O documento discute a alta dos preços do café conilon e arábica no Brasil e no mercado internacional, levando as torrefações a aumentar a porcentagem de arábica em suas misturas. Também menciona a preocupação com a safra de 2017 devido aos problemas climáticos e a demanda mundial crescente por café.
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Santos, 28 de outubro de 2.016 – ano 83 – número 43
A forte alta do conilon (ontem o indicador CEPEA - conilon ficou em R$ 533,21 por saca) pressionou a
procura por lotes de arábica para abastecer o consumo interno. Sem volume de conilon suficiente para montar as
ligas de consumo mais populares, as torrefações estão aumentando a porcentagem de arábica nessas ligas. O que
impressiona é que estamos ainda no início do ano safra 2016/17 e a indústria já se vê obrigada a alterar seus
“blends”. Entramos nos meses mais fortes da exportação brasileira de café, quando cresce em nosso mercado físico
a procura por lotes de arábica de boa qualidade. A maior necessidade de lotes de arábica para o consumo interno
aumenta a agitação nesse mercado.
A bolsa de Nova Iorque trabalhou em alta todos os dias e os contratos com vencimento em dezembro
próximo acumularam 940 pontos de alta na semana. O dólar também se valorizou frente ao real e no mercado físico
brasileiro os preços de todos os padrões de arábica subiram. O volume de negócios fechados cresceu, mas o valor
dos arábicas de médios a fracos continuaram abaixo dos praticados no mercado de conilon.
Já se sente entre os analistas uma unanimidade sobre a gravidade do quadro e é possível que aconteça um
reposicionamento dos operadores em Nova Iorque, adequando suas posições ao cenário que se consolidou nos
últimos meses.
Agora é preciso olhar com atenção para o clima e torcer para que tenhamos regime de chuvas adequado na
primavera e no verão. Se isso acontecer poderemos ter em 2017 uma safra de arábica de ciclo baixo de bom
tamanho, mas que certamente será menor que a atual, de ciclo alto. Pelo relato dos agrônomos, a de conilon em
2017 já está comprometida e se tudo correr bem deverá repetir o desastroso volume deste ano. Chegaremos a junho
de 2017 sem estoque de passagem, não podendo contar nem com o pequeno estoque governamental. Ele esta sendo
agora leiloado e deverá terminar até o início de 2017.
Problemas climáticos se repetem em praticamente todos os principais países produtores de café e o
consumo mundial continua crescendo ao redor de 1,5%, o que significa mais três milhões de sacas por ano. É um
cenário que nenhum operador já enfrentou.
O consumo de café deve aumentar 2% ao ano até 2020 nos EUA, o maior mercado mundial para a bebida,
disse em entrevista um porta-voz da OIC. Já a demanda global deve crescer 1,3% ao ano, prevê a organização. De
acordo com a OIC, o país foi responsável por 16% do consumo mundial de café em 2015/16. Segundo a OIC, o
consumo mundial vai alcançar 160 milhões de sacas de 60 quilos até 2020. Em 2015/16, a produção global foi de
aproximadamente 143 milhões de sacas, ante 142 milhões na temporada anterior (fonte: Dow Jones Newswires).
Até dia 27, os embarques de outubro estavam em 1.964.301 sacas de café arábica, 9.794 sacas de café
conilon, mais 189.377 sacas de café solúvel, totalizando 2.163.472 sacas embarcadas, contra 1.567.075 sacas no
mesmo dia de setembro. Até o mesmo dia 28, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em
outubro totalizavam 2.872.835 sacas, contra 2.755.693 sacas no mesmo dia do mês anterior.
A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 21, sexta-feira, até o fechamento de hoje, sexta-feira,
dia 28, subiu nos contratos para entrega em dezembro próximo 940 pontos ou US$ 12,43 (R$ 39,73) por saca. Em
reais, as cotações para entrega em dezembro próximo na ICE fecharam no dia 21 a R$ 653,33 por saca, e hoje dia
28, a R$ 699,68 por saca. Hoje, sexta-feira, nos contratos para entrega em dezembro a bolsa de Nova Iorque fechou
com alta de 70 pontos. No mercado firme de hoje, são as seguintes cotações nominais por saca, para os cafés
verdes, do tipo 6 para melhor, safra 2016/2017, condição porta de armazém:
R$600/630,00 - CEREJA DESCASCADO – (CD), BEM PREPARADO.
R$570/600,00 - FINOS A EXTRA FINOS – MOGIANA E MINAS.
R$540/560,00 - BOA QUALIDADE – DUROS, BEM PREPARADOS.
R$510/530,00 - DUROS COM XÍCARAS MAIS FRACAS.
R$480/500,00 - RIADOS.
R$460/470,00 - RIO.
R$470/490,00 - P.BATIDA P/O CONSUMO INT.: DURA.
R$460/470,00 - P.BATIDA P/O CONSUMO INT.: RIADAS.
DÓLAR COMERCIAL DE SEXTA-FEIRA: R$ 3,1960 PARA COMPRA.