Este documento resume a Teoria Hipodérmica no contexto de uma aula de História e Teorias da Comunicação. A teoria surgiu entre as guerras mundiais e via a mídia como uma agulha hipodérmica que injecta mensagens passivamente no público de forma homogênea. A teoria foi criticada por não considerar diferenças individuais.
1. Disciplina: História e Teorias da Comunicação
Curso: Marketing e Relações Públicas (Pós-laboral) – 1º Ano
Discentes:
Deonísio Armando Zefanias
Diodite de Ana Magul
Edmilson Akim Lázaro Da Silva Fumo
Jorge Ernesto Machiana
Docente: Dr. João Miguel
Maputo,17 de abril de 2018
3. Introdução
Segundo Wolf (1999) na análise de qualquer teoria da
comunicação há que ter em conta os seguintes critérios:
O contexto social, histórico e económico em que uma determinada
teoria surge;
O tipo de teoria social;
O modelo de processo comunicativo que cada teoria apresenta.
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4. Teoria Hipodérmica: Contexto histórico
Surge no período entre as duas guerras mundiais.
Com a multiplicação em larga escala dos meios de comunicação
de massa, vários estudiosos preocupam-se em estudar e analisar
o fenómeno.
O contexto da sociedade de massa que surgia em consequência
da industrialização, revolução dos transportes e do comércio, da
difusão dos valores abstractos de igualdade e liberdade.
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5. Teoria Hipodérmica
Também conhecida como
Teoria da Bala Mágica,
baseia-se no pressuposto de
que todo estímulo causado
por uma mensagem enviada
pelas mídias terá resposta
imediata, sem encontrar
resistência do receptor.
Como o disparo de uma arma
de fogo ou uma agulha
hipodérmica, que perfuram a
pele humana sem dificuldade.
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6. Teoria Hipodérmica
Pela etimologia da palavra “Hipodérmica”, “Hipo” é
do grego abaixo e “derme” pele.
A mídia é vista como uma agulha que injecta seus
conteúdos no cérebro dos receptores.
A mensagem é recebida e espelhada por todos
indivíduos na igual proporção.
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7. Teoria Hipodérmica: Sociedade de Massa
Numa sociedade de massa as pessoas se desconhecem e tem
poucas ou nenhuma possibilidade de exercer influências uma
sobre as outras.
Para a Teoria Hipodérmica esses indivíduos são anónimos,
atomizados, fragilizados, indefesos, passivos, encontram-se
isolados e separados das suas referencias socias e vivem de
forma egocêntrica em nome da sua própria satisfação.
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8. Continuação
Uma vez isolado e perdido na massa a única referencia que o
indivíduo tem da realidade são os meios de comunicação.
No entanto a mensagem difundida pela mídia não encontra
resistência por parte do indivíduo que a assimila e se deixa
manipular de forma passiva.
“A fragilidade de uma audiência indefesa e passiva provém
precisamente dessa dissolução e dessa fragmentação” (Wolf,
1999).
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9. Teoria Hipodérmica: Modelo comunicativo
Baseia-se na Teoria Behaviorista.
Uma teoria da psicologia que tem como objectivo o estudo do
comportamento humano com os métodos de experimentação e
observação das ciências naturais e biológicas.
Na relação complexa que existe entre o organismo e o ambiente, o
elemento crucial é representado pelo estímulo; esse estímulo inclui os
objectos e as condições exteriores ao sujeito, que produzem uma
resposta (comportamento).
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10. Continuação
A Teoria da Bala Mágica defende que numa “relação directa entre a
exposição às mensagens e o comportamento: se uma pessoa é
“apanhada” pela propaganda, pode ser controlada, manipulada, levada
a agir” (Wolf, 1999).
Esta teoria é influenciada pelo modelo de Lasswell (1948) que
estabelece como forma adequada de descrever o acto comunicativo à
resposta as seguintes perguntas:
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- quem
- diz o quê
- através de que canal/meio
- com que efeito?
11. Teoria Hipodérmica
A principal característica
desta teoria é a passividade do
indivíduo como receptor.
A sociedade é completamente
homogénea, ou seja, toda a
sociedade e indivíduos recebem
ou absorvem a mensagem da
mesma forma.
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12. Conclusão
A Teoria Hipodérmica não leva em consideração
as particularidades dos indivíduos, vendo todos
como massa, por esse mesmo motivo a análise
dos fenómenos de comunicação ou os seus
resultados não podem ser vistos de forma
separada. Esta foi, portanto, uma das primeiras
teorias a se preocupar em estudar a comunicação
num nível mais intrínseco.
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13. Referências
Wolf, M. (1999). Teorias da Comunicação (8ª ed). Lisboa. Editorial
Presença.
Xavier, C. (2007) Teoria Hipodérmica. Jornalismo – Universidade
Presbiteriana Mackenzie. Obtido em 13 de Abril de 2018, de
http://www.caduxavier.com.br/mackenzie/index.php?option=com_con
tent&view=article&id=60:teoria-hipodermica-&catid=35:teoria-
i&Itemid=53.
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