O documento discute a situação do mercado de café no Brasil. Os preços do café estão subindo na bolsa de Nova Iorque e os produtores brasileiros estão vendendo seus estoques com cautela devido à safra menor esperada para o próximo ano. O Brasil está quase sem estoques de safras anteriores em mãos do setor privado e público.
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Santos, 14 de outubro de 2.016 – ano 83 – número 41
Os contratos de café na ICE Futures US em Nova Iorque trabalharam em alta esta semana. Os com vencimento
em dezembro próximo acumularam ganhos de 740 pontos.
O mercado físico brasileiro apresentou-se comprador, mas os produtores continuam cautelosos, vendendo com
cuidado e sem pressa seus lotes da safra corrente 2016. Sem estoques de safras anteriores e preocupados com o estado
dos cafezais, exauridos com a colheita de ciclo alto após dois anos de secas fortes e atípicas, os cafeicultores vendem o
suficiente para cumprir seus compromissos de curto prazo.
As floradas que abriram com as chuvas das últimas semanas não entusiasmam os técnicos. Muito bonitas como
sempre acontece quando as arvores estão menos enfolhadas, elas apontam para uma safra menor do que a deste ano. As
chuvas foram suficientes para despertar as arvores e induzir as floradas, mas agora precisamos de boas chuvas até o final
do verão para que os frutos vinguem e cresçam. Se as chuvas vierem em bom volume e no tempo certo, poderemos ter
uma boa safra de arábica de ciclo baixo, mas certamente menor do que a atual.
O preço do conilon também contribui com a pouca disposição para venda dos produtores de arábica.
Considerado de menor qualidade, sendo usado nos blends mais baratos, esta semana o conilon tipo 7 foi comercializado
na faixa dos 480 reais a saca, com alguns lotes chegando aos 500 reais. Só lotes de arábica com bebida dura receberam
ofertas e foram comercializados acima dos 500 reais. Poucos cafeicultores parecem dispostos a vender seus lotes de
arábica a preços iguais ou inferiores aos praticados no mercado de conilon. Quando vendem é para fazer “caixa” e saldar
compromissos de curto prazo.
A CONAB - Companhia Nacional de Abastecimento realizará na próxima quinta-feira, dia 20, mais dois leilões
de venda de café arábica. Serão ofertadas pouco mais de 90 mil sacas de 60 kgs da safra 2009/2010, armazenados nos
estados de Minas Gerais e São Paulo. Desde janeiro, o governo brasileiro já comercializou, em 24 leilões, mais de 500
mil sacas de café arábica de um total de 1,25 milhão de sacas de estoques públicos. O Paraná já vendeu todo seu
estoque. São Paulo e Minas Gerais são os estados que ainda possuem o grão. Os estoques públicos brasileiros já estão
bem abaixo de um milhão de sacas e terminarão neste ano-safra. Nosso consumo interno mensal é de 1,7 milhão de
sacas.
É um fato inédito. O Brasil, maior produtor de café do mundo, responsável por quase quarenta por cento do
fornecimento mundial de café, já está sem estoques remanescentes de safras passadas em mãos da iniciativa privada e
agora ficará sem estoques governamentais. Daqui para frente contaremos apenas com o café de cada safra para atender
nossos compromissos de exportação e consumo interno.
O CECAFÉ – Conselho dos Exportadores de Café do Brasil informou que no último mês de setembro foram
embarcadas 2.503.212 sacas de 60 kg de café aproximadamente 22% (687.548 sacas) menos que no mesmo mês de 2015
e 27% (521.284sacas) menos que no último mês de agosto. Foram 2.170.431 sacas de café arábica e 30.486 sacas de café
conillon, totalizando 2.200.917 sacas de café verde, que somadas a 299.854 sacas de solúvel e 2.441 sacas de torrado,
totalizaram 2.503.212 sacas de café embarcadas.
Até dia 13, os embarques de outubro estavam em 641.585 sacas de café arábica, 8.564 sacas de café conilon,
mais 35.825 sacas de café solúvel, totalizando 685.974 sacas embarcadas, contra 351.149 sacas no mesmo dia de
setembro. Até o mesmo dia 13, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em outubro totalizavam
1.239.262 sacas, contra 1.410.692 sacas no mesmo dia do mês anterior.
A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 7, sexta-feira, até o fechamento de hoje, sexta-feira, dia 14,
subiu nos contratos para entrega em dezembro próximo 740 pontos ou US$ 9,79 (R$ 31,28) por saca. Em reais, as
cotações para entrega em dezembro próximo na ICE fecharam no dia 7 a R$ 630,59 por saca, e hoje dia 14, a R$ 656,77
por saca. Hoje, sexta-feira, nos contratos para entrega em dezembro a bolsa de Nova Iorque fechou com alta de 270
pontos. No mercado estável de hoje, são as seguintes cotações nominais por saca, para os cafés verdes, do tipo 6 para
melhor, safra 2016/2017, condição porta de armazém:
R$580/610,00 - CEREJA DESCASCADO – (CD), BEM PREPARADO.
R$550/570,00 - FINOS A EXTRA FINOS – MOGIANA E MINAS.
R$535/545,00 - BOA QUALIDADE – DUROS, BEM PREPARADOS.
R$500/510,00 - DUROS COM XÍCARAS MAIS FRACAS.
R$470/490,00 - RIADOS.
R$450/460,00 - RIO.
R$460/470,00 - P.BATIDA P/O CONSUMO INT.: DURA.
R$450/460,00 - P.BATIDA P/O CONSUMO INT.: RIADAS.
DÓLAR COMERCIAL DE SEXTA-FEIRA: R$ 3,1950 PARA COMPRA.