SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 13
PNEUMOTÓRAX
Conceito
O pneumotórax é definido como a presença de ar na cavidade pleural, que se torna real, com
consequente colapso do pulmão. O ar tem acesso à cavidade pleural através de lesões no
parênquima pulmonar, das vias aéreas ou da parede torácica.
Fisiopatologia
Os pneumotórax levam à alterações respiratórias mais ou menos intensas, dependendo de sua
extensão, do mecanismo e da reserva respiratória do paciente.
Os pneumotórax pequeno, médio e grande levam à uma diminuição da ventilação, proporcional ao
grau de colapso pulmonar. Em virtude da irritação das terminações nervosas pleurais, dor e tosse
estão sempre presentes.
Nos pneumotórax hipertensivos, forma-se um mecanismo valvular. O ar entra na cavidade pleural
durante a inspiração e não sai durante a expiração, devido a elasticidade da parede da lesão. Em
virtude deste mecanismo o ar vai se acumulando e tornando hipertensiva a cavidade pleural, com o
colapso do pulmão, desvio e compressão do mediastino e, através deste, do pulmão contralateral.
Instala-se uma insuficiência respiratória grave e, em decorrência da compressão do mediastino, se
estabelece um bloqueio ao retorno venoso que, nos casos mais graves pode levar à hipotensão
arterial e ao choque. Esta é uma situação muito grave, que deve ser diagnosticada e tratada com
urgência, pois pode levar à morte por asfixia e choque.
No pneumotórax aberto, a comunicação da cavidade pleural com a pressão atmosférica produz
colapso importante ao pulmão epsilateral; por outro lado, devido à abertura da parede torácica,
estabelece-se um mecanismo de competição com a ventilação normal. Assim é que, na inspiração,
com a pressão negativa intratorácica, entra ar pela traquéia e pela abertura da parede torácica, e na
expiração elimina-se o ar pelas vias aéreas e pela abertura da parede, o que leva, evidentemente, a
uma diminuição ao ar corrente. Além disso, ocorre um balanço do mediastino com torção e
Causa
De acordocoma circunstânciaele pode seridentificadoemduas partes,que
são: pneumotóraxespontâneoprimário,provocadopela rupturade uma pequenaáreadebilitada do
pulmão – bolha;e pneumotóraxespontâneosecundário,que ocorreempessoascomalguma doença
pulmonarsubjacentee subdivido emquatrotipos:
Espontâneo:quandoestá ou não ligado a uma doençapulmonar;
Traumático:surgepor causade umtraumano tórax;
Infeccioso:causadoporinfecçõespulmonares;
Iatrogênico:causadoporuma intervençãomédica.
Sintomas
Ossintomasvariammuito.Pode aparecerde formaespontâneae duranteo repouso, as manifestações
mais comunssão:
Dor intensae repentina,que piora ao inspirar;
Dor no peito;
Sensaçãode falta de ar (dispneia)e rápidainstalação;
Dificuldade pararespirar;
Pele azulada,especialmentenos dedose lábios;
Aumentodos batimentoscardíacos;
Tosseconstante.
Diagnóstico:
Oexamecomplementardediagnósticomais simplese comgrandecapacidadediagnósticano
pneumotóraxé a radiografiasimples do tórax.Actualmenteé realizadapor rotinaa tomografiaaxial
computorizada(TAC)porquepermiteo eventualdiagnósticode patologiassubjacentes,nomeadamenteo
enfisemabolhoso,pneumonias,neoplasiastorácicase outraspatologiaspulmonares,que poderáser
decisivo na opçãoterapêutica.
Tratamento farmacológico e cirúrgico
O tratamento de pneumotórax tem por objetivo corrigir a insuficiência respiratória, promover
a expansão pulmonar e o fechamento da lesão. Tal objetivo é conseguido com medidas
conservadoras e drenagem torácica. Somente naqueles casos de grandes lacerações
pulmonares e lesões de vias aéreas importante, que são pouco freqüentes, há indicação de
toractomia.
Nos casos de pneumotórax pequeno, o paciente deve ser colocado em observação nas
primeiras 24 horas. Deve-se sedar a tosse, empregar analgésicos, se necessário, e os
exercícios respiratórios são iniciados a partir do 7° dia. Se não aumentar de volume, o
tratamento é conservador não sendo necessário procedimento cirúrgico.
Em pneumotórax médio, se o paciente apresentar dispnéia, devem ser submetido à
drenagem torácica e colocado em observação cuidadosa. Se estiver assintomático a
conduta adotada será semelhante à do pequeno pneumotórax.
Paciente com pneumotórax grande, geralmente apresenta dispnéia e deve ser submetido à
drenagem torácica.
O tratamento farmacológico não tem nada específico, devem ser utilizados analgésicos para
a dor, sedativos para tosse e anestésico para drenagem e toracocentese.
Nos casos de pneumotórax hipertensivo deve-se fazer toracocentese depois drenagem.
Paciente com pneumotórax aberto deve ser tratado imediatamente com oclusão da lesão,
seguida de exame radiológico. Após isso, pratica-se o debridamento e a sutura da ferida da
Tratamento:
No tratamentodo pneumotóraxa primeiraopçãoterapêuticaconsistena remoçãodo ar contidona
cavidade pleuralatravésda colocaçãode um drenotorácicoque seintroduzno espaçopleural.Se o
pulmão expandircompletamenteretira-sea drenageme se forumprimeiroepisódio de pneumotórax,
sabendoque50 a70%dos doentesnãorecidivam,considera-seo doentetratado.
Em casosde pneumotóraxmuito pequenopode-seoptarporuma atitude expectante,aconselhando
repousoao doente,na presunçãodo arpoderserreabsorvidosemintervençãomédica.Outraopção,
quandoo pneumotóraxé pequeno,consistena aspiraçãodo ar da cavidade pleuralatravésde uma agulha
inseridana cavidade torácica.
Se o pneumotóraxnãoresolvercomestasprimeirasabordagensmédicasconsidera-seaexistênciade
fístula bronco-pleuralque não encerrouespontaneamentee, nestescasos,a opçãocirúrgicaé a mais
adequada.
Aindicaçãoe opçõesterapêuticascirúrgicastêm-sebaseadona classificaçãodeVanderschuerenque
classificouopneumotóraxemquatroestádios:
EstádioI - semanomaliasendoscópicas
EstádioII- aderênciaspleuropulmonares
EstádioIII- bolhas de enfisemainferioresa 2 cm
EstádioIV - bolhas deenfisemasuperioresa2 cm
No casodo EstádioI normalmenteopta-sepela drenagempleural.Nos casosde fístula persistentenum
períodosuperiora quatrodias apósinserçãodo drenopleural,no pneumotóraxrecidivante,se houve um
pneumotóraxcontra-lateralprévio,no pneumotóraxbilateralou quandoos doentestêmprofissõesde risco
nomeadamentemilitares,profissionaisdaaeronáutica,atletas oudoentesqueresidamemáreasremotas
comacessodifícil a cuidadosmédicosoptamospela cirurgia.
Atualmente osEstádios II IIIe IV da ClassificaçãodeVanderschuerensãotratadoseficazmenteusando
comovia de abordagema CirurgiaTorácicaVídeoAssistida (CTVA).Atoracotomia,mesmoa sub-axilar,só
é realizadanos casosde grandesaderênciaspleuraisquenãopermitemaabordagemVídeoAssistida.
ACTVA, emregra,implica trêsportasde entradapor ondese introduzemuma câmarae os instrumentos
cirúrgicosapropriados.
Coma câmarao cirurgiãolocaliza asbolhas de enfisemanormalmenteapicais,que são ressecadascom
suturasmecânicas.No casodeumafístulabroncopleuraltambémseprocedeaoseuencerramentocom
suturasmecânicas.
Por último o cirurgiãodeve procederà realizaçãoda pleurodesecirúrgica,atravésde uma pleurectomia
apical,que consistena ressecçãode pleuraparietalnoápex do hemitóraxprovocandoumareaçãode
cicatrizaçãoquevai fazercomqueo pulmãofiqueaderenteà parede.
Tratamento Fisioterápico
A fisioterapia assume o tratamento conservador, usando exercícios respiratórios para
que o ar contido na cavidade pleural seja reabsorvido como padrões ventilatórios e a
inspirometria de incentivo. Contudo, é importante salientar que a fisioterapia só vai atuar
se o pneumotórax estiver drenado. O objetivo esperado é a expansão total do pulmão e
o fechamento da fístula pleuro – brônquica que determinou o pneumotórax. O paciente
deve ser posicionado em situações que promovam a drenagem como fowler ou
decúbitos laterais onde o pulmão acometido seja o dependente, ou seja, fique para
baixo.
Para verificar se o pneumotórax estar perpetuando, basta pedir ao paciente para
inspirar forte e depois tossir. Se a fístula estiver presente, o dreno vai borbulhar no selo
d’água contido e com o decorrer do tempo, a fístula tende a diminuir logo, o
borbulhamento também.
A pressão positiva na forma de CPAP ou BIPAP é contra indicado pois a mesma
perpetua a fístula pleuro – brônquica.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

ventilação mecanica fácil
ventilação mecanica fácilventilação mecanica fácil
ventilação mecanica fácilSandra Regina
 
Monitorização da oxigenação arterial
Monitorização da oxigenação arterialMonitorização da oxigenação arterial
Monitorização da oxigenação arterialresenfe2013
 
Aula atendimento ao_paciente_critico.ppt-iraja edison
Aula atendimento ao_paciente_critico.ppt-iraja edisonAula atendimento ao_paciente_critico.ppt-iraja edison
Aula atendimento ao_paciente_critico.ppt-iraja edisonEdison Santos
 
Noçoes de ventilação mecânica
Noçoes de ventilação mecânicaNoçoes de ventilação mecânica
Noçoes de ventilação mecânicahelciofonteles
 
Pneumonias comunitárias em pediatria
Pneumonias comunitárias em pediatriaPneumonias comunitárias em pediatria
Pneumonias comunitárias em pediatriaGabriel Paixão
 
5. tórax e risco de morte rx do trauma
5. tórax e risco de morte rx do trauma5. tórax e risco de morte rx do trauma
5. tórax e risco de morte rx do traumaJuan Zambon
 
Aula x mecânica respiratória
Aula x  mecânica respiratóriaAula x  mecânica respiratória
Aula x mecânica respiratóriafernando
 
Abordagem diagnóstica ao paciente crítico com distúrbios respiratórios enfe...
Abordagem diagnóstica ao paciente crítico com distúrbios respiratórios   enfe...Abordagem diagnóstica ao paciente crítico com distúrbios respiratórios   enfe...
Abordagem diagnóstica ao paciente crítico com distúrbios respiratórios enfe...Aroldo Gavioli
 
1195247189 bronquite cronica
1195247189 bronquite cronica1195247189 bronquite cronica
1195247189 bronquite cronicaPelo Siro
 
Ventilação Mecânica 2013: Princípios Básicos
Ventilação Mecânica 2013: Princípios BásicosVentilação Mecânica 2013: Princípios Básicos
Ventilação Mecânica 2013: Princípios BásicosYuri Assis
 
Fisiopatologia ventilacao perfusão
Fisiopatologia ventilacao perfusãoFisiopatologia ventilacao perfusão
Fisiopatologia ventilacao perfusãoAnestesiador
 

Mais procurados (20)

Pneumonia
PneumoniaPneumonia
Pneumonia
 
Derrame PLEURAL
Derrame PLEURALDerrame PLEURAL
Derrame PLEURAL
 
ventilação mecanica fácil
ventilação mecanica fácilventilação mecanica fácil
ventilação mecanica fácil
 
Princípios da Ventilação Invasiva
Princípios da Ventilação InvasivaPrincípios da Ventilação Invasiva
Princípios da Ventilação Invasiva
 
Monitorização da oxigenação arterial
Monitorização da oxigenação arterialMonitorização da oxigenação arterial
Monitorização da oxigenação arterial
 
Aula atendimento ao_paciente_critico.ppt-iraja edison
Aula atendimento ao_paciente_critico.ppt-iraja edisonAula atendimento ao_paciente_critico.ppt-iraja edison
Aula atendimento ao_paciente_critico.ppt-iraja edison
 
Noçoes de ventilação mecânica
Noçoes de ventilação mecânicaNoçoes de ventilação mecânica
Noçoes de ventilação mecânica
 
Pneumonias comunitárias em pediatria
Pneumonias comunitárias em pediatriaPneumonias comunitárias em pediatria
Pneumonias comunitárias em pediatria
 
Pulmao
PulmaoPulmao
Pulmao
 
Trauma torácico
Trauma torácicoTrauma torácico
Trauma torácico
 
Ventilação Não Invasiva
Ventilação Não InvasivaVentilação Não Invasiva
Ventilação Não Invasiva
 
5. tórax e risco de morte rx do trauma
5. tórax e risco de morte rx do trauma5. tórax e risco de morte rx do trauma
5. tórax e risco de morte rx do trauma
 
Aula x mecânica respiratória
Aula x  mecânica respiratóriaAula x  mecânica respiratória
Aula x mecânica respiratória
 
Ventilação Mecânica Básica
Ventilação Mecânica Básica Ventilação Mecânica Básica
Ventilação Mecânica Básica
 
Abordagem diagnóstica ao paciente crítico com distúrbios respiratórios enfe...
Abordagem diagnóstica ao paciente crítico com distúrbios respiratórios   enfe...Abordagem diagnóstica ao paciente crítico com distúrbios respiratórios   enfe...
Abordagem diagnóstica ao paciente crítico com distúrbios respiratórios enfe...
 
1195247189 bronquite cronica
1195247189 bronquite cronica1195247189 bronquite cronica
1195247189 bronquite cronica
 
Ventilação Mecânica 2013: Princípios Básicos
Ventilação Mecânica 2013: Princípios BásicosVentilação Mecânica 2013: Princípios Básicos
Ventilação Mecânica 2013: Princípios Básicos
 
Avc Reab
Avc ReabAvc Reab
Avc Reab
 
Fisiopatologia ventilacao perfusão
Fisiopatologia ventilacao perfusãoFisiopatologia ventilacao perfusão
Fisiopatologia ventilacao perfusão
 
Sistema respiratório
Sistema respiratórioSistema respiratório
Sistema respiratório
 

Semelhante a Pneumotórax: causas, sintomas e tratamentos

Traumatismo toracico final.pptx
Traumatismo toracico final.pptxTraumatismo toracico final.pptx
Traumatismo toracico final.pptxTomasCharles1
 
24ª aula trauma de tórax Silvio
24ª aula   trauma de tórax Silvio24ª aula   trauma de tórax Silvio
24ª aula trauma de tórax SilvioProf Silvio Rosa
 
Cirurgiatoracica 120606123054-phpapp02
Cirurgiatoracica 120606123054-phpapp02Cirurgiatoracica 120606123054-phpapp02
Cirurgiatoracica 120606123054-phpapp02Tiago Manhezzo
 
PNEUMOTÓRAX,23.pptx
PNEUMOTÓRAX,23.pptxPNEUMOTÓRAX,23.pptx
PNEUMOTÓRAX,23.pptxDaniel37211
 
Disturbios associados à ventilação
Disturbios associados à ventilaçãoDisturbios associados à ventilação
Disturbios associados à ventilaçãoEdirceu Luiz
 
Fisioterapia no pré e pós operatório de cirurgias cardíacas
Fisioterapia no pré e pós operatório de cirurgias cardíacasFisioterapia no pré e pós operatório de cirurgias cardíacas
Fisioterapia no pré e pós operatório de cirurgias cardíacasMayara Rodrigues
 
Suporte Básico de Vida no Trauma Lesões Especificas Trauma Torácico e Abdomin...
Suporte Básico de Vida no Trauma Lesões Especificas Trauma Torácico e Abdomin...Suporte Básico de Vida no Trauma Lesões Especificas Trauma Torácico e Abdomin...
Suporte Básico de Vida no Trauma Lesões Especificas Trauma Torácico e Abdomin...DEPTFIRESERVIOS
 
Trabalho primeiros socorros pineumotorax aberto avaliaçao
Trabalho primeiros socorros pineumotorax aberto avaliaçaoTrabalho primeiros socorros pineumotorax aberto avaliaçao
Trabalho primeiros socorros pineumotorax aberto avaliaçaoGeorgea Achaval Ferreira
 
Estação Aula Prática (Troca de Curativo do Dreno de Tórax)
Estação Aula Prática (Troca de Curativo do Dreno de Tórax)Estação Aula Prática (Troca de Curativo do Dreno de Tórax)
Estação Aula Prática (Troca de Curativo do Dreno de Tórax)cuidadoaoadulto
 
Assistência de Enfermagem em urgência e emergência 6.pptx
Assistência de Enfermagem em urgência e emergência 6.pptxAssistência de Enfermagem em urgência e emergência 6.pptx
Assistência de Enfermagem em urgência e emergência 6.pptxbialoyfigura
 
ABSCESSO PULMONAR ORIGINAL CETEP
ABSCESSO PULMONAR ORIGINAL CETEPABSCESSO PULMONAR ORIGINAL CETEP
ABSCESSO PULMONAR ORIGINAL CETEPvictorinocachipa
 
Drenagem torácica - métodos e técnicas de aplicação
Drenagem torácica - métodos e técnicas de aplicaçãoDrenagem torácica - métodos e técnicas de aplicação
Drenagem torácica - métodos e técnicas de aplicaçãoWillyenneGomes
 

Semelhante a Pneumotórax: causas, sintomas e tratamentos (20)

Trauma de torax.pdf
Trauma de torax.pdfTrauma de torax.pdf
Trauma de torax.pdf
 
Traumatismo toracico final.pptx
Traumatismo toracico final.pptxTraumatismo toracico final.pptx
Traumatismo toracico final.pptx
 
Cirurgia toracica
Cirurgia toracicaCirurgia toracica
Cirurgia toracica
 
24ª aula trauma de tórax Silvio
24ª aula   trauma de tórax Silvio24ª aula   trauma de tórax Silvio
24ª aula trauma de tórax Silvio
 
Aula t.torax
Aula t.toraxAula t.torax
Aula t.torax
 
Cirurgiatoracica 120606123054-phpapp02
Cirurgiatoracica 120606123054-phpapp02Cirurgiatoracica 120606123054-phpapp02
Cirurgiatoracica 120606123054-phpapp02
 
PNEUMOTÓRAX,23.pptx
PNEUMOTÓRAX,23.pptxPNEUMOTÓRAX,23.pptx
PNEUMOTÓRAX,23.pptx
 
Trauma Torácico.pptx
Trauma Torácico.pptxTrauma Torácico.pptx
Trauma Torácico.pptx
 
Disturbios associados à ventilação
Disturbios associados à ventilaçãoDisturbios associados à ventilação
Disturbios associados à ventilação
 
traumatorcico.pptx
traumatorcico.pptxtraumatorcico.pptx
traumatorcico.pptx
 
Fisioterapia no pré e pós operatório de cirurgias cardíacas
Fisioterapia no pré e pós operatório de cirurgias cardíacasFisioterapia no pré e pós operatório de cirurgias cardíacas
Fisioterapia no pré e pós operatório de cirurgias cardíacas
 
Suporte Básico de Vida no Trauma Lesões Especificas Trauma Torácico e Abdomin...
Suporte Básico de Vida no Trauma Lesões Especificas Trauma Torácico e Abdomin...Suporte Básico de Vida no Trauma Lesões Especificas Trauma Torácico e Abdomin...
Suporte Básico de Vida no Trauma Lesões Especificas Trauma Torácico e Abdomin...
 
Abscesso pulmonar
Abscesso pulmonarAbscesso pulmonar
Abscesso pulmonar
 
Pneumonectomia
PneumonectomiaPneumonectomia
Pneumonectomia
 
Trabalho primeiros socorros pineumotorax aberto avaliaçao
Trabalho primeiros socorros pineumotorax aberto avaliaçaoTrabalho primeiros socorros pineumotorax aberto avaliaçao
Trabalho primeiros socorros pineumotorax aberto avaliaçao
 
Estação Aula Prática (Troca de Curativo do Dreno de Tórax)
Estação Aula Prática (Troca de Curativo do Dreno de Tórax)Estação Aula Prática (Troca de Curativo do Dreno de Tórax)
Estação Aula Prática (Troca de Curativo do Dreno de Tórax)
 
Trabalho de pneumonia
Trabalho de pneumoniaTrabalho de pneumonia
Trabalho de pneumonia
 
Assistência de Enfermagem em urgência e emergência 6.pptx
Assistência de Enfermagem em urgência e emergência 6.pptxAssistência de Enfermagem em urgência e emergência 6.pptx
Assistência de Enfermagem em urgência e emergência 6.pptx
 
ABSCESSO PULMONAR ORIGINAL CETEP
ABSCESSO PULMONAR ORIGINAL CETEPABSCESSO PULMONAR ORIGINAL CETEP
ABSCESSO PULMONAR ORIGINAL CETEP
 
Drenagem torácica - métodos e técnicas de aplicação
Drenagem torácica - métodos e técnicas de aplicaçãoDrenagem torácica - métodos e técnicas de aplicação
Drenagem torácica - métodos e técnicas de aplicação
 

Último

Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesFrente da Saúde
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptDaiana Moreira
 
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxMarcosRicardoLeite
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaFrente da Saúde
 
Modelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointModelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointwylliamthe
 
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelSaúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelVernica931312
 
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfManual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfFidelManuel1
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptxLEANDROSPANHOL1
 

Último (8)

Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
 
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
 
Modelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointModelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power point
 
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelSaúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
 
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfManual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx
 

Pneumotórax: causas, sintomas e tratamentos

  • 2. Conceito O pneumotórax é definido como a presença de ar na cavidade pleural, que se torna real, com consequente colapso do pulmão. O ar tem acesso à cavidade pleural através de lesões no parênquima pulmonar, das vias aéreas ou da parede torácica.
  • 3. Fisiopatologia Os pneumotórax levam à alterações respiratórias mais ou menos intensas, dependendo de sua extensão, do mecanismo e da reserva respiratória do paciente. Os pneumotórax pequeno, médio e grande levam à uma diminuição da ventilação, proporcional ao grau de colapso pulmonar. Em virtude da irritação das terminações nervosas pleurais, dor e tosse estão sempre presentes. Nos pneumotórax hipertensivos, forma-se um mecanismo valvular. O ar entra na cavidade pleural durante a inspiração e não sai durante a expiração, devido a elasticidade da parede da lesão. Em virtude deste mecanismo o ar vai se acumulando e tornando hipertensiva a cavidade pleural, com o colapso do pulmão, desvio e compressão do mediastino e, através deste, do pulmão contralateral. Instala-se uma insuficiência respiratória grave e, em decorrência da compressão do mediastino, se estabelece um bloqueio ao retorno venoso que, nos casos mais graves pode levar à hipotensão arterial e ao choque. Esta é uma situação muito grave, que deve ser diagnosticada e tratada com urgência, pois pode levar à morte por asfixia e choque. No pneumotórax aberto, a comunicação da cavidade pleural com a pressão atmosférica produz colapso importante ao pulmão epsilateral; por outro lado, devido à abertura da parede torácica, estabelece-se um mecanismo de competição com a ventilação normal. Assim é que, na inspiração, com a pressão negativa intratorácica, entra ar pela traquéia e pela abertura da parede torácica, e na expiração elimina-se o ar pelas vias aéreas e pela abertura da parede, o que leva, evidentemente, a uma diminuição ao ar corrente. Além disso, ocorre um balanço do mediastino com torção e
  • 4. Causa De acordocoma circunstânciaele pode seridentificadoemduas partes,que são: pneumotóraxespontâneoprimário,provocadopela rupturade uma pequenaáreadebilitada do pulmão – bolha;e pneumotóraxespontâneosecundário,que ocorreempessoascomalguma doença pulmonarsubjacentee subdivido emquatrotipos: Espontâneo:quandoestá ou não ligado a uma doençapulmonar; Traumático:surgepor causade umtraumano tórax; Infeccioso:causadoporinfecçõespulmonares; Iatrogênico:causadoporuma intervençãomédica.
  • 5. Sintomas Ossintomasvariammuito.Pode aparecerde formaespontâneae duranteo repouso, as manifestações mais comunssão: Dor intensae repentina,que piora ao inspirar; Dor no peito; Sensaçãode falta de ar (dispneia)e rápidainstalação; Dificuldade pararespirar; Pele azulada,especialmentenos dedose lábios; Aumentodos batimentoscardíacos; Tosseconstante.
  • 6. Diagnóstico: Oexamecomplementardediagnósticomais simplese comgrandecapacidadediagnósticano pneumotóraxé a radiografiasimples do tórax.Actualmenteé realizadapor rotinaa tomografiaaxial computorizada(TAC)porquepermiteo eventualdiagnósticode patologiassubjacentes,nomeadamenteo enfisemabolhoso,pneumonias,neoplasiastorácicase outraspatologiaspulmonares,que poderáser decisivo na opçãoterapêutica.
  • 7. Tratamento farmacológico e cirúrgico O tratamento de pneumotórax tem por objetivo corrigir a insuficiência respiratória, promover a expansão pulmonar e o fechamento da lesão. Tal objetivo é conseguido com medidas conservadoras e drenagem torácica. Somente naqueles casos de grandes lacerações pulmonares e lesões de vias aéreas importante, que são pouco freqüentes, há indicação de toractomia. Nos casos de pneumotórax pequeno, o paciente deve ser colocado em observação nas primeiras 24 horas. Deve-se sedar a tosse, empregar analgésicos, se necessário, e os exercícios respiratórios são iniciados a partir do 7° dia. Se não aumentar de volume, o tratamento é conservador não sendo necessário procedimento cirúrgico. Em pneumotórax médio, se o paciente apresentar dispnéia, devem ser submetido à drenagem torácica e colocado em observação cuidadosa. Se estiver assintomático a conduta adotada será semelhante à do pequeno pneumotórax. Paciente com pneumotórax grande, geralmente apresenta dispnéia e deve ser submetido à drenagem torácica. O tratamento farmacológico não tem nada específico, devem ser utilizados analgésicos para a dor, sedativos para tosse e anestésico para drenagem e toracocentese. Nos casos de pneumotórax hipertensivo deve-se fazer toracocentese depois drenagem. Paciente com pneumotórax aberto deve ser tratado imediatamente com oclusão da lesão, seguida de exame radiológico. Após isso, pratica-se o debridamento e a sutura da ferida da
  • 8. Tratamento: No tratamentodo pneumotóraxa primeiraopçãoterapêuticaconsistena remoçãodo ar contidona cavidade pleuralatravésda colocaçãode um drenotorácicoque seintroduzno espaçopleural.Se o pulmão expandircompletamenteretira-sea drenageme se forumprimeiroepisódio de pneumotórax, sabendoque50 a70%dos doentesnãorecidivam,considera-seo doentetratado. Em casosde pneumotóraxmuito pequenopode-seoptarporuma atitude expectante,aconselhando repousoao doente,na presunçãodo arpoderserreabsorvidosemintervençãomédica.Outraopção, quandoo pneumotóraxé pequeno,consistena aspiraçãodo ar da cavidade pleuralatravésde uma agulha inseridana cavidade torácica. Se o pneumotóraxnãoresolvercomestasprimeirasabordagensmédicasconsidera-seaexistênciade fístula bronco-pleuralque não encerrouespontaneamentee, nestescasos,a opçãocirúrgicaé a mais adequada.
  • 9. Aindicaçãoe opçõesterapêuticascirúrgicastêm-sebaseadona classificaçãodeVanderschuerenque classificouopneumotóraxemquatroestádios: EstádioI - semanomaliasendoscópicas EstádioII- aderênciaspleuropulmonares EstádioIII- bolhas de enfisemainferioresa 2 cm EstádioIV - bolhas deenfisemasuperioresa2 cm
  • 10. No casodo EstádioI normalmenteopta-sepela drenagempleural.Nos casosde fístula persistentenum períodosuperiora quatrodias apósinserçãodo drenopleural,no pneumotóraxrecidivante,se houve um pneumotóraxcontra-lateralprévio,no pneumotóraxbilateralou quandoos doentestêmprofissõesde risco nomeadamentemilitares,profissionaisdaaeronáutica,atletas oudoentesqueresidamemáreasremotas comacessodifícil a cuidadosmédicosoptamospela cirurgia. Atualmente osEstádios II IIIe IV da ClassificaçãodeVanderschuerensãotratadoseficazmenteusando comovia de abordagema CirurgiaTorácicaVídeoAssistida (CTVA).Atoracotomia,mesmoa sub-axilar,só é realizadanos casosde grandesaderênciaspleuraisquenãopermitemaabordagemVídeoAssistida. ACTVA, emregra,implica trêsportasde entradapor ondese introduzemuma câmarae os instrumentos cirúrgicosapropriados. Coma câmarao cirurgiãolocaliza asbolhas de enfisemanormalmenteapicais,que são ressecadascom suturasmecânicas.No casodeumafístulabroncopleuraltambémseprocedeaoseuencerramentocom suturasmecânicas. Por último o cirurgiãodeve procederà realizaçãoda pleurodesecirúrgica,atravésde uma pleurectomia apical,que consistena ressecçãode pleuraparietalnoápex do hemitóraxprovocandoumareaçãode cicatrizaçãoquevai fazercomqueo pulmãofiqueaderenteà parede.
  • 11.
  • 12.
  • 13. Tratamento Fisioterápico A fisioterapia assume o tratamento conservador, usando exercícios respiratórios para que o ar contido na cavidade pleural seja reabsorvido como padrões ventilatórios e a inspirometria de incentivo. Contudo, é importante salientar que a fisioterapia só vai atuar se o pneumotórax estiver drenado. O objetivo esperado é a expansão total do pulmão e o fechamento da fístula pleuro – brônquica que determinou o pneumotórax. O paciente deve ser posicionado em situações que promovam a drenagem como fowler ou decúbitos laterais onde o pulmão acometido seja o dependente, ou seja, fique para baixo. Para verificar se o pneumotórax estar perpetuando, basta pedir ao paciente para inspirar forte e depois tossir. Se a fístula estiver presente, o dreno vai borbulhar no selo d’água contido e com o decorrer do tempo, a fístula tende a diminuir logo, o borbulhamento também. A pressão positiva na forma de CPAP ou BIPAP é contra indicado pois a mesma perpetua a fístula pleuro – brônquica.