2. Teoria Funcionalista
Entre o final dos anos 1940 e os anos 1970, a teoria
funcionalista significou uma passagem das
abordagens interessadas nos efeitos da mídia para
uma abordagem interessada nas funções.
Efeitos Funções
3. Teoria Funcionalista
Nesse sentido, o funcionalismo traz uma consolidação da
perspectiva sociológica nos estudos de comunicação, superando o
princípio hipodérmico de que o processo é a perseguição de um
objetivo, de um efeito intencional, no indivíduo/receptor.
Manipulação
Persuasão
Influência
Funções
4. Teoria Funcionalista
O foco da pesquisa é deslocado das situações
específicas de comunicação para a experiência
cotidiana e habitual com os meios de comunicação.
Essa transformação, de acordo com o que vimos até
aqui, vai retirando do centro das discussões o processo
característico das campanhas publicitárias, ou seja, as
diferentes formas de orientação do comportamento
do receptor. Em vez disso, a teoria funcionalista se
prende à “presença normal da mídia na sociedade”
(Wolf, p. 50). Os efeitos são entendidos a partir da
percepção dessa presença, com o olhar voltado ao
sistema social.
5. Teoria Funcionalista
De acordo com esses tópicos, podemos afirmar que a
maior novidade provocada pelo funcionalismo foi a
condução do campo de interesse da pesquisa para a
dinâmica do sistema social e para as funções da
mídia nesse sistema.
Desse modo, os meios de comunicação social podem ser
compreendidos como um subsistema social.
Como a sociedade pode funcionar? Como ela
pode se manter harmônica apesar das tensões e
conflitos que lhe são inerentes?
6. Teoria Funcionalista
Não está mais em causa a ação humana como
comportamento, mas como ação social ligada às
interiorizações dos modelos de valor que a sociedade
institui para si mesma.
“Não é mais a sociedade a constituir um meio para a
tentativa de atingir alguns objetivos dos indivíduos, mas
são estes últimos a se tornar, enquanto prestadores de
uma função, o meio para que se atinjam os fins da
sociedade, e, antes de tudo, da sua sobrevivência auto-
regulada” (Carla de Leonardis).
7. Teoria Funcionalista
Comunicação de massa, gosto popular e ação
social organizada, de Paul Lazarsfeld e Robert
Merton
- Texto de 1948.
- Os autores escrevem numa perspectiva
funcionalista, debatendo ideias originadas na
abordagem hipodérmica e nos seus desdobramentos.
- Grande relativização do poder dos meios de
comunicação social, que agora são vistos como uma
“mera presença” na sociedade.
- Lazarsfeld e Merton operam uma desconstrução da tese
de que o receptor é refém dos estímulos
midiáticos, analisando as condições em que a influência
da mídia pode ser efetiva.
8. Teoria Funcionalista
Comunicação de massa, gosto popular e ação
social organizada, de Paul Lazarsfeld e Robert
Merton
Três exemplos de funções sociais dos
Meios de Comunicação de Massa
Atribuição de
status, destacando o
indivíduo da massa
e indicando
relevância a
particulares.
Reiterar e reforçar
as normas
sociais, mostrando
as tensões entre o
que é tolerável
privadamente e o
que é admissível
publicamente.
DISFUNÇÃO:
Substituir a
participação política
ativa pelo acúmulo
de conhecimento
passivo (disfunção
narcotizante).
9. Teoria Funcionalista
Comunicação de massa, gosto popular e ação
social organizada, de Paul Lazarsfeld e Robert
Merton
Se os meios de comunicação não influenciam tão
poderosamente a sociedade, quais as condições para
uma comunicação eficaz?
1 – A eficácia e a
aceitação de uma
propaganda é tão
maior quanto menos
houver
contrapropaganda. O
monopólio gera
eficácia.
2 – Uma campanha é
eficaz quando canaliza
atitudes já arraigadas.
Tentativas de plantar
padrões de
comportamento e valores
são fracassadas.
3 – Uma campanha é
tão mais eficaz quanto
melhor for
suplementada por
outros elementos
persuasivos, incluindo
o contato pessoal.