2. Metodologias de investigação em
Sociologia /Ciências sociais
O sociólogo no seu trabalho de investigação científica, desenvolve um trabalho complexo de análise da realidade
social que, ao obedecer a determinados procedimentos, o método ou estratégias de investigação, lhe permitirá
construir teorias;
Para construir a teoria, o cientista dispõe de duas ferramentas fundamentais: os métodos ou as estratégias de
investigação e as técnicas.
3. A teoria é um que explica e «encaixa» as situações reais. Quer isto dizer que o cientista constrói um
«discurso analítico» que explica a realidade e permite prever a sua evolução.
Métodos ou Estratégias de investigação são um conjunto procedimento baseados na teoria
que conduzem o processo de seleção de técnicas de pesquisa adequadas ao trabalho de
investigação, bem como o controlo da utilização das técnicas seleccionadas e a integração dos
resultados obtidos, em função do objeto de trabalho. É em função do método de trabalho
que o sociólogo escolherá as técnicas mais adequadas.
As técnicas são um conjunto de processos operativos ou operações simples que permitem
realizar a investigação, como por exemplo as técnicas documentais e não documentais.
4. Métodos ou Estratégias de investigação
Quando decidimos realizar uma atividade, independentemente da sua natureza, a primeira etapa a executar é decidir
o modo como irmos cumpri-la;
Assim, é preciso escolher o tema ou problema a estudar, colocar uma questão sobre esse problema, definir os
objetivos a alcançar, seleccionar os recursos e os instrumentos necessários, calendarizar tarefas, distribuir essas
tarefas pelos membros do grupo, reunir para partilhar as informações recolhidas, analisa—las, tirar conclusões,
apresentar, se possível, sugestões e, finalmente, redigir o relatório;
O relatório deve incluir todo este processo, que se iniciou com a definição do tema/problema a estudar e que
terminou com as conclusões do estudo e as possíveis sugestões que ajudem à resolução do problema;
5. Métodos ou Estratégias de investigação
Existem no processo de investigação há duas perguntas que orientam a investigação:
• Como vamos fazer;
• Quem vamos incluir;
Responder a «como vamos fazer» significa decidir sobre a estratégia de investigação que vamos utiliza;.
Respondera «a quem vamos incluir» significa definir o público-alvo da investigação.
6. Principais Métodos ou Estratégias de
investigação
Podemos referir que as estratégias de investigação utilizadas com mais frequência são a intensiva, a extensiva e a
investigação-ação;
A seleção de uma destas estratégias depende inúmeros fatores, entre os quais o problema orientador da
investigação, o público-alvo que tenhamos definido e os objetivos pretendidos.
7. Principais Métodos ou Estratégias de
investigação
Estratégia de investigação intensiva
A estratégia de investigação é intensiva quando se estuda um fenómeno em profundidade;
Assim, procura-se conhecer o maior número de informações sobre o fenómeno, seja através da análise e observação
de situações reais, seja através das informações obtidas diretamente junto dos indivíduos que fazem parte da
investigação, isto é, do nosso público-alvo;
8. Principais Métodos ou Estratégias de
investigação
Estratégia de investigação intensiva
Nestes casos, mais importante do que o número de indivíduos ou de factos incidentes que estamos a estudar são a
«profundidade» e a «singularidade» das informações obtidas as quais exigem uma grande profundidade do
investigador ao fenómeno ou público investigado, uma postura quase de «investigação antropológica»;
Nesta prespetiva, a investigação é tão intensiva e profunda que ficamos a conhecer «todas» as razões que explicam o
caso, isto é, que explicam o problema;
Na investigação intensiva o que interessa a exaustividade e a profundidade do conhecimento do problema em causa.
9. Principais Métodos ou Estratégias de
investigação
Estratégia de investigação extensiva
A investigação assume uma natureza extensiva se tiver em conta não a profundidade dos conhecimentos que se
adquirem sobre o fenómeno em estudo, mas a quantidade desses elementos;
Na abordagem extensiva, torna-se imperioso que o número de sujeitos que constituem o nosso estudo seja elevado e
que consigamos obter respostas a perguntas semelhantes. Desta forma, poderemos encontrar regularidades nos
comportamentos e generalizar para situações semelhantes;
Como a análise extensiva tem por objeto populações constituídas por um número de elementos bastante grande,
impõe-se o recurso às técnicas de amostragem.
10. Principais Métodos ou Estratégias de
investigação
Estratégia de investigação -ação
Atualmente, têm-se vindo a desenvolver outras estratégias de investigação, nomeadamente a de investigação-ação,
que se distingue das restantes pelo facto de o investigador ser também um dos indivíduos objeto de estudo;
Na investigação-ação, o investigador participa, com os investigados, na procura de soluções para o problema, a partir
da análise das práticas do quotidiano realizada conjuntamente durante o processo de investigação.
11. Definição do público-alvo da investigação
À totalidade dos indivíduos que constituem o nosso público- alvo chama-se o universo;
Nas investigações extensivas, como o universo é constituído por um número elevado de indivíduos, é usual utilizar
apenas uma parte do universo, numa amostra, que é um subconjunto do universo;
Uma amostra representativa apresenta as mesmas características que o universo, relativamente a um conjunto de
critérios ou variáveis que o investigador considera significativas para a investigação. Para obter uma amostra
representativa do universo devemos percorrer duas etapas:
• Determinar as pessoas que a irão constituir;
• Medir-lhe a representatividade;
12. Definição do público-alvo da investigação
Esta amostra deverá representar, ou traduzir tão fielmente quanto possível, as características do universo, pode ser
determinada segundo dois processos mais comuns:
• O método aleatório ou probabilista, como a própria designação o diz, consiste em tirar ao acaso do universo o
subconjunto ou amostra que irá «representar» a totalidade, que é impossível inquirir;
• O método das quotas, pretende construir uma amostra que seja um «modelo» do universo. Para tal, importa
respeitar a estrutura desse universo.
13. Etapas de investigação
As Etapas do procedimento
Etapa 1: A pergunta de partida
Rutura
Etapa 2: A exploração
Etapa 3: A problemática
Etapa 4: A construção do modelo de análise Construção
Etapa 5: A observação
VerificaçãoEtapa 6: A análise das informações
Etapa 7: As conclusões
14. Etapas de investigação
Assim, a investigação sociológica inicia-se com a definição do problema que queremos investigar.
Etapa 1 A pergunta de partida
Formular a pergunta de partida, tendo o cuidado de respeitar:
As qualidades de clareza;
As qualidades de exequibilidade;
As qualidades de pertinência.
Uma vez definido o problema, devemos tentar compreendê-lo ou explicá-lo. Temos de fazer um estudo exploratório,
que nos dará um conhecimento mais suportado da realidade.
Etapa 2 A exploração
As leitoras
Selecionar os textos;
Ler com método;
Resumir;
Comparar:
-Os textos entre si;
-Os textos com as
entrevistas.
As Entrevistas exploratórias
Preparar-se para a entrevista;
Encontrar-se com os peritos,
testemunhas e outras pessoas
implicadas;
Adotar uma atitude de escuta e de
abertura;
Descodificar os discursos.
15. Etapas de investigação
É importante pesquisar a literatura e estudos sobre o fenómeno e fazer entrevistas para desenvolver a problemática.
Etapa 3 A problemática
Fazer o balanço das leituras e das entrevistas;
Estabelecer um quadro técnico;
Explicar a problemática retida.
É importante pesquisar a literatura e estudos sobre o fenómeno e fazer entrevistas para desenvolver a problemática.
Etapa 4 A construção
Construir as hipótese e
o modelo, precisando:
As relações entre
os conceitos;
As relações entre
as hipóteses.
Construir os conceitos,
precisando:
As dimensões;
Os indicadores;
Etapa 5 A observação
Delimitar o campo de observação;
Conceber o instrumento de observação;
Testar o instrumento de observação;
Proceder à recolha de informações.
16. Etapas de investigação
Uma vez obtida a informação, segue-se a análise da informação recolhida. Finda a análise dos dados,
chegamos às conclusões que podem, ou não, corroborar e validar as nossas hipóteses de trabalho.
Etapa 6 Análise das informações
Descrever e preparar os dados para a análise;
Medir as relações entre as variáveis;
Comparar os resultados esperados com os
resultados observados;
Procurar o significado das diferenças.
Etapa 7 As conclusões
Recapitular o procedimento;
Apresentar os resultados, pondo em
evidência:
- Os novos conhecimentos;
- As consequências práticas.
17. Modos de produção da informação em
Sociologia
Em sociologia utiliza-se dois processos para obter informação sobre os fenómenos em
estudo:
Partir da documentação já existente
sobre o problema em causa
Partir da observação dos fenómenos e
estudar
18. Documentação
Na investigação sociológica um documento é todo o objeto, escrito ou não escrito, que nos permite retirar
informações sobre determinado fenómeno. Neste sentido, os documentos podem ser textos escritos, gráficos
estatísticos, quadros, filmes, séries televisivas, cartas ou resultado de uma conversa, por exemplo;
Deste modo, aquando de uma investigação, o investigador deverá procurar munir-se da totalidade das informações
(escrita, orais, factuais) já conhecidas sobre o problema em estudo. Isto é, o investigador deverá efetuar uma
pesquisa documental;
Após a pesquisa documental, cabe ao investigador estudar os elementos obtidos, analisá-los, interpretá-los e
encontrar um sentido na diversidade da informação que recolheu;
19. Documentação
O investigador tem de fazer uma análise de conteúdo, que constitui um conjunto de técnicas de análise das
comunicações, visando obter, por procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens,
indicadores, que permite identificar ideias comuns relativamente a diversos tópicos, no discurso dos entrevistados,
nas notícias do órgão de informação, entre outros documentos, a fim de lhes conferir um significado, e dessa forma,
compreender o sentido das informações que estão a ser analisadas;
É no ato de desmontar o discurso e de produzir uma nova interpretação da mensagem que produzimos informação
nova, dando sentido à atuação do indivíduo que proferiu o discurso.
20. Observação
A observação compreende o conjunto das operações através das quais o modelo de análise é confrontando com
dados observáveis. Ao longo desta etapa, será reunida abundante informação para ser tratada na etapa seguinte;
Existem duas técnicas de observação participante e não participante.
21. Observação
A observação participante/ observação direta
A observação participante é uma técnica que se baseia na recolha de elementos de informação, a partir da
observação feita por um pesquisador que se encontra intencionalmente no grupo a observar, ou dele fazendo
efectivamente parte;
Esta técnica pode apresentar duas modalidades: a observação- participação e a participação-observação.
22. Observação
A observação não participante/ observação indirecta
A observação não participante recorre à recolha de informação, sem que o cientista social tenha de se inserir no
grupo a observar;
Entre as técnicas que constituem a observação não participante, destacamos a entrevista e o inquérito por
questionário.
23. Observação
A observação não participante/ observação indirecta
Entrevista
A entrevista consiste numa técnica de recolha de informações que decorre de diálogos, individuais ou de grupo. Estas
conversas com pessoas seleccionadas permitem obter informações sobre fatos ou sobre a forma como os
entrevistados apreenderam esses fatos;
Um entrevistador que se assume como o indivíduo que pretende obter dados de interesse sociológico ou de qualquer
outro tipo poderá questionar ou deixar livremente falar a pessoa entrevistada. Naturalmente, a forma de
comunicação verbal e o tipo de relacionamento entre entrevistador e entrevistado são condicionantes desta forma
de inquirir;
As entrevistas podem ser classificadas de acordo diferentes critérios. Uma das classificações mais divulgada divide a
entrevista em estruturadas ou directivas, semidiretivas e não estruturadas ou não directivas.
24. Observação
A observação não participante/ observação indirecta
Entrevistas estruturadas ou directivas
As entrevistas serão estruturadas se obedecerem a um esquema rígido, previamente fixado, que o entrevistador
deverá respeitar integralmente. Neste tipo de entrevista, as questões são geralmente, fechadas, ou seja, o
entrevistado não tem a possibilidade de desenvolver a resposta dada, podendo, apenas, laconicamente, pronunciar-
se positiva ou negativamente sobre as questões postas;
As entrevistas estruturadas podem, contudo, conter questões abertas, desde que previamente integradas no
esquemas da entrevista.
25. Observação
A observação não participante/ observação indirecta
Entrevistas não estruturadas ou não directivas
Na entrevista não estruturada, a condução por parte do entrevistador é mais flexível, podendo este orientá-la com a
sequência e as questões que julgar mais convenientes, de acordo com a sua sensibilidade e tato. As questões
apresentadas, são geralmente, abertas, ou seja, o entrevistado tem toda a possibilidade de exprimir e justificar
livremente a sua opinião;
Deste modo, uma entrevista é tanto mais estruturada ou directiva quanto menor for a liberdade concebida ao
entrevistado no ato de responder;
Quando a entrevista é estruturada, as questões postas são fechadas, não podendo o entrevistador flexibilizar a
condução da entrevista.
26. Observação
A observação não participante/ observação indirecta
Entrevistas não estruturadas ou não directivas
Previamente à aplicação da entrevista é preciso:
Definir os objectivos da entrevista, que resultam dos objectivos da própria investigação;
Inventariar os grandes temas a abordar e de cuja análise se poderá encontrar as repostas as respostas aos
objectivos;
Inventariar um conjunto de questões de modo que a informação que o entrevistado nos oferece diga respeito aos
objectivos da investigação;
No ato de aplicação da entrevista é usual e necessário, ainda:
Iniciar-se a conversa com o entrevistado expondo-lhe as razões da entrevista;
Pedir-lhe a possibilidade de gravar a conversa ou de tirar notas no momento;
Não influenciar o entrevistado com as nossas opiniões;
Finalmente, agradecer a colaboração que nos foi dada;
27. Observação
A observação não participante/ observação indirecta
Inquérito por questionário
Destina-se a ser aplicado a um elevado número de indivíduos;
Procedimento que apresenta um conjunto predeterminado de perguntas À população ou a uma amostra
representativa dessa população.
28. Novos campos de investigação em Sociologia
A sociologia tem por objeto de estudo os factos sociais, podendo-os ser estudados de acordo com vários graus de
aprofundamento;
A sociologia geral estuda o funcionamento da sociedade e a mudança social. Mas se quisermos estudar com mais
profundidade aspetos particulares do domínio social, teremos de recorrer às Sociologias especializadas.
29. Novos campos de investigação em Sociologia
Sociologia
Sociologia geral
Teoria sociológica que
tem por objeto das
seguintes áreas de
estudo:
Conceitos fundamentais;
Sociografia dos grupos ( descrição gráfica
dos grupos);
Organização e estrutura social;
Mudança social;
Métodos e técnicas de investigação
social;
Sociologia
especializadas
teorias sociológicas
que têm por objetivo
categorias específicas
dos factos sociais:
Sociologia da família;
Sociologia Política;
Sociologia do trabalho;
Sociologia da Educação;
Sociologia da Religião;
Sociologia rural;
Sociologia Urbana;
Sociologia do Lazer;
Sociologia da Exclusão ;
Sociologia do Quotidiano;
Sociologia Antropológica;
30. Novos campos de investigação em Sociologia
Sociologia Antropológica
Estuda as correlações que existem entre o fator antropológico e as sociedades humanas;
Exemplo: Influência dos grupos étnicos numa sociedade; nichos étnico-culturais.
31. Novos campos de investigação em Sociologia
Sociologia Politica
Estuda a organização política dos diversos tipos de sociedade, as implicações socias dos diferentes movimentos
políticos e das ideologias; origem, desenvolvimento e funções do Estado nos seus espetos teóricos e práticos; a Inter-
relações entre Estado e Direto, Política e Economia, com especial destaque para as relações de dominação e
subordinação, liberdade e coacção;
Exemplos: Revoluções; participação em atos eleitorais; caciquismo.
32. Novos campos de investigação em Sociologia
Sociologia da Família
Estuda a origem, evolução e função da instituição família, as suas formas distintas e as relações entre os seus
membros, nas diversas sociedades, no passado e no presente;
Exemplos: Papéis conjugais; conciliação entre a vida profissional e familiar; novos tipos de família.
33. Novos campos de investigação em Sociologia
Sociologia da Comunidade, Sociologia Rural e Sociologia Urbana
Estudam a organização, os problemas sociais das comunidades e a diferenciação do espaço socioecológico; o modo
de vida rural e a natureza das diferenças rurais e urbanas; as alterações socioculturais que ocorrem no contínuo rural-
urbano, a origem e evolução das cidades e o urbanismo como modo de vida; mudanças socioeconómicas e culturais
determinadas pela concentração de uma elevada população, de composição heterogénea, em limitada área
geográfica;
Exemplos: Vizinhança; resistências às mudanças no meio rural; desumanização do indivíduo na grande cidade.
34. Novos campos de investigação em Sociologia
Sociologia da Comunicação
Preocupa-se com o estudo da comunicação entre seres humanos. Analisa os comportamentos sociais em face dos
meios de comunicação. Um dos aspetos mais relevantes é o estudo da cultura de massa;
Exemplos: Papel dos meios de comunicação de massa na formação da opinião pública; interferências provocadas pela
imprensa ou pelas redes sociais numa campanha eleitoral.
35. Novos campos de investigação em Sociologia
Sociologia Industrial e Sociologia do Trabalho
Referem-se ao estudo sistemático das relações sociais e à interação entre indivíduos e grupos relacionados com a
função económica da produção e distribuição de bens e serviços necessários à sociedade. Analisam o conteúdo dos
papéis profissionais, as normas e as expectativas e elas associadas em diferentes organizações de trabalho;
Exemplo: Influência da indústria no sistema de estratificação social; sindicatos e associações profissionais; a
motivação para o trabalho; estudo do status profissional
36. Novos campos de investigação em Sociologia
Sociologia do lazer
Estuda os fenómenos decorrentes da redução do número de horas de trabalho na sociedade industrial e a ampliação
do tempo;
Exemplo: O quotidiano rotineiro vivido nas cidades industriais obriga a que muitas pessoas, durante o fim-de-
semana, se dediquem a tarefas diversas como a bricolagem e a jardinagem, ou a atividade físicas e culturais.
37. Novos campos de investigação em Sociologia
Sociologia da Burocracia e Sociologia aplicada à Administração
São expressões mais ou menos equivalentes: ambas estudam os fenómenos que decorrem da estrutura das
organizações enquanto sistemas especiais. Em rigor, a expressão cientificamente mais adequada seria a Sociologia
das Organizações, corrente entre os autores francesas;
Exemplo: Conflitos de hierarquia; fenómenos decorrentes das disfunções internas (desajustamentos pelos excessos
da organização formal); análise da liderança na organização.
38. Interdisciplinaridade
A interdisciplinaridade consiste na atitude metodológica que procura integrar o contributo das sociologias
especializadas e das outras ciências sociais no sentido de encontrar uma explicação e um entendimento mais
profundo da realidade social;
39. Fenómenos da realidade social
Todos os fenómenos da realidade social são fenómenos sociais totais, isto é, têm implicações em diferentes níveis do
real (histórico, jurídico, religioso, sociológico, entre outros), podendo, portanto, ser objeto de pesquisa por parte de
todas ou apenas de algumas ciências sociais. Cada um deles é um fenómeno social total;