1) O documento descreve técnicas cirúrgicas básicas para rinoplastia, incluindo esqueletização, modificação do dorso nasal, modificação da ponta nasal e osteotomia.
2) A esqueletização envolve o descolamento dos tecidos para acessar a estrutura óssea do nariz. A extensão do descolamento varia de paciente para paciente.
3) A modificação da ponta nasal envolve incisões e ressecção da cartilagem para afinar e melhorar a projeção da
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Rinoplastia
1. Nariz – II
Técnica Cirúrgica Basica
Esqueletização
O objetivo da esqueletização é permitir acesso à estrutura óssea do nariz e
permitir a acomodação dos tecidos sobre a nova conformação. A extensão do
descolamento varia em cada paciente.
A incisão, para descolamento do dorso, começa logo após a reflexão da mucosa
sobre a margem caudal da cartilagem lateral.
Quando é necessário muita rotação da ponta para atingir um ângulo nasolabial
satisfatório, o descolamento é extenso; se a rotação for pequena ou desnecessária, o
descolamento é mínimo.
2. A incisão termina logo após o ângulo do septo
O descolador de periósteo é posicionado sobre a cartilagem lateral em um ponto
caudal da pirâmide óssea.
Em seguida, com uma lâmina de ângulo reto, são seccionadas as bridas restantes.
3. A transfixação do
septo membranoso pode ser
realizada de forma simples e
simétrica segurando a
columela com uma pinça
Adson Brown e fazendo um
corte único com uma tesoura
de Mayo reta (realizada
somente quando se deseja
alterar o ângulo nasolabial).
Modificação do Dorso
A porção de dorso ósseo a ser reduzido é comumente superestimada. Em
comparação com o dorso cartilaginoso, a porção óssea é uma pequena parte da giba
dorsal na maioria dos casos.
A giba óssea, que freqüentemente é menor que 3mm, pode ser tratada com raspas
de Foman.
Essa redução retira o teto da cúpula óssea mas mantém a porção cartilaginosa do
dorso intacta.
4. A ressecção da giba cartilaginosa deve ser feita preservando a mucosa integra,
sempre que possível.
Modificação da Ponta Nasal
Incisão infracartilaginosa
Essa incisão é realizada na reflexão caudal da cartilagem alar, devendo ser bem
próxima da cartilagem para evitar retrações no “soft triangle”.
A incisão continua da área do
“soft triangle” seguindo a reflexão
caudal da cruz medial e termina no
terço médio da columela.
5. Depois de realizada a incisão a cartilagem é dissecada da pele com tesoura de
Joseph.
A cartilagem é liberada mantendo um retalho muco-condrial bipediculado. A
largura do domo é a maior determinante do refinamento da ponta. O ideal é que tenha 3
a 4 mm de largura. O excesso deve ser retirado.
A cruz lateral deve permanecer com pelo menos 5 mm de largura. Retirada em
excesso resulta em deformidade devido a perda de suporte.
Para se obter uma ponta
mais fina e melhor projeção, a
cartilagem do domo pode ser
enfraquecida com incisões
parciais intercaladas, mantendo
a integridade estrutural.
6. Ressecção da porção cefálica da cartilagem alar e atenuação do domo.
Abordagem Retrograda
Utilizando um gancho duplo ou um afastador de pálpebras a borda da narina é
retraída e com o dedo anular faz a inversão da cartilagem alar, expondo a incisão
intercartilaginosa.
A cartilagem é dissecada com auxilio de uma tesoura de Joseph. Após exposição
adequada da cruz lateral é ressecado o excesso na margem cefálica.
7. Osteotomia
Com um modelo geométrico de triângulos em série é possível análise das
mudanças na pirâmide nasal após a fratura.
Após a ressecção do dorso há uma perda do ápice, produzindo um “teto aberto”.
Para fechar o “teto” e reconstruir uma pirâmide menor, a linha de osteotomia deve
convergir para a linha dorsal (de baixo para cima).
Uma osteotomia alta provoca deformidade em degrau.
8. O segmento não fraturado (em vermelho) é bastante estreito e pode ser fraturado
com uma leve compressão digital.
Uma pequena incisão é feita próxima à base da abertura piriforme.
Ao término da osteotomia nota-se uma mudança no tom das batidas.
Por fim a mucosa é suturada. Quando houver excesso de mucosa na válvula
interna, deve ser ressecada.
9. É feito o tamponamento e curativo com micropore. Quando for realizada
osteotomia um suporte de gesso (ou molde plástico) é colocado sobre o micropore.