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Monitoria
Cirurgia II
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS – UNIMONTES
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE (CCBS)
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA
- Intraoral: utiliza-se um copo descartável contendo solução de digluconato de clorexidina a 0,2% para bochecho
por 1 min.
- Extraoral: com auxílio de gaze embebida de solução de digluconato de clorexidina a 2% preensada em uma
pinça Allis, realiza-se a fricção em movimentos circulares na região peribucal de maneira centrípeta até que
cubra toda a área abaixo dos olhos até a altura da clavícula.
- Sal anestésico: cloridrato de lidocaína a 2%
- Vasoconstritor: epinefrina a 1:100.000
- Tecnica anestésica: Bloqueio Regional do Nervo Alveolar Superior Posterior e do Nervo Palatino Maior
- Técnica: Secar mucosa com gaze e aplicar anestésico tópico de benzocaína, encaixar a agulha curta
(20mm) à carpule e posicionar o bisel da agulha voltado para o osso. No bloqueio do NASP a localização de
inserção é na prega mucovestibular sobre o 2° molar. O operador deve se posicionar a 10 horas e inserir a
agulha a 45° pra cima, para dentro e para trás. Após introduzir 16mm, deve-se depositar de 0,9ml a 1,8ml de
solução lentamente. Essa técnica possibilitará a anestesia da polpa dos molares superiores direito (com
exceção da raiz mesiovestibular do 1°molar superior), tecido periodontal e osso.
(...)
- Incisão e retalho: deve-se utilizar o cabo de bisturi n°3 e lâmina n°15. A lâmina é cuidadosamente montada
no cabo de bisturi com o auxílio de um porta-agulha, segurando-se a lâmina pela extremidade sem corte. A
incisão será intrasulcular abrangendo 1 dente a anterior e a distal do elemento 17, conferindo um retalho do
tipo envelope. No ato, deve-se segurar o bisturi com empunhadura de caneta e a incisão deve ser limpa,
nítida firme e direcionada de posterior para anterior, com a lâmina perpendicular a superfície epitelial em
corte contínuo, ao redor dos dentes tocando o osso.
- Técnica Segunda: após incisão, realizá-se a sindesmotomia entre o dente e o alvéolo, visando romper as
fibras gengivais e cristodentais com a empunhadura de caneta. O deslocamento do mucoperiósteo deve ser
feito com o descolador de molt n°9, posicionando a lâmina do instrumento em paralelo ao dente, inserindo
dentro do sulco gengival, exercendo uma força apical leve, começando-se pela extremidade pontiaguda para
elevar o periósteo e rebater as papilas, para posteriormente utilizar a extremidade arredondada e prosseguir
com o descolamento do periósteo do osso. A luxação inicial é efetuada com alavanca reta a fim de expandir e
dilatar o alvéolo, além do rompimento do ligamento periodontal. A alavanca vai ser empunhada no sentido
dígito-palmar e inserida perpendicularmente no espaço initerdental, entre o osso e o dente. Realiza-se os
movimentos de cunha, alavanca, e roda e eixo por mesial, distal e vestibular.
- Técnica Primeira: O fórceps a ser utilizado será o 18 R e deve ser posicionado primeiramente na região
palatina, de forma mais apical possível. Em seguida, realiza-se os movimentos de intrusão, deslocando o
fulcro da força em direção ao ápice do dente. Após isso, efetua-se os movimentos de lateralidade em direção a
vestibular e lingual, exercendo maior força para o lado vestibular. Por fim, realiza-se o movimento de tração
com força mínima.
- Caso o dente não perca resistência, deve-se efetuar uma canaleta na cervical do elemento 17 em conjunto
com a osteotomia na vestibular e na crista óssea distal, utilizando broca cirúrgica esférica n°6. Outra
alternativa será a odontosecção da coroa.
- Após remoção do 17, realiza-se a inspeção do alvéolo com cureta de Lucas e faz-se necessário a irrigação
com soro fisiológico, principalmente em caso do uso de canetas de baixa e alta rotação. Utiliza-se a lima para
osso e/ou pinça goiva para remoção de espículas ósseas.
Após hemostasia com gaze estéril, realiza-se a coaptação dos bordos da ferida e sutura em ponto simples
ou em “X”, distando-se 3mm da margem, com nós firmes e vestibularizados. Utiliza-se fio de nylon 4-0,
porta-agulha, pinça adson e tesoura cirúrgica reta.
Uso Interno
1) Dipirona Sódica 500mg __________________ 12 comprimidos
Tomar 01 (um) comprimido com água de 6 (seis) em 6 (seis) horas por 3 (três) dias.

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Cirurgia Odontológica: Extração do Dente 17

  • 1. Monitoria Cirurgia II UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS – UNIMONTES CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE (CCBS) CURSO DE GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA
  • 2.
  • 3.
  • 4. - Intraoral: utiliza-se um copo descartável contendo solução de digluconato de clorexidina a 0,2% para bochecho por 1 min. - Extraoral: com auxílio de gaze embebida de solução de digluconato de clorexidina a 2% preensada em uma pinça Allis, realiza-se a fricção em movimentos circulares na região peribucal de maneira centrípeta até que cubra toda a área abaixo dos olhos até a altura da clavícula.
  • 5. - Sal anestésico: cloridrato de lidocaína a 2% - Vasoconstritor: epinefrina a 1:100.000 - Tecnica anestésica: Bloqueio Regional do Nervo Alveolar Superior Posterior e do Nervo Palatino Maior - Técnica: Secar mucosa com gaze e aplicar anestésico tópico de benzocaína, encaixar a agulha curta (20mm) à carpule e posicionar o bisel da agulha voltado para o osso. No bloqueio do NASP a localização de inserção é na prega mucovestibular sobre o 2° molar. O operador deve se posicionar a 10 horas e inserir a agulha a 45° pra cima, para dentro e para trás. Após introduzir 16mm, deve-se depositar de 0,9ml a 1,8ml de solução lentamente. Essa técnica possibilitará a anestesia da polpa dos molares superiores direito (com exceção da raiz mesiovestibular do 1°molar superior), tecido periodontal e osso. (...)
  • 6. - Incisão e retalho: deve-se utilizar o cabo de bisturi n°3 e lâmina n°15. A lâmina é cuidadosamente montada no cabo de bisturi com o auxílio de um porta-agulha, segurando-se a lâmina pela extremidade sem corte. A incisão será intrasulcular abrangendo 1 dente a anterior e a distal do elemento 17, conferindo um retalho do tipo envelope. No ato, deve-se segurar o bisturi com empunhadura de caneta e a incisão deve ser limpa, nítida firme e direcionada de posterior para anterior, com a lâmina perpendicular a superfície epitelial em corte contínuo, ao redor dos dentes tocando o osso.
  • 7. - Técnica Segunda: após incisão, realizá-se a sindesmotomia entre o dente e o alvéolo, visando romper as fibras gengivais e cristodentais com a empunhadura de caneta. O deslocamento do mucoperiósteo deve ser feito com o descolador de molt n°9, posicionando a lâmina do instrumento em paralelo ao dente, inserindo dentro do sulco gengival, exercendo uma força apical leve, começando-se pela extremidade pontiaguda para elevar o periósteo e rebater as papilas, para posteriormente utilizar a extremidade arredondada e prosseguir com o descolamento do periósteo do osso. A luxação inicial é efetuada com alavanca reta a fim de expandir e dilatar o alvéolo, além do rompimento do ligamento periodontal. A alavanca vai ser empunhada no sentido dígito-palmar e inserida perpendicularmente no espaço initerdental, entre o osso e o dente. Realiza-se os movimentos de cunha, alavanca, e roda e eixo por mesial, distal e vestibular.
  • 8. - Técnica Primeira: O fórceps a ser utilizado será o 18 R e deve ser posicionado primeiramente na região palatina, de forma mais apical possível. Em seguida, realiza-se os movimentos de intrusão, deslocando o fulcro da força em direção ao ápice do dente. Após isso, efetua-se os movimentos de lateralidade em direção a vestibular e lingual, exercendo maior força para o lado vestibular. Por fim, realiza-se o movimento de tração com força mínima.
  • 9. - Caso o dente não perca resistência, deve-se efetuar uma canaleta na cervical do elemento 17 em conjunto com a osteotomia na vestibular e na crista óssea distal, utilizando broca cirúrgica esférica n°6. Outra alternativa será a odontosecção da coroa.
  • 10. - Após remoção do 17, realiza-se a inspeção do alvéolo com cureta de Lucas e faz-se necessário a irrigação com soro fisiológico, principalmente em caso do uso de canetas de baixa e alta rotação. Utiliza-se a lima para osso e/ou pinça goiva para remoção de espículas ósseas.
  • 11. Após hemostasia com gaze estéril, realiza-se a coaptação dos bordos da ferida e sutura em ponto simples ou em “X”, distando-se 3mm da margem, com nós firmes e vestibularizados. Utiliza-se fio de nylon 4-0, porta-agulha, pinça adson e tesoura cirúrgica reta.
  • 12. Uso Interno 1) Dipirona Sódica 500mg __________________ 12 comprimidos Tomar 01 (um) comprimido com água de 6 (seis) em 6 (seis) horas por 3 (três) dias.