referência as almas dos que morreram no dilúvio.
V. 6 Deus vê o sheol (partes mais baixas da terra, para onde vão os espíritos dos
homens). O abadom não está oculto aos olhos de Deus, Seu domínio estende-se às
partes mais baixas do inferno (Apoc. 14: 10. Como Jonathan Edwards pregou: Tanto o
justo quanto o injusto passarão a eternidade na imediata presença de Deus, pois Ele será
o céu para um, e o inferno para o outro.
V. 7 O vazio = sem forma e vazia como em Gênesis 1: 2. Deus cobre o céu como uma
cortina, o estende como uma tenda para habitar nele (Isaías 40: 22, Salmo 104: 2).
(Henry Morris vê aqui uma grande base científica com relação ao eixo da terra.)
Suspende a terra sobre o nada. Globo terrestre suspenso no ar.
Henry: “A arte do homem não é capaz de sustentar uma pena sobre o nada, entretanto, a
sabedoria divina sustenta toda a terra desta maneira.” Ele sustenta todas as coisas pela
palavra do seu poder (Hebreus 1: 3).
V. 8 Ciclo hidrológico. Como se Deus armazenasse a umidade e depois a despejasse
gota por gota (ao invés de um “aguaceiro”). O homem não pode produzir chuva a partir
disso!
V. 9 Como se a atmosfera e as nuvens ocultassem a Deus (que é invisível, é claro).
V. 10 Ele circunda, cerca as águas. Evidentemente se refere ao concerto que Deus fez
com a terra após o dilúvio, Gênesis 8: 21, 9: 15.
V. 11 As colunas pode ser uma referência a altura das montanhas, que tremem quando
troveja.
V. 12 Controle sobre as grandes extensões de água que amedrontam os homens. Criação
ou dilúvio? A soberba pode ser uma referência a algum lendário monstro marinho ou
um grande dinossauro.
V. 13 Agora num nível que os homens podem observar: o céu enfeitado de estrelas. A
serpente enroscadiça pode ser uma referência a alguma constelação. (Barnes argumenta
que seria a constelação do dragão, a que Virgil se refere.)
III. O ponto de todo este discurso, v. 14.
Contemple a grandeza, glória e majestade de Deus!...Mas, isto é apenas a ponta do
iceberg! “Apenas comecei a falar um pouquinho! Estou apenas dando a você aquilo que
representa um sussurro de Deus, imagine o que seria o Seu trovejar?!”
Há mais a respeito de Deus do que podemos conceber. Não podemos nos aprofundar em
Seu ilimitado poder e sabedoria. Eis que Deus é grande, e nós não o compreendemos (Jó
36: 26). Durhan: Deus não pode ser estudado corretamente até que seja considerado
incompreensível.
Henry: “desespero para encontrar o fundo, nós devemos nos sentar a beira e adorar o
profundo. Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus!
Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos! (Romanos
8: 33). No presente estado em que nos encontramos, temos ouvido e conhecido somente
uma pequena parte de Deus. Ele é infinito e incompreensível, e nosso entendimento e
capacidades são fracos e rasos. O conhecimento completo da glória divina está
reservado a um estado futuro.”
Devemos reconhecer a nossa ignorância. Wm. Cunningham (on eternal sunship): “De
um lado, devemos tomar cuidado para que a nossa sabedoria não esteja acima das
escrituras, mas, por outro lado, devemos nos guardar de não colocar de lado, ou ignorar
qualquer coisa que realmente tenha sido revelado sobre este ponto.” Vá até onde a
revelação vai, mas não a ultrapasse.
Há muitas coisas a respeito de Deus, Seus propósitos e métodos que não entendemos. (É
certo que Jó conhecia a Deus melhor do que Bildade e, portanto, era mais humilde
diante de Deus. O conhecimento de Deus fez de você uma pessoa mais humilde? Você
imagina que por ser um calvinista não tem mais nada a aprender? Aqueles que melhor
conhecem a Deus, são aqueles que sabem que tem muito mais para aprender.)
Jó relembra: “Eu ainda não consigo entender o que Deus está fazendo comigo! Tenho
estado debaixo dos Seus trovões e não O entendo!”
O valor da criação: Mostrar a nossa pequenez. Deixar-nos pasmados diante do grande
Criador – Seu poder, sabedoria, majestade e bondade. Nossa dependência, fragilidade e
fraqueza. Portanto, submeta-se a Deus em tudo!
#40 Jó 27
Talvez a nossa expectativa fosse a de ouvir Zofar falar aqui. Ao invés disso,
provavelmente após uma pausa, e o silêncio de Zofar, Jó continua a expor aquilo que
pensa. (Capítulos 27-28 um discurso.)
Revisão: Satanás está confiante que Jó irá blasfemar de Deus. Satanás quer derrotar
Deus através de Jó. Muita coisa está em risco. (* Nós levamos a sério a nossa própria
experiência? Há muito mais em risco do que podemos imaginar!)
O último e grande ataque de Satanás: 3 amigos que esmagam Jó com a teologia rasa do
evangelho da prosperidade. O falso dilema deles: “Se Deus está certo; Jó está errado, ou
se Jó está certo; Deus está errado!” A posição de Jó: “Deve haver uma maneira de
provar que tanto Deus, quanto eu, estamos certos. Não consigo enxergá-la, mas eu sei
que estou certo!” (Por causa disso seus amigos o consideravam como um blasfemo.)
V. 1 discurso ou parábola, não no sentido de comparação ou similitude, mas instrução
moral, seu argumento por completo, freqüentemente traduzido como provérbio.
I. Jó afirma sua integridade, v. 2-6.
1. Ele faz uso de um juramento para reforçar a certeza e a seriedade do que está prestes
a dizer, v. 2a.
Ele alarga seu discurso sobre Deus v. 2b. “Aquele que recusou ser o juiz da minha causa
e reteve Sua justiça. Este Deus Poderoso amargurou a minha alma e me afligiu.” Mais
tarde estas palavras irão perseguir Jó (Cap. 34). Em meio a um grande sofrimento, ele
exagera o caso, mas não blasfema de Deus.
- Não falemos apressadamente ou em autopiedade. Quantas vezes agimos assim na
tentativa de nos justificar, mesmo que isto signifique lançar uma sombra de dúvidas no
caráter de Deus! Tome cuidado com isso!
- Não devemos estar contentes apenas pelo fato de não blasfemarmos contra Deus, mas
devemos estar certos que O honramos em tudo o que falamos.
- Deus é justo, porém, Seu método de justiça nem sempre é totalmente claro para a
nossa visão deturpada. Devemos ser prontos a honrar Sua justiça e censurar a nossa
incapacidade de vê-la ou medi-la.
2. “Estou resolvido e determinado a falar a verdade.” V. 3-4. Longe de blasfemar de
Deus, Jó continua confiando e obedecendo a Ele com um coração puro. Ele reconhece
sua própria fragilidade e dependência de Deus, v. 3. “Enquanto Deus me der vida...” ex:
pela sua graça e capacidade.
- Nossos melhores planos e determinações estão sujeitos a que Deus nos preserve física
e espiritualmente com vida.
3. “Concordar com vocês seria violar a minha consciência, o qual eu não ouso fazer. Eu
devo manter a minha integridade.” V.5-6.
“Continuarei a confiar em Deus, haja o que houver. Mesmo que o céu desabe.”
- Devemos permanecer pacientemente no caminho da obediência, mesmo que não
saibamos aonde isso nos levará. Ver Thomas p. 207.
- É errado confessarmos quando não somos culpados, admitir o que não fizemos só para
mantermos a paz, etc. Isso viola nossa consciência, enfraquece nossa posição e ajuda a
causa do inimigo. (Se a sua consciência está clara, não ouça ou aceite os argumentos de
Satanás.)
II. “A hipocrisia não é vantajosa”, v. 7-10.
7. “Eu estou do lado do justo.” (Implica: “Vocês 3 estão do outro lado!)
Uma imprecação (pedindo julgamento sobre os inimigos). Considere:
- Nosso interesse deve ser a glória de Deus e não simplesmente o nosso próprio nome,
ou tranqüilidade. Sem vingança pessoal.
- Não podemos orar “Venha o Teu reino” sem lembrarmos que o reino das trevas será
destruído.
- No julgamento final, é exatamente isso o que ocorrerá com aqueles que não se
arrependeram.
V. 8-10 Uma série de questões mostrando a tolice da hipocrisia.
- O hipócrita não tem esperança, v. 8. Comp. o rico e tolo de Lucas 12.
- A oração do hipócrita não é ouvida, v. 9. Comp. As virgens de Mateus 25.
- O hipócrita não tem prazer verdadeiro em Deus, v. 10. Portanto, ele não ora, a não ser
por propósitos egoístas.
A posição de Jó: “Eu sou tão contrário aos malfeitores como vocês são. Eu seria um tolo
se fosse culpado daquilo que vocês me acusam. Deus é a minha única esperança!”
- Deleitar-se em Deus e na oração são marcas de um coração verdadeiro. Em que você
se deleita?
Durham: “Ter acesso a Deus em oração é uma condição mais feliz do que toda
prosperidade...”
Henry: “Todos nós deveríamos escolher a condição de um mendigo do que a de um fora
da lei, a de um escravo num navio, ou qualquer coisa do tipo, do que a condição de
ímpio, apesar da muita pompa e prosperidade externa que possam oferecer. ...A razão
dos hipócritas não permanecerem na fé, é o fato deles não terem prazer nisso.”
- Quando estiver com problemas, não deixe a comunhão com Deus. Ser provado, e
ainda permanecer adorando a Deus, é a marca de um coração sincero, não a de um
hipócrita.
III. O fim miserável do ímpio, v. 11-23.
v. 11 *Esteja disposto a aprender com um pobre e doente professor!
v. 12 “Isto é razoável, e vocês sabem disso. Vocês continuam errando com seus
argumentos vazios!” (Note o plural aqui: ele está falando aos três.)
1. Deus castigará o ímpio nos seus filhos, v. 13-15.
2. Deus castigará o ímpio com a sua própria prosperidade, v. 16-18
v. 17 Compare com Provérbios 13: 22 e 28: 8.
v. 18 A traça faz a sua casa nas roupas somente para ser sacudida para fora delas. Um
pastor ou viajante estende a sua tenda, mas ela é apenas temporária.
3. Deus castigará o ímpio na sua própria pessoa, v. 19-23.
v. 19 Não encontra descanso, de tão preocupado com suas riquezas. Sua vida passa
rapidamente, como num piscar de olhos. Henry: “Dinheiro é como adubo, não serve
para nada se não for espalhado.”
v. 22 Não escapa da morte
v. 23 Boa despedida! É triste ser esquecido, mas é mais triste ainda ser desprezado na
morte.
Ponto: Deus fará justiça no final! (*...sendo assim, não duvide de que Ele seja justo
neste momento!) Este foi o argumento de Jó o tempo todo.
Pergunta de alguns: Por que Jó parece concordar com o que os três haviam dito
anteriormente? Será que eles estavam chegando a um denominador comum?
A. Penso que Jó estava alertando-os! “Seria melhor vocês ouvirem os seus próprios
conselhos. Tomem do seu próprio remédio. Ouçam o seu próprio sermão! Vocês estão
no alto e a seco agora, mas isso nem sempre será assim, especialmente após a morte!”
Jó é corajoso em tomar a ofensiva aqui. Sua fé foi abalada, mas permanecia intacta. Ele
era tão confiante em Deus, que podia falar assim.
Muitos que agora se acham em conforto, serão afligidos na eternidade. Muitos que
agora são afligidos, serão confortados na eternidade. Com esta verdade em mente,
caminhe confiando em Deus pela fé, mesmo que o seu mundo desabe! Mantenha a
perspectiva. Continue olhando para Cristo e confiando nEle.
#41 Louvando a sabedoria de Deus
Jó 28
Aqui temos o melhor de Jó. Alguns o vêem apenas fazendo uma pausa, em virtude do
debate estar tão acirrado, para se focar em Deus. Mas, eu vejo Jó tratando da questão da
aparente injustiça de Deus, ao tratar dos homens de maneira diferente (Ex: alguns
ímpios prosperam nesta vida, enquanto alguns justos sofrem). Jó chega tão perto de uma
resposta, quanto um finito mortal pode chegar. Deus tem sábios propósitos que estão
além da nossa capacidade de compreensão. Algumas coisas são mantidas em segredo,
não nos sendo reveladas nesta vida. Green: “Há um mistério envolvendo a
administração divina que é totalmente impenetrável ao entendimento humano.”
Grandes questões no v. 12 e 20. Grandes respostas no v. 23.
I. A sabedoria humana na busca por tesouros, v. 1-11.
Jó evidentemente está se referindo a tecnologia da sua época, que escavava até aos veios
mais profundos da terra, em busca dos metais preciosos como a prata e o ouro, v. 1;
ferro e cobre v. 2; safira, v.6.
v. 3 Dentro dos túneis das minas havia necessidade de luz artificial (já conhecida
naquela época então). Eram lugares tão perigosos quanto hoje em dia o são.
v. 4 As águas subterrâneas não eram um empecilho para os homens. Eles arrumavam
um meio de drená-las.
v. 5 Método de se colocar fogo no túnel. Quando as pedras estavam quentes, jogava-se
água nelas, fazendo com que se rachassem e assim fossem retiradas.
v. 7 Os mineradores chegavam a lugares onde ave alguma havia chegado (v. 8) nem
animal algum havia pisado.
v. 9 Cavando debaixo das montanhas.
v. 10 Sistema de drenagem para limpar as minas.
v. 11 Sistema de segurança para evitar que a mina fosse inundada.
Que diligência e genialidade! Superava-se cada obstáculo. Que sucesso!
II. A inabilidade do homem na busca dos tesouros de Deus, v. 12-22.
v. 12 Você pode cavar fundo o suficiente para encontrar a sabedoria e o conhecimento?
Henry: “As cavernas da terra podem ser descobertas, mas não os conselhos do céu. Os
homens podem mais facilmente vencer as dificuldades que encontram na busca de
tesouros terrenos, do que aquelas que encontram para obter sabedoria divina. Eles
sofrem muito mais para aprender como viver neste mundo, do que como viver para
sempre num mundo melhor.” Nossa habilidade versus nossa inabilidade. Nenhum
esforço na procura das coisas profundas de Deus. Nossa tolice em trabalhar muito pelo
ouro e pouco pela graça e glória.
v. 13 e 15 Sabedoria e conhecimento não estão à venda, não podem ser comprados.
v. 14 Não podem ser descobertos, nem “tropeçamos” sobre eles.
v. 16 -19 O valor imensurável da sabedoria de Deus.
v. 20 A grande pergunta é repetida novamente.
v. 21 Ninguém no mundo pode encontrá-la.
v. 22 As almas dos que morreram podem começar a ter um vislumbre dela.
III. A sabedoria de Deus oculta e a revelada, v. 23-28.
1. Ele mantém alguns segredos consigo mesmo! v. 23. Toda sabedoria e entendimento
pertencem a Ele.
v. 24 -27 Exemplos da grande sabedoria de Deus: pesar o vento e a água; controlar o
ciclo hidrológico, o relâmpago e trovão. De acordo com Morris, “O fato de o ar possuir
um peso, é um fato provado cientificamente apenas cerca de 300 anos atrás.”... Mas,
Deus revelou isso a Jó! Deus colocou a quantidade exata de ar e água para que a terra
pudesse sustentar a vida. (Aqui há sabedoria além do nosso alcance! Nossa sabedoria na
escavação de uma mina é apenas um pálido reflexo da sabedoria do nosso Criador.)
v. 27 “Quando Deus determinou estas coisas, em Seu conselho celestial, Ele também
determinou como agiria em tudo aquilo que diz respeito à vida do homem, que é o
assunto que nós quatro temos debatido esse tempo todo.”
2. As coisas que nos foram reveladas: v. 28, Temer a Deus e apartar-se do mal. Estas
duas coisas são especialmente mencionadas a respeito de Jó no capítulo 1: 1 e 8, e no
capítulo 2: 3. “Esta tem sido a minha posição o tempo todo!...Caminhar na luz que eu
tenho, e deixar tudo mais para os sábios propósitos de Deus. Mas, vocês três têm tirado
conclusões apressadas a respeito de coisas que desconhecem.”
Observe:
1. A sabedoria é louvada no livro de Provérbios. O Novo Testamento nos ensina a orar
para adquiri-la. A vida sem sabedoria dada por Deus é vaidade (carece de sentido ou
valor-Eclesiastes). O temor do Senhor é o princípio da sabedoria (Provérbios 1: 7; 9: 10;
Salmo 111: 10). *Conhecer a Deus é essencial para que tenhamos um conhecimento
apropriado de todas as outras coisas.
2. A despeito de toda a nossa habilidade e conhecimento, não sabemos nada a respeito
dos grandes temas da vida, a menos que Deus nos ilumine e nos esclareça. “Quem é
você?”
Há uma historinha a respeito do famoso filósofo do pessimismo, Arthur Schopenhauer
(1788 - 1860), que estava assentado meio maltrapilho num parque de Frankfurt, e um
guarda do parque, que o confundiu com um mendigo ou vagabundo, lhe perguntou:
Quem é você? Ao que o filósofo exclamou: Como eu gostaria de saber!
*Em Cristo estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência! (Colossenses
2: 3), o qual para nós foi feito por Deus sabedoria (I Coríntios 1: 30). Ele é o alicerce
inabalável, a âncora firme em meio a um mar de mudanças, incertezas e relatividades.
Ele é o absoluto.
3. Não precisamos saber como Deus governa o mundo, mas devemos saber como Ele
nos governa! Conhecimento especulativo versus conhecimento prático. O conhecimento
proveitoso é aquele que nos ensina como devemos viver. Teme a Deus como uma
criança teme aos seus amados pais. Fuja do mal. Confie. Seja humilde. Permaneça em
tremor.
4. Quando a providência de Deus for dolorosa, misteriosa e incompreensível para nós, a
atitude mais segura é nos ocuparmos na prática dos deveres santos, ao invés de nos
bisbilhotarmos em Seus propósitos secretos. (E não se preocupe, ou se irrite!) Romanos
8: 28; 11: 33.
#42 Jó 29
Os três amigos não tinham nada a acrescentar (v.1), sendo assim, Jó prossegue com seu
último discurso (parábola ou provérbio, sábio ditado), capítulo 29-31.
29. A felicidade anterior
30. A presente tristeza
31. A afirmação final da sua integridade
v. 2 Um resumo deste capítulo. Duas maneiras de interpretarmos as palavras de Jó:
1- Egoisticamente: memórias felizes do passado que somente ressaltam seu presente
cinismo. Os “velhos e bons dias” quando tudo estava bem... “Eu gostaria de voltar a ser
honrado, mimado, orgulhoso, vivendo sem preocupações e livre das provações.” Isto
faria com que Jó se tornasse muito imaturo ou um completo hipócrita.
2- Espiritualmente: “A reputação de Deus foi honrada enquanto eu era uma importante
figura pública. Eu vivia para a glória de Deus. Mas, agora eu sou humilhado e o nome
de Deus é desprezado.” Isto é o que mais se harmoniza com o Jó do capítulo 1, um
homem temente a Deus, que buscava a Deus, um gigante espiritual. (Note também 3:
25-26, não vivia de maneira descuidada).
- Você deseja tranqüilidade, prosperidade, saúde e honra?...Esteja certo de que seja para
a glória de Deus e não para satisfazer o seu próprio consumismo.
- Recordar os dias mais felizes do passado pode ser um exercício perigoso, se temos um
coração inclinado ao descontentamento. Mas, isso pode ser um bom exercício, se somos
agradecidos pelo passado e confiamos em Deus para o presente e para o futuro.
I. Memórias de conforto pessoal, v. 2-6
v. 3 Proteção e direção divina. Até mesmo que Satanás reconhece isso (1: 10) uma cerca
foi colocada ao redor de Jó.
v. 4 Jovem e desfrutando da intimidade com Deus, sentindo Sua presença.
v. 5 Deus estava perto, assim como seus filhos. Porém, agora todos se foram, os filhos
morreram e Deus parece distante.
v. 6 Abundante Riqueza. “Eu tinha muitas bocas para minha comida e muita comida
para minhas bocas” Henry
Note: Ele fala da presença e da preservação de Deus como algo do passado. Mas, será
que Deus não estava mais preservando Jó?! *Não devemos negligenciar as coisas que
Deus está fazendo no presente... mesmo que Ele nos faça andar mais por fé do que por
vista. Seja agradecido pelo seu processo de maturidade, pois é um processo que nos tira
do leite (desmamar) para o alimento sólido.
*Vamos fazer dEle o nosso tudo!
II. Honra pública, v.7-10
v. 7 Porta da cidade: um lugar onde os líderes da cidade se reuniam e tratavam de
negócios oficiais.
v. 8 -10 Jó era respeitado por todos, alguns de forma mais reservada, enquanto outros, o
cumprimentavam. Imagine o silêncio que se fazia enquanto Jó se dirigia para o seu
assento. Mesmo quando jovem, ele era tratado com muita dignidade, respeito e
seriedade.
III. Utilidade pública, v. 11-17
v. 11 Ouvinte atento. Reconhecido por sua sabedoria, discernimento e julgamento
equilibrado. Aprovado por todos.
v. 12 – 16a O pobre, o órfão, o necessitado e a viúva que eram oprimidos, todos eram
ouvidos e ajudados por Jó.
v. 14 Julgamento justo.
v. 16 b Um perito das causas judiciais.
v. 17 Jó era um bravo e corajoso jurista e juiz. Não se deixava intimidar e nem aceitava
suborno. Fazia justiça mesmo correndo riscos pessoais.
Ponto: “Eu era útil para o bem público, um servidor público. Longe de oprimir o pobre
(como vocês 3 afirmam), Eu me virava do avesso para ajudá-los. Toda cidade é
testemunha da minha reputação. Mas, agora não presto para nada.”
- Seja útil nessa vida! Sirva a Deus servindo a outros. As oportunidades nem sempre
serão as mesmas de agora. Servir a si mesmo é promover a própria derrota, o suicídio.
Sirva a outros!
IV. Futuro brilhante, v. 18-20
v. 18 Espere por uma vida longa, uma velhice abençoada, morrendo na companhia de
amigos e de conforto.
v. 19 Como uma árvore bem alta, madura e bem nutrida.
v. 20 Honra e forças renovados constantemente. Isto seria como o homem louco de
Lucas 12? Só se Jó fosse o hipócrita que seus amigos afirmavam ser. Entretanto, sua
confiança estava no Senhor e sua consciência era pura. Nenhuma confissão de pecado,
por exemplo: “As minhas iniqüidades finalmente me encontraram.” Mas, ao invés disso;
“Não há motivo para que eu seja provado, pois andava retamente.”
V. Poder público, v. 21-25
v. 21 – 22 Eu tinha a última palavra.
v. 23 Outros ficavam ansiosos para ouvir a minha opinião.
v. 24 “Se me comportava informalmente, isso não diminuía o respeito deles por mim.”
Familiaridade não gerava desprezo, pois Jó era piedoso em suas atitudes.
v. 25 Uma mistura de líder forte e amigo compassivo. Sábio conselheiro.
Ponto: “Tudo isso era verdade! Eu não abusei do poder ou da prosperidade que possuía.
Minha consciência está limpa.”
Observe:
1. Reconheça Deus como a fonte de toda felicidade e utilidade, v. 2, assim como da
adversidade. Submeta-se às Suas providências. Durham: “Aqueles que não suportam
bem as aflições, nunca aprenderão a receber bem a prosperidade”.
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A integridade de Jó e suas características

  • 1. A integridade de Jó (Jó cap.29) Como já disse no post anterior, estou realizando umas meditações sobre o livro de Jó e vários aspectos deste livro tem me falado bastante. Nesta meditação quero destacar alguns pontos sobre a integridade de Jó. Neste livro podemos ver que Deus se agradava da integridade de seu servo Jó (Jó.1.8 e 2.3). Mesmo com todo o sofrimento de Jó, com todas suas queixas diante de Deus pela injustiça do seu sofrimento, o Senhor não se desagradou de Jó. O Senhor entendia a dor de Jó, embora Ele quisesse ensinar a Jó uma grande lição: a ignorância de Jó diante de Deus e a grandeza de Deus ( veja capítulos 38 ao 41 e 42.1-6). O Senhor assinalou a Jó como um servo fiel. Mas como era Jó para que Deus se agradasse dele? Quais eram suas características? Como ele se comportava? Gostaria de dividir o caráter de Jó em duas partes: 1) O caráter de Jó em relação a Deus e 2) O caráter de Jó em relação às pessoas. Claro que o segundo é um resultado do primeiro, mas acho importante vermos os dois aspectos, pois um é o aspecto espiritual e o outro é o resultado prático. O caráter de Jó em relação a Deus Podemos observar as seguintes características de Jó em relação a Deus: 1) Jó aceitava tanto o bem como o mal que viam da mão do Senhor, mesmo não entendendo o porquê. Ele cria que Deus é Soberano (Jó.1.21 e 2.10). 2) Ele tinha uma fé inabalável, crendo que Deus era perfeito no que fazia, como se vê no cap.1.22: “Em tudo isto Jó não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma”. Além de ter a sua esperança no Senhor, como diz no cap. 19.25-27: “Porque eu sei que o meu Redentor vive e por fim se levantará sobre a terra. Depois, revestido este meu corpo da minha pele, em minha carne verei a Deus. Vê-lo-ei por mim mesmo, os meus olhos o verão, e não outros; de saudade me desfalece o coração dentro de mim.” 3) Ele buscava Deus para derramar suas lágrimas, e não seus amigos. Deus era seu consolo: “Os meus amigos zombam de mim, mas os meus olhos se desfazem em lágrimas diante de Deus” (Jó.16.20). 4) Embora Jó não entendesse o motivo ou pecado pelo qual ele estava sofrendo, e embora se achasse justo diante de Deus sem existir um motivo para estar padecendo, ele não negava a sua natureza pecaminosa e os “pecados da sua mocidade” (Jó.7.17-21; 19.23-26; 42.1-6). 5) El entendia que a sabedoria e o conhecimento não tinham nada a ver com o ser humano, mas com o temer ao Senhor (Jó.28.28). 6) Ele não blasfemava contra Deus, mesmo quando até a sua esposa o incitasse a isso (Jó 2.9-10). 7) Ele não adorava aos ídolos (Jó 31.26-27). O caráter de Jó em relação aos homens Já disse que estas características são o resultado de temer ao Senhor (Jó 28.28). Mas vejamos como se aplicava o temor de Jó a Deus na sua vida prática: 1) Ele intercedia diante de Deus por sua família e pelos “possíveis” pecados que seus filhos poderiam ter cometido (Jó.1.5). 2) Ele estava disposto a morrer se mantendo íntegro, verdadeiro e justo. Nada era suficientemente grande para ele mudar estas coisas (Jó 27.4-6). 3) Ele ensinava a muitos, fortalecia aos fracos, encorajava aos que estavam do seu lado (Jó.4.3).
  • 2. 4) Ele era reconhecido diante dos jovens e idosos como um homem íntegro e exemplar, isto é, ele era um bom testemunho (Jó 29.7-11). 5) Ele livrava e ajudava a pobres e órfãos (Jó 29.12; 31.16). 6) Ele confortava as viúvas e as alegrava (Jó.29.13; 31.16). 7) Ele guiava aos cegos e mancos (Jó 29.15). 8) Era pai dos necessitados (Jó 29.16). 9) Examinava tudo, especialmente as causas dos desconhecidos (Jó.29.16). 10) Aplicava justiça aos malvados (Jó 29.17). 11) Suas palavras eram sábias e todos as respeitavam (Jó.29.21-22). 12) Se alegrava e até ria ou sorria junto com os seus (Jó 29.24). 13) Ele dirigia o caminho dos seus como um chefe de família (Jó 29.25). 14) Ele tinha feito "aliança" com seus olhos, para não pecar olhando outras mulheres (Jó.31.1; 31.9). 15) Ele não seguia o seu próprio coração, não andava em falsidade, nem enganava às pessoas (Jó.31.5-7). 16) Ele respeitava o direito dos seus servos (Jó 31.13). 17) Ele não colocava a sua esperança nos bens materiais (Jó 31.24-25). 18) Ele não se alegrava com a desgraça dos seus inimigos (Jó 31.29-30). Bom, este é um resumo das características de Jó. Minha oração diante do Senhor é para que possamos ter essa integridade que vemos em Jó e que estejamos preparados para sofrer assim como ele teve que sofrer. Que o Senhor Deus tenha misericórdia de nós e que pela graça de Jesus possamos estar em pé firmes nEle com os olhos em Cristo, o autor e consumador da Salvação. Somente nEle podemos viver como Jó, pois o princípio da sabedoria é o temor do Senhor (Jó 28.28).
  • 3. 14-estudo - Jó Instituto Bíblico Filadélfia Prof.ª: Nilza Cardoso Clemente LIVROS POÉTICOS – Jó “Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem.”42:5 Livro sapiencial – (um manual de instrução para a vida) O homem aprende a conhecer a si mesmo. Jó = Pesaroso, voltado para Deus (em hebraico perseguido) (em árabe arrependido). Um furacão corta e dilacera. Apenas as fundações sólidas permanecem, sobrevivem a esta fúria desenfreada. Contudo estas bases podem ser usadas para a reconstrução após a tempestade. Em qualquer tipo de reconstrução a base é de vital importância Ela precisa ter profundidade, solidez suficiente para suportar o peso da reconstrução e outras pressões. Nossas vidas são como construções, e a qualidade e a base determinarão a qualidade do seu todo. Devemos usar bom material na construção de nossa vida para não sermos arruinados. Jó foi tentado. Desfrutava de uma vida cheia de prestígio, posses e pessoas. Foi subitamente atingido por todos os lados, desvatado, sugado até a base. Entretanto a sua vida fora construída de novo. Aleluia! Foi construído em Deus, por isso ele suportou. O livro de Jó conta a história de um homem de Deus. É um emocionante drama de uma pessoa que vai da riqueza à extrema miséria, e é restituída em dobro. É um retrato de fé persistente. Ao lermos Jó, vamos analisar a nossa vida, vamos checar a nossa base. Devemos estar apto a afirmar que, quando mais nada nos restar além de Deus, Ele é suficiente! Há autor que diga que Jó viveu 60 anos antes do seu sofrimento e mais 140 anos depois da restauração (Jó 42:16) .60+140=200 anos Sua longa vida aponta para uma época patriarcal (2000 – 1800) a.C. sendo assim Jó seria contemporâneo de Abraão. Outros pensam que é da época de Salomão. Não há nada no livro indicando que Jó conheceu leis hebraicas e suas cerimônias como temos a partir de Êxodo. Por isso acha- se que está entre Gênesis 11 e 12 este acontecimento Os sacrifícios que Jó oferecia, os holocaustos, mencionados no início do seu livro era de ordem sacerdotal, mas não eram os mesmos sacrifícios levíticos. Daí a idéia foi aceita que este poema foi escrito antes da libertação do povo de Deus no Egito. SUA LOCALIZAÇÃO Uz – Provavelmente a Leste de Canaã, talvez na atual Arábia Saudita. Sabe-se apenas que tinha muitas pastagens e plantações (1:2) Situava-se próximo ao deserto (1:19) e
  • 4. estava perto dos caldeus o suficiente para ser atacada (1:14 a 17).Uz também é mencionada em Jeremias 25:19 e 20 (.Ler Gn.10:23) QUEM ESCREVEU O LIVRO? Alguém que teve uma profunda experiência com Deus. Não se tem certeza do seu autor. Há várias possibilidades abordadas pelos estudiosos da Bíblia. - Talvez Moisés – A coleção de tradições judaicas denominadas Talmude, o atribui a Moisés. Outros estudiosos acham que poderia ser Esdras, Salomão, Eliú (36:16 e 17) ou o próprio Jó. - Moisés (Período mosaico) - Supõe-se que Moisés escreveu este livro quando se achava entre os medianitas, cerca de 1520 AC. Harã. Ou porque Jó viveu + de 140 anos, filhos adultos, então exercia a atribuição sacerdotal que é uma época antes de Moisés. - Salomão - Durante o seu reinado. Isto explicaria o seu universo espírito. Os Três amigos eram ÁRABES, talvez Jó o fosse. O local foi Harã norte da Palestina, perto de Damasco.Não houve nenhuma referência à Lei de Moisés ou ao registro de fatos da história judaica, talvez isto tenha sido proposital, para quebrar a tradição. Jó pertence em pensamento e forma a corrente literária, que se originou com Salomão, daí ser mais semelhante ao livro de Provérbios do que qualquer outro livro do AT. - Durante ou depois do exílio Babilônico – O problema do sofrimento passou a ser considerado nesse período. A concepção de imortalidade no livro aparece mais tarde. Existe muito da língua Aramaica e hebraica. O quadro de satanás é muito adiantado. Esta concepção é do VT. A palavra satanás sig adversário. O termo só aparece duas vezes no AT. Sendo ambas a literatura pós exílica. (II Cr, 21:2 – Zc. 3:1 e 2). O TEMA DO LIVRO O sofrimento humano ou o sofrimento do justo.Este livro denuncia a insuficiência dos horizontes humanos para compreensão adequada do problema do sofrimento PLANO DO LIVRO DE JÓ Este livro é uma das mais grandiosas obras jamais escrita. É a mais antiga exposição do eterno problema O destino do homem e a providencia de Deus. - É um livro doutrinário fala da doutrina de Deus, do homem, de satanás, do pecado, da justiça, da disciplina, da fé, da criação e de outros. É também um livro Revelador de fatos divinos e sobrenaturais. Ele aborda fatos essenciais sobre Deus, seu favor para com seus filhos e seu controle sobre satanás. Fala da confiança que ele quer que tenhamos nele. No livro de Jó nós temos a resposta a pergunta: Porque o justo sofre enquanto os ímpios gozam de saúde e prosperidade? É porque também faz parte da humanidade decaída e corrompida. “Muitas são as aflições dos justos, mas de todas elas Deus as livra”. O homem bom não escapa de todas as tribulações, ele também as tem. Mas o Senhor o ajuda em todas e cada uma delas Sl.“No mundo tereis aflições (tribulações), mas tendes bom ânimo, Eu tenho vencido o mundo João 16:33. O livro de Jó é um livro que aviva a nossa Esperança. Jó é um exemplo da Sabedoria Divina é mais do que a poesia.A verdadeira sabedoria nos aproxima da dependência de
  • 5. Deus e não da justiça própria ou auto – suficiência. Jó Existiu? Ele é tão real como Noé – Daniel etc. Aqui temos o testemunho do próprio Deus Ezequiel 14:14 a 20 Ezequiel não ia misturar um personagem fictício.Tiago 5:10 e 11 – justo e paciente Jó não é imaginário.O que Deus vê neste momento na nossa vida? Capítulo 1:V.1 - Jó era sincero e temente a Deus. Ele é chamado de perfeito. V.2 – Patriarca pai de 10 filhos = 7 rapazes e 3 moças V.3 – Era o maior, o mais rico daquela parte do Oriente. Possuía: 7000 ovelhas 3000 camelos 500 juntas de bois 500 jumentas Muita gente a seu serviço. Amava seus filhos e desviava-se do mal. Acima de tudo Jó era servo e apenas um servo. Não existe Grande servo (de Deus) Servo é aquele que serve. Jó era um modelo único. V.5 –. Como pai piedoso, Jó tinha muito zelo pelo bem-estar espiritual de seus filhos. Ele se preocupava Vivia atento à conduta e modo de vida deles, orando a Deus para que os protegesse do mal e que experimentassem da parte de Deus a salvação e suas bênçãos. Jó nos dá exemplo de um pai de coração voltado para os filhos, dedicando-lhes tempo e atenção necessária para mantê-los afastados do pecado. (Nós devemos também nos preocupar-nos com a vida espiritual de nossos filhos, sacrificando algumas horas em oração por eles). V.6 a 12 – O ataque de satanás contra Jó: Aqui começa um diálogo entre Deus e satanás (adversário) este se apresenta a Deus regularmente como anjos (aqui chamado filhos de Deus) Certo dia quando Deus se reunia com seus filhos ou membros da corte divina – anjos. Cremos que satanás aqui na terra é inspetor de Deus junto aos homens nos céus, ele é o adversário dos homens junto a Deus (fiscal acusador de ofício). Um concílio pode ser na terra ou nos céus, tanto faz. Satanás aparece não como um anjo caído, mas como um anjo que tem acesso aos céus. Eis aqui de que se ocupava satanás: a) Rodear a terra e passear por ela (1:7) b) Assistir as reuniões dos filhos de Deus (1:6) c) Acusar os filhos de Deus (1:9 a 11 e Ap.12:10 d) Ferir os servos de Deus quando Deus permite (2:6 e 7) Este trecho nos mostra que: a) Todos os seres angelicais, bons ou maus, são compelidos a apresentar-se a Deus. b) Que ele está sempre em atividades a serviço do seu reino, temebroso, procurando destruir a fé dos crentes, porque satanás tem demônios que cumpre a tarefa para ele, e se não cumpre eles são castigados. c) Ele acusa falsamente os servos do Senhor. d) Ele depende da permissão do altíssimo par provar os crentes em Jesus Cristo.
  • 6. V. 8 - Nós vemos: Aqui o Senhor inicia um diálogo - O Senhor elogiando o seu servo Jó Jó era sincero e reto, isto é íntegro, justo, honrado, piedoso, caridoso, completo sem pecado, era como qualquer ser humano. Era temente a Deus, e desviava-se do mal. Bom pai, bom chefe de família e em tudo queria agradara Deus. . Ainda com todas estas qualidades ele grita,chora,reclama se impacienta, mas não perde a fé. Satanás não gosta de ver nem ouvir um crente fiel sendo elogiado, ele só aplaude o crente que anda errado. V.10 – Sebe = cerca viva - Muitos anjos nos cercando. No capítulo 3: 23, Satanás reclama que houvesse uma cerca em torno de Jó. Jó pensa que a sebe era para impedir que saísse, quando na realidade era para impedir que satanás ali entrasse. Posto que o ladrão (aqui satanás) vem para roubar, matar e destruir. (Jo 10.10), Deus coloca uma cerca de proteção em volta dos seus, para abrigá-los dos ataques de Satanás. Essa "cerca" é qual "muro de fogo" espiritual, de proteção para os fiéis de Deus, de modo que Satanás não possa atingi-los. "E eu, diz o SENHOR, serei para ela [Jerusalém] um muro de fogo em redor" (Zc 2.5). (2) Todos os crentes que fielmente procuram amar a Deus e seguir a direção do Espírito Santo têm o direito de pedir e de esperar que Deus mantenha esse muro de proteção ao seu redor e de suas respectivas famílias. V.11 – Satanás desafia a Deus. Aqui podemos ver Deus investindo no homem imperfeito (Jó) sabendo muito bem qual era o resultado. Deus é onisciente. V.13 a19 – Satanás ataca. Aproveita seus agentes para destruir a sua fé. Isto só acontece dentro dos limites de Deus. V.15 - Os Sabeus – Sabá tribo nômades da Arábia, que faziam invasões roubando e matando. Eram beduínos – V. 16 - Estando este ainda falando, veio outro e disse: Fogo de Deus caiu do céu, e queimou as ovelhas e os moços, e os consumiu; e só eu escapei, para te trazer a nova. O "fogo de Deus" é provavelmente uma expressão referente ao relâmpago,raio. (Nm 11.1; 1 Rs 18.38). V.17 - Os Caldeus – Os desta época eram nômades saqueadores. O vento que derrubou a casa em que se encontravam os filhos de Jó (1:19) deve ter sido uma grande tempestade de areia que acusou a morte deles,Ou um terremoto. V. 19 - Eis que levantou grande vento do lado do deserto e deu nos quatros cantos da casa. Vento Sul traz calor. Vento Oeste (poente) traz chuva. Vento Norte traz chuva fresca e vento Leste vento quente siró. Quatro cantos da casa =1 - Canto da família, 2 - canto financeiro, 3 - canto da doença (V.7) 4 - canto espiritual fé esperança. . Capítulo 2 - V.7 – Uma enfermidade – não sabemos qual doença, mas os eruditos pensam ser uma espécie de lepra ou algo semelhante. Úceras purulentas, fétidas e inflamadas cobriam a pele de Jó. O osso ficou enfraquecido e começaram a desgastar-
  • 7. se. Apele foi tornando ressequida, preta e alargando o corpo. Pesadelos horríveis faziam parte do sofrimento de Jó. V.9 – Sua esposa lhe diz: Ainda conservas a tua integridade? Amaldiçoa a Deus e morre. Achava-se que se ele amaldiçoasse a Deus talvez Deus lhe desse a morte. Jó perdeu todos os seus bens, mas não perde a fé. O servo do Senhor pode passar por fogo, pelas águas, pelo horror, der maltratado, injuriado, repelido pelos homens, mas Deus nunca se esquecerá que ele é seu servo adquirido pelo sangue de seu Filho Jesus Cristo. Jó estava sem bens, sem filhos, sem saúde. Ele estava só, mas Deus não o esqueceu. A Bíblia nos fala que quando estamos fracos Ele se mostra forte. Em nossa fraqueza repousa o poder de tudo. II Co.12:9 e 10. Jó raspa suas feridas com caco e assentou-se nas cinzas. O Desconforto dos Três Amigos (devemos fazer visitas) ELIFAZ – Era o mais entendido – Ciência – Temanitas – Sig. Deus é o ouro refinado ou Deus concede Era de Tema descendente de Esaú edomita, (pertence à Arábia considerada a região de homens sábios) Principal argumento: Era que Deus é soberano, justo e puro ( 4:7) e que o homem é a causa dos seus próprios problemas ( 5:7) Acusa Jó de não ser reto O sofrimento de Jó prova que ele é um pecador. BILDADE – A Tradição – Filhos da contenda – Suíta, era de Suá – descendente de Abraão e Quetura. Conselhos superficiais e não ajudam nada a aflição de Jó. Ele acusa Jó de impiedade ( 8:13) Principal argumento; é que Deus jamais perverte o direito (8:13) ZOFAR – cabeludo ou rude - Dogma – (doutrina religiosa, filosófica) Deísmo (o homem devido a sua pequenes e imperfeição jamais alcançarão favores de Deus). Naamatita (Naamate) de origem e localidade desconhecida. Acusa Jó de Jactância (11:2 a 6 )Arrogante, vaidoso,orgulhoso.Sepega a uma orgumentação legalista. Um dos seus argumentos principais é que Deus não ignora jamais a iniqüidade de ninguém (11:11) e que o mal não passa despercebido a seus olhos. ELIÚ – Era mais jovem –Ele é meu Deus - Novos e idosos podem ser sábios V.8 – Era de Buz talvez da Síria ou Arábia. Não tinha muita intimidade com Jó. Argumento chave: É que Deus é sempre bom. (33:24) e misericordioso.Acusa de reagir contra o seu sofrimento.Quem acusou Jó não foi Deus . ELIFAZ, BILDADE e ZOFAR. Estes homens eram pessoas de prestígio e de honra, de terras distantes. Partiram separadamente de seus locais de origem, encontraram em um lugar determinado e daí seguiu juntos para Uz.
  • 8. Quando chegaram, notaram que já estava irreconhecível por causa da sua enfermidade, até choraram, rasgaram suas capas e jogaram pó para o ar sobre sua s cabeças. Com este ato estavam demonstrando pena, ante a angústia de Jó pela sua agonia. O período de luto naquele tempo era de sete dias e sete noites. Eles ficaram sentados, silenciosos, pensativos, sem dirigir uma sílaba sequer a Jó. (2:13). ALGO BOM SOBRE ESTES TRÊS HOMENS. 1 – Eles deixaram tudo por algum tempo para virem consolar um amigo que estava sofrendo grandes calamidades. 2 – Viajaram muito para chegar ao destino. 3 – Foram os únicos que apareceram para se condoerem com Jó. 4 – Choraram com ele na sua desolação e se humilharam perante ele. 5 – Por sete dias e sete longas noites se sentaram com Jó. Eles, homens de dignidade e se precipitaram com suas línguas. O problema de que Elifaz, Bildade e Zofar foram que se tornaram impacientes e se precipitaram com suas línguas. O sofrimento de Jó era a forma de disciplinar e aperfeiçoar, refinar seu caráter e sua fé. A batalha de Jó pode ser vista por três ângulos: 1 - A prova. 2 – Por que foi provado 3 – Para que foi provado. 1 - A prova. Foi das mais cruéis que podemos imaginar: Homem próspero e bom; Temente a Deus; Homem de família; Cuidava de seus filhos; Homem operoso e trabalhador; e sua riqueza veio às mãos por esforço e luta. . 2 – Por que foi provado. – Jó olhava para suas mãos e estavam limpas; Para o seu coração, era puro; Para sua relação com Deus, e era reta; Ele alimentava o faminto, vestia o nu, consolava o aflito e defendia o fraco. 3 – Para que foi provado. - Nunca devemos perguntar “por que” e sim “para que”. Em Romanos 8:28 diz: Todas as coisas (boas ou ruins) contribuem para o bem daqueles que amam a Deus.Sabemos que Deus só permite o que podemos suportar.Em I Co.10:13 - Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que vos não deixará tentar acima do que podeis; antes, com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar.E Tiago 5:11 - Eis que temos por bem-aventurados os que sofreram. Ouvistes qual foi a paciência de Jó e vistes o fim que o Senhor lhe deu; porque o Senhor é muito misericordioso e piedoso. Capítulo 3 - O primeiro ciclos de discursos Do capítulo 3 ao capítulo 31 é diálogo. Quase 75% de debates entre Jó e seus amigos. 20 capítulos são palavras de Jó.
  • 9. 9 capítulos são palavras de seus amigos. 6 capítulos Eliú.Eles expõe seus pensamentos Depois dos acontecimentos calamitosos dos capítulos 1 e 2 depois de rejeitado por sua esposa.Depois de sentar no monturo por uma semana .Depois de tudo e muito mais que não está descrito no livro,Jó finalmente abre a boca e desabafa. Em suas palavras: perguntas, dúvidas, frustrações, perturbação, procurou compreender a sua situação contrária, mas ainda não encontrou resposta. Nestes últimos versículos. Ele amaldiçoa o dia do seu nascimento e a noite da sua concepção. Ele não amaldiçoou a Deus e sim o dia. Ele preferia nunca ter nascido ao ser abandonado por Deus. Ele está cheio de dor física, sem saber a razão de tudo isso que o tormenta. Lamentação de Jó 3:1 a 26 - A última parte do capítulo 3 (20 a 26) vê o desânimo de Jó aumentando:- Ele amaldiçoa a noite em que foi concebido e o dia em que nasceu. - Desejava que tivesse morrido no ventre. - Queria ter a morte prematura para escapar a aflição. Nesta situação desesperadora, ele vê a morte, o túmulo, como algo mais desejável do que tesouros ocultos. Ler cap.3 v.20 e 21 Não pensemos que Deus realmente nos ama. Ele sempre nos impedirá de sofrermos. Às vezes podemos gozar de plena paz, outras vezes desespero total. O amor de Deus não pode ser medido ou limitado pela intensidade do nosso sofrimento. Em Romanos 8:38 e 39 diz:Porque estou certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem principados (são seres invisíveis do mal), nem potestades,nem o presente, nem o provir, nem altura, nem profundidade, nem alguma outra criatura nos pode separar do amor de Deus,que está em Cristo Jesus.,nosso Senhor.Aleluia! Em Cristo nós somos mais que vencedores, seu amor nos protege do poder das trevas. O Primeiro debate entre Elifaz e Jó Capítulo 4:1 a 5:27 - Elifaz, o temamita - Ciência – Acusa Jó de não ser reto É o entendido. Elifaz acha que o sofrimento humano deve ter uma causa. Elifaz argumenta que Jó está sofrendo porque pecou. Este argumento não aplicava a Jó, pois sabemos que o sofrimento de Jó não era resultado de um grande pecado. Às vezes damos excelentes conselhos as pessoas apenas para aprender que estes não se aplicam a elas, tornando-se desta forma, pouco proveitosa. Todos os que oferecem conselhos da Palavra de Deus deveriam ser cuidadosos em compreender plenamente a situação da pessoa, antes de dar qualquer conselho. Elifaz não mede suas palavras e diz: Se fosse ele não murmuraria nem reclamava, ou seja, buscaria a Deus e entregaria a sua causa. É muito fácil dizer “Se eu fosse você faria isto ou aquilo”. Cuidado! Com as palavras. No capítulo 6:1 a7:21 - Jó responde: A justiça da minha causa triunfará 6:29 – Sua integridade ainda permanece. 6:30 – Ele declara a sua inocência Romanos 3:23: Porque todos pecaram e destituído estão da glória de Deus.Todas as iniqüidades nos torna “pecadores” grandes ou pequenos.Todos eles nos separam de Deus,mas todos podem ser perdoados . No Capítulo 5:17 a18 ; Bem aventurado é o homem a quem disciplina Porque ele faz a ferida e ele mesmo a ata,ele fere as suas mãos curam.
  • 10. Capítulo 7 – Continua a réplica Neste cap. Jó da vazão a amargura da sua alma,dirigindo-se a Deus. Ele reclama que a mão de Deus estás sendo pesada sobre ele. Continua falando sobre a inutilidade da sua vida e o aparente enigma da sua situação infeliz. A vida já é curta demais, então qual é o propósito de passar toda uma parte desta vida sofrendo calamidade, sofrendo dor. Capítulo 8:1 a 22 - O Primeiro debate entre Bildade e Jó. BILDADE (o suíta, tradicionalista) ficou transtornado porque Jó ainda se dizia inocente enquanto questionava a justiça de Deus. Ele acusa Jó de impiedade e seu Principal argumento é que Deus jamais perverte o direito Achava-se que Jó continuava a sofrer por admitir o seu pecado. BILDADE aconselha Jó. (São conselhos superficiais, não ajudam em nada) 8:2 – Até quando falarás tais coisas? Bildade é mais audacioso do que Elifaz diz ainda que os filhos de Jó pecaram,por isso morreram. Capítulo 9:1 a 10:22 Réplica de Jó 10:2 – Direi a Deus; não me condenes, faze-me saber por que contendes comigo. Capítulo 11:1 a 20 - Primeiro debate entre Zofar e JÓ Zofar (naamatita, dogma} acusa de jactância (vaidade e orgulho) Sua argumentação: O pecado de Jó merece ainda maior sofrimento do que este. Diz que Jó era um tagarela. Ele achava que Jó estava falando coisas que não entende e que Deus é até muito tolerante com Jó. Ele acha que Jó merece um castigo maior que está recebendo agora. Esta acusação vem do homem que estava se tornando cada vez mais irracional e dependendo inteiramente do seu intelecto ao tratar com Jó. Capítulo 12 a 14:22 - Jó responde Capítulo 13:18 - Estou certo de que serei justificado Capítulo 14:1 – O homem é inquieto...Nós lamentamos sempre a brevidade dos nossos dias,mas agimos como se não houvesse fim para eles. V.7 – Porque há esperança para a árvore, pois, mesmo cortada, ainda se renovará, e não cessarão os seus rebentos. V.14 – Se morrer o homem porventura tornará a viver?A resposta é dada por Cristo {a beira do túmulo de Lázaro (João 11) Os homens acreditavam na ressurreição antes mesmo da vinda de Cristo (At.23:6;24:14 e 15;II Samuel 12:23 At.26:6 e 7 ;20) Capítulo15; 1 a 21:34 - O segundo ciclo de discursos:
  • 11. Capítulo 15:1 a 35 – O segundo debate entre Elifaz e Jó Capítulo 16:1 a 17:16 - Réplica de Jó a Elifaz Elifar acusa a Jó de impiedade 17:16 –Onde está a minha esperança?Sim a minha esperança quem a poderá ver? Capítulo 18:1 a 21 – O segundo debate entre Bildade e Jó. Bildade descreve a sorte do perverso Capítulo 19:1 a 29 - Réplicas de Jó a Bildade Jó embora sofrendo ele sabe que o seu Redentor vive. Jó chama o seu Senhor de Redentor. Jesus é o nosso Redentor. Quando Jó grita o grito de misericórdia ele grita “Goel” que quer dizer redentor. Quando alguém morria o seu parente mais próximo seria o “Goel” daquele que faleceu. Isto é ele iria redimir toda pendência que o morto deixasse para trás. Aqui ele diz uma profecia sobre o Redentor que iria salvar a todos. Redimir-nos de todo pecado. Jó proclamou isto quando estava ainda no pó e nas cinzas, apodrecendo em vida e não depois da grande virada da sua vida. Capítulo 20:1 a 29 - O segundo debate entre Zofar e Jó. Zofar descreve a calamidade dos perversos. Capítulo 21:1 a 34 - Réplica de Jó a Zofar. Capítulo 23:1 a 31:40 - O terceiro ciclo de discursos: Capítulo 22:1 a 30 - O terceiro debate de Elifaz. Elifaz acusa Jó de grandes pecados Capítulo 23:1 a 24:25 - Réplica de Jó a Elifaz. Jó confessa que os perversos muitas vezes não são castigados e responde a sorte dos perversos no capítulo 27 Capítulo 25:1 a 6 - O terceiro debate de Bildade. Bildade nega que o homem possa justificar-se diante de Deus. Capítulo 26:1 a 31:41 - Réplica de Jó a Bildade. Cap. 26 – Jó afirma a soberania de Deus. Capítulo 28 - A verdadeira sabedoria vem de Deus. Este capítulo é semelhante ao livro de Provérbios. Uma consideração da questão de onde se pode achar a sabedoria. Capítulo 28:11 – “Tapa os veios de água e nem uma gota sai deles, e traz a luz o que estava escondido.”Energia. Capítulo 29 – Jó lembra do seu primeiro estado feliz. Capítulo 30 – Jó lamenta a miséria que caiu.
  • 12. Capítulo 31 – Jó declara a sua integridade. Capítulo 32:1 a 37:24 – O discurso de Eliú. Ele se ira contra Jó e seus três amigos. Capítulo 32:1 a 33:3 – O primeiro discurso –Deus instrui o homem através da aflição. Capítulo 34:1 a 37 – O segundo discurso – Vindicadas a justiça e a prudência de Deus Capítulo 35 1 a 16 – O terceiro discurso - As vantagens da piedade. –Deus não ouve o aflito porque esses não têm fé. 35:13 – “Só gritos vazios Deus não ouvirá” . Capítulo 36:1 a 37:24 - – O quarto discurso – A grandeza de Deus e a ignorância de Jó.O sofrer do homem Deus lhe visa o bem.Eliú exalta a majestade de Deus. Quatro visões do sofrimento: A visão de satanás: As pessoas acreditam em Deus apenas quando são prósperas e não estão sofrendo, isto é errado. A visão dos três amigos: O sofrimento é o julgamento de Deus pelo pecado. Isto nem sempre é verdadeiro. A visão de Eliú: O sofrimento é a forma de Deus para ensinar, disciplinar e refinar. Esta é a verdadeira, mas incompleta explicação. A visão de Deus: O sofrimento nos faz confiar em Deus por quem Ele é não pelo o que Ele faz. Curiosidade: 37:7 – Impressão digital – Assim torna ele inativas as mãos de todos os homens. Capítulo 38:1 a 42:6 - Os discursos de Deus. Debate entre Deus e Jó Capítulo 38- O primeiro discurso –A onipotência de Deus é proclamado na criação; O Senhor convence a Jó da sua ignorância. V.1 a 3 - “Depois disto, o Senhor respondeu a Jó dum redemoinho, e disse: Quem é este que escurece o conselho com palavras e conhecimento? Agora cinge o teu lombo, como homem; perguntar-te-ei, e tu responda-me.”Agora o próprio Deus chegava a Jó em pessoa num redemoinho,numa nuvem de glória,revelando a Jó a sua glória e o seu poder, a sua soberania,para dizer ao seu servo que Ele pôde provar o mais justo,e que tais provações lhes serão creditadas em benção multiplicadas. V.4 – “Onde estavas tu quando Eu fundava a terra?”. Não temos resposta para esta pergunta até os dias de hoje. V.7 –“Quando as estrelas da alva junta alegremente cantavam...”. Coral estelar
  • 13. V.13 –“orlas da terra...” eixo imaginário. V.18 – “idéia largura da terra” Linha do Equador V. 19 - “Onde está o caminho da morada da luz? E quanto às trevas, onde está o seu lugar?” Espaço cósmico. V. 22 – “Ou entraste tu até os tesouros da neve e viste os tesouros da saraiva, que Eu retendo até o tempo da angústia, até ao dia de peleja e de guerra?” Hoje, a ciência sabe que a neve é formada de cristais microscópio em formato geométrico, de variedade praticamente infinita. Ninguém sabe quantos formatos de cristais existem na neve. Mas Deus sabe. V.38–“Onde está o caminho para onde se difunde a luz” Prisma ótico – V.31 e 32 – Lei gravitacional V.34 – Rádio – “Podes levantar a tua voz até as nuvens...” V.38 – Junção atômica molecular – “Para que o pó se transforme em massa sólida” 39:7 – Lei da acústica – “Ri do tumulto da cidade” 40:15 19 –– Beemote –Sua força está nos seus lombos e o seu poder, nos seus músculos do seu ventre, Sua cauda como o cedro e seus ossos como bronze o seu arcabouço como ferro. Todas estas qualidades acharam no dinossauro. 12 mt de comprimento sua cauda=1/3 do seu corpo com 36 mt. 41:1 “Poderá pescar com anzol um leviatã?” = crocodilo. O dízimo só foi transformado em lei quando Moisés recebeu as tábuas da Lei no Monte Sião. Capítulo 40:6 a 42:6 - O segundo discurso – O poder de Deus e a fraqueza do homem, a humildade de Jó. Jó confessa V.5 –“Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem.”. Capítulo 42 - V.5 a 6 - O sofrimento inexplicável na vida de seus filhos, tem como propósito divino de ampliar a nossa visão sobre a soberania, a santidade, o amor e a justiça de Deus; e do conhecimento e julgamento de nós próprios. Foi o que aconteceu com Jó. V.6 - Eu me abomino e me arrependo ao Pó e na cinza. Moisés escondeu sua face ante a sarça ardente (Ex.3:6) Pedro reconheceu seus muitos pecados (Lc. 5:8) Paulo caiu por terra (At.9:4). João caiu aos seus pés como se tivesse morrido (Apc. 1:17) Quando Jó se humilhou ao pó perante Deus, satanás já havia perdido. Depois desta experiência Jó passou a ter uma visão mais clara do mundo invisível, o mundo espiritual do reino de Deus. Aprendeu que esse mundo invisível é mais real do que a própria
  • 14. realidade visível desta vida. Aleluia! O apóstolo Paulo diz que as coisas que vemos são temporais e as que não vemos são eternas. V.7 a 17 - Deus repreende os três amigos de Jó, os três consoladores. V.10 a 17 - “E o Senhor virou o cativeiro de Jó, quando ele orava pelos seus amigos,e o Senhor acrescentou a Jó outro tanto em dobro a tudo quanto possuía” Jó é restaurado e próspero. “Assim abençoou o Senhor o último estado de Jó mais do que o primeiro”. Porque veio a ter: 14000 mil ovelhas; 6000mil camelos; Mil juntas de boi; Mil jumentas. 7 filhos e 3 filhas, Genros, noras, netos, etc. Os cristãos recebem duas vezes mais em Cristo, do que perderam em Adão pela morte. Jó tinha agora 10 filhos na terra e 10 filhos no céu. Devemos lembrar que nem sempre recebemos nossa recompensa aqui na terra onde estamos apenas de passagem. Nós alcançaremos a maior vitória ao chegar-mos na glória celeste. João em Apocalipse disse “E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem, pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas”. Qual então a mensagem do livro de Jó?Como ele se dirige a grande necessidade universal? O livro denuncia, de forma notável, a insuficiência dos horizontes humanos para uma compreensão adequada do problema do sofrimento. Como prólogo como plano de fundo, os sofrimentos de Jó, aparece não como irrefutável prova de castigo divino, como queriam os amigos de Jó, mas como prova de confiança divina no seu caráter. O autor do livro de Jó recomenda, sem dúvida, a humildade diante do sofrimento jamais advoga o desespero. Ele crê num Deus que pode satisfazer a necessidade humana. O aparecimento dos homens que vem aconselhar Jó conduz à controvérsia, à desilusão e ao desespero; A revelação de Deus promove a submissão, a fé e a coragem. A palavra do homem é impotente para penetrar a escuridão da mente de Jó.A palavra de Deus traz a luz eterna. ALELUIA!!! Destaquemos alguns ensinos no livro de Jó. Não devemos nos julgar isento de culpa. Muitas vezes o homem se sente no direito de questionar os atos de Deus ou mesmo a ausência de sua intervenção. Jó 7:20 - Por que fizeste de mim um alvo para ti, para que a mim mesmo me seja pesado? Nossa capacidade para reconhecer é limitada. Não podemos satisfatoriamente explicar todas as coisas, por mais que nelas meditemos. Jó 11:8 e 9 - Como a altura dos céus é a sua sabedoria; que poderás tu fazer? Mais profunda é ela do que o inferno; que poderás tu saber?Mais comprida é a sua medida do que a terra; e mais larga do que o mar.
  • 15. O Senhor é soberano no seu modo de agir. Deus sempre faz o que quer,quando quer e como quer, o que às vezes dificulta os juízos humanos. No final do nosso questionamento, precisamos reconhecer que Deus é o justo e verdadeiro, e que todo o homem é limitado e efêmero. Jó 42:1 a 6 - Então, respondeu Jó ao SENHOR e disse: Bem sei eu que tudo pode, e nenhum dos teus pensamentos pode ser impedido. Quem é aquele, dizes tu, que sem conhecimento encobre o conselho? Por isso, falei do que não entendia; coisas que para mim eram maravilhosíssimas, e que eu não compreendia. Escuta-me, pois, e eu falarei; eu te perguntarei, e tu ensina-me. Com o ouvir dos meus ouvidos ouvi, mas agora te vêem os meus olhos.Por isso, me abomino de me arrependo no pó e na cinza. Deus está no comando de tudo. O livro de Jó nos ensina que há fatores que interferem em nossas vidas do que aqueles que nós podemos controlar, o criador nos aperfeiçoa nas mais adversidades. Para o inimigo, Jó poderia ser um bom teste de fidelidade. Para Deus, Jó era um justo que poderia ser aperfeiçoado, se abandonasse a justiça própria e tivesse uma reação ainda maior da gloria do seu Deus. Percebemos, portanto, que Deus trabalha de modo que não entendemos, mas sua ação soa sempre baseada em justiça e amor. . Concluindo: A verdadeira sabedoria nos aproxima da dependência de Deus e não da justiça própria ou não auto-suficiência. A verdadeira sabedoria produzida humildade e não orgulho ou vaidade. A verdadeira sabedoria leva à justiça e à paz, dignifica seu possuidor e glorifica o seu Doador: DEUS.
  • 16. Cap 03 - PONTOS RELEVANTES NO LIVRO DE JÓ Capítulos 21-30 #34 Jó 21 “Através da história, as pessoas têm se voltado para livro de Jó em busca de ajuda em tempos de dificuldades. Nem todos encontraram respostas para suas perguntas – Jó também não! Porém, eles foram ajudados pelo simples fato de outros expressarem suas ansiedades e perplexidades, as quais eles tinham medo até de mencionar.” (Derek Thomas) Aqui temos a resposta de Jó para Zofar (Será que Zofar interrompeu Jó? v. 3) “Jó, o injusto pode prosperar, mas ele será julgado nesta vida” cap. 20: 5. “A resposta de Jó marca o final da segunda rodada.” Num sentido amplo, esta foi a resposta de Jó: nenhuma regra universal pode ser estabelecida tomando-se como base a premissa de que Deus trata com os homens somente nesta vida. Esboço: I. Introdução, v. 1-6 v. 2 “Ouçam cuidadosamente. Se vocês desejam realmente me confortar, ouçam o que estou dizendo. Ouçam-me, e assim vocês estarão me confortando.” Muitas vezes, ouvir é o melhor conforto que podemos dar. Seja um bom ouvinte. É terapêutico, para quem está sofrendo, expor o seu coração. Ouça com um interesse genuíno. Ore por sabedoria para (e se deve) responder. v. 3 “Ouça o que eu tenho a dizer, e então considere se você tem alguma boa razão para zombar de mim.” v. 4 “Se o homem fosse a fonte dos meus problemas, eu não teria o direito de me queixar com ele? Sendo assim, se Deus é a fonte do meu problema, por que eu não tenho o direito de me queixar à Ele?” v. 5 -6 “Se vocês parassem de falar o tempo suficiente para olhar para mim e considerarem quão grandes são as minhas aflições, vocês tremeriam comigo. Minha experiência deveria fazer vocês tremerem para que o mesmo não acontecesse à vocês. II. Argumento
  • 17. 1. Refutando a base da tese de Zofar, v. 7-26 (1.) “Alguns ímpios prosperam nesta vida até chegarem ao túmulo”, v. 7-13. Nem todos morrem prematuramente. v. 7 “Por que o ímpio muitas vezes vive uma vida longa e são fortes?” v. 8 “Suas famílias prosperam e seus filhos se estabelecem.” v. 9 “Deus não lhes toca (como Ele tem feito comigo).” v. 10 “Seus rebanhos também prosperam.” v. 11 -12 “A vida é uma grande festa para eles.” v. 13 “A vida deles caminha muito bem, até mesmo na morte. Tudo aparentemente vai bem para eles! Deus é extremamente paciente com muitos, e com alguns mais do que outros. Graça comum não é distribuída de maneira uniforme. Ela deveria nos conduzir ao arrependimento (Romanos 2: 4). Mas, ao invés disso... (2.) “Eles se endurecem contra Deus na prosperidade”, v. 14-16. v. 14 “Eles não se importam com Deus...preferem ser ignorantes a Seu respeito.” v. 15 “Nenhum reconhecimento de Deus. ‘Quem Ele pensa que é? Eles corajosamente afirmam. Não há proveito nenhum em orar para Ele. Adoração é um desperdício.” v. 16 “Eles se orgulham da sua grandeza, mas é Deus quem lhes dá tudo o que têm. Eu não me aproximo de homens como estes! Eu os evito!” Riquezas temporais e prosperidade dão um falso senso de segurança; sedução das riquezas. Durham: “Prosperidade é uma maldição para o homem ímpio.” Para alguns, a melhor coisa a respeito de Deus; é se tornarem cada vez mais ateus. (Por isso não vêem a piedade como um ganho!) Nunca pense que servir a Deus é um desperdício, e não servi-lo é o caminho da felicidade. Tanto a riqueza quanto a pobreza pode ser laço, Provérbios 30: 8-9. Em tempos de prosperidade, tome cuidado para não desprezar a Deus. Em tempos de dificuldades, tome cuidado para não lançar mão do nome de Deus. Use com sabedoria os seus recursos, use-os para a glória de Deus. E os que usam deste mundo, como se dele não abusassem. I Cor. 7: 31 (ex: usar exageradamente, buscando obter deles mais do que podem oferecer). No dia do julgamento Deus irá dizer: “Apartai-vos de mim”, à todos aqueles que lhe disseram: “Aparta-te de mim”! Jó 21: 14, 22: 17, Mateus 8: 34.
  • 18. (3.) “Outros são julgados nesta vida, v. 17-21. Tão certo como alguns ímpios prosperam, outros sofrem, durante toda a sua vida. v. 17 -18 “Nenhuma luz, somente tristeza e destruição. Nenhum fundamento seguro” (em contraste com aqueles previamente descritos). v. 19 “Algumas crianças sofrem por causa da impiedade dos pais.” v. 20 “Alguns ímpios vêem nesta vida a sua própria destruição.” v. 21 “Eles não vivem o suficiente para tirar proveito dos frutos do seu trabalho terrestre.” Note que Jó procura estabelecer, aonde é possível, uma base simples. *Não exagere a sua situação. Admita a veracidade do caso dos seus oponentes naqueles exemplos onde haja verdade. Quantas vezes, num debate teológico, nós exageramos, superestimando nossa posição! (Como Gill, em Isaías 53: 6 –Nenhum chamado ao evangelho, convite, ou oferta aos pecadores mortos, somente o chamado á uma adoração pública; especialmente aos santos, ou talvez aos Judeus, enquanto Cristo estava na Palestina.) (4.) “Tudo isso só pode ser explicado pela soberania de Deus”, v. 22-26. v. 22 “Os caminhos de Deus estão acima do nosso entendimento. Ele dispõe do ímpio segundo a Sua própria vontade.” v. 23 -24 “Deus chama alguns ímpios à sepultura enquanto prósperos e bem de vida.” v. 25 “Outros, Deus chama estando miseráveis e vazios.” v. 26 “Porém, ambos morrem.” Durham: “A terra se torna em cama para ambos, os vermes seu lençol e cobertor, cobrindo-os, e os mesmos vermes se fazem presentes tanto em um quanto em outro.” “Estas verdades todas mostram que seus argumentos são falhos. Vocês estão limitando Deus apenas a uma maneira de trabalhar, quando Seus caminhos são certamente variados. Você pensa que está ensinando à Deus alguma lição?! (v. 22) Você acha que Ele é incompetente e necessita de ajuda?” As colocações de Jó são irrefutáveis. * Henry: “A desproporção entre o tempo e a eternidade é tão vasta, que em sendo o inferno o destino final de todo pecador, fará pouca diferença se alguém for para lá cantando ou suspirando.” 2. A Perspectiva em longo prazo: “A destruição do ímpio está reservada principalmente para o mundo vindouro”, v. 27-33. v. 27 -28 “Eu entendo a sua posição. Você me acusa de pecado grave e hipocrisia. Mas, você está errado. Você ignora as evidências que tenho apresentado.” v. 29 “Qualquer homem nas ruas pode testificar o que eu tenho dito, ou seja: que o ímpio nem sempre é punido nesta vida.”
  • 19. v. 30 “A ira completa de Deus não será derramada sobre o ímpio até o dia do julgamento final. Nós concordamos que a irá está por vir, mas principalmente (se não inteiramente) após esta vida, não durante esta vida.” v. 31 “Ele pensa que é intocável, e que ninguém lhe retribuirá pelas suas más obras.” v. 32 “Mas ele morrerá. E a morte é uma testemunha contra ele!” v. 33 “Ele pode muito bem morrer em paz, falsa paz, e ter um velório pomposo (como muitos oficiais). “Sua morte pode ser como a de qualquer outro, não sendo o primeiro nem o último a morrer. III. Encerrando a repreensão, v. 34. Resumo: “Seu argumento é inválido. Sua ajuda de nenhum valor para mim.” Henry: “Onde não há verdade, pouco conforto se pode esperar.” Observe: 1. Deus aponta a porção de cada um. Tenha confiança de que Ele faz o que é justo e melhor. 2. Não é Jó uma miniatura dos eleitos de Deus aqui na terra? Embora Deus nos permita sofrer como Jó, e embora o mal aparentemente triunfe (como vemos neste capítulo), não se aflija. Deus está trabalhando para que todas as coisas cooperem para o nosso bem. Sabedoria perfeita está orquestrando o todo. 3. Do verso 33. Estamos todos num processo de morte. Portanto, vamos viver para as coisas de interesse eterno. Quando o dia da morte chegar, o que você gostaria de ter feito? Você lamentará por não poder pecar um pouco mais? Ou lamentará por não ter servido a Deus melhor? Determine viver hoje de tal maneira, que não leve você a se lamentar de ter vivido em vão! #35 Os amigos de Jó em seu pior Jó 22 O começo da “terceira etapa”. A última vez que ouvimos Elifaz falar. Jó havia desmantelado a tese deles. Exposto a falácia de seus argumentos. Abalou os alicerces da teologia deles. O único recurso de Elifaz: Aumentar o volume da retórica. Este Elifaz está totalmente diferente daquele que vimos na primeira etapa. Ele vai fundo na maldade e crueldade que nunca esperaríamos de um amigo com intenções de confortar. Ajuda versos provar que estamos certos. Como Spurgeon disse: podemos introduzir uma centena de demônios enquanto tentamos expulsar um! Devemos manter a cabeça e não sermos apressados em nossas palavras. O que se indigna à toa fará doidices (Provérbios 14: 17). Porque convém que o bispo seja... não soberbo, nem iracundo (Tito 1: 7). Seja temperante. Pense espiritual e racionalmente.
  • 20. 1. “Esta conversa toda não mudará a justiça de Deus” v. 2-4. Uma salva de perguntas: v. 2 “Você não pode fazer de Deus o seu devedor. Você é um servo inútil. Você pode ajudar a si mesmo, não a Ele.” v. 3 “Deus é feliz sem você. Você não pode acrescentar nada a Ele.” v. 4 “Você não pode ameaçar a Deus. Você não pode atuar como Seu Juiz!” Tudo isso é verdade. Deus não precisa de nós para se alegrar, mas nós temos alegria sem Ele. Mas estes princípios podem ser aplicados de forma errada. (Como alguns que professam crer na predestinação, justificando seus pecados com base nisso. Rom 6: 1-2). Aplique corretamente a verdade a você e a outros. II. “Deixe-me mencionar alguns dos seus pecados, primeiro: você tem maltratado o próximo” v. 5-11. v. 5 Talvez esta seja a acusação mais severa contra Jó em todo livro. “Você é um hipócrita!” Neste ponto Elifaz concorda com Satanás a respeito de Jó! Aqui vemos um dos maiores ataques de Satanás: um amigo tão bom e temente a Deus, como Elifaz, condenar totalmente Jó. (Elifaz era o mais velho, mais moderado e mais simpático dos três.) A tática era direcionar Jó a um desespero tal, que ele desistisse e amaldiçoasse a Deus em Sua face. Cuidado para não ser uma arma de Satanás! Até mesmo Pedro fez isso em pelo menos uma ocasião (Mateus 16: 23 - Para trás de mim, Satanás...). (Em certo sentido, é claro, esta declaração se aplica a toda humanidade. O erro é aplicá-la para Jó de maneira peculiar, e baseada no evangelho da prosperidade.) v. 6 -9 “Finalmente, algumas coisas particulares e específicas, contrárias as generalidades e insinuações que tínhamos visto anteriormente! v. 6 “Você foi maldoso obtendo vantagens sobre outros.” v. 7 “Você não demonstrou misericórdia ao necessitado.” v. 8 “Você estimulou os ricos, mostrando favoritismo.” v. 9 “Você oprimiu o pobre...atingindo o ponto mais alto da injustiça.” Que acusações bárbaras! Totalmente infundadas. (Jó respondeu a isso no capítulo 29 e 31.) Talvez um tiro no escuro, uma expedição de pesca na consciência de Jó, ou atirar lama na esperança de acertar em alguma coisa. Cuidado para não imaginar o pior, estando pronto a acusar sem evidências, declarando publicamente isso. Oh, Que dano! Não mude os fatos em fantasias a fim de vencer um argumento (Derek Thomas).
  • 21. No calor de um argumento, até mesmo bons homens podem jogar sujo. Seja cuidadoso em manter autocontrole sobre os sentimentos e a língua. É melhor confiar no SENHOR do que confiar no homem, Salmos 118: 8. v. 10 - 11 “Sendo assim, todas estas calamidades vieram sobre você.” “Este é o motivo pelo qual ciladas, preocupações, trevas e devastações vieram sobre você. Você está sob julgamento em virtude destes pecados.” Há muitos mais ainda.... III. “Segundo, você tem desprezado a Deus” v. 12-14. v. 12 “Deus é altíssimo e Todo-Poderoso.” v. 13 – 14 “Mas, você pensa que Ele é muito alto para ter alguma consideração ou prestar atenção em seus pecados. E você tem verbalizado isso, Jó!” Isso é verdade? Claro que não! Pois em nenhum lugar Jó declarou qualquer coisa semelhante a isso. Elifaz está colocando palavras na boca de Jó, imaginando que elas estejam no coração dele. Elifaz interpretou as observações de Jó, a respeito da prosperidade do ímpio, como uma negação do cuidado e da soberania de Deus sobre eles. Não presuma as palavras e os motivos dos outros! Seja cuidadoso, citando de forma precisa e dentro do contexto. Derek Tomas: “A verdade é de pouco valor no calor de um argumento.” Se você tem que usar este recurso como tática, é porque, na verdade, não tem mais argumento! Não pense que você conhece os motivos dos outros. Seja cuidadoso e generoso, até que você tenha razões para acreditar no pior a respeito de um irmão em Cristo. Não pense que você conhece todos os motivos pelos quais Deus age. Examine sempre e com cuidado as suas imaginações! IV. “Aprenda através daqueles a quem Deus destruiu” v. 15-20. v. 15 “Você é um ignorante a respeito da história?!” v. 16 – 17 “Você não se lembra de como Deus destruiu o ímpio com o dilúvio? Você é como eles, por isso Deus o está destruindo.” v. 18 Talvez citando a Jó de maneira debochada (21: 16 etc.): “Você se acha melhor do que aquelas pessoas ímpias, mas é igualzinho a elas! (Ou talvez se apropriando das palavras de Jó, por achar que ele não ter direito a elas.) v. 19 “Jó, eu fico contente em ver o ímpio destruído, eu zombo disso quando sei. Estou contente em vê-lo sofrer!” Que cruel! Que inconveniente para uma alma que não tem absolutamente nada, a não ser aquilo que Deus livremente lhe tem concedido!” v. 20 Nossa constante prosperidade argumenta a nosso favor. “A sua destruição prova que você está errado.” O velho e mesmíssimo evangelho da prosperidade – “Deus
  • 22. sempre julga o pecador nesta vida; todos os problemas desta vida dizem respeito ao julgamento sobre o pecado.” Medida para um padrão adequado: Deus pode reverter a prosperidade de qualquer pessoa num piscar de olhos. Erro do evangelho da prosperidade: “Só pode haver um motivo para as calamidades, ou seja: você tem pecado em sua vida.” Não há lugar para o conceito de que você possa ter calamidades sendo santo, como Jó! V. “Aqui segue o meu conselho: Seja correto com Deus, e assim você irá verdadeiramente prosperar” v. 21b. Aqui há uma grande verdade, se aplicada corretamente. Um exemplo disso está no fato de que de uma mesma fonte não pode jorrar água amarga e doce ao mesmo tempo (Judas 3). v. 21 “Você precisa conhecer Deus. Você ainda está em trevas espirituais. Bênçãos virão se você se tornar um Cristão.” v. 22 “Como conhecer Deus? Ouvindo Sua palavra e internalizando Suas leis.” v. 23 a “Arrependendo-se dos seus pecados.” v. 23 b-25 “Se você fizer isso, será restaurado com paz e prosperidade (ganhas honestamente, não com injustiça, como ocorreu anteriormente em sua vida, Jó).” v. 26 – 27 “E você gozará de prosperidade espiritual.” v. 28 – 30 “Seus desejos serão atendidos, vivendo um vida feliz.” v. 29 – 30 “Você será proveitoso e útil à outros.” Este é o melhor conforto que Elifaz poderia dar! Nenhum sinal de que o sofrimento seja o cumprimento de muitos dos propósitos que glorificam a Deus (que Deus tenha mais razões para os seus feitos, além de simplesmente julgar o pecado)...de nos refinar, nos humilhar, nos prevenir de pecar, nos provar, nos levar a uma comunhão maior com Ele, e demonstrar a Sua fidelidade a um cético como Satanás. É irônico o fato de que Elifaz e seus amigos terão que se arrepender e Jó orar por eles! Observe: 1. A avaliação de Deus pode ser tremendamente diferente da avaliação dos homens. Para Elifaz, Jó era o pior dos pecadores na face da terra. Para Deus, Jó era perfeito, reto e o melhor dos santos na face da terra. Não leve sempre a sério a avaliação de certos homens! 2. Veja em Jó uma sombra de Cristo. Ferido pelos amigos (todas as pessoas lhe tratando como Elifaz!)
  • 23. Se você está passando pela mesma situação, não amaldiçoe a Deus. Seja fiel e Ele o guiará pelo vale da sombras. Não deixe que os Elifazes de sua vida o desviem do caminho de Deus. #36 O anelo por Deus Jó 23 Aqui temos a resposta de Jó para as acusações cruéis e injustas de Elifaz. Nem tanto uma resposta direta contra as falsas acusações, mas um clamor a Deus – O anelo e anseio por Deus! Algumas grandes declarações são feitas aqui, tais como: a confiança de Jó em Deus enquanto ele caminha pela fé, sua clareza de consciência, sua total submissão a soberania de Deus em suas provações. Entretanto, há uma indicação de que Eliú tenha causado em Jó um espírito de elevada e corajosa confiança, muito mais do que Deus mesmo, quando ele inicia a sua resposta. Henry: “Aqui vemos, através deste capítulo, uma luta entre a carne e o espírito, o temor é a fé. - Na melhor das possibilidades, nós ainda estamos lutando com o pecado que habita em nós. (Mas, Deus tem que aumentar o calor para atingir a temperatura do “infinito”, a fim de trazer as impurezas de Jó à tona!). Ao defender-se, seja cuidadoso para não perder a perspectiva, ficando inchado a respeito de si mesmo. O perigo da autojustificação....melhor deixar isso com Deus. I. Jó lamenta sua situação, v.2. “Minha situação hoje é tão ruim como sempre.” Sofrimento prolongado é uma das piores coisas que alguém pode suportar. Lamentar não é em si mesmo um mal. Porém, cuidado com o espírito de rebelião, ressentimento e amargura contra Deus. “...Não estou me queixando tanto quanto eu poderia! A coisa toda é pior do que vocês imaginam.” É um pecado gemer mais do que a pancada exige. Não seja murmurador! Quietude sob a vara de Deus é uma virtude. II. Jó anseia comparecer diante do tribunal de Deus, v. 3-7. Deus parecia estar distante para Jó, no que diz respeito a receber alguma ajuda, ou de ser ouvido por Ele. v. 3 “se eu soubesse onde o poderia achar...
  • 24. v. 4 ....Eu apresentaria o meu caso a Ele com argumentos bem elaborados.” Ore de forma organizada e ordeira. Confusão não combina com Deus! v. 5 “Gostaria de ouvir o que Ele tem a dizer para mim.” *Coragem em excesso v. 6 “Ele não iria exercer o seu poder contra mim, mas ao meu favor.” v. 7 “Sim, Eu teria uma audiência justa, pois Ele me ouviria. Ele certamente sairia em minha defesa. Mesmo que os homens se recusem a limpar o meu nome, Deus o faria!” - Cuidado para não falar de forma rude a respeito de Deus, como se você fosse a autoridade. Quando Jó finalmente pode estar diante de Deus, ele ficou mudo! Ver cap. 40: 3-5, 42: 6. Nós também, muitas vezes, não temos a mesma tendência de invocar o nome de Deus de forma descuidada e apressada?...assumindo que o nosso caso é mais importante e que sabemos exatamente como devemos ser ouvidos. Caso venha a dizer: “Nos veremos no dia do julgamento”, esteja certo que está dizendo isso com humildade, como alguém que está sendo julgado, não como se você fosse o juiz de outros! - Não seja tão apressado pela vinda do julgamento de Deus. Ele virá cedo o suficiente! E Nós podemos nos surpreender então! (Comp. I Cor. 4: 3-5, Tiago 5: 7-9) III. A confiança de Jó em Deus, v. 8-10. v. 8 -9 “Eu o tenho procurado por todos os lados....Eu sei que Ele está próximo, mas não posso vê-Lo.” (“Elifaz, você me diz que eu deveria ficar mais apercebido dEle...Bem, eu ficaria, se pudesse!”) - Deus nem sempre é encontrado imediatamente. Muitas vezes temos que buscar e bater. Não presuma que a Sua presença será sentida durante as provações. Busque-O! (não há nada automático na experiência Cristã.) - Deus tem um designo nas deserções. Como a águia treinando seus filhotes, Deus nos deixa cair, mas nunca para nos estatelarmos no chão! v. 10 “Mas, Ele sabe o que está fazendo comigo, ou; Ele aprova os meus caminhos e minha conduta [comp. Salmo 1: 6]. Ele está me refinando através da fornalha da aflição.” Uma entre as grandes declarações do livro! O conforto de Jó: olhar para suas provações através da perspectiva de Deus. “Ele sabe! Ele está perfeitamente inteirado de tudo.” - Vamos como cristãos tirar conforto disso! (1.) Nossas aflições são provas, por ex: testes, provas. Não têm como objetivo nos ferir, mas são para o nosso bem a longo prazo. (2.) Quando o teste termina, sairemos da fornalha da aflição. Pode terminar ainda em vida, ou quando muito, na morte. (3.) Resultado final: Ouro! Puro e precioso santo para a glória de Deus – Aprovado e aperfeiçoado. Henry: “Aqueles que vão em ouro para a fornalha, não podem sair pior do que quando entraram.”
  • 25. - Quando você não sabe o que Deus fará, conforte-se em saber que Ele sabe. - Todos os filhos de Deus são provados e refinados. Espere por isso. Não seja pego de surpresa, como aquele ouvinte que caiu entre espinhos, na parábola do semeador. IV. A clareza de consciência de Jó, v. 11-12. v. 11 “Eu tenho permanecido no caminho estreito. Eu não me virei contra Deus.” v. 12 “A minha consciência não me acusa. A Sua palavra é mais vital para mim do que a comida que como!” - Não importa quão áspero seja o caminho, nunca devemos deixar de obedecer nosso Deus. - Nada é tão valioso quanto uma consciência pura com Deus. (o contrário de sofrer como malfeitor). Sibbes: “Ou a consciência é um dos nossos maiores amigos, ou um dos nossos maiores inimigos neste mundo.”...Uma boa consciência pode encarar a face de Deus! - A Palavra de Deus é mais necessária do que a comida! O homem não vive só de pão! Henry: “A Palavra de Deus é para a nossa alma o que a comida é para o nosso corpo; ela sustenta a nossa vida espiritual, e nos fortalece nas situações difíceis da vida; não podemos subsistir sem ela, e nada pode substituí-la. Por isso, a devemos estimar, sentir dores, fome, e também nos alimentar dela com prazer, nutrindo assim a nossa alma. Então ela será nosso regozijo no dia mal, assim como o foi para Jó aqui.” - A importância da obediência as Escrituras. J. Murray: “O caminho da piedade é simplesmente este: quanto mais a vara de Deus assola de forma dura e misteriosa, mais o santo de Deus se apega com maior firmeza a vontade de Deus revelada.” - Vamos valorizar a Palavra de Deus! Como saber se você tem a Palavra de Deus na mais alta estima: (de Robinson em PHC) - Sendo atencioso na leitura e no ouvir da Palavra - Ponderando-a séria e freqüentemente - Entesourando-a cuidadosamente em sua memória (guardei, v. 12 = escondi, Salmo 119:11) - Preferindo-a em lugar de confortos terrenos, possessões, liberdade e até a própria vida - Abandonando nossos pontos de vista, propósitos e práticas que se oponham aos seus ensinos - Preferindo sofrer e ter perdas do que violá-la V. A visão de Jó da Soberania Divina, v. 13-17.
  • 26. v. 13 “Deus não se confunde. Ele não pode ser mudado. Ele faz a sua própria vontade.” v. 14 “Ele apenas está cumprindo o que havia determinado como minha porção aqui.” - Deus compreende a si mesmo, ainda que nós não. Sua soberania, que é uma grande consolação, associada a Sua bondade por nós, demonstra Sua sabedoria em tudo o que realiza. - Receba as provações como vindas de Deus, das quais Ele tem várias para nós. Henry: “Quando Deus determinou a vida eterna e a glória como nosso fim, Ele também determinou para esta condição, estas aflições.” v. 15 -17 A pequena confusão de Jó. Ele estava perturbado com a ausência de Deus, mas agora na Sua presença! V. 15. “Eu estou temeroso só de pensar o que Ele ainda tem reservado para mim!” v. 16 “Deus está me humilhando no pó.” v. 17 “Eu não morri antes de todos estes problemas chegarem.” Jovem no verso 17b: e nem encobriu o meu rosto com a escuridão.” Observe: 1. Onde nós estaríamos sem o Livro de Jó! 2. Marque novamente estas verdades vitais para os tempos de provação: • Conhecimento da Palavra de Deus • Obediência a esta Palavra • Consciência pura • Perspectiva eterna. Salmos 119: 71 Foi-me bom ter sido afligido, para que aprendesse os teus estatutos. Confiança inteligente, caminha pela fé. #37 Jó 24 Continuação do discurso iniciado no capítulo 23, onde Jó anseia pelo dia em que se apresentará diante do tribunal de Deus, por estar confiante de que Deus finalmente o justificaria (V.10); “minha consciência está limpa...minha confiança está no Senhor...Seus propósitos, embora misteriosos e difíceis, são os melhores!” Agora Jó retorna para o argumento da “mosca no ungüento” de Elifaz e seus amigos, pois ele dizia: o ímpio algumas vezes prospera nesta vida e parece escapar dos seus pecados. (Esta era uma falha mortal existente no argumento deles, como já exposto no capítulo 12 e 21) I. V. 1 Resumindo a questão (a chave do argumento de Jó: Irrespondível)
  • 27. “Se Deus sabe todas as coisas, por que Ele não se apressa em executar julgamento sobre o ímpio e justificar aqueles que o conhecem?” Ou, Por que a justiça não é imediata?” Até mesmo Jó não é capaz de responder a esta pergunta! Aqui se trava a batalha da fé...continuar crendo que Deus é justo, mesmo quando Sua justiça não parece estar presente. II. V. 2-12 A opressão feita por algumas pessoas ímpias. Eles tiram vantagem de outras pessoas via: - Roubando terras e animais, v. 2 - até mesmo dos indefesos, v. 3. (Note como Deus freqüentemente repete Seu interesse pelos órfãos e viúvas.) - Tratam os pobres tão duramente, que eles se escondem para se proteger com medo e pavor, v. 4. Como os animais selvagens, os ímpios saem à procura de satisfazer seus desejos e instintos selvagens, v. 5. (compare com os errantes ladrões Caldeus e Sabeus do capítulo 1) - Roubam o produto do campo, v.6. Em alguns casos, o ímpio roubando o próprio ímpio. *O fato de alguém ser roubado, não significa que esta pessoa era justa. O sofrimento (ex: ser órfão ou viúva) não é uma marca de piedade nem impiedade – evidência incerta. - Deixam o necessitado sem o básico, sem ao menos uma vestimenta (v.7) abrigo (v. 8) ou comida (v. 9). Os deixam sem uma peça de roupa ou a comida básica (v. 10). Os fazem trabalhar como escravos produzindo vinho e azeite, não permitindo que tomem sequer uma gota do fruto do seu trabalho, (v. 11) Seus gemidos e suspiros sobem do lugar onde se encontram, porém Deus parece não ouvir, nem prestar atenção a dor deles, pois não traz a juízo os opressores, (v. 12). Similar ao Salmo 50 e 73. III. V. 13-17 Obras das trevas feitas por pessoas que estão nas trevas. A luz é com freqüência utilizada como uma metáfora de Deus e da piedade, sendo as trevas o seu oposto. V.13. É interessante como alguns pecados geralmente ocorrem sob a capa das trevas, a fim de ocultar ou esconder a obra daquele que a executa. (Lembre-se de como a noite fica escura sem a luz artificial!) Ao amanhecer, antes do raiar do sol, enquanto os homens honestos estão se levantando para trabalhar, o assassino age, e o ladrão comete seus crimes nas sombras, v.14. O adúltero espera ansiosamente o cair da noite, a fim de não ser visto enquanto se dirige ao seu destino, v. 15. Estas são pessoas da noite, cujo único uso para a luz do dia, é o de marcar as casas que planejam assaltar a noite, v. 16. Eles odeiam o raiar do dia, pois é como a morte para eles!...eles vivem sob o temor de serem detectados, v. 17.
  • 28. - Medo de serem vistos pelos homens, mas não de serem vistos por Deus. Devemos nos lembrar sempre da Onipresença e da Onisciência de Deus! Nada irá ajudá-lo mais a não pecar do que isto: Nunca estou sozinho! ...na multidão, na banca de jornal, no computador e na frente da TV. (Evite a tentação e a aparência do mal, seja reto como uma flecha!) IV. V. 18-20 O destino final dos ímpios. Suas vidas passam rapidamente (como de todas as pessoas), eles deixam tudo para trás quando morrem, são removidos desta terra amaldiçoada e de suas possessões, e não desfrutam das alegrias e delícias desta vida, v. 18. A morte se move rapidamente, v.19. Esta é uma verdade para toda a humanidade caída e pecadora descendente de Adão. Eles serão esquecidos pelo mundo, enquanto os vermes se alimentam dos seus corpos, v. 20. Suas más obras morrerão com eles, como o tronco de uma árvore enfraquecida finalmente vai ao chão. O ponto principal de Jó aqui, é mostrar que tudo é uma questão de tempo: “Eu concordo que a prosperidade do ímpio é breve, pois um dia morrerão e entrarão em sofrimento, mas a questão é a seguinte: Eles sempre sofrem antes de morrer? Eu digo que não!” V. V. 21-24 Mais detalhes sobre os ímpios. São cruéis com os aflitos e solitários, v.21. Eles se acham tão poderosos e confiantes, que perseguem até aos homens que exercem autoridade, de maneira que ninguém se sente seguro com pessoas deste tipo por perto, v. 22. Embora estejam a salvo e seguros, não estão contentes. Eles continuam a buscar a quem possam assaltar, roubar e etc., v. 23. Eles desfrutam de alguma prosperidade, mas quando estão maduros (plenitude de vida), são cortados, v. 24. Ponto: Eles vivem e morrem como todos os demais. Parece que eles nunca serão descobertos ou punidos aqui, diante dos olhos humanos. VI. V. 25 A mudança de Jó. “Eu estou tão certo de tudo isso, que desafio a qualquer um me provar o contrário.” - Esta é a coragem daqueles que conhecem a verdade! Observe: 1. A maneira como tratamos os indefesos, mostra quem somos realmente. Viúvas, etc. Pense no aborto, na eutanásia. Nós respeitamos as pessoas?
  • 29. 2. Usemos o padrão bíblico de medida, não o carnal. As riquezas deste mundo são uma marca do ímpio, mais do que do sábio! Henry: “Não podemos dizer que todos que sofrem são ímpios, e que todos os que prosperam não são justos.” Deus permite que alguns dos seus inimigos passem por julgamentos nesta vida, antes do julgamento final, enquanto outros; somente no futuro, permitindo que eles tenham uma vida de muito “sucesso” aqui. Esta é uma decisão de Deus. (Ele não tem que nos explicar por que trata os ímpios de maneira diferente nesta vida.) 3. Não devemos ter inveja do ímpio em sua prosperidade. (Novamente, Salmo 73.) Deseje uma melhor felicidade do que aquela que o mundo pode oferecer. Durham: “Olhe para a fragilidade da sua vida enquanto você prospera, reconheça que você é exaltado apenas por algum tempo, e lembre-se que a eternidade está por detrás de tudo isso.” 4. Não devemos seguir o curso das coisas pecaminosas em virtude de outros se saírem bem ao fazer isso. Eclesiastes 8: 11. A justiça é tão certa quanto lenta! O julgamento visível é raro na maioria das vezes. 5. Ande sempre no caminho da obediência pela fé, aguardando pacientemente a justiça de Deus. #38 O último dos três amigos Jó 25 O terceiro discurso de Bildade. Bem curto, talvez perdendo a força...perdendo o debate, ou simplesmente perdendo a paciência com Jó. Após algumas repetições, o que mais poderia ser dito de qualquer argumento? Os dois pontos de Jó, previamente repetidos nos capítulos 23 e 24: 1. “Deus é meu juiz. Eu sou justo. Quando o dia do meu julgamento chegar, eu serei justificado. 2. Esta vida é cheia de enigmas, tomando-se como exemplo a prosperidade do ímpio e o sofrimento do justo.” Bildade não pôde argumentar contra o #2, Jó venceu aquele debate! Acabou a disputa! Sendo assim, ele volta para o #1. “Jó , você não tem chance nenhuma contra Deus! A sua causa não tem defesa...De fato, ninguém pode se defender diante de Deus! Você não tem como se defender diante do tribunal de Deus.” Ex: rebaixando Jó com a grandeza de Deus e a pequenez do homem. Acompanhe seus argumentos: I. Os atributos de Deus, v. 2-3. 1. Soberania, v. 2a. “Ele merece ser temido por causa de Sua grande autoridade em governar. Jó, você falta com respeito e reverência. Seria melhor você temer a este Deus e curvar-se diante de Sua soberania!
  • 30. 2. Sem desafios ou desafiadores, v. 2b. “Sem conflito ou guerra em Seu reino. Ninguém pode se rebelar contra Ele e obter sucesso. Não há recurso em Seus julgamentos. Suas decisões são imutáveis, não importa o quanto você se justifique, Jó! Você pensa que pode desafiar Sua justiça, mas certamente irá falhar. Você não pode vencer Sua justiça. Você certamente será derrotado, não justificado.” 3. Todo poder, v. 3a. Tropas pode ser uma referência aos anjos. “Ele tem recursos ilimitados, vistos através dos incontáveis servos dispostos ao Seu comando.” 4. Onisciência, v. 3b. “Ele vê tudo. Sua luz brilha nos cantos mais remotos da terra, contemplando tudo o que você é e faz.” II. A futilidade de tentar se justificar perante Deus, v. 4-6. 1. Pergunta: “Desde que o homem é o que é, como você ou outra pessoa poderia ser justo aos olhos de Deus? Você é impuro, imundo. Você não tem esperança nenhuma perante um Deus puro, santo e justo.” v.4. 2. “Deus é mais puro do que você imagina! (v.5). Comparado com o esplendor de Deus, tudo mais é obscuro. Comparado com a pureza de Deus, tudo mais é impuro.” A repetição do mesmo ponto, feita duas vezes, por Elifaz: 4: 17-8; 15: 15-16. 3. Outra pergunta: “Se as coisas que brilham e são puras, são realmente obscuras e impuras, então; que esperanças há para quem é um vermezinho, gusano que se alimenta da decadência?!” (v. 6) Argumentando do maior para o menor. O ponto de vista de Bildade: “Jó, quem você pensa que é? Você ousa apelar para a jurisdição de Deus? Você não percebe que não há esperanças para tal petição? Ele irá somente indeferir contra você. Jó, Deus está contra você!!” Outra grande tentação: Deus está contra você. Então, vá em frente e amaldiçoe a Deus. Q. O que há de errado no argumento de Bildade? Ele tem uma visão sublime de Deus. Ele é um bom calvinista. Ele está bem familiarizado com os gloriosos atributos de Deus. O discurso sobre Deus parece correto! (Porém, ele não falou o que era reto de Deus, 42: 7!) 1. Sua Maneira. Ele fala como se estivesse acusando Jó. Não demonstra nenhuma simpatia por ele. Elifaz aparentemente se alimenta do estado desesperador de Jó. Ele só agrava a angústia de Jó. - Você prega sobre a doutrina da soberania de Deus de maneira fria e teórica, apenas na esperança de conduzir alguém a miséria? Nunca devemos nos alegrar vendo as pessoas em desespero, enquanto assistimos friamente elas se afundarem na falta de esperança. Se o fizermos, então nós é que precisamos de uma aula de teologia sobre a misericórdia e a compaixão de Deus para com os miseráveis. Nós mostramos simpatia àqueles para quem falamos da verdade de Deus? É possível possuir um sistema correto de teologia e, ainda assim, fazermos o uso incorreto dele. E quanto aos muitos debates sobre teologia em que nós simplesmente queremos sair vencedores, a fim de fazer com que os outros
  • 31. pareçam estúpidos, enquanto nós entendidos e estudados? (Apesar de tudo, as palavras de Bildade condenam tanto a ele mesmo, quanto a Jó!) (Também não deveríamos deixar as pessoas pensarem que Deus é tão grande e está tão distante, que não se interessa por elas. Não devemos depreciar os homens ao ponto da insignificância. Deus, de fato, está muito interessado a respeito do homem!) 2. Sua omissão. Ele não diz nada que possa servir de esperança para Jó. Nenhuma palavra quanto a justificação ou perdão, somente julgamento e ira. Conclusão errada: “sem esperança, redenção ou perdão.” Devemos apresentar as boas novas, assim como a mensagem de condenação, na proporção e tempo corretos. Alguns só dão as boas novas; enquanto outros, somente pregam a condenação. O balanço bíblico: Apresentar os dois! Compare Salmo 130: 3-4, etc. Nós oferecemos esperança aos homens? Não se esqueça do: Mas contigo está o perdão, para que sejas temido. Boas Novas: O homem pode ser justificado diante de Deus através do sacrifício que Ele mesmo apontou! O homem nascido de mulher pode ser limpo através do novo nascimento, ou seja; a lavagem da regeneração! *E quanto a você? Vermes são exaltados à posição de glória e feitos filhos de Deus, porque o Filho de Deus se fez verme por nossa causa! Salmo 22: 6. Agradeça a Deus pelas boas novas! #39 Jó 26 O discurso de Jó nestes capítulos encerra o último dos três ciclos. Lembremo-nos que Bildade falou muitas verdades a respeito de Deus no capítulo 25, ou seja; Seu poder e autoridade, e também sobre a impureza e brevidade do homem. Mas, vimos que ele não demonstrou nenhuma simpatia para com Jó, nem esperança de justificação alguma para ninguém. Henry observa: “Tudo o que bom e verdadeiro nem sempre é adequado e apropriado. Para alguém que se encontrava humilhado, abatido e angustiado de espírito, como Jó, ele (Bildade) deveria ter pregado a respeito da graça e da misericórdia de Deus, ao invés da Sua grandeza e majestade, para que colocasse diante de Jó as consolações, ao invés do terror do Todo-Poderoso. Cristo sabe como falar de maneira apropriada ao cansado (Isaías 50: 4), e os seus ministros deveriam manejar bem a palavra da verdade, e não entristecer aqueles a quem Deus não entristeceu, como fez Bildade.” Bem que Jó poderia ter respondido com sarcasmo, como o fez no começo da sua resposta! I. Jó ironiza de Bildade, v. 2-4.
  • 32. “Muitíssimo obrigado, Bildade! Você realmente me ajudou, me confortou e me livrou. Você acaba de resolver todos os problemas!” Na realidade, “Você não me ajudou em nada, nem me trouxe conforto e nem fez alguma contribuição positiva para toda essa discussão!” (v. 2-3) É impressionante como um homem que estava tão doente e ferido quanto Jó, ainda estivesse em pleno uso de suas faculdades, utilizando-se do artifício do sarcasmo e da ironia. Deus é quem o sustentava. V. 4a “Você pensou que estivesse ensinando alguém totalmente ignorante.” V. 4b A cutucada mais profunda de todas: Implicava em que Deus não o havia enviado para dizer tudo aquilo, mas algum outro espírito (ex: o dele mesmo ou um espírito mau!). Será que Jó começara a ter a perspectiva do envolvimento de Satanás? Como isso deve ter esvaziado a Bildade! O orgulho intelectual murchou. Deus sabe como nos humilhar. O orgulho deve ser reprimido! (Será que Bildade estava demonstrando seu conhecimento de Deus para receber louvor e reconhecimento dos homens? Vamos ser cuidadosos! Deus pode nos humilhar também.) II. Os poderosos feitos de Deus, v. 5-13. Uma das passagens mais extraordinárias de toda a Bíblia a respeito das grandes obras de Deus, em toda natureza e na humanidade. É difícil saber exatamente o que Jó tinha em mente em algumas frases (ou saber se Jó possuía um conhecimento científico preciso daquilo que estava dizendo!), mas o panorama geral é claro: “Bildade, você não falou nada daquilo que eu já não soubesse. Todavia, deixe-me adicionar mais algumas coisas àquilo que você falou a respeito da majestade de Deus!” (Similar ao que Jó fez no capítulo 12-13, superando a sabedoria de Zofar.) Note: Jó somente fez isso quando provocado e forçado, a fim de humilhar o intelecto orgulhoso. Barnes aponta para a superioridade da sabedoria de Jó sobre Bildade assim: Bildade via a supremacia de Deus sobre todo o céu, enquanto Jó diz que Sua supremacia atinge os mortos, aqueles que estão debaixo da terra. Jó começa com a parte mais baixa, subindo até as estrelas. V. 5 Talvez uma referência as almas dos que morreram no dilúvio. V. 6 Deus vê o sheol (partes mais baixas da terra, para onde vão os espíritos dos homens). O abadom não está oculto aos olhos de Deus, Seu domínio estende-se às partes mais baixas do inferno (Apoc. 14: 10. Como Jonathan Edwards pregou: Tanto o justo quanto o injusto passarão a eternidade na imediata presença de Deus, pois Ele será o céu para um, e o inferno para o outro. V. 7 O vazio = sem forma e vazia como em Gênesis 1: 2. Deus cobre o céu como uma cortina, o estende como uma tenda para habitar nele (Isaías 40: 22, Salmo 104: 2). (Henry Morris vê aqui uma grande base científica com relação ao eixo da terra.) Suspende a terra sobre o nada. Globo terrestre suspenso no ar.
  • 33. Henry: “A arte do homem não é capaz de sustentar uma pena sobre o nada, entretanto, a sabedoria divina sustenta toda a terra desta maneira.” Ele sustenta todas as coisas pela palavra do seu poder (Hebreus 1: 3). V. 8 Ciclo hidrológico. Como se Deus armazenasse a umidade e depois a despejasse gota por gota (ao invés de um “aguaceiro”). O homem não pode produzir chuva a partir disso! V. 9 Como se a atmosfera e as nuvens ocultassem a Deus (que é invisível, é claro). V. 10 Ele circunda, cerca as águas. Evidentemente se refere ao concerto que Deus fez com a terra após o dilúvio, Gênesis 8: 21, 9: 15. V. 11 As colunas pode ser uma referência a altura das montanhas, que tremem quando troveja. V. 12 Controle sobre as grandes extensões de água que amedrontam os homens. Criação ou dilúvio? A soberba pode ser uma referência a algum lendário monstro marinho ou um grande dinossauro. V. 13 Agora num nível que os homens podem observar: o céu enfeitado de estrelas. A serpente enroscadiça pode ser uma referência a alguma constelação. (Barnes argumenta que seria a constelação do dragão, a que Virgil se refere.) III. O ponto de todo este discurso, v. 14. Contemple a grandeza, glória e majestade de Deus!...Mas, isto é apenas a ponta do iceberg! “Apenas comecei a falar um pouquinho! Estou apenas dando a você aquilo que representa um sussurro de Deus, imagine o que seria o Seu trovejar?!” Há mais a respeito de Deus do que podemos conceber. Não podemos nos aprofundar em Seu ilimitado poder e sabedoria. Eis que Deus é grande, e nós não o compreendemos (Jó 36: 26). Durhan: Deus não pode ser estudado corretamente até que seja considerado incompreensível. Henry: “desespero para encontrar o fundo, nós devemos nos sentar a beira e adorar o profundo. Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos! (Romanos 8: 33). No presente estado em que nos encontramos, temos ouvido e conhecido somente uma pequena parte de Deus. Ele é infinito e incompreensível, e nosso entendimento e capacidades são fracos e rasos. O conhecimento completo da glória divina está reservado a um estado futuro.” Devemos reconhecer a nossa ignorância. Wm. Cunningham (on eternal sunship): “De um lado, devemos tomar cuidado para que a nossa sabedoria não esteja acima das escrituras, mas, por outro lado, devemos nos guardar de não colocar de lado, ou ignorar qualquer coisa que realmente tenha sido revelado sobre este ponto.” Vá até onde a revelação vai, mas não a ultrapasse.
  • 34. Há muitas coisas a respeito de Deus, Seus propósitos e métodos que não entendemos. (É certo que Jó conhecia a Deus melhor do que Bildade e, portanto, era mais humilde diante de Deus. O conhecimento de Deus fez de você uma pessoa mais humilde? Você imagina que por ser um calvinista não tem mais nada a aprender? Aqueles que melhor conhecem a Deus, são aqueles que sabem que tem muito mais para aprender.) Jó relembra: “Eu ainda não consigo entender o que Deus está fazendo comigo! Tenho estado debaixo dos Seus trovões e não O entendo!” O valor da criação: Mostrar a nossa pequenez. Deixar-nos pasmados diante do grande Criador – Seu poder, sabedoria, majestade e bondade. Nossa dependência, fragilidade e fraqueza. Portanto, submeta-se a Deus em tudo! #40 Jó 27 Talvez a nossa expectativa fosse a de ouvir Zofar falar aqui. Ao invés disso, provavelmente após uma pausa, e o silêncio de Zofar, Jó continua a expor aquilo que pensa. (Capítulos 27-28 um discurso.) Revisão: Satanás está confiante que Jó irá blasfemar de Deus. Satanás quer derrotar Deus através de Jó. Muita coisa está em risco. (* Nós levamos a sério a nossa própria experiência? Há muito mais em risco do que podemos imaginar!) O último e grande ataque de Satanás: 3 amigos que esmagam Jó com a teologia rasa do evangelho da prosperidade. O falso dilema deles: “Se Deus está certo; Jó está errado, ou se Jó está certo; Deus está errado!” A posição de Jó: “Deve haver uma maneira de provar que tanto Deus, quanto eu, estamos certos. Não consigo enxergá-la, mas eu sei que estou certo!” (Por causa disso seus amigos o consideravam como um blasfemo.) V. 1 discurso ou parábola, não no sentido de comparação ou similitude, mas instrução moral, seu argumento por completo, freqüentemente traduzido como provérbio. I. Jó afirma sua integridade, v. 2-6. 1. Ele faz uso de um juramento para reforçar a certeza e a seriedade do que está prestes a dizer, v. 2a. Ele alarga seu discurso sobre Deus v. 2b. “Aquele que recusou ser o juiz da minha causa e reteve Sua justiça. Este Deus Poderoso amargurou a minha alma e me afligiu.” Mais tarde estas palavras irão perseguir Jó (Cap. 34). Em meio a um grande sofrimento, ele exagera o caso, mas não blasfema de Deus. - Não falemos apressadamente ou em autopiedade. Quantas vezes agimos assim na tentativa de nos justificar, mesmo que isto signifique lançar uma sombra de dúvidas no caráter de Deus! Tome cuidado com isso! - Não devemos estar contentes apenas pelo fato de não blasfemarmos contra Deus, mas devemos estar certos que O honramos em tudo o que falamos.
  • 35. - Deus é justo, porém, Seu método de justiça nem sempre é totalmente claro para a nossa visão deturpada. Devemos ser prontos a honrar Sua justiça e censurar a nossa incapacidade de vê-la ou medi-la. 2. “Estou resolvido e determinado a falar a verdade.” V. 3-4. Longe de blasfemar de Deus, Jó continua confiando e obedecendo a Ele com um coração puro. Ele reconhece sua própria fragilidade e dependência de Deus, v. 3. “Enquanto Deus me der vida...” ex: pela sua graça e capacidade. - Nossos melhores planos e determinações estão sujeitos a que Deus nos preserve física e espiritualmente com vida. 3. “Concordar com vocês seria violar a minha consciência, o qual eu não ouso fazer. Eu devo manter a minha integridade.” V.5-6. “Continuarei a confiar em Deus, haja o que houver. Mesmo que o céu desabe.” - Devemos permanecer pacientemente no caminho da obediência, mesmo que não saibamos aonde isso nos levará. Ver Thomas p. 207. - É errado confessarmos quando não somos culpados, admitir o que não fizemos só para mantermos a paz, etc. Isso viola nossa consciência, enfraquece nossa posição e ajuda a causa do inimigo. (Se a sua consciência está clara, não ouça ou aceite os argumentos de Satanás.) II. “A hipocrisia não é vantajosa”, v. 7-10. 7. “Eu estou do lado do justo.” (Implica: “Vocês 3 estão do outro lado!) Uma imprecação (pedindo julgamento sobre os inimigos). Considere: - Nosso interesse deve ser a glória de Deus e não simplesmente o nosso próprio nome, ou tranqüilidade. Sem vingança pessoal. - Não podemos orar “Venha o Teu reino” sem lembrarmos que o reino das trevas será destruído. - No julgamento final, é exatamente isso o que ocorrerá com aqueles que não se arrependeram. V. 8-10 Uma série de questões mostrando a tolice da hipocrisia. - O hipócrita não tem esperança, v. 8. Comp. o rico e tolo de Lucas 12. - A oração do hipócrita não é ouvida, v. 9. Comp. As virgens de Mateus 25. - O hipócrita não tem prazer verdadeiro em Deus, v. 10. Portanto, ele não ora, a não ser por propósitos egoístas.
  • 36. A posição de Jó: “Eu sou tão contrário aos malfeitores como vocês são. Eu seria um tolo se fosse culpado daquilo que vocês me acusam. Deus é a minha única esperança!” - Deleitar-se em Deus e na oração são marcas de um coração verdadeiro. Em que você se deleita? Durham: “Ter acesso a Deus em oração é uma condição mais feliz do que toda prosperidade...” Henry: “Todos nós deveríamos escolher a condição de um mendigo do que a de um fora da lei, a de um escravo num navio, ou qualquer coisa do tipo, do que a condição de ímpio, apesar da muita pompa e prosperidade externa que possam oferecer. ...A razão dos hipócritas não permanecerem na fé, é o fato deles não terem prazer nisso.” - Quando estiver com problemas, não deixe a comunhão com Deus. Ser provado, e ainda permanecer adorando a Deus, é a marca de um coração sincero, não a de um hipócrita. III. O fim miserável do ímpio, v. 11-23. v. 11 *Esteja disposto a aprender com um pobre e doente professor! v. 12 “Isto é razoável, e vocês sabem disso. Vocês continuam errando com seus argumentos vazios!” (Note o plural aqui: ele está falando aos três.) 1. Deus castigará o ímpio nos seus filhos, v. 13-15. 2. Deus castigará o ímpio com a sua própria prosperidade, v. 16-18 v. 17 Compare com Provérbios 13: 22 e 28: 8. v. 18 A traça faz a sua casa nas roupas somente para ser sacudida para fora delas. Um pastor ou viajante estende a sua tenda, mas ela é apenas temporária. 3. Deus castigará o ímpio na sua própria pessoa, v. 19-23. v. 19 Não encontra descanso, de tão preocupado com suas riquezas. Sua vida passa rapidamente, como num piscar de olhos. Henry: “Dinheiro é como adubo, não serve para nada se não for espalhado.” v. 22 Não escapa da morte v. 23 Boa despedida! É triste ser esquecido, mas é mais triste ainda ser desprezado na morte. Ponto: Deus fará justiça no final! (*...sendo assim, não duvide de que Ele seja justo neste momento!) Este foi o argumento de Jó o tempo todo. Pergunta de alguns: Por que Jó parece concordar com o que os três haviam dito anteriormente? Será que eles estavam chegando a um denominador comum?
  • 37. A. Penso que Jó estava alertando-os! “Seria melhor vocês ouvirem os seus próprios conselhos. Tomem do seu próprio remédio. Ouçam o seu próprio sermão! Vocês estão no alto e a seco agora, mas isso nem sempre será assim, especialmente após a morte!” Jó é corajoso em tomar a ofensiva aqui. Sua fé foi abalada, mas permanecia intacta. Ele era tão confiante em Deus, que podia falar assim. Muitos que agora se acham em conforto, serão afligidos na eternidade. Muitos que agora são afligidos, serão confortados na eternidade. Com esta verdade em mente, caminhe confiando em Deus pela fé, mesmo que o seu mundo desabe! Mantenha a perspectiva. Continue olhando para Cristo e confiando nEle. #41 Louvando a sabedoria de Deus Jó 28 Aqui temos o melhor de Jó. Alguns o vêem apenas fazendo uma pausa, em virtude do debate estar tão acirrado, para se focar em Deus. Mas, eu vejo Jó tratando da questão da aparente injustiça de Deus, ao tratar dos homens de maneira diferente (Ex: alguns ímpios prosperam nesta vida, enquanto alguns justos sofrem). Jó chega tão perto de uma resposta, quanto um finito mortal pode chegar. Deus tem sábios propósitos que estão além da nossa capacidade de compreensão. Algumas coisas são mantidas em segredo, não nos sendo reveladas nesta vida. Green: “Há um mistério envolvendo a administração divina que é totalmente impenetrável ao entendimento humano.” Grandes questões no v. 12 e 20. Grandes respostas no v. 23. I. A sabedoria humana na busca por tesouros, v. 1-11. Jó evidentemente está se referindo a tecnologia da sua época, que escavava até aos veios mais profundos da terra, em busca dos metais preciosos como a prata e o ouro, v. 1; ferro e cobre v. 2; safira, v.6. v. 3 Dentro dos túneis das minas havia necessidade de luz artificial (já conhecida naquela época então). Eram lugares tão perigosos quanto hoje em dia o são. v. 4 As águas subterrâneas não eram um empecilho para os homens. Eles arrumavam um meio de drená-las. v. 5 Método de se colocar fogo no túnel. Quando as pedras estavam quentes, jogava-se água nelas, fazendo com que se rachassem e assim fossem retiradas. v. 7 Os mineradores chegavam a lugares onde ave alguma havia chegado (v. 8) nem animal algum havia pisado. v. 9 Cavando debaixo das montanhas. v. 10 Sistema de drenagem para limpar as minas. v. 11 Sistema de segurança para evitar que a mina fosse inundada.
  • 38. Que diligência e genialidade! Superava-se cada obstáculo. Que sucesso! II. A inabilidade do homem na busca dos tesouros de Deus, v. 12-22. v. 12 Você pode cavar fundo o suficiente para encontrar a sabedoria e o conhecimento? Henry: “As cavernas da terra podem ser descobertas, mas não os conselhos do céu. Os homens podem mais facilmente vencer as dificuldades que encontram na busca de tesouros terrenos, do que aquelas que encontram para obter sabedoria divina. Eles sofrem muito mais para aprender como viver neste mundo, do que como viver para sempre num mundo melhor.” Nossa habilidade versus nossa inabilidade. Nenhum esforço na procura das coisas profundas de Deus. Nossa tolice em trabalhar muito pelo ouro e pouco pela graça e glória. v. 13 e 15 Sabedoria e conhecimento não estão à venda, não podem ser comprados. v. 14 Não podem ser descobertos, nem “tropeçamos” sobre eles. v. 16 -19 O valor imensurável da sabedoria de Deus. v. 20 A grande pergunta é repetida novamente. v. 21 Ninguém no mundo pode encontrá-la. v. 22 As almas dos que morreram podem começar a ter um vislumbre dela. III. A sabedoria de Deus oculta e a revelada, v. 23-28. 1. Ele mantém alguns segredos consigo mesmo! v. 23. Toda sabedoria e entendimento pertencem a Ele. v. 24 -27 Exemplos da grande sabedoria de Deus: pesar o vento e a água; controlar o ciclo hidrológico, o relâmpago e trovão. De acordo com Morris, “O fato de o ar possuir um peso, é um fato provado cientificamente apenas cerca de 300 anos atrás.”... Mas, Deus revelou isso a Jó! Deus colocou a quantidade exata de ar e água para que a terra pudesse sustentar a vida. (Aqui há sabedoria além do nosso alcance! Nossa sabedoria na escavação de uma mina é apenas um pálido reflexo da sabedoria do nosso Criador.) v. 27 “Quando Deus determinou estas coisas, em Seu conselho celestial, Ele também determinou como agiria em tudo aquilo que diz respeito à vida do homem, que é o assunto que nós quatro temos debatido esse tempo todo.” 2. As coisas que nos foram reveladas: v. 28, Temer a Deus e apartar-se do mal. Estas duas coisas são especialmente mencionadas a respeito de Jó no capítulo 1: 1 e 8, e no capítulo 2: 3. “Esta tem sido a minha posição o tempo todo!...Caminhar na luz que eu tenho, e deixar tudo mais para os sábios propósitos de Deus. Mas, vocês três têm tirado conclusões apressadas a respeito de coisas que desconhecem.” Observe:
  • 39. 1. A sabedoria é louvada no livro de Provérbios. O Novo Testamento nos ensina a orar para adquiri-la. A vida sem sabedoria dada por Deus é vaidade (carece de sentido ou valor-Eclesiastes). O temor do Senhor é o princípio da sabedoria (Provérbios 1: 7; 9: 10; Salmo 111: 10). *Conhecer a Deus é essencial para que tenhamos um conhecimento apropriado de todas as outras coisas. 2. A despeito de toda a nossa habilidade e conhecimento, não sabemos nada a respeito dos grandes temas da vida, a menos que Deus nos ilumine e nos esclareça. “Quem é você?” Há uma historinha a respeito do famoso filósofo do pessimismo, Arthur Schopenhauer (1788 - 1860), que estava assentado meio maltrapilho num parque de Frankfurt, e um guarda do parque, que o confundiu com um mendigo ou vagabundo, lhe perguntou: Quem é você? Ao que o filósofo exclamou: Como eu gostaria de saber! *Em Cristo estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência! (Colossenses 2: 3), o qual para nós foi feito por Deus sabedoria (I Coríntios 1: 30). Ele é o alicerce inabalável, a âncora firme em meio a um mar de mudanças, incertezas e relatividades. Ele é o absoluto. 3. Não precisamos saber como Deus governa o mundo, mas devemos saber como Ele nos governa! Conhecimento especulativo versus conhecimento prático. O conhecimento proveitoso é aquele que nos ensina como devemos viver. Teme a Deus como uma criança teme aos seus amados pais. Fuja do mal. Confie. Seja humilde. Permaneça em tremor. 4. Quando a providência de Deus for dolorosa, misteriosa e incompreensível para nós, a atitude mais segura é nos ocuparmos na prática dos deveres santos, ao invés de nos bisbilhotarmos em Seus propósitos secretos. (E não se preocupe, ou se irrite!) Romanos 8: 28; 11: 33. #42 Jó 29 Os três amigos não tinham nada a acrescentar (v.1), sendo assim, Jó prossegue com seu último discurso (parábola ou provérbio, sábio ditado), capítulo 29-31. 29. A felicidade anterior 30. A presente tristeza 31. A afirmação final da sua integridade v. 2 Um resumo deste capítulo. Duas maneiras de interpretarmos as palavras de Jó: 1- Egoisticamente: memórias felizes do passado que somente ressaltam seu presente cinismo. Os “velhos e bons dias” quando tudo estava bem... “Eu gostaria de voltar a ser honrado, mimado, orgulhoso, vivendo sem preocupações e livre das provações.” Isto faria com que Jó se tornasse muito imaturo ou um completo hipócrita.
  • 40. 2- Espiritualmente: “A reputação de Deus foi honrada enquanto eu era uma importante figura pública. Eu vivia para a glória de Deus. Mas, agora eu sou humilhado e o nome de Deus é desprezado.” Isto é o que mais se harmoniza com o Jó do capítulo 1, um homem temente a Deus, que buscava a Deus, um gigante espiritual. (Note também 3: 25-26, não vivia de maneira descuidada). - Você deseja tranqüilidade, prosperidade, saúde e honra?...Esteja certo de que seja para a glória de Deus e não para satisfazer o seu próprio consumismo. - Recordar os dias mais felizes do passado pode ser um exercício perigoso, se temos um coração inclinado ao descontentamento. Mas, isso pode ser um bom exercício, se somos agradecidos pelo passado e confiamos em Deus para o presente e para o futuro. I. Memórias de conforto pessoal, v. 2-6 v. 3 Proteção e direção divina. Até mesmo que Satanás reconhece isso (1: 10) uma cerca foi colocada ao redor de Jó. v. 4 Jovem e desfrutando da intimidade com Deus, sentindo Sua presença. v. 5 Deus estava perto, assim como seus filhos. Porém, agora todos se foram, os filhos morreram e Deus parece distante. v. 6 Abundante Riqueza. “Eu tinha muitas bocas para minha comida e muita comida para minhas bocas” Henry Note: Ele fala da presença e da preservação de Deus como algo do passado. Mas, será que Deus não estava mais preservando Jó?! *Não devemos negligenciar as coisas que Deus está fazendo no presente... mesmo que Ele nos faça andar mais por fé do que por vista. Seja agradecido pelo seu processo de maturidade, pois é um processo que nos tira do leite (desmamar) para o alimento sólido. *Vamos fazer dEle o nosso tudo! II. Honra pública, v.7-10 v. 7 Porta da cidade: um lugar onde os líderes da cidade se reuniam e tratavam de negócios oficiais. v. 8 -10 Jó era respeitado por todos, alguns de forma mais reservada, enquanto outros, o cumprimentavam. Imagine o silêncio que se fazia enquanto Jó se dirigia para o seu assento. Mesmo quando jovem, ele era tratado com muita dignidade, respeito e seriedade. III. Utilidade pública, v. 11-17 v. 11 Ouvinte atento. Reconhecido por sua sabedoria, discernimento e julgamento equilibrado. Aprovado por todos.
  • 41. v. 12 – 16a O pobre, o órfão, o necessitado e a viúva que eram oprimidos, todos eram ouvidos e ajudados por Jó. v. 14 Julgamento justo. v. 16 b Um perito das causas judiciais. v. 17 Jó era um bravo e corajoso jurista e juiz. Não se deixava intimidar e nem aceitava suborno. Fazia justiça mesmo correndo riscos pessoais. Ponto: “Eu era útil para o bem público, um servidor público. Longe de oprimir o pobre (como vocês 3 afirmam), Eu me virava do avesso para ajudá-los. Toda cidade é testemunha da minha reputação. Mas, agora não presto para nada.” - Seja útil nessa vida! Sirva a Deus servindo a outros. As oportunidades nem sempre serão as mesmas de agora. Servir a si mesmo é promover a própria derrota, o suicídio. Sirva a outros! IV. Futuro brilhante, v. 18-20 v. 18 Espere por uma vida longa, uma velhice abençoada, morrendo na companhia de amigos e de conforto. v. 19 Como uma árvore bem alta, madura e bem nutrida. v. 20 Honra e forças renovados constantemente. Isto seria como o homem louco de Lucas 12? Só se Jó fosse o hipócrita que seus amigos afirmavam ser. Entretanto, sua confiança estava no Senhor e sua consciência era pura. Nenhuma confissão de pecado, por exemplo: “As minhas iniqüidades finalmente me encontraram.” Mas, ao invés disso; “Não há motivo para que eu seja provado, pois andava retamente.” V. Poder público, v. 21-25 v. 21 – 22 Eu tinha a última palavra. v. 23 Outros ficavam ansiosos para ouvir a minha opinião. v. 24 “Se me comportava informalmente, isso não diminuía o respeito deles por mim.” Familiaridade não gerava desprezo, pois Jó era piedoso em suas atitudes. v. 25 Uma mistura de líder forte e amigo compassivo. Sábio conselheiro. Ponto: “Tudo isso era verdade! Eu não abusei do poder ou da prosperidade que possuía. Minha consciência está limpa.” Observe: 1. Reconheça Deus como a fonte de toda felicidade e utilidade, v. 2, assim como da adversidade. Submeta-se às Suas providências. Durham: “Aqueles que não suportam bem as aflições, nunca aprenderão a receber bem a prosperidade”.