SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 25
Baixar para ler offline
Modos de produção da informação:
métodos disponíveis na Sociologia
Método e técnicas
Noção de método
• Processo de seleção das técnicas adequadas à
pesquisa concreta, de controlo da utilização
destas técnicas e de integração dos resultados
obtidos.
– É o plano, o esquema ordenador, a estratégia com
que o investigador aborda os problemas que
estuda.
Métodos
Experimental
Análise intensiva ou estudo de casos
Análise extensiva ou de medida
Comparativo
Investigação ‐ ação
Métodos
Método experimental
• O método experimental foi importado da Física e da Biologia.
No entanto, a sua aplicabilidade nas Ciências Sociais é
relativamente restrita;
• Consiste na realização de observações e recolha de dados que
têm em vista a comprovação de uma relação causal entre
duas variáveis.
• São constituídos dois grupos homogéneos:
– o grupo experimental em que é introduzido um facto ou fator – a
variável independente;
– o grupo de controlo, em que não é introduzida a variável
independente.
• No grupo experimental faz‐se variar de forma controlada a
variável independente e observam‐se os seus efeitos no
grupo, em confronto com o grupo de controlo, a fim de se
concluir se a variável independente é a causa dos efeitos
observados.
VOLTAR AO ESQUEMA
Método experimental – um exemplo
• Um investigador interessado em divórcio quer investigar se o
aconselhamento matrimonial ajuda os casais a ficarem juntos.
• Ele recrutará casais para a experimentação e dividi‐los‐á em dois grupos,
assegurando que os membros de cada grupo sejam semelhantes em termos
de idade, rendimento, educação e religião bem como de duração do
casamento.
– Um grupo, o grupo experimental, receberá aconselhamento matrimonial,
– enquanto o outro, o grupo de controlo, não receberá aconselhamento
matrimonial.
– A variável independente (fator a que previsivelmente é atribuída a causa da
mudança) é o aconselhamento matrimonial.
– A variável dependente (fator que é modificado pela variável independente) é a
possibilidade de manter o casamento ou de se divorciar.
• Nesta experimentação o investigador poderá comparar os dois grupos e
então retirar conclusões sobre se o aconselhamento matrimonial conduz a
que mais casais se mantenham casados ou mais casais se divorciem ou não
tem qualquer impacto.
VOLTAR AO ESQUEMA
Análise intensiva ou estudo de casos
• Os estudos de casos ou análise intensiva pressupõe a
realização de uma análise intensiva, tanto em amplitude
como em profundidade.
• A análise centra‐se numa amostra particular da população,
selecionada de acordo com determinado objetivo e recorre
a uma diversidade de técnicas de pesquisa.
• Após a recolha de dados, estes serão ordenados com o
intuito de preservar o carácter unitário da amostra,
obtendo‐se assim uma compreensão profunda do grupo e
do fenómeno em estudo.
• Exemplos: sem‐abrigo; crianças de rua; uma comunidade
cigana; arrumadores de carros…
VOLTAR AO ESQUEMA
Análise intensiva ou estudo de casos:
outros exemplos
Para fazer um estudo de caso, o investigador centra‐se num acontecimento, situação, ou
mesmo indivíduo particulares. O propósito é compreender a dinâmica das relações, as
relações de poder, ou mesmo os processos de pensamento que conduzem a um
acontecimento particular. O sociólogo Ken Levi (2009), por exemplo, quis estudar assassinos
em série. Ele gostaria de ter um grande número de assassinos para entrevistar, mas só teve
acesso a um. Ele entrevistou este homem repetidamente, oferecendo‐nos a compreensão
de como alguém pode matar outros por dinheiro.
O sociólogo Kai Erikson (1978), que ficou intrigado com a explosão de uma barragem em
West Virginia que matou vários milhares de pessoas, centrou‐se nos acontecimentos que
conduziram e se seguiram ao desastre.
Para um caso de violência doméstica, um estudo de caso centrar‐se‐á numa só esposa ou
marido, explorando a história de vida e relação do casal.
Como se pode ver, o estudo de caso revela um grande número de pormenores, mas uma
questão se levanta sempre. Até que ponto estes pormenores se aplicam a outras situações?
Este problema da generalização que afeta os casos de estudo, é a razão fundamental para
que poucos sociólogos usem este método. VOLTAR AO ESQUEMA
Análise extensiva ou de medida
• A observação é feita por meio de perguntas diretas
(entrevistas) ou indiretas (questionários) de
populações relativamente numerosas.
• As respostas são tratadas mediante análise
quantitativa.
• Exige o recurso às técnicas de amostragem, pois tem
por objeto populações numerosas.
• Permite a deteção de regularidades nas práticas sociais
estudadas.
• Um exemplo: se um investigador pretender conhecer a
relação entre as crenças religiosas e a taxa de divórcios,
numa determinada sociedade, recorrerá a este método.
VOLTAR AO ESQUEMA
Análise extensiva e análise intensiva:
comparação
• A análise extensiva é um método caracteristicamente quantitativo, ou
seja, baseado na quantidade de casos observados ou de dados
recolhidos, para com eles poder efetuar generalizações.
• A análise intensiva é um método qualitativo, isto é, em que não
importa tanto a quantidade e a generalização, mas mais a qualidade
(profundidade e amplitude) da informação sobre determinado caso.
• A análise extensiva corre o risco de ficar pela superficialidade dos
fenómenos, perdendo muitos pormenores que podem ser obtidos com
uma análise intensiva.
• A análise intensiva permite obter uma informação mais rica e
aprofundada sobre o caso ou casos abordados, porém, as
generalizações dos conhecimentos obtidos para populações mais
vastas podem não ser legítimas ou serem muito menos fiáveis.
VOLTAR AO ESQUEMA
Método comparativo
• O método comparativo baseia‐se num conjunto de
procedimentos científicos que examinam os vários
fenómenos sociais, tentando descobrir aquilo que
eles têm de comum, de forma a constituírem‐se
regularidades ou princípios válidos e significativos na
sua explicação.
• Quando neste tipo de método introduzimos a
variável tempo, situamo‐nos no âmbito de um
estudo histórico‐comparativo.
VOLTAR AO ESQUEMA
Investigação‐ação
• É um método das Ciências Sociais que associa a
análise à transformação da realidade estudada.
VOLTAR AO INÍCIO DA
APRESENTAÇÃO
Técnicas de investigação na Sociologia
Documentais
De inquirição
De observação
Técnicas
de
investigação
Análise estatística
Análise de conteúdo
Inquérito por questionário
Entrevista
História de vida
Observação participante
Observação direta
Sociologia visual
Técnicas documentais: a análise
estatística
• A análise estatística consiste na análise de
informação constante de documentos:
– Dados constantes de documentos produzidos pelo
investigador, por exemplo, os resultantes de
entrevistas ou inquéritos por questionário que
efetuou no decorrer da investigação – fontes
primárias.
– Informação constante de documentos já
existentes antes da pesquisa – fontes secundárias.
VOLTAR AO ESQUEMA
Técnicas documentais: a análise de
conteúdo
• A análise de conteúdo visa isolar na massa de textos as
linhas mestras que lhes dão o seu sentido real.
• Trata‐se, em primeiro lugar, de decompor o conteúdo
de um conjunto complexo em elementos mais simples.
• Posteriormente estes elementos serão classificados e,
se for necessário, medir‐se‐á a sua frequência e
importância relativa.
– É uma técnica quantitativa moderna que permite a análise
de noticiários, comentários, discursos, leis e do
aparecimento de certas expressões e ideias capazes de
revelarem correntes de opinião ou teses dissimuladas na
apresentação aparentemente objetiva dos factos.
VOLTAR AO ESQUEMA
Técnicas documentais ‐ exemplo
• Para investigar a vida social os sociólogos
examinam documentos tão diversos como livros,
jornais, diários, registos bancários, relatórios de
polícia e registos mantidos por organizações. O
termo também inclui gravações de vídeo e de
áudio.
– Por exemplo, para estudar a violência doméstica
devem ser examinados os relatórios policiais e os
registos dos tribunais. Isto pode revelar qual a
percentagem de queixas que resultam em detenção e
qual a proporção de homens detidos que são
condenados ou colocados em liberdade condicional.
VOLTAR AO ESQUEMA
Técnicas de inquirição: inquérito por
questionário
• O inquérito por questionário é uma técnica de recolha
indireta de informação apoiada, normalmente, por um
conjunto de perguntas, testes, escalas de atitudes, que o
inquiridor, direta ou indiretamente propõe ao inquirido.
• No inquérito:
– ou o inquirido regista as suas próprias respostas – administração
direta;
– ou o inquiridor formula a pergunta e regista a resposta do
inquirido – administração indireta.
– Num questionário de questões abertas, o inquirido responde
livremente.
– Num questionário de questões fechadas, o inquirido tem de
optar por uma lista tipificada de respostas.
VOLTAR AO ESQUEMA
• Planeamento do inquérito
– definição dos objetivos a atingir;
– definição do universo conceptual;
– dimensão e tipo da amostra;
– escolha das variáveis a observar.
• Preparação do instrumento de recolha de dados:
– elaboração e redação do questionário.
• Trabalho no terreno:
– Fase de obtenção das respostas.
• Análise dos resultados:
– codificação das respostas;
– apuramento e tratamento da informação;
– elaboração das conclusões.
• Apresentação dos resultados, normalmente
através da elaboração de um relatório.
Técnicas de inquirição: inquérito por questionário –
fases de um inquérito por questionário
VOLTAR AO ESQUEMA
Sugestões para a construção correta
de um questionário
• Explicitação sucinta, no início do questionário, dos
objetivos do estudo e garantia de anonimato e
confidencialidade da informação.
• As variáveis de caracterização sociográfica – sexo, idade,
nível de instrução, estado civil, nacionalidade, profissão,
etc. ‐ devem situar‐se no início ou fim do questionário.
• Devem ser evitadas questões formuladas negativamente.
• Não é recomendável mudar de escala na mesma questão.
• Evitar a proliferação de escalas em que é possível o
posicionamento intermédio – o inquirido pode, por
conforto, assinalar este posicionamento.
• Os níveis de linguagem devem se adequados aos
destinatários.
Técnicas de amostragem
• No método extensivo o objeto de análise da investigação (universo)
é de grande dimensão.
• Por isso, não é possível, incluir todos os elementos do universo na
inquirição, seja por uma questão de tempo ou de custo da
investigação.
• Para ultrapassar este problema, recorre‐se à amostragem – são
considerados apenas alguns elementos do universo (amostra).
• Esta amostra deve ser representativa do universo que estamos a
estudar, isto é, a amostra deve ter uma estrutura semelhante à
estrutura do universo, em termos de sexo, idade, profissão, religião,
etc.
• Se esta condição for respeitada, é possível generalizar para o
universo as conclusões retiradas da análise da amostra, com relativa
confiança.
Técnicas de amostragem – alguns tipos
de amostragem
• Amostras probabilísticas (aleatórias):
– Amostragem aleatória simples (a amostragem probabilística mais usada), em que todos os
elementos da população (universo) têm a mesma probabilidade de pertencer à amostra.
• Sorteio; tabela de números aleatórios…
• Amostras não probabilísticas:
– Amostragem por quotas em que se usa informação existente sobre a população – sexo, idade,
escolaridade, profissão, área de residência, etc. – de modo a construir uma amostra com estrutura
semelhante à do universo, tendo em conta estas características.
– Amostragem por bola de neve – neste tipo de amostragem escolhe‐se um indivíduo que
tenha as características da população que se pretende estudar, mas que se desconhece e pede‐se a esse
indivíduo que indique outra pessoa das suas relações com as mesmas características. Faz‐se o mesmo
pedido a este último e assim sucessivamente, até se constituir uma amostra com a dimensão desejada.
– Amostragem intencional – neste caso os elementos da amostra são selecionados de acordo
com critérios teóricos ‐ por exemplo, se quisermos estudar o problema da indisciplina na sala de aula,
podemos selecionar apenas os alunos, que tiveram mais que duas faltas disciplinares, durante o ano letivo
anterior.
Técnicas de inquirição: entrevista
• A entrevista é um procedimento direto de recolha
de informação.
• A entrevista obedece a um guião preestabelecido,
de acordo com os objetivos da investigação.
• De acordo com a maior ou menor obediência a
um guião, a entrevista pode ser:
– diretiva;
– semidiretiva (em profundidade);
– não diretiva (livre).
VOLTAR AO ESQUEMA
Técnicas de inquirição: história de vida
• Uma série de entrevistas de tipo semidiretivo,
geralmente aplicadas em várias sessões, tendo
subjacente um guião que procura cruzar
dados biográficos e ciclos de vida pessoais
com circunstâncias históricas e sociais.
VOLTAR AO ESQUEMA
Técnicas de observação: observação
participante
• As técnicas de observação participante, muitas
vezes designadas por método etnográfico,
caracterizam‐se pela integração do observador no
grupo observado, durante algum tempo,
estabelecendo relações de familiaridade e
interagindo com os observados .
– Se o investigador apenas se integra no grupo que vai
estudar no início da investigação, falamos de
observação‐participação.
– Se o investigador faz parte de um grupo e aproveita
esta situação para o observar, falamos de
participação‐observação.
VOLTAR AO ESQUEMA
Técnicas de observação: observação
direta
• Caracteriza‐se pelo facto de o observador ver
e ouvir de acordo com uma grelha de
observação preexistente.
– Registo de posturas corporais, indumentárias,
conversas, descrições do espaço e das relações
das pessoas com esse espaço, sem interagir com
os observados, por exemplo.
VOLTAR AO ESQUEMA
Técnicas de observação: sociologia
visual
• Utilização para fins de pesquisa de filmagens e
de fotografia.
VOLTAR AO ESQUEMA

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Métodos Sociológicos Explorados

03 elaboração de questionários na pesquisa quantitativa
03   elaboração de questionários na pesquisa quantitativa03   elaboração de questionários na pesquisa quantitativa
03 elaboração de questionários na pesquisa quantitativagisa_legal
 
Pesquisa científica
Pesquisa científicaPesquisa científica
Pesquisa científicacostafranklin
 
Metodologia - Aula 1 (A pesquisa científica)
Metodologia - Aula 1 (A pesquisa científica)Metodologia - Aula 1 (A pesquisa científica)
Metodologia - Aula 1 (A pesquisa científica)Nicolau Chaud
 
Métodos e técnicas de investigação - Jéssica
Métodos e técnicas de investigação - JéssicaMétodos e técnicas de investigação - Jéssica
Métodos e técnicas de investigação - Jéssicaturma12c1617
 
Tipos de pesquisas e seus delineamentos
Tipos de pesquisas e seus delineamentosTipos de pesquisas e seus delineamentos
Tipos de pesquisas e seus delineamentosPatricia Nunes
 
Métodos e técnicas de investigaçao sociológica
Métodos e técnicas de investigaçao sociológicaMétodos e técnicas de investigaçao sociológica
Métodos e técnicas de investigaçao sociológicaAna Antunes
 
Aula 02 - Tipos de Pesquisas
Aula 02 - Tipos de PesquisasAula 02 - Tipos de Pesquisas
Aula 02 - Tipos de PesquisasGhiordanno Bruno
 
Métodos e técnicas de investigação da sociologia
Métodos e técnicas de investigação da sociologia Métodos e técnicas de investigação da sociologia
Métodos e técnicas de investigação da sociologia turma12d
 
A elaboração de questionários na pesquisa quantitativa
A elaboração de questionários na pesquisa quantitativaA elaboração de questionários na pesquisa quantitativa
A elaboração de questionários na pesquisa quantitativaPascoal Lisian
 
Willian costa rodrigues metodologia cientifica
Willian costa rodrigues metodologia cientificaWillian costa rodrigues metodologia cientifica
Willian costa rodrigues metodologia cientificaDarlan Campos
 
3ª+aula+do+segundo+estágio
3ª+aula+do+segundo+estágio3ª+aula+do+segundo+estágio
3ª+aula+do+segundo+estágioRita Meygan
 
Metodos e tecnicas de investigaçao em sociologia
Metodos e tecnicas de investigaçao em sociologiaMetodos e tecnicas de investigaçao em sociologia
Metodos e tecnicas de investigaçao em sociologiaEstifania Viegas
 
20 métodos e técnicas de pesquisa
20 métodos e técnicas de pesquisa20 métodos e técnicas de pesquisa
20 métodos e técnicas de pesquisaJoao Balbi
 
20 métodos e técnicas de pesquisa
20 métodos e técnicas de pesquisa20 métodos e técnicas de pesquisa
20 métodos e técnicas de pesquisaJoao Balbi
 
Métodos de investigação das ciências sociais
Métodos de investigação  das ciências sociaisMétodos de investigação  das ciências sociais
Métodos de investigação das ciências sociaisflaviooshakur
 
19 elaboração da metodologia
19 elaboração da metodologia19 elaboração da metodologia
19 elaboração da metodologiaJoao Balbi
 
19 elaboração da metodologia
19 elaboração da metodologia19 elaboração da metodologia
19 elaboração da metodologiaJoao Balbi
 

Semelhante a Métodos Sociológicos Explorados (20)

03 elaboração de questionários na pesquisa quantitativa
03   elaboração de questionários na pesquisa quantitativa03   elaboração de questionários na pesquisa quantitativa
03 elaboração de questionários na pesquisa quantitativa
 
Tipos de pesquisa
Tipos de pesquisaTipos de pesquisa
Tipos de pesquisa
 
Pesquisa científica
Pesquisa científicaPesquisa científica
Pesquisa científica
 
Metodologia - Aula 1 (A pesquisa científica)
Metodologia - Aula 1 (A pesquisa científica)Metodologia - Aula 1 (A pesquisa científica)
Metodologia - Aula 1 (A pesquisa científica)
 
Métodos e técnicas de investigação - Jéssica
Métodos e técnicas de investigação - JéssicaMétodos e técnicas de investigação - Jéssica
Métodos e técnicas de investigação - Jéssica
 
Tipos de pesquisas e seus delineamentos
Tipos de pesquisas e seus delineamentosTipos de pesquisas e seus delineamentos
Tipos de pesquisas e seus delineamentos
 
Métodos e técnicas de investigaçao sociológica
Métodos e técnicas de investigaçao sociológicaMétodos e técnicas de investigaçao sociológica
Métodos e técnicas de investigaçao sociológica
 
Aula 02 - Tipos de Pesquisas
Aula 02 - Tipos de PesquisasAula 02 - Tipos de Pesquisas
Aula 02 - Tipos de Pesquisas
 
Métodos e técnicas de investigação da sociologia
Métodos e técnicas de investigação da sociologia Métodos e técnicas de investigação da sociologia
Métodos e técnicas de investigação da sociologia
 
Quest
QuestQuest
Quest
 
A elaboração de questionários na pesquisa quantitativa
A elaboração de questionários na pesquisa quantitativaA elaboração de questionários na pesquisa quantitativa
A elaboração de questionários na pesquisa quantitativa
 
Willian costa rodrigues metodologia cientifica
Willian costa rodrigues metodologia cientificaWillian costa rodrigues metodologia cientifica
Willian costa rodrigues metodologia cientifica
 
3ª+aula+do+segundo+estágio
3ª+aula+do+segundo+estágio3ª+aula+do+segundo+estágio
3ª+aula+do+segundo+estágio
 
Metodos e tecnicas de investigaçao em sociologia
Metodos e tecnicas de investigaçao em sociologiaMetodos e tecnicas de investigaçao em sociologia
Metodos e tecnicas de investigaçao em sociologia
 
20 métodos e técnicas de pesquisa
20 métodos e técnicas de pesquisa20 métodos e técnicas de pesquisa
20 métodos e técnicas de pesquisa
 
20 métodos e técnicas de pesquisa
20 métodos e técnicas de pesquisa20 métodos e técnicas de pesquisa
20 métodos e técnicas de pesquisa
 
Métodos de investigação das ciências sociais
Métodos de investigação  das ciências sociaisMétodos de investigação  das ciências sociais
Métodos de investigação das ciências sociais
 
19 elaboração da metodologia
19 elaboração da metodologia19 elaboração da metodologia
19 elaboração da metodologia
 
19 elaboração da metodologia
19 elaboração da metodologia19 elaboração da metodologia
19 elaboração da metodologia
 
[Slides]aula 5 metodologia
[Slides]aula 5 metodologia[Slides]aula 5 metodologia
[Slides]aula 5 metodologia
 

Mais de VitorCosta585305

A sociologia na escala individual.pdf
A sociologia na escala individual.pdfA sociologia na escala individual.pdf
A sociologia na escala individual.pdfVitorCosta585305
 
2013_obukhova_and_lan_direct_test.pdf
2013_obukhova_and_lan_direct_test.pdf2013_obukhova_and_lan_direct_test.pdf
2013_obukhova_and_lan_direct_test.pdfVitorCosta585305
 

Mais de VitorCosta585305 (6)

A sociologia na escala individual.pdf
A sociologia na escala individual.pdfA sociologia na escala individual.pdf
A sociologia na escala individual.pdf
 
Agência e Estrutura.pdf
Agência e Estrutura.pdfAgência e Estrutura.pdf
Agência e Estrutura.pdf
 
A Teoria na Prática.pdf
A Teoria na Prática.pdfA Teoria na Prática.pdf
A Teoria na Prática.pdf
 
2013_obukhova_and_lan_direct_test.pdf
2013_obukhova_and_lan_direct_test.pdf2013_obukhova_and_lan_direct_test.pdf
2013_obukhova_and_lan_direct_test.pdf
 
perfil_dos_alunos.pdf
perfil_dos_alunos.pdfperfil_dos_alunos.pdf
perfil_dos_alunos.pdf
 
00380385221107299.pdf
00380385221107299.pdf00380385221107299.pdf
00380385221107299.pdf
 

Último

Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdflucassilva721057
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...Rosalina Simão Nunes
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteVanessaCavalcante37
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividadeMary Alvarenga
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptMaiteFerreira4
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Ilda Bicacro
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS MemoriaLibras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memorialgrecchi
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfCamillaBrito19
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...licinioBorges
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdfAna Lemos
 
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxTainTorres4
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdfGEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdfElianeElika
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números Mary Alvarenga
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....LuizHenriquedeAlmeid6
 
análise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - Dissertaçãoanálise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - DissertaçãoMaiteFerreira4
 

Último (20)

Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS MemoriaLibras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
 
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdfGEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
 
análise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - Dissertaçãoanálise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - Dissertação
 
Bullying, sai pra lá
Bullying,  sai pra láBullying,  sai pra lá
Bullying, sai pra lá
 

Métodos Sociológicos Explorados

  • 1. Modos de produção da informação: métodos disponíveis na Sociologia Método e técnicas
  • 2. Noção de método • Processo de seleção das técnicas adequadas à pesquisa concreta, de controlo da utilização destas técnicas e de integração dos resultados obtidos. – É o plano, o esquema ordenador, a estratégia com que o investigador aborda os problemas que estuda.
  • 3. Métodos Experimental Análise intensiva ou estudo de casos Análise extensiva ou de medida Comparativo Investigação ‐ ação Métodos
  • 4. Método experimental • O método experimental foi importado da Física e da Biologia. No entanto, a sua aplicabilidade nas Ciências Sociais é relativamente restrita; • Consiste na realização de observações e recolha de dados que têm em vista a comprovação de uma relação causal entre duas variáveis. • São constituídos dois grupos homogéneos: – o grupo experimental em que é introduzido um facto ou fator – a variável independente; – o grupo de controlo, em que não é introduzida a variável independente. • No grupo experimental faz‐se variar de forma controlada a variável independente e observam‐se os seus efeitos no grupo, em confronto com o grupo de controlo, a fim de se concluir se a variável independente é a causa dos efeitos observados. VOLTAR AO ESQUEMA
  • 5. Método experimental – um exemplo • Um investigador interessado em divórcio quer investigar se o aconselhamento matrimonial ajuda os casais a ficarem juntos. • Ele recrutará casais para a experimentação e dividi‐los‐á em dois grupos, assegurando que os membros de cada grupo sejam semelhantes em termos de idade, rendimento, educação e religião bem como de duração do casamento. – Um grupo, o grupo experimental, receberá aconselhamento matrimonial, – enquanto o outro, o grupo de controlo, não receberá aconselhamento matrimonial. – A variável independente (fator a que previsivelmente é atribuída a causa da mudança) é o aconselhamento matrimonial. – A variável dependente (fator que é modificado pela variável independente) é a possibilidade de manter o casamento ou de se divorciar. • Nesta experimentação o investigador poderá comparar os dois grupos e então retirar conclusões sobre se o aconselhamento matrimonial conduz a que mais casais se mantenham casados ou mais casais se divorciem ou não tem qualquer impacto. VOLTAR AO ESQUEMA
  • 6. Análise intensiva ou estudo de casos • Os estudos de casos ou análise intensiva pressupõe a realização de uma análise intensiva, tanto em amplitude como em profundidade. • A análise centra‐se numa amostra particular da população, selecionada de acordo com determinado objetivo e recorre a uma diversidade de técnicas de pesquisa. • Após a recolha de dados, estes serão ordenados com o intuito de preservar o carácter unitário da amostra, obtendo‐se assim uma compreensão profunda do grupo e do fenómeno em estudo. • Exemplos: sem‐abrigo; crianças de rua; uma comunidade cigana; arrumadores de carros… VOLTAR AO ESQUEMA
  • 7. Análise intensiva ou estudo de casos: outros exemplos Para fazer um estudo de caso, o investigador centra‐se num acontecimento, situação, ou mesmo indivíduo particulares. O propósito é compreender a dinâmica das relações, as relações de poder, ou mesmo os processos de pensamento que conduzem a um acontecimento particular. O sociólogo Ken Levi (2009), por exemplo, quis estudar assassinos em série. Ele gostaria de ter um grande número de assassinos para entrevistar, mas só teve acesso a um. Ele entrevistou este homem repetidamente, oferecendo‐nos a compreensão de como alguém pode matar outros por dinheiro. O sociólogo Kai Erikson (1978), que ficou intrigado com a explosão de uma barragem em West Virginia que matou vários milhares de pessoas, centrou‐se nos acontecimentos que conduziram e se seguiram ao desastre. Para um caso de violência doméstica, um estudo de caso centrar‐se‐á numa só esposa ou marido, explorando a história de vida e relação do casal. Como se pode ver, o estudo de caso revela um grande número de pormenores, mas uma questão se levanta sempre. Até que ponto estes pormenores se aplicam a outras situações? Este problema da generalização que afeta os casos de estudo, é a razão fundamental para que poucos sociólogos usem este método. VOLTAR AO ESQUEMA
  • 8. Análise extensiva ou de medida • A observação é feita por meio de perguntas diretas (entrevistas) ou indiretas (questionários) de populações relativamente numerosas. • As respostas são tratadas mediante análise quantitativa. • Exige o recurso às técnicas de amostragem, pois tem por objeto populações numerosas. • Permite a deteção de regularidades nas práticas sociais estudadas. • Um exemplo: se um investigador pretender conhecer a relação entre as crenças religiosas e a taxa de divórcios, numa determinada sociedade, recorrerá a este método. VOLTAR AO ESQUEMA
  • 9. Análise extensiva e análise intensiva: comparação • A análise extensiva é um método caracteristicamente quantitativo, ou seja, baseado na quantidade de casos observados ou de dados recolhidos, para com eles poder efetuar generalizações. • A análise intensiva é um método qualitativo, isto é, em que não importa tanto a quantidade e a generalização, mas mais a qualidade (profundidade e amplitude) da informação sobre determinado caso. • A análise extensiva corre o risco de ficar pela superficialidade dos fenómenos, perdendo muitos pormenores que podem ser obtidos com uma análise intensiva. • A análise intensiva permite obter uma informação mais rica e aprofundada sobre o caso ou casos abordados, porém, as generalizações dos conhecimentos obtidos para populações mais vastas podem não ser legítimas ou serem muito menos fiáveis. VOLTAR AO ESQUEMA
  • 10. Método comparativo • O método comparativo baseia‐se num conjunto de procedimentos científicos que examinam os vários fenómenos sociais, tentando descobrir aquilo que eles têm de comum, de forma a constituírem‐se regularidades ou princípios válidos e significativos na sua explicação. • Quando neste tipo de método introduzimos a variável tempo, situamo‐nos no âmbito de um estudo histórico‐comparativo. VOLTAR AO ESQUEMA
  • 11. Investigação‐ação • É um método das Ciências Sociais que associa a análise à transformação da realidade estudada. VOLTAR AO INÍCIO DA APRESENTAÇÃO
  • 12. Técnicas de investigação na Sociologia Documentais De inquirição De observação Técnicas de investigação Análise estatística Análise de conteúdo Inquérito por questionário Entrevista História de vida Observação participante Observação direta Sociologia visual
  • 13. Técnicas documentais: a análise estatística • A análise estatística consiste na análise de informação constante de documentos: – Dados constantes de documentos produzidos pelo investigador, por exemplo, os resultantes de entrevistas ou inquéritos por questionário que efetuou no decorrer da investigação – fontes primárias. – Informação constante de documentos já existentes antes da pesquisa – fontes secundárias. VOLTAR AO ESQUEMA
  • 14. Técnicas documentais: a análise de conteúdo • A análise de conteúdo visa isolar na massa de textos as linhas mestras que lhes dão o seu sentido real. • Trata‐se, em primeiro lugar, de decompor o conteúdo de um conjunto complexo em elementos mais simples. • Posteriormente estes elementos serão classificados e, se for necessário, medir‐se‐á a sua frequência e importância relativa. – É uma técnica quantitativa moderna que permite a análise de noticiários, comentários, discursos, leis e do aparecimento de certas expressões e ideias capazes de revelarem correntes de opinião ou teses dissimuladas na apresentação aparentemente objetiva dos factos. VOLTAR AO ESQUEMA
  • 15. Técnicas documentais ‐ exemplo • Para investigar a vida social os sociólogos examinam documentos tão diversos como livros, jornais, diários, registos bancários, relatórios de polícia e registos mantidos por organizações. O termo também inclui gravações de vídeo e de áudio. – Por exemplo, para estudar a violência doméstica devem ser examinados os relatórios policiais e os registos dos tribunais. Isto pode revelar qual a percentagem de queixas que resultam em detenção e qual a proporção de homens detidos que são condenados ou colocados em liberdade condicional. VOLTAR AO ESQUEMA
  • 16. Técnicas de inquirição: inquérito por questionário • O inquérito por questionário é uma técnica de recolha indireta de informação apoiada, normalmente, por um conjunto de perguntas, testes, escalas de atitudes, que o inquiridor, direta ou indiretamente propõe ao inquirido. • No inquérito: – ou o inquirido regista as suas próprias respostas – administração direta; – ou o inquiridor formula a pergunta e regista a resposta do inquirido – administração indireta. – Num questionário de questões abertas, o inquirido responde livremente. – Num questionário de questões fechadas, o inquirido tem de optar por uma lista tipificada de respostas. VOLTAR AO ESQUEMA
  • 17. • Planeamento do inquérito – definição dos objetivos a atingir; – definição do universo conceptual; – dimensão e tipo da amostra; – escolha das variáveis a observar. • Preparação do instrumento de recolha de dados: – elaboração e redação do questionário. • Trabalho no terreno: – Fase de obtenção das respostas. • Análise dos resultados: – codificação das respostas; – apuramento e tratamento da informação; – elaboração das conclusões. • Apresentação dos resultados, normalmente através da elaboração de um relatório. Técnicas de inquirição: inquérito por questionário – fases de um inquérito por questionário VOLTAR AO ESQUEMA
  • 18. Sugestões para a construção correta de um questionário • Explicitação sucinta, no início do questionário, dos objetivos do estudo e garantia de anonimato e confidencialidade da informação. • As variáveis de caracterização sociográfica – sexo, idade, nível de instrução, estado civil, nacionalidade, profissão, etc. ‐ devem situar‐se no início ou fim do questionário. • Devem ser evitadas questões formuladas negativamente. • Não é recomendável mudar de escala na mesma questão. • Evitar a proliferação de escalas em que é possível o posicionamento intermédio – o inquirido pode, por conforto, assinalar este posicionamento. • Os níveis de linguagem devem se adequados aos destinatários.
  • 19. Técnicas de amostragem • No método extensivo o objeto de análise da investigação (universo) é de grande dimensão. • Por isso, não é possível, incluir todos os elementos do universo na inquirição, seja por uma questão de tempo ou de custo da investigação. • Para ultrapassar este problema, recorre‐se à amostragem – são considerados apenas alguns elementos do universo (amostra). • Esta amostra deve ser representativa do universo que estamos a estudar, isto é, a amostra deve ter uma estrutura semelhante à estrutura do universo, em termos de sexo, idade, profissão, religião, etc. • Se esta condição for respeitada, é possível generalizar para o universo as conclusões retiradas da análise da amostra, com relativa confiança.
  • 20. Técnicas de amostragem – alguns tipos de amostragem • Amostras probabilísticas (aleatórias): – Amostragem aleatória simples (a amostragem probabilística mais usada), em que todos os elementos da população (universo) têm a mesma probabilidade de pertencer à amostra. • Sorteio; tabela de números aleatórios… • Amostras não probabilísticas: – Amostragem por quotas em que se usa informação existente sobre a população – sexo, idade, escolaridade, profissão, área de residência, etc. – de modo a construir uma amostra com estrutura semelhante à do universo, tendo em conta estas características. – Amostragem por bola de neve – neste tipo de amostragem escolhe‐se um indivíduo que tenha as características da população que se pretende estudar, mas que se desconhece e pede‐se a esse indivíduo que indique outra pessoa das suas relações com as mesmas características. Faz‐se o mesmo pedido a este último e assim sucessivamente, até se constituir uma amostra com a dimensão desejada. – Amostragem intencional – neste caso os elementos da amostra são selecionados de acordo com critérios teóricos ‐ por exemplo, se quisermos estudar o problema da indisciplina na sala de aula, podemos selecionar apenas os alunos, que tiveram mais que duas faltas disciplinares, durante o ano letivo anterior.
  • 21. Técnicas de inquirição: entrevista • A entrevista é um procedimento direto de recolha de informação. • A entrevista obedece a um guião preestabelecido, de acordo com os objetivos da investigação. • De acordo com a maior ou menor obediência a um guião, a entrevista pode ser: – diretiva; – semidiretiva (em profundidade); – não diretiva (livre). VOLTAR AO ESQUEMA
  • 22. Técnicas de inquirição: história de vida • Uma série de entrevistas de tipo semidiretivo, geralmente aplicadas em várias sessões, tendo subjacente um guião que procura cruzar dados biográficos e ciclos de vida pessoais com circunstâncias históricas e sociais. VOLTAR AO ESQUEMA
  • 23. Técnicas de observação: observação participante • As técnicas de observação participante, muitas vezes designadas por método etnográfico, caracterizam‐se pela integração do observador no grupo observado, durante algum tempo, estabelecendo relações de familiaridade e interagindo com os observados . – Se o investigador apenas se integra no grupo que vai estudar no início da investigação, falamos de observação‐participação. – Se o investigador faz parte de um grupo e aproveita esta situação para o observar, falamos de participação‐observação. VOLTAR AO ESQUEMA
  • 24. Técnicas de observação: observação direta • Caracteriza‐se pelo facto de o observador ver e ouvir de acordo com uma grelha de observação preexistente. – Registo de posturas corporais, indumentárias, conversas, descrições do espaço e das relações das pessoas com esse espaço, sem interagir com os observados, por exemplo. VOLTAR AO ESQUEMA
  • 25. Técnicas de observação: sociologia visual • Utilização para fins de pesquisa de filmagens e de fotografia. VOLTAR AO ESQUEMA